E se tivesse uma garota no Instituto Imperial? escrita por Hissa Odair


Capítulo 43
A verdade é que ...


Notas iniciais do capítulo

Olha vou logo avisando: Eu não sei por que porcaria eu decidi colocar romance na fanfic sendo que eu descobri que eu não sou boa em fazer esse gênero! Espero que me entendam. Eu fiz o melhor que pude ...



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Sakuma Pov's

–Bom, continuando ... Espere, o que acontecer aqui não sairá daqui certo? - ela perguntou.

–Eu juro que não vou falar nada - jurei.

–Bom, continuando ... Espere um instante - ela se levantou foi até a porta, abriu olhou se tinha alguém fora, voltou a fechar a porta.

–O que está fazendo? - perguntei estranhando o comportamento.

–Nada de mais - ela disse olhando pela janela, e voltou a se sentar.

–Bom, continuando, depois que meus pais morreram, eu e Zun não sabíamos aonde ir. Zun é minha irmã menor. Então apareceu Kageyama, ele nos levou até um orfanato, me levou a Teikoku,e ele só queria uma coisa: que eu jogasse futebol. Que mal poderia ter? Depois que eu descobri como vocês jogavam futebol de maneira tão ... cruel, eu me recusei a jogar, mas no final eu obedeci ele porque ele ameaçou adotar a minha irmã e ir para longe. Que tipo de irmã mais velha seria eu se deixasse uma coisa dessas acontecer - ela falou olhando para a parede e de vez em quando me olhava de relance.

–O Kageyama foi preso. Depois de 7 dias ele voltou. Falou para eu ir ao colégio Zeus. Naquele momento eu não tive medo. Que orfanato deixaria um criminoso como o Kageyama adotar uma garotinha tão pequena como a Zun? Mas de qualquer forma eu obedeci a ele. Ele ameaçou minha irmã novamente, mas como viu que eu tinha perdido o medo decidiu ir mais longe. Ameaçou de morte a minha Zun - ela começou a tremer um pouco.

–Bom, mas como deve ter percebido, eu fiz as técnicas especiais, mas antes, eu fiquei no laboratório de lá, fazendo testes para a água sagrada. Eles me davam injeções, e me faziam beber a água, para ter certeza que o projeto fosse um sucesso, para ter certeza que não era perigoso - ela estava séria, mas depois começou a ficar triste - E ... Não pude ajudar vocês na partida contra a Zeus. Eu não ligo se perco um partida ou não sou a melhor. Se pudesse eu teria escolhido mil vezes estar com vocês nesse momento. Sou um fracasso de amiga - essa última frase, ela disse baixinho.

Ela se sentia muito mal, mas a culpa não era dela. Me aproximei dela, coloquei a mão em seu ombro tentando acalma-la um pouco.

–Obviamente você quer saber o porquê de Kageyama ter matado os meus pais não é? - ela disse mais calma e não esperou resposta - Meu pai era detetive, minha mãe policial, eles tinham a posse de documentos capazes de botar o Kageyama na cadeia por toda a vida. Todos os passos criminais, quer dizer, quase todos, mas a maioria, até os que ainda serão realizados. Tem provas, acusações de testemunhas, documentos secretos. Antes da senhora matar os meus pais, ela tinha perguntado por uns documentos secretos. Eu estou com eles agora. Antes do voo para essa ilha, eu tinha ido a minha casa e achei eles.

–Eu sei que é tolice mas ... Eu acho que eles são amaldiçoados ou coisa assim - ela disse com o menor dos sorrisos no rosto - Pode parecer uma desculpa, mas não acho uma boa ideia te mostrar os documentos. Eu nem sei como Kageyama descobriu que eu estava com os documentos, não quero te meter nessa.

–Por isso que teve tanta preocupação em saber se tinha alguém ouvindo ou vendo - eu falei.

–Boa Sherlock - ela disse brincando sorrindo um pouco - Na verdade eu nem devia estar te contando tudo isso. Eu tenho ordens a seguir: Eu tenho que sair da seleção, voltar para o Japão, devolver os documentos, e manter a boca fechada, coisa que eu não cumpri mas esquece. E assim que o FFI acabar, ele vai me dar novas ordens, mas se bem que ... - ela ia falar algo mas desistiu.

–"Se bem que" o que? - perguntei.

–Bom ... Na verdade é só um hipótese ... Nada que eu tenha certeza - ela disse nervosa desviando o olhar.

–Parece ser algo importante - falei.

–Bom ... É que ... É só um palpite ... Siga o meu raciocínio: Kageyama é procurado no Japão, mas principalmente na cidade de Inazuma certo? Se ele fizer outros planos maléficos dele, será em outra cidade, onde ele não é tão procurado e possa fazer suas trapaças em paz. Se eu tiver que ajudar nos planos dele pessoalmente, é provável que eu e mude de orfanato e de escola. Eu não quero que isso aconteça, mas é provável. Você entende o que eu quero dizer não é? - ela disse olhando em meus olhos, ela estava bem triste.

–Você não quer dizer que ...

–Sim, se minhas hipóteses estiverem certas, é provável que depois de eu vá para o Japão, o que será em breve, eu não volte a Teikoku novamente. Isso é muito difícil para mim. E também, não gostaria de ficar longe de você - ela disse olhando em meus olhos.

Chiharu Pov's

"Vamos, você já deu o primeiro passinho, agora dá outro". "Como?!". "Acorda, você tem que contar para ele o que sente!". " ... Eu tenho cara de que?! De louca?!". "Na verdade tem cara de esquizofrênica já que você é esquizofrênica, mas deixa isso para lá". "Eu não ...!". "Para de discutir comigo, você está perdendo o clima do momento!". "Que momento?! Pirou?!". "Já vi que vou ter que te dar uma forcinha ...".

–Ich liebe dich– disse sem entender o que porcaria eu estava dizendo.

"Droga, alemão".

–Como? - ele perguntou um pouco confuso.

–Jeg elsker dig– disse mais uma vez.

"Dinamarquês?"

–Σε αγαπώ– eu disse já um pouco irritada com o que acontecia.

"Grego ... Meu Deus, eu sei falar essa frase em muitos idomas"

–Ik hou van je– disse um pouco preocupada com o que acontecia comigo.

"Holandês ... Hoje não é meu dia".

–Miluji tě– disse.

"Que droga, de que adiantar eu fazer ela falar isso se ele não entender o idioma?! Espera, acho que agora vai".

–Aishiteru - disse finalmente em japonês.

Espere um instante *caindo a ficha da burrada que tinha feito* ... Como assim?! "Eu já fiz você se declarar, agora o próximo passo é com você". "Declarar?! Você perdeu a noção do juízo?! Era melhor você ter ficado no seu canto!". "Eu fiz a gentileza de fazer você se declarar em 6 idiomas diferentes e ainda vem reclamar?! Eu já entendi o recado, estou vazando". "Espere! Já que você causou tudo isso, você tem que me ajudar!". "Sabia que precisaria de minha sábia ajuda ... Bom, antes de tudo, olhe para a janela e para aquele passarinho voando pelo céu azul". "Já estou olhando, mas em que isso vai me ...".

Então aquela ... Espera, eu estou falando com quem e quem me empurrou nesse exato momento ... ? Esquece, continuando, a pestinha me empurrou, e como Sakuma estava bem ao meu lado não foi difícil de ela conseguir que eu acidentalmente encostasse meus lábios nos dos dele. Eu juro que se ela fosse real (o que imagino que ela não é) eu ia dar uma surra tão forte nela que ela sairia correndo pela sua mamãezinha. "Pela mor de Jesus Cristo! Eu estou tentando bancar uma de cupido, ajudar você e é assim que me agradece?! E é melhor decidir logo o que vai fazer".

Só então percebo que ainda estou "beijando" ele. Eu não tinha tempo para pensar, eu estava em total pânico. Depois me afastei e encarei o chão, não conseguia olhar no rosto dele.

Assim que arrumei coragem para olhar em sua direção, fui surpreendida por um beijo. Não foi um "selinho", como eu tinha dado, foi um beijo de verdade. Aprofundamos o beijo lentamente. Nos separamos pela falta de ar. Maldito ar. "Ar, entra na fila, depois que ela me der uma surra é a sua vez!".

Eu ainda não acreditava no que acontecia. Não podia ser verdade. Isso! Devia ser um sonho ou coisa assim! "Você não está sonhando, isso é real. Você não entende o que quer dizer?!*ânimo*". "Mas ... Escuta isso não é possível ok?". "Para de ser tonta sua boba! Está certo que você o beijou primeiro, mas você acha que ele teria te beijado se ele não gostasse de você?! Quer que eu escreva na sua testa?! Ele te ama também!! Até um cego veria isso!!*irritação*". "Como pode ter certeza?!". "Eu desisto! Vou parar de tentar te ajudar. Se vire sozinha!". "Espere, você me meteu nessa enrascada, me tira dela agora!". "...". "Boba ...".

Eu olhava fixamente o chão. Estava um total silêncio, o que era vergonhoso. Talvez tivesse razão, mas eu realmente não conseguiria acreditar. Eu não sabia o que dizer e o que fazer e acho que ele também se sentia assim. Segundo minhas hipóteses, eu não terei muito tempo para ficar com ele, talvez nunca mais iremos nos ver. Precisava arriscar. Mesmo que ele não me ame, quero poder dizer que fiz tudo o que pude (apesar de ter certeza de que nunca falaria com ninguém sobre essas coisas).

–Aishiteru Sakuma, acho que já te disse isso - eu disse olhando brevemente em sua direção.

–Eu também te amo, e acho que já deu para notar isso - ele disse desviando o olhar, mas estava sorrindo um pouco.

Sério?! "Eu disse! Dá para parar de ser tonta, pelo menos um pouco menos tonta?!". "Eu não sou tonta, mas você estava certa ... dessa vez". Precisei ficar um tempo pensando para cair a ficha. Ele também me ama? "Meu Deus, precisou tanto tempo para entender?!". Mordi o lábio inferior.

–Chiharu? - me chamou Sakuma.

–Diga - disse olhando em sua direção.

–Quer ser minha namorada? - ele disse nervoso.

–Fala sério? - perguntei.

–Sim - ele respondeu.

–Tem ... certeza que quer namorar comigo? - perguntei.

Eu sei que é estranho, mas ... Para mim é muito estranho que um garoto como ele queira namorar como uma garota como eu.

–Se não tivesse certeza que realmente estivesse apaixonado por você, não teria te pedido em namoro. Eu tenho certeza que gosto de você - ele estranhou a pergunta, mas respondeu mesmo assim.

Ótimo, agora é o momento em que eu tenho que dizer um única mísera palavra e não consigo dize-la! Eu sabia que ele me amava, ele sabia que eu amava ele, em teoria eu não devia ter tanta dificuldade!

–Claro - disse finalmente, e só depois consegui juntar um pouco mais de coragem - Claro, que tipo de idiota diria que não.

Ótimo! O silêncio permaneceu por alguns minutos. "Não está se esquecendo de nada importante para fazer hoje?". " ...". "Você tem que falar com o treinador Kudou para sair da seleção japonesa e voltar para o Japão". "Bem lembrado".

–Eu tenho que falar com o treinador Kudou - disse me levantando e andando até a porta.

Ele me seguiu até o fim do corredor, que por sinal estava vazio.

–Sakuma, você prometeu que o que aconteceu não será dito não é? - perguntei esperando que ele entendesse o que eu queria dizer.

Então pensei um pouco ...

–Quer dizer ... Não que eu ... É que - disse me enrolando com as palavras.

–Calma, eu sei que você não quer que ninguém saiba. Eu sei que você é reservada e que principalmente, ninguém se intrometa na sua vida - ele disse sorrindo.

–Obrigada por entender ... Simula, acho que alguém está subindo a escada - eu disse desviando o olhar e me encostando numa parede fingindo estar perdida em pensamentos.

Ele andou pelo corredor e entrou em um quarto. Haruna e Kido estavam subindo as escadas. Kido entrou em um dos quartos, e Haruna veio falar comigo.

–Chiharu, toma - ela disse me entregando uma trouxinha, tinha gelo dentro - Me falaram que você se machucou na perna, é melhor passar gelo logo, senão pode piorar.

–Obrigada Haruna - disse amavelmente pegando a trouxinha, com um leve sorriso no rosto - Gentileza de sua parte.

Eu nem me lembrava mais do machucado, ele ainda doía um pouco, mas eu meio que ignorei o incomodo. Ela me olhou de modo estranho, ela parecia surpresa, um tanto preocupada.

–Você está com febre? - Haruna perguntou.

–Não, por quê? - perguntei estranhando a pergunta.

–É que você está agindo de maneira um pouco diferente. Quando você chegou você não parecia estar bem, agora você está toda feliz, sorridente, até um pouco mais educada. Você não é mal educada, só não costuma estar tão feliz assim sem motivo. Aconteceu algo para ficar de tão bom humor hoje? - Haruna disse essa última frase brincando.

–Nada de especial, só me acalmei um pouco, e agora estou mais calma até que alguém acabe com a minha paciência não é Kogure? - falei calmamente olhando para o Kogure que abria um pote de vidro contendo duas baratas de verdade.

–Nem pense em soltar essas baratas! Kogure! - disse Haruna um tanto desesperada.

Ele dava a típica risadinha dele, mas depois parou quando eu lancei um olhar de morte em sua direção. Eu nunca tive muito medo de baratas, mas elas são muito nojentas, e transmitem muitas doenças. Ele não tinha aberto a tampa. Ele pegou o pote e foi embora.Desceu as escadas, e logo depois ouvimos Fuyuka e Aki gritando. Ouvimos a típica risadinha dele.

–Aki! Fuyuka! - disse Haruna descendo as escadas, e eu fui atrás dela.

Descemos rapidamente. Visualizem: um refeitório, duas meninas em cima das mesas gritando de medo. Um menino covarde saindo correndo (não vou citar nomes). Um pestinha de cabelo azul rindo com um frasco de vidro vazio na mão. Eu e Haruna olhávamos a cena com vergonha alheia. Duas baratas andando pelo chão e saindo pela porta, indo para outro lugar.

Aki e Fuyuka já desciam da mesa, e tentavam se recuperar do susto. Não perguntamos o que acontecia e se elas estavam bem porque o olhar deles nos dizia tudo.

–Fuyuka, preciso falar com o treinador Kudou, sabe onde ele está? - perguntei.

–Ele está na sala eu acho - disse o Fuyuka ainda um pouco assustada.

–Obrigada Fuyuka - disse e fui até a sala.

Fui até a sala, onde alguns jogadores estavam conversando. O treinador Kudou estava sentado em uma cadeira e olhava para todos nós como se fossemos um bando de delinquentes juvenis a ponto de explodir uma bomba nuclear. Parece que ele nunca sorriu na vida.

–Treinador. Quero sair da seleção japonesa. Por favor, peço que me envie para o Japão - disse da forma mais educada possível.

–Está certo, voltará ao Japão no voo de amanhã a tarde - ele disse voltando a encarar os outros jogadores.

–Obrigada - agradeci educadamente fui embora.

Subi e fui ao banheiro. Lavei meu rosto e me olhei no espelho, onde meu reflexo me olhava com um sorriso no rosto.

–Vocês ficam muito lindos juntos sabia? - ela disse dando um leve risinho, e depois ficou mais séria - Bom, eu tenho uma coisa para te falar.

Aviso: Essa conversa não foi dita em voz alta, foi por meio de pensamentos, mas eu podia ver ela no espelho.

–Diga, e pare de falar essas coisas - disse um pouco envergonhada.

–Bom, talvez você fique meio confusa mas ... Você não me criou na sua mente, você não fala sozinha, você não é esquizofrênica. Eu sou real, quer dizer, quase isso - ela disse e isso me confundiu.

–Como? - perguntei um tanto confusa.

–Sei que pode parecer ridículo mas ... Você acreditaria se eu dissesse que sou um espírito? - ela disse fechando os punhos e olhando para baixo.

– ... Como assim?! - demorou um pouco para cair a ficha.

–Eu sou o espírito de sua mãe!! - ela disse levantando a cabeça e uma lágrima rolava de seu rosto.


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Notas finais do capítulo

*Agachada, preparada para receber tomatadas e ovadas*. * Se levanta*. Ok ... Espero que tenham gostado!!!



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