Intercâmbio escrita por LaisaMiranda


Capítulo 21
Capítulo 21


Notas iniciais do capítulo

Gente, primeiramente eu quero pedir MIL DESCULPAS, por não ter postado esses dias. Eu realmente não tive tempo para concluir o capitulo. Domingo fiquei quase o dia todo fora, segunda não deu para escrever e terça eu também não fiquei em casa, e só hoje consegui tempo.

Juro que não estou enrolando vocês, pois quem está acostumado a ler esses "avisos", sabe que eu termino e já posto. Não costumo ficar enrolando, pois sei que isso é chato para os leitores que acompanham uma história. Eu penso assim; "se eu não gosto, por que vou fazer com outras pessoas?"

Espero, de verdade, não ter perdido leitores!!

Bom, para aqueles que não abandonaram "Intercâmbio", lá vai o capitulo. Boa leitura!!



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Meu corpo, todo o lugar que ele tocava, queimava com o calor. Quando Enzo me tocava sentia como se meu corpo estivesse pegando fogo. Tudo o que eu conseguia ouvir era meu coração batendo e o som das nossas respirações. Quando Enzo se espalhou por cima do meu corpo, temi que nunca mais fosse conseguir recuperar o fôlego. E não demorou muito até estarmos completamente nus.

Entrelacei meus braços em volta de seu corpo envolvente, acariciando a pele macia e firme das costas dele. Ainda não conseguia me sentir próxima o bastante, não conseguia tocá-lo o suficiente para satisfazer a ânsia ardente que crescia dentro de mim. Inclinei a cabeça para trás num gesto de boas-vindas enquanto ele traçava uma linha de beijos ao longo do meu pescoço. Ele estava ardente em meus braços, minha paixão corria tão intensa quanto a sua. Enzo então me beijou enquanto nossos corpos se uniam.

Ele me segurou firme e me sentou junto ao seu corpo. Nossas respirações estavam altas e arfantes. Enzo passou a mão pelo meu rosto afastando os fios de cabelos que escondiam meu olhar. Ele fixou seus olhos nos meus e senti que, tanto o meu corpo e mente, foram preenchidos com ele e eu perdi completamente os meus sentidos. O beijei de novo, me agarrando mais e mais a ele. E Enzo me deitou na cama, me segurando como se eu fosse muito preciosa. Me beijou com ainda mais sede e seus movimentos foram ficando cada vez mais intensos e mais ansiosos.

Saboreei o gosto da boca dele na minha, o cheiro do desejo dele que perfumava o ar e a maciez quente da pele sob as minhas mãos, a temperatura e o coração dele batendo depressa, assim como o meu. Enzo continuou beijando cada parte do meu corpo que podia, fazendo uma pausa, uma vez ou outra, na tarefa sublime de me beijar. Meu coração disparou de alegria em meu peito, enquanto o sangue corria quente pelas minhas veias. Estava cheia de felicidade apenas com o calor daquele corpo no meu e percebi que ele era a única pessoa que já me fez sentir desse jeito na vida. Eu o amava e agora podia sentir isso de todas as maneiras.

***

Acordei aos poucos e fui me lembrando do que tinha acontecido. Antes de abrir os olhos, senti uma das pernas de Enzo sobre a minha e o corpo dele próximo ao meu. Não tinha sido um sonho, tinha sido verdade. Quando finalmente abri os olhos, com um sorriso espontâneo no rosto, ele estava me observando, sorrindo também. Olhei direto para aqueles olhos azuis e percebi que eu tinha acabado de acordar e Enzo estava me observando enquanto eu dormia.

— Ai meu Deus! - disse rapidamente, puxando o lençol para cobrir a minha cara - Você estava me vendo dormir, Enzo!

— Para de besteira, Giselle. - respondeu ele, puxando o lençol , mas não deixei.

— Eu devo estar horrível. Toda borrada da maquiagem.

— Você está linda. - disse ele, finalmente conseguindo ver meu rosto de novo.

Ficamos nos olhando por um tempo. Eu ainda não acreditava que isso tinha acontecido. Enzo foi tão carinhoso. Ele se deitou e eu deitei também só que coloquei minha cabeça no peito dele. Enzo acariciou meu cabelo.

— Não se arrependeu? - perguntei hesitante, mas eu precisava saber se ele fez aquilo só porque eu estava dançando e o deixei com desejo.

— Nem por um minuto. - olhei para ele de novo e ele se aproximou, buscando minha boca e me deu um selinho - Eu tinha me esquecido de como é bom fazer amor.

Sorri espontaneamente. Eu não podia estar mais feliz. Ele tinha percebido que eu era a mulher certa. Descansei o rosto sobre o peitoral largo dele e acariciei distraidamente o seu abdômen rijo.

— Você não sabe como eu esperei por isso. - comecei - Não pelo sexo, mas por você.

Eu queria dizer mais, porém não encontrava as palavras certas.

— Eu entendo o que você quer dizer. - respondeu Enzo devagar e pensativo - Eu realmente pensei que isso não pudesse acontecer tão rápido. Para algumas pessoas, talvez, um ano seja pouco, mas para mim não. Porém não estou me sentindo mal, como se tivesse traindo ela de alguma forma, pelo contrário. Acho que agora entendo o que todos sempre me diziam, que eu tinha que seguir em frente. Que Claire fosse querer isso também.

Enzo me virou, ficando por cima de mim mais uma vez.

— Fico feliz que foi com você.

Sorri esperando ele dizer... Dizer aquelas três palavras, mas ele só me observou com cuidado. Eu tinha que ser paciente. Um passo de cada vez.

— Eu também. - respondi, passando as mãos pelos cabelos deles.

— Sabe, às vezes penso que talvez não foi coincidência você ter ficado lá em casa. Quer dizer, poderia ter sido qualquer outra pessoa que se inscreve no programa, mas por alguma razão, foi você que foi parar junto comigo.

O beijei com carinho. Enzo agarrou minha cintura, respondendo ao beijo com entusiasmo, o afastei rindo.

— Não acredito que fizemos isso na cama do Clayton. - ele também riu, depois que o fiz se lembrar - O que exatamente você fez para que ele não aparecesse na própria casa?

— Eu paguei ele.

Fiquei perplexa.

— Era o único jeito. E o que você disse para Lacey? - perguntou, mudando de assunto.

— Lacey? - indaguei preocupada, me lembrando dela - Meu Deus, Enzo, que horas são?

Ele olhou no relógio que lhe dei de presente de Natal.

— Vai dar seis horas!

— Sei horas? - gritei, afastando ele e me sentando - Precisamos ir embora. Eu disse para sua irmã que fui numa excursão com a escola. Já era para eu ter voltado.

Me levantei da cama com o lençol enrolado no corpo e peguei a mochila jogada no chão, procurando o celular. Tinha várias ligações perdidas e um monte de mensagens perguntando onde eu estava.

— Ela está me procurando. O que eu faço? - perguntei, olhando para Enzo.

— É melhor voltarmos então. - ele se virou e buscou a cueca no chão.

Depois de nos vestirmos, Enzo me deixou em casa, mas disse que era melhor eu ir primeiro e depois de uma hora ele voltaria. Fiquei nervosa de ter que encarar Lacey sozinha, mas era melhor assim.

Quando cheguei em casa, para o meu alivio, ela não estava na sala. Então subi para o meu quarto. Escondi a mochila de baixo da cama e procurei por uma roupa para usar depois de tomar banho, quando estava prestes a sair do quarto, avistei Lacey se aproximando.

— Para quê existe celular se você não atende? - perguntou ela, com os braços cruzados, encostada na parede. Lacey não estava contente.

— Desculpa, ele descarregou. - menti. Cada vez me sentia pior por enganá-la.

Lacey ficou me observando por alguns segundos. Ela estava séria, talvez desapontada. Será que desconfiava que eu estava mentindo?

Ela se aproximou de mim e pegou minha mão, levando-me a sentar na cama junto com ela, olhando para mim, ainda daquele jeito.

— Aconteceu alguma coisa?- perguntei me preocupando.

Yeah! Achei que você fosse minha amiga.

— É claro que eu sou Lacey. - disse, me preocupando mais ainda. Por que ela estava dizendo aquilo?

— Então por que não me contou sobre você e o Enzo?

Ela sabia! Mas como?

— É, eu sei Giselle e já faz um tempo. Eu só pensei que você fosse me contar. Pelo menos você! Por isso eu insisti tanto para saber quem era o cara, mas você não quis me dizer.

— Desculpa. Eu juro que eu queria, mas o Enzo...

Please. Não coloca a culpa nele. Meu irmão pode ter seus motivos, mas você?

Abaixei a cabeça e quando voltei a falar, não olhei para ela.

— Acho que tive medo. Ele é seu irmão e... Eu sei que isso não é desculpa.

— Você achou que eu não fosse gostar de saber? - perguntou Lacey surpresa. Não respondi, ainda não tinha coragem de voltar a encará-la - Porque eu não entendo! Eu queria saber o motivo que levou vocês a esconderem isso de nós. Porque estou tentando entender a razão, mas não consigo!

Continuei com a cabeça baixa, sendo covarde demais para dizer qualquer coisa. Lacey respirou fundo e se levantaria, mas a impedi.

— Me desculpa. - pedi, segurando na mão dela e sentindo meus olhos se encherem de lágrimas - Eu sempre faço isso, eu sou medrosa e às vezes acabo fazendo besteira achando que isso pode causar algo ruim. A última coisa que eu queria era magoar você.

— Eu podia mentir e dizer que não estou, mas estou sim chateada. Poxa, vocês me fizeram de besta esse tempo todo. No ano novo... - olhei surpresa para ela - Nico desconfiou a partir daí e me contou da conversa que teve com Enzo. E depois fiquei observando vocês e saquei. Só não entendi por que esconder isso de nós!?

— Desculpa. - disse novamente, eu só conseguia dizer isso. Nada mais parecia suficiente.

— Giselle, você foi a melhor coisa que aconteceu para o Enzo nesses últimos meses. Achei que me conhecesse melhor que isso. Achei que confiasse em mim.

Ela se levantou.

— Não estou zangada, mas realmente preciso de tempo para essa magoa ir embora. Talvez amanhã eu esteja melhor. Afinal eu não sou uma pessoa que guarda magoa por tanto tempo. Meu coração é mole demais. Eu só queria que você soubesse que eu sabia, já que não foi você que me contou.

Então ela saiu do quarto e eu me senti um lixo de amiga. Lacey estava completamente certa por ficar chateada comigo. Eu merecia isso. E precisava conversar com Enzo, mas ele não chegou depois de uma hora, como havia me dito.

Um pouco antes do jantar ele apareceu e depois foi tomar banho, então não conseguimos conversar a sós.

Na hora do jantar estava aquele silêncio constrangedor. Lacey não falava nada, o que era muito estranho, porém eu sabia o motivo daquilo tudo.

— Então, como foi o dia, aniversariante? - perguntou Nico, quebrando o silêncio da mesa.

Fiquei nervosa com a pergunta, me lembrando de que Nico sabia sobre nós e que talvez estivesse imaginando que passamos juntos, não tecnicamente "juntos", mas juntos mesmo assim.

— Normal. - respondeu Enzo, como se não tivesse acontecido nada de interessante. Mal sabia ele que os outros dois na mesa já sabiam de tudo.

— Já sabemos que você estava com a Giselle, brother! Não precisa disfarçar! - disse Lacey secamente, olhando para a comida.

Enzo olhou de supetão para a irmã e depois para mim. Tentei demonstrar pelo olhar que ela tinha descoberto quando eu cheguei, e que eu não tinha contado nada.

You look surprised!— Lacey voltou a dizer, olhando para a cara de Enzo - Imagina como eu fiquei ao saber da notícia? E ah, não foi por vocês! - Lacey abriu um sorriso falso.

— E daí que eu não te contei! - disse Enzo agressivo - Isso não é da sua conta!

— Enzo. - tentei dizer, mas ele colocou a mão na frente da minha cara para que eu não dissesse nenhuma palavra a mais.

— Não, it's not of my business. Mas eu pensei que meu irmão, que mora na minha casa, fosse me dizer que estava com uma pessoa, que também está vivendo na minha casa, e que eu pensei que fosse minha amiga.

Enzo se levantou com tudo da mesa.

— Isso é sério Lacey? - disse ele, com a voz alta - Agora você vai ficar jogando na minha cara só porque eu vivo aqui? E só por causa disso eu tenho que te dizer qualquer merda que estiver acontecendo na minha vida?

Tentei não levar para o pessoal a palavra merda que ele tinha usado, mas não consegui. Eu sabia que ele estava dizendo aquilo no calor da emoção, para atingir Lacey, e não porque aquilo significava isso para ele. Pelo menos eu tentei pensar dessa maneira.

Yes! Yes! — gritou Lacey, também se levantando - Você é meu irmão! Dammit! Eu esperava mais de você Enzo! Eu realmente esperava!

— Amor, calma. - Nico tentou acalmar a noiva.

— Eu não preciso ficar escutando sermão de você! - gritou Enzo saindo da cozinha.

— Enzo! Enzo! - gritou Lacey, mas ele não parou.

Fiquei ali, sentada no banco, sem saber o que fazer.

Lacey começou a falar tão rápido que eu não consegui entender quase nada. Mas ela realmente estava chateada com o comportamento de Enzo. Eu também não achei tudo aquilo necessário. Aliás, eu não tinha entendido por que Enzo se comportou daquela maneira.

— Eu vou para o meu quarto. - disse Lacey, por fim, mais calma. Ela saiu da cozinha, mas Nico ficou. Ajudei ele a tirar a mesa.

— Isso tudo é culpa minha. - lamentei.

— Você não tem culpa de nada, Giselle. - Nico colocou a mão no meu ombro, apertando os dedos um pouco, de forma confortadora - Esses dois não são de brigar, mas quando isso acontece é assim. Parece que é o fim do mundo. Enzo é muito explosivo e quando ele explode com Lacey a coisa sempre acaba feia.

Abaixei a cabeça, ainda me sentindo culpada.

— Não fica assim. Você vai ver que amanhã tudo ficará melhor. O casamento está chegando e deve ser por isso que ela anda tão estressada nesses últimos dias.

É, podia ser isso! Mas nada que Nico dissesse poderia me fazer sentir menos culpada.

Depois de ajudar na cozinha, subi e bati na porta do quarto de Enzo. Ele abriu a porta sem olhar para mim e se sentou na cama. Estava mexendo em alguma coisa no notebook. Fechei a porta e tentei encontrar as palavras para começar a conversa.

— Por que fez aquilo na cozinha?

Enzo olhou para mim, como se dissesse: Você também?

— Como ela descobriu, afinal? - perguntou ele, sem responder minha pergunta.

— Ela já sabia. Só estava esperando um de nós dizer. Ou pelo menos, eu dizer.

— Você não precisava. Isso não é da conta dela - disse ele usando o mesmo tom que usou com Lacey.

— Como não? Ela é sua irmã, Enzo! Eu moro na casa dela. Eu já estava me sentindo muito mal por ficar mentindo e agora estou pior.

Enzo se levantou e pegou minha mão.

— Não precisa ficar se sentindo assim. A gente não fez nada de errado.

— Você não queria que ela soubesse? Tipo, nunca? - Ele desviou os olhos - Enzo?

— Não achei que fosse necessário. - disse ele, ainda não me olhando nos olhos.

— Por quê? - me esforcei a dizer, com medo da resposta.

— Porque quanto mais gente soubesse, mas real isso se tornaria. - ele me olhou e vi tristeza em seu rosto.

— Você não acha isso real? - perguntei, sentindo meus olhos arderem.

— Eu... - ele respirou fundo e devagar - Eu não sei. A verdade é que estou com medo, ainda mais agora que eles sabem de tudo. Quer dizer, que eu sei que eles sabem de tudo.

— Eu preciso que você seja mais claro, porque não estou entendo.

Enzo se aproximou, pegando no meu rosto.

— Não vamos mais falar disso, tá! Hoje o dia foi tão bom, não vamos estragar.

— Enzo, você que está estragando, não percebe? - disse, não conseguindo segurar a lágrima que escorria pelo meu rosto.

— Não é nada com você. Eu sei o que eu quero e é disso que eu tenho medo.

— Medo de que? - perguntei, ele não respondeu - De me perder?

Enzo abaixou a cabeça.

— Enzo, eu não vou a lugar nenhum.

— Você não pode prometer isso.

— Não. Não posso. - disse olhando em cada um dos olhos dele, bem devagar - Mas estou aqui agora. E estou pedindo para que você se entregue. Que se permita encarar a si mesmo de frente, sem medo de que outras pessoas saibam o que está acontecendo de verdade. Como quando você está comigo, e é diferente.

Deslizei as mãos pelos seus cabelos, abaixando-as e pousando-as no seu pescoço.

— Faça isso, por mim pelo menos.

— Vou tentar. - respondeu ele, depois de um tempo - Por você.


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Notas finais do capítulo

É isso, pessoal. Desculpa, mais uma vez, pela demora. Vou tentar ser rápida da próxima vez. Esses últimos dias, realmente foram corridos.

Espero que tenham gostado dessa continuação do ultimo capitulo. E espero por mais comentários. Quero saber o que acharam!