Momentos escrita por NathyWho221B


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Hey gente!! Novo capítulo!! Demorei neh? Pois é, época de provas e a inspiração resolveu tirar férias... Mas agora eu vou parar de enrolar, divirtam-se!
Música do Capítulo: https://www.youtube.com/watch?v=-2U0Ivkn2Ds



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Capítulo 5

No dia seguinte ao do meu aniversário, eu pensei em subir para o sótão e tocar algumas músicas no meu piano depois que cheguei da escola. Toquei somente duas músicas calmas até ouvir Sherlock se aproximando e pegando o seu violino que estava e cima da tampa superior do meu piano.

– Porque não me chamou?

– Agora eu tenho que te chamar?

Ele não respondeu e começou a tocar uma música que eu não conhecia. Escutei em silêncio enquanto ele tocava, a música era linda, mas triste.

Ele tocava com os olhos fechados e eu não pude resistir em admirá-lo. Ele respirava profundamente como se cada nota carregasse um peso.

Uma mecha de seus cachos escuros caiu sobre sua testa quando ele terminou a música, mas ainda continuava com os olhos fechados. Foi quase involuntário quando eu levantei do banquinho de couro e fui até onde ele estava, tirei a mecha de sua testa lentamente, apreciando a textura de seus fios.

Ele abriu os olhos, e só nesse momento eu percebi o quanto eu estava perto dele. Estávamos a centímetros de distância, e eu podia sentir a respiração dele em meu rosto. Foi como um choque, quando eu me afastei e quebrei o silêncio.

– Você que compôs? – eu perguntei tentando não corar pela cena agora a pouco.

– Sim.

Eu não sabia mais o que falar, e já estava tendo um ataque de nervosismo, quando, para meu alívio, escuto Toby miando.

– Toby...Vou lá ver o que ele quer.

– Quando voltar traga água para mim.

– Isso foi uma ordem? – eu disse levantando uma sobrancelha.

Ele voltou a tocar, dessa vez de andando pelo cômodo até ficar de costas para mim. No final das escadas vejo Toby tentando pular para o primeiro degrau e caindo. Sorrio com a cena e pego ele no colo acariciando-o. O levo para a cozinha e o coloco no chão para colocar leite em uma tigela.

– Vou ter que passar na pet shop... – eu digo para mim mesma enquanto observo Toby tomando seu leite em uma tigela qualquer de salgados.

Acariciei Toby novamente antes de subir para meu quarto e me arrumar para sair.

Como estávamos no inverno e lá fora estava nevando eu coloquei a maior jaqueta que encontrei em meu armário e fui andando em direção á pet shop. Não levei Toby, porque fiquei com medo dele fugir então o deixei em casa. Comprei algumas coisas que faltavam para ele, por exemplo, a tigela de água e de comida, uns brinquedinhos e alguns petiscos. Quando voltei para casa meus pais estavam saindo. Disseram que iam visitar a vovó, porque ela estava doente, então iriam ficar uma semana lá, e ela mora em outro estado então não quiseram deixa-la sozinha. Eu queria ir, mas eles disseram que eu não podia faltar á escola, além de ter que ficar com os irmãos Holmes. Seria falta de ética deixa-los sozinhos durante uma semana. Então eu fiquei.

Mais tarde nesse dia, já eram umas dez horas da noite, resolvi dar banho em Toby. Enchi uma bacia razoavelmente grande com água quente e fui a sua procura. É incrível como os gatos conseguem saber quando iremos dar banho neles, antes mesmo de alcança-lo, ele correu em disparada pelo corredor. Eu resolvi dar banho nele no andar de cima pelo fato dele não saber subir e nem descer as escadas, e eu estava adivinhando que ele iria sair correndo pela casa, pelo menos no andar de cima não tem tanto chão para correr.

Eu já estava cansada de persegui-lo quando ele entra no quarto de Sherlock pela porta que estava entre aberta. Eu entrei no quarto em seguida, receosa andando lenta e cautelosamente para não esbarrar em nada e fazer barulho. A única luz que existia no quarto era a fraca iluminação do abajur, então estava bem difícil enxergar uma pequena bola de pelos cinza naquele breu. Aproximei-me da cama em que Sherlock dormia.

Ele parecia um anjo, tão lindo. Voluntariamente passei as costas da minha mão pelo rosto dele, apreciando cada centímetro daquele rosto pálido á fraca luz do abajur. Assim que o observei por mais alguns segundos, decidi sair do quarto antes que ele acordasse. É melhor dar banho em Toby outro dia, da próxima vez, eu o tranco no banheiro.

Assim que me viro em direção á saída, tudo o que se seguiu foi em uma fração de segundo.

Ele me puxou pelo pulso e eu caio na cama, em seguida ele ficou em cima de mim com os braços, de cada lado, afundados no colchão me prendendo no lugar. Nossos corpos não se tocavam, mas estavam a centímetros de distância. Eu já podia sentir o calor que emanava dele, ele me olhava com uma expressão desconfiada.

– O que você esta fazendo aqui? – ele me perguntou com os olhos apertados. Os olhos dele mudam de cor? Estavam meio...Esverdeados.

– E-eu estava procurando o meu gato. – eu gaguejo ao falar. – Você não estava dorm-

Antes que eu termine a frase ele cai em cima de mim afundando a cabeça no travesseiro ao meu lado. Doeu um pouco quando eu senti a pressão do corpo dele sobre os meus seios, mas eu não reclamei.

Sentir o calor do corpo dele fazia meu coração disparar freneticamente, eu tentava aproveitar cada minuto. Acho que gosto dele, mas não da forma que um amigo gosta do outro, eu acho que sinto algo mais. Mas...Porque? Porque ele está fazendo isso? Eu nunca tive amigos antes, mas eu tenho quase certeza que eles não ficam nessa posição constrangedora.

– Porque você est- ele me interrompeu novamente.

– Cala a boca Molly. – ele disse liberando um jato de ar quente em meu pescoço me fazendo ficar tonta por alguns instantes.

Eu me calei, não sabia o que dizer de qualquer forma.

– Você é muito magra. – outro jato, mais tontura. Eu preciso me concentrar...

– Se está desconfortável então não há porque continuarmos assim. – eu disse e me arrependi no segundo depois. Será que ele vai se levantar agora?

– Eu não disse que estava desconfortável, pelo contrário. Seus seios são mais confortáveis que o meu travesseiro. – ainda bem que ele não pode ver o meu rosto nessa hora, porque eu corei imediatamente. Como ele consegue falar essas coisas tão naturalmente?

De repente eu o sinto se mexendo. Ele se apoia em um dos cotovelos para me olhar, nossos rostos estavam extremamente próximos e nossos corpos estavam colados, é claro, da forma mais decente possível.

Nossa, como aqueles olhos são lindos, fiquei hipnotizada por alguns segundos. Enquanto eu o encarava, percebi que ele olhou nos meus olhos e foi descendo até meus lábios e parou aí. Eu estava começando a sentir meu rosto esquentar de novo quando Sherlock quebra o silêncio.

– Parece que Toby está com ciúmes.

Eu não entendi o que ele quis dizer com isso até que ele sai de cima de mim e senta ao meu lado. Eu quase protestei quando ele fez isso, continuei deitada. Eu tinha que organizar a minha mente antes de voltar para a realidade novamente. Senti Toby subindo em minha barriga e eu me apoiei nos cotovelos para olhá-lo. Eu realmente queria ficar brava com ele, mas era impossível quando ele esfregava seus pelos em mim pedindo carinho. Tive que acaricia-lo,

– É melhor irmos dormir. – eu disse me referindo a Toby e a mim.

Levantei-me, torcendo para Sherlock me puxar novamente ou pelo menos que me peça para ficar... Mas não aconteceu.

É melhor eu esquecer esse momento e não ficar com falsas esperanças. Coloquei Toby para dormir e me direcionei para meu quarto. Custou-me para cair no sono, eu fiquei remoendo esses momentos, os momentos que eu passo ao lado dele, momentos confusos e estranhos, momentos constrangedores e agradáveis. Eu realmente espero que esses momentos continuem acontecendo, porque está acontecendo coisas novas comigo agora.

Eu mal acabei de conhecer a amizade e já estou perdidamente apaixonada pelo meu primeiro e único amigo. Talvez, a distância entre a amizade e o amor pode ser a distância de um beijo.

E essa noite, essa noite eu sonhei com ele.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Comentem porque eu já estou ficando desanimada, pls T-T, pelo amor que a Molly sente pelo Sherl ....Reviews!!



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