Momentos escrita por NathyWho221B


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Hey gnt! Aqui vai mais um capítulo. Esse conta mais como foi o sonho da Molly, espero que gostem!
Música do capítulo:
https://www.youtube.com/watch?v=uuZE_IRwLNI
Ta ficando osso colocar as imagens aqui rsrs... Então, esse é o link da imagem do capítulo:
http://www.sherlolly.com/wp-content/gallery/hiyas/dawn-b18de9244c7c42c866213d54128a645d8456840a.jpg



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Alma Perdida

Toda esta noite o rouxinol chorou,
Gemeu, rezou, gritou perdidamente!
Alma de rouxinol, alma da gente,
Tu és, talvez, alguém que se finou!

Tu és, talvez, um sonho que passou,
Que se fundiu na Dor, suavemente ...
Talvez sejas a alma, a alma doente
Dalguém que quis amar e nunca amou!

Toda a noite choraste ... e eu chorei
Talvez porque, ao ouvir-te, adivinhei
Que ninguém é mais triste do que nós!

Contaste tanta coisa à noite calma,
Que eu pensei que tu eras a minh’alma
Que chorasse perdida em tua voz! ...

Florbela Espanca, in "Livro de Mágoas"

***

Eu estava perdida. O desespero tomava conta de mim. Estava tudo escuro, eu não enxergava nada. Eu me segurava para não me desmanchar em lágrimas, mas porque eu segurava as lágrimas? Não tinha ninguém lá e se tivesse eu não estava enxergando.

Assim que algumas gotas de lágrimas pingaram do meu rosto, ouvi uma voz. Era uma voz grave, parecia um homem, não, um adolescente talvez. Mas eu não enxergava nada, não sabia dizer ao certo de qual lado vinha a voz para segui-la. Então sentei derrotada e chorei silenciosamente por alguns minutos.

Atrás de mim surge uma linha de luz, que foi ficando mais grossa, eu virei para vê-la. Já não era mais uma linha, parecia que a luz vinha de uma porta aberta um pouco a frente. Meus olhos doeram com a luz.

Do outro lado da porta tinha um garoto que me pareceu familiar. Corri desesperadamente para a luz, mas perecia que quanto mais eu corria, mais longe eu estava da porta.

Depois de muito correr consegui chegar, mas tinha um problema. Eu não passava pela porta. Parecia que tinha uma barreira invisível que me impedia de passar. Eu batia com força na barreira, mas era impossível quebrar. Eu olhava chorando para o garoto do outro lado, e ele me olhava com olhos tristes. Desmoronei em cima das minhas pernas soadas e descobertas, então percebi que estava usando um vestido de linho simples prateado e eu estava descalça. Olhei para a luz, não sabia o que fazer. Ficaria presa ali, no escuro. Meus cabelos estavam grudados em meu rosto com o suor, mas eu não ligava.

O garoto estendeu sua mão para mim. Por acaso ele é cego? Não viu quando eu tentei passar pela barreira invisível e não consegui?

Ele passou a mão pela barreira e me puxou pelo braço. Finalmente, passei, e então eu estava do lado da luz. O garoto ainda segurava meu braço quando me virei para ver a porta atrás de mim.

Não era uma porta. Tinha uma moldura em volta e a abertura não chegava ao chão. De repente o escuro desapareceu, e a abertura nos refletiu. Era um espelho. Eu me vi, suada com o vestido prateado que ia até a metade das minhas coxas, meus pés descalços. Olhei o garoto, ainda pelo espelho. Ele tinha os cabelos tão escuros quanto o breu que estava dentro da abertura e os olhos tão azuis quanto o céu, usava camisa com botões e calça social. Será que ele vai a algum lugar importante?

Por um momento me senti envergonhada pela roupa que vestia. Desviei meu olhar do reflexo do espelho e o olhei. Ele estava muito perto.

Ninguém disse nada. Ele me olhava profundamente com seus olhos azuis. Soltou meu braço. Então relaxei, meus músculos estiveram tensos esse tempo todo e quando relaxei me senti bem.

O garoto era bonito. Muito bonito na verdade.

– Obrigada- eu disse e abaixei a cabeça.

Ele levou uma das mãos ao meu rosto, o acariciou e em seguida levantou meu rosto para olha-lo novamente, mas ele não disse nada. Ele aproximou seu rosto lentamente do meu, até que ficassem a centímetros de distância. Eu podia sentir sua respiração quente em meu rosto. Eu fechei os olhos esperando ele prosseguir, afinal, esse era Sherlock e eu estava apaixonada por ele, então fiquei esperando. Esperando esse momento mágico acontecer.

Depois de alguns segundos de espera, senti seus lábios roçarem levemente em meu pescoço, beijando, o que me surpreendeu. Senti minha cabeça girar.

Aos poucos ele veio subindo lentamente até meu maxilar, meu queixo, depois parou. Afastou-se e me fez olhá-lo nos olhos de novo.

– Senti sua falta. – ele disse com a voz grave falhando me olhando com ternura.

Eu não intendi o que ele quis dizer então fiquei confusa. Ele passou os braços ao redor da minha cintura e me puxou lentamente para mais perto dele, até que nossos corpos se colaram. Senti seu coração acelerado. Ou seria o meu?

Ele aproximou seu rosto do meu encostando levemente nossos lábios, fazendo movimentos lentos. Sem cortar o beijo, ele desceu as mãos para as minhas coxas, que ficaram na altura da barra do meu vestido. A cada toque dele meu corpo estremecia de prazer, um prazer que só ele podia me proporcionar. Ele subiu um pouco a barra do vestido, o que me fez sentir um pouco de cócegas.

O beijo foi ficando mais urgente e ele me fez andar para trás até uma cama que estava próxima. Ah, então eu estava em um quarto. Eu sentei na beira da cama e ele cortou o beijo, pegou uma das minhas mãos e a levou até seu peito. Eu entendi o recado e comecei a desabotoar a sua camisa, enquanto ele tirava os fios de cabelo grudados em meu rosto e os colocavam atrás da minha orelha. Comecei a abrir o zíper da calça dele, depois eu levantei da cama e ele abaixou as alças do meu vestido, fazendo com que ele deslize pelo meu corpo até meus pés.

Ainda de frente para mim ele tirou meu sutiã com um movimento rápido pelas minhas costas e eu percebi que o tecido era preto. Com um habilidoso movimento com os dedos ele rasgou os lados da minha calcinha e ela deslizou pelas minhas pernas.

Depois que estávamos sem nenhuma roupa, ele me deitou na cama e parou para me observar por alguns segundos, e eu á ele. Ele era realmente lindo! E ele seria só meu e eu o teria por inteiro agora. Como eu cheguei a tanto?

Quando voltei á olhá-lo percebi que seu rosto estava corado, mas mesmo assim ele subiu na cama e veio para cima de mim. Dessa vez fui eu que corei, eu nunca tinha feito isso antes e provavelmente ele também não. Compartilharemos um momento novo e só nosso agora.

Ele começou beijando o meu pescoço, me deixado zonza, e desceu pelo meu corpo beijando-o e descobrindo os lugares mais sensíveis, suas mãos passeavam pelo meu corpo, me fazendo estremecer, até que...

***

– Molly, você faz barulhos estranhos quando dorme.

Levanto-me assustada e encaro um par de olhos azuis me encarando. Sherlock estava ao meu lado da cama com os cotovelos apoiados nela sustentando seu rosto.

– Sherlock! Seu idiota, o que você faz aqui?! – eu digo tentando arrumar o meu cabelo.

– A porta não estava trancada e ontem você invadiu o meu quarto, então... – ele deu os ombros.

– Que horas são?!

– Duas da tarde.

– O que?! Eu perdi a aula? Por que você não me acordou?

– Porque ontem você foi dormir bem tarde, então você estaria muito cansada para estudar.

– Como você sabe?

– Eu não sei, eu deduzo. O que aconteceu ontem á noite foi demais para você, não?

– Não foi por causa disso que eu não consegui dormir... – eu menti – Eu estou com fome.

– Seu almoço está no micro-ondas.

– Obrigada.

– Não agradeça a mim.

Eu ergui as duas sobrancelhas quando ele disse isso. Mycroft sendo bonzinho?

– Tudo bem... Sherlock o que... Oque eu disse enquanto dormia?

Ele pensou por alguns segundos antes de responder a minha pergunta. Para quê tanto suspense? Será que eu disse algo que não devia? Céus, eu estava perdida, mais ainda do que no sonho, e, aliás, que sonho indecente foi aquele? Droga! Agora eu me lembro das cenas quando vejo Sherlock, só espero que meu rosto não me traia nessas horas e core.

– Você disse o meu nome. – eu soltei o ar quando ele me respondeu.

– Só isso?

– três vezes, e fazia barulhos estranhos. A onde estávamos no seu sonho?

– Ah... É... Eu vou comer.

Eu desci em disparada á cozinha, sem nem mesmo pegar minhas roupas para tomar banho no banheiro de baixo. Almocei de pijamas mesmo. Depois subi para o meu quarto andando como uma espiã para não me esbarrar com Sherlock. Consegui chegar ao meu quarto, peguei minhas roupas e desci para tomar banho.

Enquanto eu secava meus cabelos depois do banho, Sherlock abre a porta abruptamente.

– Por que não bateu antes?

– Porque eu já sabia que era você e que já tinha terminado o banho, por causa desse barulho ensurdecedor que o secador faz.

– Mas sou eu que tenho que saber... Ah, deixa para lá.

O espelho do banheiro cobria quase a parede toda então eu podia ver o que Sherlock fazia ao meu lado olhando pelo reflexo do espelho. Ele... Oh meu Deus, ele estava desabotoando a camisa?!

– Hey! Você não pode se despir na frente de uma garota! – eu fechei os olhos, mesmo não querendo fazer isso. Será que o Sherlock do meu sonho era igual ao real? Molly pare de pensar essas coisas absurdas!

– Então saia. – eu abri os olhos. Como ele tem a cara de pau de me ordenar a algo na minha própria casa?

– Porque você não usa o banheiro de cima?

– Porque você não usa?

– Sherlock, eu não vou sair antes de terminar de secar o meu cabelo. – eu já estava contando até dez para não perder a razão e bater nele com o secador.

– Tudo bem para mim. – ele disse dando os ombros e tirou a camisa. Eu o fiquei olhando por alguns instantes. Até que eu o Imaginei bem, mesmo sem nunca tê-lo visto sem camisa antes. Olho para seu rosto e vejo que ele está parado me encarando. Eu sinto meu rosto esquentar um pouco e saio do banheiro, derrotada.

Bom, ainda bem que tem o banheiro de cima.

– Está ocupado! – escuto Mycroft gritar de dentro do banheiro depois de eu ter batido na porta três vezes. Mas que droga! Minha vida era melhor quando eu não tinha que dividir o meu banheiro com dois caras. Tive que ficar com o cabelo meio úmido mesmo... Nesse frio. Desci para a sala levando um dos meus livros nos braços.

Não demorei muito para chegar á metade do livro que não era tão grosso, e meus cabelos já haviam secado, mas consequentemente eu teria algum resfriado mais tarde.

E eu acertei, não demorou muito e eu já estava espirrando. Eu não me importei muito no começo e continuei a leitura, mas chegou uma hora que os meus olhos já não conseguiam mais se focar nas letras e eu sentia muito frio. Eu já estava pensando em subir para o meu quarto quando é jogado um cobertor em cima de mim.

Desvencilhei-me dele e me cobri.

– Obrigada Sherlock. – eu disse sem me virar.

– Errado.

Virei-me dessa vez para encarar Mycroft que não transmitia nenhuma expressão.

– Obrigada Mycroft. – eu disse dando um sorriso e ficando de pé em cima do sofá para abraça-lo. Eu percebi que ele ficou meio confuso e não sabia se me abraçava de volta ou não.

Eu o soltei e agradeci novamente, mas dessa vez pelo almoço.

– Você faz um espaguete muito bom.

Ele não disse nada e virou-se em direção as escadas, mas antes de subir o primeiro degrau, ele abriu a boca.

– Você poderia me fazer um favor?

– Qual?

– Não se envolva com Sherlock. - eu congelei onde estava.

– C-como assim?

– Ele não pode se distrair com amizades e... O amor. Eu quero o melhor para ele e é desta forma que eu quero protege-lo, não deixando ele se envolver. Então, se você se importa com ele tanto quanto eu me importo, não o faça sofrer.

Eu não sabia se ficava feliz em saber que Sherlock sentia algo mais que só amizade por mim ou se ficava com raiva de Mycroft por me fazer esse pedido ridículo.

– Tudo bem, eu não vou fazê-lo sofrer.

– Assim é bem melhor. – sentei no sofá e fiquei na mesma posição que eu estava antes, escutei os passos de Mycroft.

– Mas eu vou fazer isso do meu jeito. – eu disse determinada, e alto o suficiente para que Mycroft me escutasse.

Ele não disse mais nada. Eu deitei no sofá e fiquei lá, parada, olhando para o teto até cair no sono...


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! Se quiserem opinar sobre o que vocês querem ver nos próximos capítulos fiquem á vontade ;)
Até o próximo capítulo!
Beijinhos!



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