Momentos escrita por NathyWho221B


Capítulo 22
Capítulo 22


Notas iniciais do capítulo

Hey, novo capítulo saindo do forno! Não riam da minha teoria ¬¬'
Música do capítulo: https://www.youtube.com/watch?v=JkK8g6FMEXE
* Obrigada a Meg Durinson por ter me ajudado com a música e PRESTEM ATENÇÃO NA LETRA, é simplesmente perfeita pra minha fic, tem tudo a ver*-*
Ps: Sem imagem do capítulo pra não dar spoiler rsrs



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–Molly, precisamos conversar.

Eu encaro confusa, aqueles olhos azuis cheios de... Preocupação?

–Claro, pode entrar.

Ele entra e me espera fechar a aporta.

–Pode se sentar se quiser. – ele senta e eu faço o mesmo ao seu lado.

– Quer conversar sobre o que?

–Moriarty está vivo.

– O que... Como?

– Eu não sei Molly. Eu realmente não sei. – ele diz passando as mãos em seus cabelos, preocupado. – E agora ele vai querer se vingar, tenho certeza.

– Sherlock, eu vou te ajudar.

– Você não pode mais me ajudar.

– Porque não?

– Porque ele vai vir atrás de você. Porque foi graças á você que o meu plano deu certo. Porque você é importante para mim. – meu coração parou por um segundo ao ouvir isso, mas depois voltou a bater com suas próximas palavras. – Você é importante para mim, assim como Maya, Mary, John, Lestrade, Sra. Hudson.

– Como você sabe que ele está vivo?

– Bom, primeiro eu recebi um envelope, semana passada, com um CD dentro e uma maçã escrita IOU. Eu sabia que tinha algo a ver com ele, mas achei que talvez seja alguém querendo brincar comigo. No vídeo ele estava em algum lugar abandonado falando o quanto estava zangado comigo por eu ter acabado com sua teia. Fiquei um pouco receoso, mas algum ótimo editor podia ter feito algumas alterações no vídeo. Eu só tive certeza que ele estava vivo quando foi á Baker Street. Eu fiquei... Chocado. Foi como se tudo o que fosse real para mim, desmoronasse. Por um momento, pensei que estava louco, mas ai ele começou a falar. Disse que sua vida estava muito entediante sem mim e que eu não precisaria me preocupar, porque ele não iria me matar ou mandar me suicidar.

– Ele é um psicopata! – eu disse em pânico, com certeza ele vai vir atrás de mim.

– Molly, eu vou te proteger.

– E os outros?! Maya, John, Mary...

– Mycroft vai cuidar deles.

– Ele não disse como sobreviveu?

– Não. Ele disse que um bom mágico nunca revela seus truques.

– Ótimo. Nem com um tiro na boca ele morre.

– Desculpe por te envolver nisso, Molly. Desculpe por estragar a sua vida.

– Você não estragou a minha vida. Nunca o fez. – segurei seu roso com a mão. Havia tanta dor em seu olhar, que eu quase podia senti-la.

– Você é muito corajosa. – ele diz com um sorriso apagado.

– Por quê?

– Por tê-lo namorado.

–Eu não cheguei a namorá-lo. – eu disse com um pouco de raiva e tirei a mão de seu rosto. Não gostava de lembrar disso. Ele percebeu e desviou o olhar para meu pulso.

– Você ainda a usa. – ele diz sorrindo se referindo á pulseira que eu usava.

– Ás vezes. Está um pouco velha. Lembra-se dela?

– Eu te dei de aniversário.

– É, quando eu fiz dezesseis. Meus pais ainda estavam vivos. – eu suspirei.

– Sinto muito.

– Tudo bem, já passou. Eu vou fazer um chá. – eu disse me levantando.

Depois de alguns minutos, o chá estava pronto, então levei duas xícaras para a sala entregando-lhe uma.

– Não vai voltar para casa? Já são dez horas da noite.

– Eu disse que iria te proteger. – eu quase engasgo com o Chá.

– Q-quer dizer que vai ficar aqui? Por tempo indeterminado?

–Sim, eu vou.

Eu não sabia se ficava feliz, envergonhada ou apavorada, pois tinha um psicopata na minha cola. Não o Sherlock, Moriarty.

– Hum... – eu murmurei tomando o ultimo gole do um chá. – Vou dormir. Boa noite.

– Boa noite.

Meu domingo foi um pouco entediante, pois eu não podia chamar Janine, Mary e nem sair de casa. O pior era que Sherlock ficava sentado na minha poltrona, de pijamas e robe, o dia inteiro. Sem falar, sem comer. Não sei exatamente quando ele foi á Baker Street pegar suas roupas. Bom, pelo menos, não tenho que me preocupar com isso.

Peguei o mesmo livro que eu lia ontem e fui para o meu quarto ficar debaixo das cobertas. Estava nevando. De novo. Ainda bem que eu não saí de casa. Li somente algumas páginas antes de pegar no sono.

Acho que dormi quatorze horas seguidas. Eu não sabia que estava tão cansada. Acordei ás cinco e meia. Estava um pouco escuro, mas já dava para ver o contorno das coisas. Peguei algumas roupas e andei em silêncio até o banheiro. Tomei um banho demorado em minha banheira.

Depois de fazer o mesmo ritual de todas as manhãs, só tinham se passado quarenta minutos. Sherlock ainda deve estar dormindo. Tomei meu café da manhã e fui para a sala.

– Bom dia, Molly.

Levei um susto quando vi a silhueta de Sherlock, sentada em minha poltrona.

– Você não dormiu?

– Dormi. E por falar nisso, você dorme mais do que eu me lembrava.

Tentei não perder o foco.

– Quantas horas?

– Quatorze, se não me engano.

– Não, eu quis dizer você.

–Ah, sim. Eu dormi umas quatro horas.

– Não está cansado?

– Não.

– E você comeu alguma coisa ontem?

– Não.

– Você quer morrer? A Sra. Hudson não está aqui para te lembrar de comer e fazer as coisas para você.

– Eu sei.

Ele não moveu uma palha. Respirei fundo, vencida e fui preparar algo para ele.

Depois de obrigá-lo a comer todo o cereal, voltamos para a sala. Eu já estava no volume dois de As brumas de Avalon, estava muito viciante e eu não conseguia para de ler. Sherlock voltou para a poltrona.

Ás vezes eu desviava meus olhos do livro para observá-lo, mas ele sempre estava naquela posição de quando está pensando. Ele estava de olhos abertos. Eu tentava seguir seu olhar, mas ele olhava para o nada, parecia que estava em transe.

– O que tanto você pensa Sherlock? – ele demorou um pouco para perceber que eu estava falando com ele. Como se eu falasse sozinha, bufei em pensamento. Ok, talvez eu fale, mas só às vezes. Não sou nenhuma louca.

– Em como Moriarty sobreviveu.

– Hum... E já tem alguma teoria?

– Algumas, mas as descartei. A teoria menos idiota, foi que talvez aquele que estava no terraço do Barts, fosse alguém muito parecido com ele. Talvez um irmão gêmeo idêntico, mas descartei. Não acho que alguém se mataria para ajudar o irmão. Eu mesmo nunca o faria por Mycroft.

Eu não disse nada e voltei minha atenção para o livro. Um pouco antes do almoço fui me arrumar.

– A onde vai? – ele pergunta.

– Vou trabalhar.

– Não vai.

– Sherlock, eu preciso trabalhar. Não posso ficar aqui para sempre. – se bem que seria ótimo ficar aqui com ele para sempre.

– E eu preciso de você viva.

– Eu estou bem, ele não vai me machucar no trabalho, ia ter muitas testemunhas e ele é inteligente de mais para fazê-lo. Até mais, Sherlock.

Fechei a porta e fui trabalhar. De qualquer forma eu não consegui ficar longe dele por muito tempo, porque ele foi para o laboratório e fingiu que estava em algum caso, só para me vigiar.

– Isso já está se tornando uma perseguição dupla. – eu digo fazendo-o se desvencilhar do microscópio.

– Molly, eu estou tentando te proteger.

– Tudo bem, eu só... – passei as mãos em meus cabelos, colocando os fios no lugar, aliviando o estresse. Respiro fundo. – Eu só acho que está muito grudento. – ele me olha confuso.

– Quer discutir a relação, agora?

– Q-que relação? – eu perguntei gaguejando e corando ao mesmo tempo.

– A nossa.

– Temos alguma relação?

– É claro que temos.

–Que tipo de... Relação? – pergunto receosa.

Ele levanta e se aproxima de mim. Sem perceber eu dou um passo para trás, encostando no balcão. Eu estava encurralada. Sherlock chega perto o suficiente para tocar meu rosto. Minha pele esquenta onde ele toca.

– A relação de amantes. Está bom para você?

Eu abri a boca para respondê-lo, mas as palavras não saíam. Senti um frio na barriga quando ele se aproximou ainda mais de mim, tocando nossos narizes.

– Senti tanto a sua falta. – ele diz com dor nas palavras, falhando um pouco a voz.

– Eu também senti.

Não estávamos falando só dos dois anos que ele passou fora. Falávamos de quando éramos adolescentes e ele foi embora, também. E eu sabia. Ele nunca esqueceu.

Ele cessou a distância entre nós com um beijo intenso, com muita movimentação de línguas e que demoraria um pouco para acabar.


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Notas finais do capítulo

E ai, o que acharam?? Eu li As brumas de Avalon e amei!! Recomendo!



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