E se tivesse uma garota no Instituto Imperial? escrita por Hissa Odair


Capítulo 42
Descanse em paz esquilo


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo é mais curto porque é quase como um capítulo de apoio para o próximo.



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Chiharu Pov's

Era isso que ele queria? O plano inicial dele era tirar a Orpheus da jogada, mas, acabou matando duas moscas com uma só tacada, e agora o Inazuma Japão estava sem o goleiro principal, sem o estrategista, e sem um atacante, e sem uma substituta. Genial! Hoje é o sexto pior dia de minha vida, já que o Kageyama fez o favor de fazer coisas piores. O que deu na cabeça dele?! Ele não pode fazer isso! "Mas ele fez!". O jogo ia começar em breve. "Para de me ignorar! Fale comigo!". Igual a todos eu fiquei sem reação.

Eu fiquei meio deprimida. "Para de me ignorar! Eu sinto muito! Mas eu só queria te ajudar, como eu ia saber que ele cumpriria as ameaças?!". Olha um esquilo! Um esquilinho muito fofinho marrom subia na árvore do outro lado da rua segurando uma bolota. "Eu sou menos importante que um esquilo?!". Ele colocava a bolota em um buraco na arvore e voltou a descer, provavelmente a procura de mais comida. Eu sempre gostei de esquilos.

Olhei para o Kageyama novamente. Voltei a olhar o esquilo. Esquilinho de sorte, você é livre. Cuidado! O esquilo ia atravessar a rua e quase foi atropelado por um carro. Ufa. E depois ele foi morto por uma moto. NÃÃÃOOO!!! ESQUILO!!! Seus cruéis!!! Como puderam?!!! Eu fiquei muito comovida com a morte do esquilinho.

Fiquei olhando o cadáver do pobre esquilo. Quando olhei para o lado, vi o mesmo menino chato me olhando com um ar de acusação (acho que o nome dele é ... Jeanlucas (Autora: Eu escrevi errado de proposito tá?) ou coisa do gênero). Eu não estava com cabeça para ouvir acusações.

–Nós ainda não achamos os documentos ... - ele já ia brigar comigo.

–E eu com isso? Me deixe em paz - interrompi triste demais para falar com ele - Pela milésima vez, eu sou inocente, se não acredita em mim problema seu.

Eu desviei o olhar e olhei para o nada. Queria ficar sozinha ...

–Chiharu! - me chamou Sakuma.

–Como eu vim parar aqui?! - falei assustada ao ver que estava dentro de uma van.

Eu devia ter me desligado literalmente!

–Como assim "Como eu vim parar aqui?"? Não se lembra? Ainda dá tempo de chegarmos a partida mas precisamos pegar um barco, o Fídeo está nos dando uma ajuda e aqui estamos - disse Sakuma me explicando brevemente.

Então algumas lembranças apareceram, mas sem áudio. Eu realmente tinha me desligado. "Você devia estar com a cabeça nas nuvens como sempre".

–Você não está bem não é? - perguntou Sakuma preocupado.

–Claro que estou bem, por que não estaria? - disse sendo irônica, e depois perdendo o controle - Kageyama está vivo, é o treinador da seleção italiana, fez com que jogadores inocentes se machucassem, podemos não chegar a tempo, me acusaram de ladra e trapaceira e falando a verdade, minha perna está doendo muito com o chute que aquele idiota me deu e para completar o esquilo morreu!! EU ESTOU ÓTIMA!! - explodi de raiva listando os problemas nos dedos.

Fídeo Pov's

Ela começou a ter um ataque de raiva, e não é a primeira vez que ela faz coisas um tanto ... anormais. Me falaram que ela não é titular, mas ela parece ter habilidades suficientes para ser titular, e se não me engano, é proibido ter como titulares, qualquer jogador que tenha alguma doença ou deficiência.

–Endo, essa menina tem algum problema psicológico? - perguntei discretamente, de forma que só ele ouvisse.

De alguma forma ela ouviu, e parecia ter se irritado.

–Problemas psicológicos tem a sua mãe!! Esquece, como se eu ligasse para a opinião - ela disse com raiva e depois calma, e até meio triste.

–E depois eu que sou o irritante - disse o Fudou começando a provocar - Está tendo uma das suas crises de down?

–Estranho pensei ter ouvido alguma, mas acho que era só a minha QUEM PEDIU SUA OPINIÃO?! - ela disse calma e depois voltou a ficar irritada.

–A boca é minha eu falo se eu quiser!! - respondeu Fudou.

–Quanto falta para chegarmos?! - perguntei assustado ao motorista

–Depois que passarmos a floresta a estrada estará logo em frente - ele disse com a maior calma do mundo.

–Ainda faltam seis minutos, poderemos chegar a tempo - eu disse olhando o relógio no meu celular.

Parece que o clima tinha se acalmado um pouco. Então a van parou de repente.

–O que aconteceu? - perguntei.

–Parece que ouve um acidente - ele me respondeu.

–Em um momento como este ... Vamos lá!- falou Endo saindo e correndo pela rua seguido dos outros - Obrigado por tudo.

–Obrigada por tudo igualmente! - confirmou a menina também saindo.

Nós 6 saímos correndo para tentar chegar a tempo.

Chiharu Pov's

Corremos o mais rápido possível, mas mesmo assim não chegamos a tempo. Vimos o barco partir, as ondas se baterem, o clima estava bem agradável, eu teria achado um lugar bonito se não estivesse tão para baixo. Então vi tudo borrado.

Quando voltei ao normal, estava em outro lugar. "E lá vamos nós de novo ...". Estávamos vendo a partida da Argentina contra o Japão. Olhei para o Sakuma que estava ao meu lado.

Conversa com olhares on (nenhum de nós falou, a gente se comunicou olhando no rosto um do outro (eu não sei explicar))

–O que está acontecendo? - perguntei confusa.

–Mais uma vez Chiharu? - ele disse e depois desviou o olhar.

–Desculpe, não vou perder a calma de novo. E sim, é a segunda vez, hoje não é meu dia não é? - disse sorrindo.

Conversa com olhares off

Nós voltamos a assistir a partida.

Depois de partida e assim que conseguimos voltar ao albergue japonês ...

–Galera! - disse o Endo correndo até o resto do time.

Endo ia explicar o que tinha acontecido, mas eu não queria ouvir mais sobre Kageyama de novo. Eu só entrei no albergue rapidamente, subi até o meu quarto e pensei no que teria a que fazer. Eu tenho que falar com o treinador para pedir para que me envie para o Japão. Assim que voltar para o Japão, eu tenho que contar a Zun tudo o que estava acontecendo, e que era para ela ter muito cuidado. E talvez eu tenha que me mudar de orfanato e de escola.

Eu peguei o travesseiro e escondi meu rosto nele, queria chorar um pouco. Mas nem isso eu consegui. Estava muito triste, mas não conseguia chorar. Minha mãe sempre dizia que chorar alivia a alma. E eu tenho estado muito mal esses dias. Eu devo ter algum problema, só pode.

Gianluca Pov's

Essa menina deve ter um parafuso a menos. Eu estava falando com ela e ela só me ignorava e olhava para o meio do nada. O pior é que não foi ela que roubou os documentos.

Depois da partida, entramos no albergue, e achamos os documentos em cima da mesma mesa. Kageyama estava com os papéis, e os estava lendo, e vez ou outra fazendo anotações nas laterais da folha.

Perguntamos o porquê de ele estar com os documentos, e ele só disse que isso não importava e que ele tinha todo o direito de fazer isso já que ele ainda é o treinador, o que de certa forma é verdade.

Chiharu Pov's

Fiquei alguns minutos tentando me acalmar. Ouço uma batida na porta. Eu não estava no melhor dos meus humores. Eu não estava com cabeça para ouvir ninguém.

–Não tem ninguém! - eu disse tirando o rosto do travesseiro.

Eu deixei o travesseiro no lugar certo, me levantei e abri a porta.

–Sakuma, o que está fazendo aqui? - disse tentando não parecer o lixo que eu me sentia.

–Pensei que não tinha ninguém - ele disse brincando o que me fez dar um leve sorriso.

Então ele me olhou e depois olhou minha perna, bem no local do chute.

–Não está tão ruim, de qualquer forma isso é o de menos importante no momento - disse dando de ombros ao fato.

–Posso te perguntar uma coisa? Mas quero uma resposta honesta - perguntei.

–Eu não me lembro de ter mentido pra você alguma vez - ele disse pensativo.

–Tudo tem uma primeira vez - eu disse - E você nunca mentiu para mim, talvez tenha omitido, mas mentir não.

–Eu omito coisas?! Você que é a rainha dos segredos aqui - disse ele sorrindo, o que e fez me sentir melhor, e sorrir também.

–Eu sei ... E eu também tenho que cumprir o desafio - disse me lembrando da aposta.

–Sim, eu me lembro ... Olha, você se sente forçada a me contar? - ele perguntou.

Eu demorei um pouco para responder.

–Não, acho que não. De certa forma eu sei que posso confiar em você não é? - disse sorrindo.

Eu abri mais a porta e comecei a entrar.

–Entra - eu disse olhando para trás.

–Agora? - ele perguntou.

–Não, amanhã ... claro que agora - respondi ainda sorrindo - E por favor poderia fechar a porta?

Ele entrou e fechou a porta.

–Obrigada - disse me sentando na cama - Senta, eu já vou te contar o que aconteceu.

Ele se sentou ao meu lado. Suspirei. Por onde ia começar?

–Vou começar desde o inicio ... Hum ... Bom ... Acho que tudo começou quando meus pais foram assassinados por uma estranha mulher.

–Você escreveu sobre isso no seu diário - disse Sakuma se lembrando.

–Sim, e você por enxerido leu - disse sorrindo.

–Eu não sou enxerido - falou Sakuma.

–Nossa! Já é primeiro de abril?! - falei sorrindo.

–Está bem , talvez eu seja um pouco intrometido - ele disse também sorrindo.

Eu olhei para ele com uma cara de: Um pouco Sherlock?

–Está bem, eu me intrometi a beça na sua vida. Satisfeita? - ele perguntou.

Eu concordei com a cabeça. Era muito bom ficar perto dele e falar com ele. Suspirei.

–Bom, continuando ... - eu disse, agora mais séria.


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Notas finais do capítulo

Postarei o próximo em breve!
Kissus!



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