Intercâmbio escrita por LaisaMiranda


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Lá vai mais um cap emocionante..... Não parem de ler, vocês não vão se arrepender. Eu juro!



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Look— disse Lacey animada, me mostrando sua linda aliança de noivado. - Não é lindo?

— Sim - respondi, lhe dando um abraço. - Parabéns, estou muito feliz por você.

— Eu sei. Onde está Enzo? Ainda não o vi.

Achei melhor não dizer onde ele estava. Por alguma razão, sabia que ele queria privacidade. Ou também pode ser pelo fato de ele ter gritado comigo para sair da sala da gerência.

— Não sei.

Lacey deu de ombros e sorriu para mim.

— Você tem uma voz linda, por sinal. Parabéns por isso também. Não é qualquer pessoa que tem esse dom - Lacey sorriu ainda mais, com certa timidez. - Já pensou em ser cantora?

— Já - ela riu. - Mas eu não aguentaria essa vida de celebridade. Não sei se valeria a pena. Eu prefiro minha privacidade.

— Eu entendo.

***

Mais tarde, naquela mesma noite, fiquei pensando no dia cansativo que tive hoje. A verdade era que eu estava com medo de adormecer, pois podia ter mais um daqueles sonhos. Ou pior que isso, a continuação do mesmo. Eu não queria nem pensar nisso!

Será que Vanessa estava certa? Será que só tive esse sonho por querer saber tanto sobre a vida do Enzo?

Eu não podia negar o fato, de que ele mencionou no sonho sobre eu querer saber sobre algo. E isso com certeza significava alguma coisa.

Por mais que eu estivesse com medo, e não quisesse mais descobrir o que havia acontecido há um ano atrás, eu ficava curiosa com esses comportamentos estranhos de Enzo. Ele tinha algo que fazia despertar interesse. Ele era tão misterioso.

Todos da casa sabiam o que tinha acontecido, menos eu. É claro. Além de não ser da minha conta, eu não estava aqui na época em que aconteceu, o que quer que seja.

Eu precisava parar! Parar com isso. Parar de pensar nele.

Não consegui dormir tão rápido. Ao invés disso peguei minha pasta de desenhos e tirei uma folha sulfite dela. Peguei um lápis em cima da cômoda ao lado da cama e comecei a rabiscar.

Não sabia quem de fato estava desenhando, mas era um rosto. Eu comecei com os olhos, e depois veio o nariz, então a boca.... por fim o cabelo. Quando finalmente terminei eu não acreditei. Eu tinha desenhado ele.

Acordei de manhã e olhei para o desenho ao meu lado. Não foi um sonho. Dessa vez não. Eu tinha desenhado Enzo. Mas por quê? Por que a cada passo que eu dava ou a qualquer assunto dito ou pensamentos, e até mesmo sonhos, ele sempre aparecia? Eu não posso estar gostando dele. Eu não posso! Não posso!

Aproveitei e tirei a foto do desenho para mostrar para Vanessa. Ela disse que ele era lindo, perfeito (palavras dela). Apaguei a foto depois disso, mas não consegui amassar ou rasgar o desenho. Depois de uma obra feita era difícil para mim se desfazer dela. Mesmo sendo a cara de Enzo estampada naquela folha sulfite, eu não podia fazer isso. Ao invés de jogar fora, eu coloquei o desenho dentro da pasta e guardei na gaveta da cômoda.

Passei a sexta-feira todinha sem falar com Enzo, voltamos ao jeito que estávamos, assim como ele queria, e eu achei melhor mesmo. Já estava começando a ficar com medo de sentir algo por ele.

Nico marcou uma reunião no sábado e convocou todos os funcionários. Mas naquele dia, antes de irmos, eu e Lacey estávamos conversando um pouco.

— Do que ele quer falar, você sabe? - perguntei para ela, nervosa.

— Não. Mas não é nada ruim. Ou ele estaria estressado - disse ela.

De repente me lembrei de algo que queria perguntar para Lacey, desde que Enzo tocou no assunto.

— Lacey, posso te perguntar uma coisa? - estava meio hesitante. Não sabia se devia.

Sure.

Pensei com cuidado antes de fazer a pergunta.

— Aquele dia, Enzo mencionou algo... Perguntou se você estava grávida de novo - Lacey suspirou devagar e abaixou a cabeça. - Desculpa. Como eu sou idiota. Não precisa responder.

— Não, tudo bem. Já foi há muito tempo - Assenti e ela continuou. - Fiquei grávida do Nico logo no começo do nosso namoro. Há dois anos atrás, mas perdi a criança.

— Que triste. Deve ser horrível perder um filho.

Lacey estava longe, ela definitivamente não estava ali enquanto falava.

— Mas a verdade é que não estávamos prontos.. Acho que foi melhor assim. Tínhamos acabado de começar o namoro e.... É, foi melhor assim.

— Desculpa fazer você se lembrar disso.

Eu e minha mania de se meter na vida dos outros. Alguém podia me dar uma porrada, toda vez que eu fizesse isso? Porque eu merecia.

— Não tem problema - Lacey forçou um sorriso. - Mas posso tentar de novo. Nada me impede. Ainda mais agora que vou me casar.

Sorri para ela. Lacey era uma mulher muito forte. Eu a admirava.

— Então, estão todos prontos? - perguntou Nico se aproximando de nós.

— Sim - disse Lacey se levantando. - Enzo vai sozinho?

— Não. Pensei que ele estivesse com vocês - respondeu ele confuso.

— Estou aqui - disse Enzo, saindo da cozinha, dando uma mordida na maçã em sua mão.

— Então, vamos - disse Nico pegando as chaves do bolso, iríamos todos no carro dele. - O pessoal já deve estar nos esperando no Crazy Joker.

— Espera! - quase gritei, me lembrando de uma coisa. - Preciso pegar meu passaporte, não posso sair sem ele.

— Não demora! - gritou Nico, enquanto eu já estava subindo as escadas.

— Já volto! - gritei de volta.

Entrei no meu quarto e abri a gaveta onde estava o passaporte. O coloquei dentro da bolsa e foi aí que percebi a pasta de desenhos. Não sei por que, mas abri e peguei para ver o meu "trabalho" mais recente. O rosto de Enzo estava ali, estampado quase na folha toda. Então tudo aconteceu muito rápido.

Me lembrei que tinha gente me esperando no andar de baixo e quando estava prestes a guardar o desenho e descer, me bateu uma vontade de ir no banheiro. Achei que se me apressasse, ninguém ficaria bravo comigo.

Joguei o desenho na mesa e fui para o banheiro, sem ao menos fechar a porta do meu quarto. E esse foi o maior erro que eu podia ter cometido.

— Hey! Anda logo! - ouvi a voz de Enzo do lado de fora do banheiro. - Nico está enchendo o saco lá embaixo!

— Já estou indo!

Lavei minhas mãos rápido e saí do banheiro, mas não esperava ver Enzo ainda ali. Na verdade eu não esperava vê-lo dentro do meu quarto.

— O que está fazendo aqui? - perguntei entrando no quarto, então foi aí que vi o que ele tinha nas mãos.

— Por que você tem um desenho meu?

Merda! Merda! Merda! Merda! Merda! Merda! Merda! Merda!

— Por que está mexendo nas minhas coisas? - tirei o desenho das mãos dele. Que droga! - Você não tinha o direito.

— É verdade, eu não tinha. Me desculpa por isso - ele pareceu sincero. - Mas ainda não respondeu a minha pergunta.

Enzo me olhava querendo respostas. Eu não sabia o que dizer.

— Nico está esperando...

— Por que - perguntou ele devagar e desafiadoramente. - Você. Tem um. Desenho. Meu?

— E quem disse que é você? - por que eu era tão ruim nisso?

Ele me fitava com um olhar estranho. Comecei a tremer de nervoso.

— Vocês dois! - ouvi a voz de Lacey, ela estava parada na porta do meu quarto. Suspirei aliviada. - Andem logo! Nico já está ficando estressado. No one deserve that!

Lacey foi embora primeiro e tentei acompanhá-la, mas Enzo segurou meu braço.

— Esse assunto não terminou - sussurrou no meu ouvido, eu estremeci.

Ele saiu do quarto e eu guardei o desenho de novo na gaveta. Pensando, na merda que tinha acabado de fazer.

A viagem até o bar foi ainda pior. Enzo foi na parte de trás do carro comigo. Ele não parava de olhar para mim, eu é claro, fingia não perceber, e não tirava os olhos da janela.

Todos já estavam no bar quando chegamos. Nico se desculpou pela demora e se sentou com Lacey perto do balcão, enquanto o resto de nós se misturavam, puxando as cadeiras das mesas e se sentando o mais próximo dele.

— Como todos sabem - ele olhou para Lacey. - Eu vou me casar. Ou seja, eu preciso de dinheiro.

Todos riram.

— Não, é sério pessoal! O movimento do bar está bom, mas eu quero que esteja ótimo. E por essa razão convoquei todos aqui. Preciso de ajuda. De idéias. Pois não vai só favorecer à mim, mas também à vocês.

— Teremos um aumento? - perguntou Clayton. Percebi que Hilary estava sentada do lado dele.

Nico fez um bico.

— Um aumento...? Talvez não. Mas uma graninha extra dependendo da ideia que surgir hoje. Então, alguém tem alguma sugestão?

Will foi o primeiro a levantar a mão. Ele era tão alto que nem parecia que estava sentado.

— Bem, eu estava pensando em pratos novos, afinal quem está acostumado a vir quase toda semana, vai gostar de provar algo diferente.

— Gostei da ideia, apesar de achar que seus pratos antigos são maravilhosos, William.

— Mas eu não abriria mão deles, só acrescentaria mais.

— O chefe da cozinha é você! Se acha isso, eu só posso aceitar calado. Mas não creio que isso ajude muito com o... - ele fez um gesto nas mãos, que significava dinheiro. - Alguém mais tem alguma ideia... Oh você?

Segui o olhar de Nico e encontrei Enzo com a mão direita levantada. Ele estava sentado bem longe (porque achei melhor escolher um lugar onde ele não estivesse perto). Enzo não se sentava ereto, na verdade ele parecia bem a vontade em sua posição, estava quase deitado na cadeira. Aposto que sua coluna não estava achando aquilo tão confortável.

— Que surpresa - disse Nico. - O que você tem a dizer?

— Bem, na verdade não é sobre isso que vocês estão discutindo, mas já que estamos aqui em reunião, não vi por que não perguntar.

— Se não for sobre...

— Eu estava pensando - Enzo passou por cima de Nico, aumentando a voz. - Eu queria saber por que alguns de nós tem duas folgas? - ele olhou para mim. - E no fim de semana. Enquanto outros de nós trabalham mais e só tem apenas uma folga.

Como ele era idiota. Por que estava fazendo isso?

Nico estava furioso.

— Enzo, eu acho melhor você não começar com suas palhaçadas! Estamos em reunião.

— Não estou brincando - ele se ajeitou mais na cadeira, se curvando de modo que seus cotovelos tocaram seu joelho e suas mãos se juntaram no ar. - Estou falando muito sério.

— Se está com um problema pessoal quanto à isso, venha falar comigo pessoalmente. Estamos discutindo coisas mais importantes aqui.

Então Nico se virou para os outros, deixando Enzo com cara de idiota. O que não era um problema, já que ele sempre tinha essa cara.

— Se mais alguém tem algo a dizer que não seja o que quero ouvir, é melhor não dizer! - desafiou Nico. - Então? Estou esperando mais idéias.

Levantei a mão.

— Giselle! - disse Nico animado, quando me viu. - Estamos escutando.

— Não sei se você vai gostar, mas estava pensando em algo diferente - disse já pensando na ideia que tinha acabado de ter.

— Prossiga - ele me encorajou a falar.

— O halloween está aí, então estava pensando em uma festa à fantasia. Você podia divulgar, as pessoas podiam comprar os ingressos antecipadamente. Isso daria bastante dinheiro.

Esperei ansiosa para ver o que ele achava da ideia.

— Uma festa à fantasia - ele repetiu as palavras, pensando no assunto. - É uma ótima ideia Giselle. Se fizermos tudo certo, se todos ajudarem, pode dar certo.

Sorri, alegre.

— Poderíamos nos fantasiar também? - perguntou Clayton animado.

— Sim, sim. Essa é uma boa ideia, Clayton. É claro que vocês precisam ter algo que diferencie, para que os clientes saibam quem são os funcionários, mas pensaremos em algo depois. Então é isso. A festa à fantasia. Alguém mais tem alguma ideia?

Ninguém respondeu.

— Está bem, se caso tiverem, não hesitem em vir falar comigo. Estão dispensados, mas não se esqueçam que o bar abre às sete hoje. Os vejo mais tarde.

Todos se levantaram. Alguns foram embora rapidamente, outros ainda ficaram no bar. Hilary e Clayton vieram falar comigo.

— Foi uma ótima ideia Giselle - disse Hilary sorrindo.

— Foi mesmo - disse Clayton. - Eu só não sei o que posso usar.

— Com certeza você vai descobrir - disse para ele.

— Eu já vou indo. - Clayton olhou para Hilary. - Quer uma carona, linda?

— Vou aceitar. Até mais tarde Giselle. Ah é, você não trabalha de sábado né?

Hilary não fez a pergunta com sarcasmo, mas mesmo assim me senti mal.

— Não. Hoje eu venho - respondi. Não ia fazer nada em casa mesmo, pelo menos ganharia uma grana a mais. E também não deixaria as pessoas ficarem pensando o mesmo que Enzo. Era isso o que ele queria.

— Então tá! - ela sorriu. - Até mais tarde.

Os dois foram embora, mas não fiquei sozinha por muito tempo. Enzo achou uma maneira de me encurralar.

— Como você consegue? Como faz para as pessoas gostarem de você e fazer tudo o que você quer?

Ele estava sendo sarcástico. Como eu odiava aquilo.

— Não sei do que você está falando - me fiz de besta e tentei ir para o mais longe dele possível. Enzo deu a volta e parou na minha frente.

— Sabe sim - então me olhou nos olhos. - Por que tem um desenho meu?

Droga! Isso de novo. Ele não desistiria nunca?

— Eu já disse que não é você.

Ele sorriu debochadamente.

— Eu não entendo nada de arte, mas é meu rosto naquele papel - então ficou sério. - Foi você que fez?

— Não! - apressei-me. - Quer dizer... Olha não é você, tá? Já disse.

Tentei sair mais uma vez, e nada. Ele não cansaria até que eu confessasse.

— Já entendi que você não vai dizer que sou eu. Mas não é isso que tô perguntando. Vamos fazer assim, eu vou perguntar de outro jeito, para vê se você entende. Por que me desenhou?

— Por que está insistido nisso? Que importância tem? Não gostaria se por acaso eu ficasse perguntando sobre algo que você não quer falar.

— Como assim? Do que você está falando? - perguntou preocupado.

— Acho que você não vai querer saber - fingi saber de alguma coisa. Então me virei. Quando pensei que tinha me livrado dele, senti sua presença atrás de mim e sua voz no meu ouvido:

— Cuidado. Não brinca comigo garota. Eu não gosto desse tipo de jogo - então se afastou.

O que quer que seja que Enzo pensasse que eu soubesse, ele não gostou nem um pouco.

***

Alguns dias se passaram e Nico me chamou em seu escritório. Eu não sabia o que ele queria, mas precisava perguntar uma coisa à ele. Porém deixei que ele falasse primeiro.

— O quê? - perguntei, como se não tivesse entendido o que ele tinha acabado de falar. Eu não tinha escutado direito. Era isso.

— Por favor, Giselle - disse Nico calmamente. - Eu acho que vai ser bom para vocês, passarem um tempo juntos.

Eu quase ri.

— Nico - tentei ser o mais gentil possível. - Seu cunhado não gosta de mim. Nem um pouco. Isso não é uma boa ideia.

— Eu já conversei com o Enzo.

— E o que ele disse? - perguntei curiosa, mesmo já sabendo a resposta.

— Não vou mentir. Ele quase quebrou a cadeira na minha cabeça.

— Isso não me surpreende.

— Eu tenho certeza de que vai dar tudo certo.

Eu não tinha essa certeza, mas também sabia que não daria em nada ficar dialogando com ele sobre isso. Nico era o meu chefe e ele não estava pedindo como um amigo, ele estava exigindo como patrão, mesmo sendo tão simpático como estava sendo.

Já que não tinha jeito de fazê-lo mudar de ideia, achei melhor perguntar o que eu queria.

— Nico, posso te pedir uma coisa?

— Claro. Se eu puder ajudar.

— No dia da festa. Será... Que tem como eu me apresentar? - antes que ele pudesse responder, eu terminei de falar. - Eu juro que é só uma música, depois eu volto a trabalhar como os outros.

— Não sabia que você cantava - disse ele surpreso.

— Não, mas eu não canto. Eu só danço.

— Dança? Dança o quê?

— Dança do ventre. Faz um tempo que eu não me apresento. Muito tempo, na verdade, então seria uma forma de matar a saudades.

— É claro que pode Giselle. Você merece por ter tido a ideia da festa.

— Obrigada - sorri satisfeita e saí da sala.

Eu estava um pouco enferrujada, mas treinaria antes da apresentação.

***

Naquela mesma semana, eu e Enzo fomos comprar os enfeites da festa à fantasia. Ele disse que conhecia uma loja legal onde vendia esse tipo de coisa.

Enzo não dizia nada enquanto dirigia, ele não tinha gostado nem um pouco da ideia de Nico juntar a gente para fazer isso. Eu mesmo não tinha gostado, estaria me divertindo muito mais se tivesse vindo com Clayton. Ele sim era legal.

— Está muito longe? - perguntei depois de um tempo.

— Não muito.

Depois de alguns minutos, Enzo estacionou em frente à uma lanchonete e desligou o carro.

— O que está fazendo? - perguntei, mas ele saiu do carro, como se não tivesse me escutado. - Ei! Espera!

— Pode ficar no carro - disse ele enquanto eu abria a porta. - Só vou pegar um bolinho de chuva, de repente me bateu uma fome.

O quê? Ele só podia estar brincando com a minha cara.

Saí do carro e fui atrás dele. Enzo entrou na lanchonete como se não me conhecesse. Como se não tivéssemos acabado de sair do mesmo carro.

O espaço não era tão grande. Os bancos e mesas eram grudados no chão e encostados na parede, onde havia um vidro como janela. O balcão ia de uma parede à outra. Por trás dele havia pãezinhos e doces de todos os tipos e gostos e uma mulher jovem, que agora atendia Enzo com um sorriso no rosto. Ela usava um boné e um uniforme com as iniciais T.W estampados neles.

— Por favor, uma duzia de bolinhos de chuva.

Esperei sem paciência do lado dele. Ele sequer olhava para mim. Foi aí que me distraí com algo. Algo não. Uma pessoa. Um homem, para ser mais exata. Ele entrou sozinho na lanchonete. Usava apenas roupas pretas e um óculos escuro. Então ele tirou uma arma de dentro da camisa, tão rápido, que eu quase não vi.

— Isso é um assalto! Todo mundo pro chão! Agora!


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Notas finais do capítulo

Espero, de verdade, que estejam gostando. Comentem, ou favoritem.