Zun Pov's

Chiharu está no mundial. Não importa que seja como uma reserva, ela é uma jogadora incrível, e conseguirá mostrar suas verdadeiras habilidades em breve. Mas não é isso que importa, se ela está bem é o que importa verdadeiramente.

Nessa manhã, depois da escola, eu criei uma técnica especial. É uma espécie de chute, que também pode ser uma técnica de defesa, eu faço uma ponte para trás (ponte? para trás? Hum ... será?), e depois, empurro minhas pernas para frente, empurrando a bola (nesse momento eu estaria plantando bananeira), durante o chute, aparece um cenário medieval, e meu chute é parecido como uma catapulta.

A única coisa que me preocupa, é que eu ainda não aperfeiçoei a queda, digamos assim. Eu caí de cara no gramado do parque, onde treinamos naquele dia (o que fez um certo menininho irritante rir da minha cara).

Eu treinava com um pequeno grupo de 8 alunos da minha escola que amam futebol tanto quanto ratos gostam de queijo. Eles são meus amigos. Kariya também participa do grupo. Ele é meio chato, mas depois passa. Também tem uma menina de cabelos laranjas chamada Midori. Ela é bem legal e somos bem próximas.

Nós jogamos na escola na hora do intervalo e depois da escola em algum lugar que dê para jogar bem, claro, próximo da escola. A escola não tem um time de futebol, mas isso não nos impede de jogar. Essa é uma época muito feliz em minha vida. Claro que seria melhor se Chiharu estivesse aqui, mas ela deve estar se divertindo lá não?

Chiharu Pov's

Depois de eu ter esse surto de raiva, olhei em volta preocupada. E se alguém tivesse ouvido ou visto? Mas não vi ninguém. Suspirei de alívio.

–Essa foi por pouco, eu não posso sair gritando assim. Eu devia tomar mais cuidado. Mas ninguém viu então esquece. O que está acontecendo comigo hoje?! Eu tenho que me acalmar senão vou ficar louca - disse aliviada, preocupada, dei de ombros, e depois preocupada com meu estado de saúde mental.

Saí daí, e tentei me controlar. Engoli o choro e fingi que não estava péssima. Eu achei o Kido, e Endo e o Sakuma. Notei que tinha um monte de madeiras no chão.

–O que aconteceu aqui? - disse preocupada.

Então eles me explicaram tudo. Não era só eu que corria perigo. Todos corríamos perigo, sem exceção.

Eu meio que ignorei tudo o que acontecia por alguns minutos. Quando eu "acordei", estávamos em uma ponte. Os meninos falavam qualquer coisa.

–Todos entenderam? - Endo perguntou.

–Sim - todos menos eu e o Endo responderam.

Eu concordei com a cabeça quando me dei conta que deveria responder também. Apesar de eu não saber do que eles estavam falando.

–Olha, só para não ter erro mesmo, pode repetir? - perguntei.

–Nós vamos ajudar o Orpheus, vamos substituir os que se machucaram - respondeu Kido.

–Sim, mas nós não vamos voltar ao albergue hoje - acrescentou Endo.

–Por que? - perguntei um pouco confusa.

–Porque senão ficarem aqui, não chegarão aqui no momento da partida - disse Fídio.

–Que susto! De onde você veio?! - disse, não me lembrava de ele também estar presente.

–Como? - perguntou ele um tanto confuso.

–Você ficou louca Chiharu? - perguntou Fudou.

–Outro que aparece do meio do nada! - disse irritada.

Eu também não tinha notado que Fudou também estava aí. Eu meio que não estava prestando atenção. Eles me olhava com um olhar meio de preocupação meio de espanto, menos o Sakuma e o Fudou, o Fudou estava achando graça do que estava acontecendo, e o Sakuma parecia preocupado com alguma outra coisa.

–Esquece - disse um pouco preocupada com a cena ridícula que deveria estar fazendo.

Eles ficaram falando mais alguma coisa e, como da última vez, eu não prestei atenção. O Endo liga para o treinador Hibiki, e, como o Endo fala para ele todo o tema da conversa, pude entender o que estavam falando.

Depois de um tempo, fomos ao albergue italiano. Ele era bem parecido com o do Japão, apesar de ser bem diferente. "Você e suas frases sem sentido". Eu fiquei quietinha e não falei uma única palavra, já que toda vez que eu falo, eu sempre faço burrada ou falo algo sem sentido. "Pensei que já estava acostumada". Olhei para o relógio. Eram 7:06 AM.

–Você já perdeu Chiharu - ouvi o Sakuma dizendo ao meu lado, o que me assustou um pouco.

–Eu não tive nenhuma "bipolaridade" hoje - disse um tanto desanimada.

–Olha Chiharu ... Eu ... Ouvi quando você agiu de forma bipolar quando você ... falou com o Kageyama - ele sussurrou nervoso.

Eu fiquei extremamente assustada. Ele não teria ouvido ... Ai meu Deus! Eu peguei sua mão e puxei ele até o refeitório que era o único lugar vazio.

–O que você ouviu? - perguntei nervosa, soltando ele.

Sakuma Pov's

–Você falou com o Kageyama ... Ele mandou matar os seus pais ... Você começou a gritar e depois agiu daquela maneira - eu disse me lembrando da cena - O que aconteceu Chiharu?

–Então eu perdi não é? Está certo. Eu vou fazer o desafio, eu juro, as podemos falar sobre isso outra hora? - ela tentou ignorar a pergunta.

–Claro, mas você não respondeu minha pergunta - eu disse preocupado.

–Olha ... Veja bem ... Não acho que seja uma boa ideia ... Falar sobre isso agora ... E nem em nenhum outro momento na verdade ... Eu já vou indo - ela gaguejava nervosa, e ia embora.

–Chiharu ... Eu sei que você não está bem, e você sabe que eu me preocupo por você - eu disse pegando a sua mão, fazendo ela se virar e me encarar.

–Eu sei ... Mas eu não conseguiria te contar - ela disse.

–Como você sabe se nunca tentou me contar? - perguntei.

–Você sabe o que eu quero dizer Sakuma. Mas de qualquer forma você vai falar que esse poderia ser o desafio, e, como eu jurei que ia cumprir ... Eu vou ter que te contar não é mesmo? - ela disse exatamente o que eu ia falar.

–Como você sabia que eu ia falar isso? - eu perguntei um tanto surpreso.

–Eu imaginei que você fosse falar isso - ela disse dando de ombros ao fato - Eu juro que conto amanhã quando chegarmos na área do Japão ok?

–Certo, mas tente não mentir muito - eu disse brincando.

–Quando foi que eu menti?! Não responda! Mas eu vou tentar não mentir - ela retrucou e depois sorriu.

–Nem omitir? - questionei.

–Ai você já está pedindo demais. Estou brincando - ela disse sorrindo - Olha, eu já vou indo certo?

–Claro - ela sorriu e saiu andando (não ela saiu voando!).

Eu também saí, fui falar com o Endo e o Kido.

Chiharu Pov's

Eles já tinham indicado onde ficavam os quartos, e eu fui no qual eu ia passar a noite e me sentei na cama. Acabei adormecendo. "Você ridícula". Acordei depois de alguns minutos, estava assustada e tremia, mas não de frio. Acabei adormecendo novamente, e acordei da mesma maneira. Eu fiz isso um montão de vezes até que decidi parar de me torturar com esses pesadelos contínuos e ficar acordada.

Mas acabei adormecendo de novo, e após ter outro pesadelo, fiquei irritada, saí do quarto, fui ao banheiro, fiz a higiene matinal (Autora: Ela não trouxe nada pessoal como escova de dente, mas ignora ok, que eu estou sem ideia), fui tateando nas paredes até descer as escadas. Desci as escadas, liguei uma luz e vi o relógio. Eram 2:07 AM.

–Que maravilha ... - reclamei na minha cabeça.

Voltei a desligar a luz. O que eu podia fazer? Fiquei andando no escuro, assim não tinha o risco de eu adormecer. Mas eu não estava com sono na verdade. Eu fiquei brincando de "cabra cega" durante uma eternidade. Eu fiquei andando por toda a parte de baixo do lugar. Voltei a ligar a luz. Eram 5:39 AM. "Parabéns, mais uma fez você prova ser muito útil".

Eu voltei a apagar a luz, e continuei andando. Era estranho andar no escuro, mas eu já sabia mais ou menos onde tudo ficava. Então eu bato a coxa esquerda no que eu achava ser a quina ... da mesa ... do refeitório.

–Ai ... - gemi baixinho.

–O que você está fazendo? - ouvi uma voz falar do meio do nada.

–Que susto! Eu não estou fazendo nada. Quem é você? - perguntei um pouco assustada.

–O que vocês estão fazendo? - outra pessoa, que eu também não sabia quem era, perguntou.

Então alguém acende a luz, que me ofusca. Eu vi tudo borrado. Quando recuperei totalmente a visão, pude ver o que acontecia. Eu realmente tinha batido a coxa na quina da mesa do refeitório. Do outro lado da mesa, estava um jogador da Orpheus (voz número um). Na porta estava o Fudou, que ainda estava com a mão no interruptor.

–O que vocês estão fazendo? - ele voltou a repetir a pergunta.

–O mesmo que você: Nada - respondi normalmente.

Ele nos olhou de um jeito um tanto desconfiado, depois deu de ombros e foi embora. Eu também ia sair quando o italiano disse.

–Espere! Você mexeu nesse envelope? - perguntou ele apontando para um envelope A4 branco, que estava em cima da mesa que eu não tinha notado que estava aí até aquele momento.

–Não - respondi.

Ele percebeu que o envelope parecia estar vazio. Ele olhou dentro do envelope. Ele ficou sem reação, parecia que que ia derrubar o envelope de tanto que tremia. Estava começando a ficar meio pálido.

–Você está bem? - perguntei um pouco preocupada.

–Você está com os papéis? - ele perguntou voltando ao normal.

–Eu já disse que não - falei um pouco irritada.

–Foi você sim, não minta - ele me olhava com raiva.

–Eu o que?! - falei um tanto mais irritada.

–Você ... Não minta ... Você é uma trapaceira sabia? - ele disse irritado.

–O que foi que eu fiz agora? - murmurei comigo mesma.

–Você roubou nossos documentos, e ainda mente na cara dura - ele falou em tom acusatório.

–Que documentos?! - reclamei irritada com o que ele acabava de dizer.

–Não minta! Você pegou os documentos, e leu nossas estratégias e técnica especiais e está com esses documentos! DEVOLVE AGORA! - ele gritou irritado.

–EU O QUE?!