E se tivesse uma garota no Instituto Imperial? escrita por Hissa Odair


Capítulo 2
Machismo, o que devo fazer?




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–Eu aceito.

Eu realmente não fazia ideia de que um dia iria me arrepender amargamente do acabara de fazer.

–Amanhã você e sua irmã serão do campeonato e levadas para o Orfanato Pôr do Sol, onde morarão. Dentro de uma semana, começará as aulas no Instituto Imperial (ou escola Teikoku se preferir chamar assim), você se matriculará e entrará no clube de futebol, onde participará dos jogos do estadual, e por sua vez no campeonato futebol fronteira.

Agora que notei que ele realmente deve pensar que sei jogar futebol, mas a verdade é que não sei, eu costumava ver algumas criancinhas jogarem na volta da escola, mas não sei jogar só olhando!

–Mas eu não...

Quando ia falar ele chutou a bola de novo. E como a última vez, eu voltei a chutar a bola em sua direção ... mas dessa vez ele não mirava em mim, chutou como se quisesse ver a minha capacidade e reflexos a partir de um passe.

–Se você não sabe aprenda Odair – Ele disse enquanto chutava a bola de novo, desta vez para mais longe.

No dia seguinte, eu e minha irmã nos mudamos para o orfanato, o estado psicológico de minha irmã melhorou um pouco, já que o orfanato possuía um ambiente agradável e amistoso (Zun encontrou meninas da idade dela), que me fez lembrar que agora que estava ali deveria seguir com o tratado, e dar o máximo de mim nos treinos e nos estudos também. Então decidi ir visitar a minha futura nova escola (dessa vez coloquei um agasalho).

Chegando lá, entrei e fiquei andando. O Instituto Imperial é uma escola muito, como posso dizer? Sombria. A escola possuía muitos tons escuros, verde escuro e marrom.

Mas o que me impressionou, foi o fato de que, quando achei o clube de futebol, havia alguns meninos treinando, mesmo nas férias. Todo o time estava lá, ou pelo menos é o que eu acho (o que consegui contar), corriam tão rápidos e eram tão habilidosos, que estive com certo receio em relação de treinar ali.

Localizei o treinador, Reiji Kageiama, sentado em uma cadeira. Logo em seguida, ele se levantou andou até o campo. Automaticamente, todos os jogadores fizeram uma linha em sua frente.

Reconheci alguns jogadores, Kido, o capitão do time, Sakuma, um atacante e Genda, o goleiro do time. Vi todos os jogadores pela televisão em um restaurante perto da casa onde morava, mas os que eu me lembro são eles.

Também notei uma coisa, não vi uma única garota entre todos os jogadores, isso me preocupou levemente, não gostava de ser a única em qualquer que seja o assunto.

Percebi que o treinador tinha dado ordem de se retirarem. Por algum motivo me escondi atrás de um muro. Fiquei em silencio.

Eu me encolhi e esperei as pessoas passarem, com medo de que me vissem, passado o perigo entrei na sede do clube, era um lugar tão sombrio quanto a escola em si, e tinha um campo de futebol de campo verde, e prático para um treinamento.

Queria treinar, então peguei uma bola de futebol, e fiquei chutando-a no gol.

Ouvi sons de passos e voltei a me esconder, dessa vez atrás dos bancos. Era um grupo de, e média, 6 jogadores, que haviam esquecido suas mochilas.

Estavam conversando, e eu ignorando-os completamente, muito concentrada em outros assuntos. Mas quando mudaram o rumo da conversa, comecei a prestar atenção. Afinal, queria saber do que conversam os jogadores de futebol quando não falavam de futebol e nem de estudos.

De repente ouvi eles falarem de um assunto que me interessou.

–E se lembram da Sayu? Ela era tão magricela e com cara de tonta!

–E também e não se esqueça de débil mental.

–Silencio, você sabe que não são todos que pensam como a gente.

Fiquei assustada, e ao mesmo tempo, com raiva enquanto sua cabeça formava todas as argumentações se formarem como um quebra-cabeça. E quando os garotos foram embora, só pude ouvir uma última frase.

–Mas pode apostar que eu ia expulsar qualquer novata da mesma maneira que fizemos com a trouxa da Sayu – E riram maleficamente.

Sai correndo, e não parei de correr até chegar em um parque perto do orfanato. Formei tudo o que ouvia na sede do clube.

–Eles são machistas-Disse baixinho, enquanto me sentava em um banco de praça.

A brisa do início da primavera, as sakuras iam florescer em poucos dias, o clima estava agradável e amistoso.

Não havia coisa que eu mais odiava no mundo do que pessoas machistas. Tive que me conter para não dar uns socos neles, e fazer eles engolirem as palavras.

No dia seguinte, fui falar com o treinador. Falei da forma mais madura possível de que não gostava desse comportamento infantil.

–-E o que você pensa em fazer em relação a isso? – Perguntou ele.

Estive pensando nisso no dia anterior, já tinha a resposta na cabeça, mais precisaria de ajuda para realizar essa façanha. E disse:

– Vou fingir ser menino.


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Notas finais do capítulo

Espero que gostem, não sei se ficou bom, mas acho que o capítulo 3 ficará melhor (se possível postarei amanhã mesmo).



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