Intercâmbio escrita por LaisaMiranda


Capítulo 22
Capítulo 22


Notas iniciais do capítulo

Obrigada a todos que comentaram e aos outros que eu sei (e espero) que ainda estejam acompanhando (mesmo nãoo comentando) a história.

Boa leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/607514/chapter/22

 

Faltava apenas uma semana para o casamento de Lacey e Nico, e como toda noiva, Lacey estava nervosa e estressada. Ela já tinha me perdoado por esconder a minha relação com o seu irmão e já estava conversando com Enzo de novo. Era como se aquele dia tempestuoso nunca tivesse acontecido.

Estava tudo indo bem, até Lacey receber aquela ligação.

This is not happening! Isso não está acontecendo! - disse Lacey entrando abatida na cozinha, com o telefone na mão.

— O que houve? - perguntei preocupada, olhando para o rosto dela, que parecia que vomitaria - Lacey?

Me aproximei depressa enquanto ela se sentava para não cair no chão. Lacey olhava para o nada.

— Meu Deus! Me fala o que aconteceu! Você está me assustando! - disse apavorada. Ela enfim olhou para mim.

— A igreja pegou fogo.

— Como assim?

— O que eu vou fazer? - Lacey pousou a testa na mesa, querendo chorar.

— Isso é sério? Quero dizer, como uma igreja pode pegar fogo?

I don't know!— respondeu ela, levantando o rosto para me encarar - Tudo o que eu sei é que não tem como eu me casar lá. Eu não vou me casar! - completou desesperada.

— Calma. A gente vai resolver isso... - "de alguma maneira", eu continuaria, mas a voz de Nico me impediu:

— O que vocês vão resolver? - perguntou ele entrando na cozinha, distraído - Quer saber? Se for sobre o casamento eu nem quero saber, porque eu já estou...

— Não vai ter mais casamento. - disse Lacey quase sem voz.

— Como é que é? - indagou Nico, observando Lacey, confuso. Vi medo em seus olhos.

— A igreja pegou fogo. - completei, vendo que Lacey não conseguiria falar - Pelo menos foi isso o que eu entendi que a Lacey me disse.

— Como assim pegou fogo? - gritou Nico zangado - E como assim não vai ter mais casamento? Eu paguei caro por isso...

— Eles disseram que vão devolver o dinheiro.

— Tudo bem. - disse Nico mais calmo, se aproximando de Lacey - Mas a questão não é o dinheiro agora, e sim nos casarmos.

— Que casamento? - Lacey estava quase chorando - Não temos onde nos casarmos. Essa igreja era a única disponivel, as outras estão livres só no final do ano. E os convidados... já sabem a data, e... I don't know what to do.

— Amor, a gente vai pensar em algo. - disse Nico, confortando-a em um abraço, mas ao olhar para mim enquanto fazia isso, ele não tinha certeza de nada.

Fiquei mal por Lacey. Ela estava tão animada com o casamento e agora tinha acontecido um imprevisto desse tamanho.

Contei para Enzo a triste notícia e ele disse que tinha um plano para resolver esse problema, só que Lacey não gostaria da ideia, porém era a única opção que eles tinham para conseguir se casar na data planejada.

Só pude escutar tudo quando ele estava contando para Nico. A ideia era o seguinte; se casar na casa dos pais de Enzo. Na mesma data, na mesma hora, só que no local diferente, já que eles moravam em Manchester. Enzo tinha certeza que seus pais não teriam problema nenhum em aceitar que o casamento se mudasse para lá, já que a maioria dos convidados (a parte da familia de Lacey) moravam naquela cidade.

— Você só está se esquecendo de um pequeno detalhe, Enzo. - disse Nico depois de escutar tudo - Sua irmã. Ela não vai concordar com isso tão fácil.

— Então ela não casa. - respondeu Enzo - É simples assim Nico. Faça ela perceber o que está perdendo e garanto que ela vai esquecer esse orgulho bobo.

— Não sei não. - Nico não estava tão convencido ainda.

— Se vocês acharem melhor, podem dar o dinheiro que gastariam na igreja para os meus pais. Mesmo eu achando que o Dr. Meurer não vai querer aceitar.

Nico respirou fundo algumas vezes antes de voltar a falar:

— Eu vou falar com ela, mas não vai ser fácil.

***

Realmente, convencer Lacey não foi uma tarefa fácil, mas o fato é que ela queria se casar. E logo! Então pressioná-la não foi tão difícil e Lacey acabou aceitando.

Quando dei por mim, a semana tinha passado rápido e estávamos todos de malas prontas para viajar.

Eu tive que pedir permissão para o professor Fernando antes de sair da cidade e ele me deixou viajar para Manchester, com tanto que eu voltasse logo.

— Isso vai ser um desastre. - disse Lacey, enquanto esperávamos os homens terminarem de descer o resto das malas - Um desastre do tamanho do mundo.

— Por que você está tão negativa? - perguntei.

— Você não conhece meu pais.

— Eu acho que eu conheço.

— Não, você conhece a versão deles no Natal. A versão, "não estou na minha casa". Minha mãe vai querer mudar tudo. You know, eu amo ela, mas... Ela não entende o meu gosto. Você tinha que ver a cara que ela fez quando eu fiz minha primeira tatuagem, e olha que nem foi a das maiores.

Eu ri.

— Vai dar tudo certo.

Fui no carro de Enzo. Lacey e Nico foram sozinhos no outro carro. Era preciso irmos separados, pois eles usariam o carro para viajar na lua de mel, e Enzo e eu precisaríamos voltar para Londres.

Nico contou que o pessoal no Crazy Joker iam todos juntos em uma perua. Will seria o chefe da festa (esse era o seu presente para Nico), então ficou encarregado de levar o resto dos funcionários com ele.

— Sua irmã está muito nervosa com tudo isso. - disse para Enzo, durante a viagem.

— Eu também estaria se estivesse no lugar dela.

— E você, está bem? - perguntei.

— Eu? - ele pareceu surpreso com a pergunta.

— Sim. Por causa do seu pai.

— Estou bem. Ele vai ter mais com que se preocupar, não esquenta.

Não conversamos mais e acabei dormindo durante o resto da viagem. Só acordei quando Enzo me chamou com cuidado, dizendo que já estávamos perto. Ele ainda estava dirigindo, só que um pouco mais devagar. Entramos por uma estrada estreita de terra, quase fechada por muitas árvores ao redor. Ao final da estrada, que foi se expandindo, comecei ver uma casa ao fundo. Casa essa, que parecia ser mais um castelo. Era branca e bem antiga.

O carro de Nico estava mais a frente, já entrando pelo portão azul de linhas retas, onde se podia ver o casarão por ele. Passamos pelo portão logo depois.

— Você morava aqui? - perguntei imaginando como seria crescer ali naquela casa. Eu não via a hora de ver como era dentro.

— Está impressionada?

Olhei espantada para a cara dele.

— Se você visse a minha casa entenderia por que estou reagindo dessa maneira.

Descemos do veiculo logo que Enzo estacionou atrás do carro de Nico, que já estava pegando todas as malas e levando lá para dentro. Observei a casa por fora enquanto Enzo tirava as malas. Eram 28 janelas só daquele lado. E sim, eu tinha contado. A estrutura da casa era antiga, mas ela parecia ter sido criada a pouco tempo de tão perfeita. Seus telhados eram lisos e cinzas, pontudos como castelos de contos de fadas. Ao fundo só dava para ver árvores e mais árvores. Nunca tinha visto uma casa tão maravilhosa na vida.

Enzo terminou de tirar as duas malas do carro e vi um senhor de preto se aproximar de nós.

— Como vai, Srta. Meurer? - disse o senhor para Lacey e depois olhou direto para Enzo - Oh, deixa que eu ajudo com isso, Sr. Meurer.

— Pode deixar, Alfie. - respondeu Enzo, fechando o porta-malas.

— Não precisa se incomodar, Sr. Meurer, eu faço isso. - Alfie então pegou as duas malas das mãos de Enzo e seguiu para a porta da frente.

— Vamos entrar. - Enzo pegou na minha mão. Fiquei surpresa por isso, ainda não tinha tanta certeza como ele reagiria na frente dos pais, quando se tratava de nós, é claro - Você não vem Lacey?

Ela ainda estava parada, olhando para a casa na nossa frente.

— Se tudo der errado a culpa vai ser sua, por ter dado a brilhante ideia pro Nico. - ela passou por nós, entrando finalmente pela porta.

— Vai ser um fim de semana longo. - queixou-se Enzo, então entramos.

Fiquei mais espantada ainda ao ver como a casa era por dentro. A primeira coisa que reparei foi que não parecia uma casa, e sim que estávamos na entrada de um museu, ou numa exposição de arte. Havia uma escada fabulosa, onde a primeira vista parecia ser duas, pois no inicio eram separadas, uma de cada lado, e se uniam ao final. Do lado esquerdo havia um escritório e do outro lado uma pequena sala de estar, muito sofisticada.

— Que bom que já chegaram. - escutei a voz de Helena, e quando procurei por ela a vi descendo a escada. Ela estava linda - Afinal temos muito o que fazer.

Helena deu um abraço em Lacey e depois em Nico.

— Sejam bem-vindos. Vai ser um casamento maravilhoso. - ela sorriu para os dois e finalmente olhou para Enzo, que soltou minha mão instantaneamente, assim como a tinha colocado ali alguns minutos atrás - Filho, como está? - perguntou, abraçando Enzo.

— Estou bem, mãe. - ele se afastou.

— Giselle, não é? - perguntou ela simpática.

— Sim. - sorri e recebi seu abraço com agrado.

— Estou muito feliz que todos estão aqui.

— E Max? - perguntou Nico.

— Foi resolver uns assuntos. É sexta, não fim de semana, assim como ele costuma dizer. Bom, o quarto de vocês estão prontos e vocês já sabem onde ficam. Só Giselle que ainda não conhece aqui, então vou mostrar para ela.

Enzo tentou me dizer alguma coisa com o olhar, mas não consegui entender. Helena me puxou para o andar de cima. Enzo, Lacey e Nico nos seguiram, mas acabaram indo para o outro lado da casa. Legal, meu quarto ficava separado deles.

— Estou muito feliz que o casamento vai ser aqui. - disse Helena - Vai ser muito bonito.

— Sim. Será. - disse, não sabendo o que responder ao certo.

Finalmente chegamos em frente a uma porta de madeira oval, que tinha duas maçanetas.

— Eu não tinha certeza se você viria, então não pude arrumar um quarto melhor. Mas espero que você não se importe em ficar no quarto de hospedes.

— Não tem problema. - disse a verdade.

A porta se dividiu ao meio ao se abrir e deparei com aquele quarto maravilhoso. Se esse era o quarto de hospede, fiquei imaginando como seria o quarto dela.

— Uau. - não consegui segurar.

— Você gostou? - perguntou ela.

— É lindo.

— Vou te deixar sozinha então. Você deve querer privacidade.

Ela saiu e me deixou sozinha no "quarto de hospede". Minha mala já estava em cima da cama, aquela cama de casal, com lençóis de seda branco. O quarto todo era completo. Havia duas cômodas branca, uma perto da cama, onde havia um abajur em cima, e outra do lado do guarda-roupa de três portas e duas gavetas. A cama estava encostada perto da janela, que era quase toda aquela parte da parede. Uma cortina transparente, com franjas marrom na parte de cima, cobria a janela, mas consegui ver as árvores através dela. Nem meu quarto era tão bonito assim. Eu estava encantada.

Escutei passos atrás de mim e me virei, vendo Enzo entrar no quarto.

— Desculpa. - começou ele, se aproximando de mim - Acho que fiquei com medo da atenção virar para mim, se ela descobrisse logo de cara. E eu não quero. Eu preciso contar direito sobre nós.

— Está tudo bem. - disse, segurando na mão dele - Então, o que achou do meu quarto?

Sorri besta, ele levantou a sobrancelhas.

— É bonito, mas o meu é mais. Acho que você vai preferir dormir lá a noite.

— Pensei que você não quisesse virar os centro das atenções, e é isso o que vai acontecer se nos pegarem no flagra no seu quarto. - brinquei.

— Acho que posso correr esse risco. - ele me puxou e me deu um beijo. Entrelacei os braços em seu pescoço. Quando ele parou encostou a testa na minha

— Quero te mostrar um lugar.

Saímos pelos fundos, passando pela cozinha e saindo pelo quintal. Era tudo muito verde, para todos os lados que eu olhava. Tinha uma piscina mais ao fundo, não tão grande, mas também nem pequena. Mesas e cadeiras para se acomodar, protegidos pelo sol. Uma rede de dormir. Mas Enzo não parou por ali. Ele continuou me levando até que estávamos um pouco longe da casa. Quase perto da cerca que impedia de entrarmos na floresta.

— O que estamos fazendo aqui? - perguntei, não entendendo nada. Enzo se sentou na grama e me convidou para fazer o mesmo.

Quando me sentei, ele se aproximou me dando um beijo, me fazendo deitar na grama. Ao se afastar, colocou os dedos delicadamente na minha boca.

— Você é muito bonita. - disse, me observando.

— Obrigada. Você também. - passei a mão pelo rosto dele pousando-a ali, esperando que ele me beijasse novamente.

Esperei ansiosa até sua boca chegar na minha. Enzo me beijou devagar, como se fosse a primeira vez que estivesse fazendo isso.

Que lugar é esse? perguntei, quando paramos de nos beijar. 

Eu costumava vir aqui quando mais novo. Na verdade, era onde eu me escondia, quando não queria ver mais ninguém. 

Passei a mão de leve em seu maxilar. Enzo tinha tantos segredos, tanta história não contadas. Eu quero saber tudo. E fico feliz quando ele me conta. 

Ele voltou a me beijar. Dessa vez apertando minha cintura com força, e logo após, descendo a mão para a minha perna.

— Estou com saudades de você, fica comigo hoje. - pediu ele, me beijando e falando ao mesmo tempo. Senti um calafrio bom, eu também estava sentindo falta dele.

— E seus pais? Você não queria conversar com eles primeiro?

— Eu vou conversar. - ele se deitou na grama e fiz o mesmo, encarando as estrelas do céu - Só não sei como ainda.

Ele estava preocupado, eu podia sentir. Coloquei minha mão em cima da dele.

— Enzo, você não precisa fazer isso por mim.

— Não é só por você que eu quero fazer isso. - ele virou o rosto e me deu um meio sorriso - Então, você ainda não me respondeu. Vai passar a noite comigo?

Sorri e ele soube o que eu tinha decidido. Ele definitivamente tinha poder sobre mim.

***

O jantar estava delicioso, mas o clima estava estranho. Lacey quase não falava, ela com certeza devia estar nervosa com o casamento. Já sua mãe não parava de conversar, dizendo que tinha encomendado flores para enfeitar o quintal, onde aconteceria o evento. Enzo só abria a boca quando seu pai Max, chamava sua atenção, e depois disso as coisas ficaram ainda piores. 

Sua irmã vai se casar, quando você pretende fazer o mesmo, Enzo? pergunou Max para o filho. 

Não sei, pai. Enzo respirou fundo. Uma coisa de cada vez. 

Como assim? perguntou Helena, animada. 

E o que isso quer dizer? Max estava curioso. 

Estou namorando alguém. Enzo encarava a comida enquanto falava. Fiquei nervosa. Não sabia que ele ia dizer agora. Olhei para a mãe de Enzo e ela estava radiante. Já seu pai estava sério, como sempre. 

E porque não a trouxe para que pudéssemos conhecê-la? 

Enzo encarou o pai. 

Ela está aqui. Enzo olhou para o lado, para a minha cara. É a Giselle. 

Silêncio. 

Não consegui olhar por muito tempo para os rostos dos pais de Enzo. Definitivamente, isso não tinha sido como planejei. 

Uau disse Helena, num suspiro, que eu não consegui decifrar. Ela estava feliz? Desapontada? 

Isso é... inesperado é só o que escutei de Max naquele jantar. Depois disso Nico puxou uma conversa aleatória, para cortar o clima constrangedor. 

***

— Acho que seu pai não gostou de saber que estamos juntos. - disse, enquanto sentia Enzo beijar meu pescoço. 

Não conseguimos conversar depois do jantar, e quando entrei no quarto dele, Enzo começou a me beijar e não parou mais. Ou estava ansioso para estarmos juntos logo, ou descontando nos beijos a raiva que estava sentindo do pai dele. Eu acho mais que é a segunda opção.

— Não liga para ele. - respondeu Enzo, voltando a me beijar, ele não parecia interessado em ouvir o que eu estava tentando dizer.

— Enzo, por favor. - o afastei para que ele pudesse olhar para mim.

— O quê? - indagou ofegante.

— Você não vê problema nisso? - perguntei, também recuperando o fogo.

Ele respirou fundo e se sentou na cama.

— Meu pai é assim. Quer que eu namore, mas nunca aceita a mulher que eu apresento para ele. Foi assim com a Claire, antes de ele conhecer ela de verdade, e vai ser assim com você também.

Ele tentou recuperar o fôlego.

— Meu pai é meio possessivo, e como eu sou o único filho... Ele quer que eu siga os passos dele. E isso inclui encontrar uma mulher igual a minha mãe.

Nossa, a família dele realmente era complicada.

— Acho que você já deve ter se perguntado por que eu vivo com a Lacey. O motivo é meu pai. Essa casa é legal? Sim, é. Mas pelo menos na casa da minha irmã eu posso ser eu mesmo, fazer as coisas sem me preocupar com o que Dr. Meurer vai pensar.

Passei a mão no rosto dele, me sentindo uma idiota por ter feito ele falar tudo aquilo.

Enzo se aproximou me dando um beijo e quando dei por mim já estávamos fazendo amor.

Enquanto estávamos abraçados, sentindo e beijando o corpo do outro, me senti completa. Feliz. Eu sabia que não existia essa história de felizes para sempre, então, por um momento, não deixei de pensar no dia em que iríamos nos separar, pois na realidade, não há mais para ir após o final feliz. E isso era aterrorizante.

Ainda não estava dormindo, apenas de olhos fechados, abraçada ao corpo de Enzo. Eu tinha que me levantar e ir para o meu quarto. Amanhã o dia seria cansativo e eu teria que levantar cedo para ajudar Lacey e Helena com o casamento. Porém não queria me afastar de Enzo, estava tão bom ali, agarrada a ele, depois da noite maravilhosa que tivemos.

— Eu não mereço o seu amor - ouvi ele sussurrar, depois de um momento. Fiquei surpresa, pois achei que ele estivesse dormindo e fiquei me perguntando se ele achava que eu estava acordada - Mas você o dá para mim de qualquer maneira.

Ele acariciava meus cabelos de forma que eu quase não sentia. Se estivesse realmente dormindo, duvido que pudesse sentir algo ou escutar o que ele dizia.

— Eu queria tanto me entregar mais para você... Só que eu não consigo.

Eu queria dizer alguma coisa, mas Enzo achava que eu estava dormindo e por isso estava dizendo aquelas coisas. Talvez ele dissesse o que eu tanto queria ouvir saindo de sua boca. Fiquei com medo de abrir os olhos e ele perceber que eu estava acordada, então continuei imóvel. Senti a respiração dele sob meu rosto e esperei ele falar mais, só que não escutei mais nada. Então, sem perceber, acabei adormecendo em seus braços.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Esqueci de agradecer lá em cima, então agradeço agora as pessoas que já favoritaram. Muito obrigada mesmo. Espero por mais comentários sobre o que acharam desse capítulo.