Momentos escrita por NathyWho221B


Capítulo 20
Capítulo 20


Notas iniciais do capítulo

Hey! Novo capítulo!! Sherlock está acordado e agr???? * suspense
Música do capítulo: https://www.youtube.com/watch?v=nXZUr3v6gNo

PS: Vejam a letra da música e me julguem hahaha
PS2: Essa música combina mais com a cena em que os dois ainda estão no quarto.



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Acordei com a claridade em minhas pálpebras e Sherlock deitado e acordado, olhando para o teto o mais longe possível de mim que a minha cama de casal permitia.

–Hum... - eu murmurei me espreguiçando. Ele se vira para mim e eu sorrio.

–Bom dia. - eu digo.

Ele continua me olhando e eu sento na cama puxando o edredom, me cobrindo.

–O que exatamente aconteceu ontem? Quer dizer, hoje de madrugada.

–Tem certeza que quer saber? - eu pergunto me divertindo com a expressão dele.

–Tenho. - ele diz se sentando.

–Okay, nós... - faço suspense ficando séria. -Nós transamos. - eu digo finalmente e cubro meu rosto com o edredom fingindo estar envergonhada.

–O-o que?

Com o rosto coberto, eu mordo meu lábio inferior tentando não rir. Descubro um dos meus olhos.

–Nós fizemos amor, Sherlock. - descubro meu rosto. -Não se lembra? - finjo estar decepcionada e triste.

–E-eu... Não. Eu não consigo me lembrar. Eu só lembro de ter dormido em algum quarto que cheirava a Janine. Como eu posso não me lembrar? Eu estava tão bêbado assim?

–Na verdade não.

–Então porque não consigo me lembrar? Eu acho que lembraria de ter feito algo assim, afinal... - ele para, balança a cabeça. - eu não seria tão descuidado assim se estivesse consciente.

Essas palavras dele conseguiram dar uma pontada no meu coração.

–Como assim "um descuido"? Você acha que transar comigo é um descuido?!

– Eu não quis dizer isso, eu... Só estou tentando descobrir porque não consigo me lembrar.

–Afinal o que?

–Hum?

–Você disse agora a pouco " eu acho que lembraria de ter feito algo assim, afinal...", afinal o que?

–Nada.

–Você ia dizer alguma coisa.

–Não, eu não ia.

–Vamos Sherlock, diz logo.

–Se você disser o que aconteceu comigo, talvez eu conte.

–... - eu pensei um pouco balanceando os lados, acho que sairia ganhando. -Tudo bem... Você estava sonâmbulo.

–Eu o que? E você se aproveitou de mim ou eu que...

–Sherlock! Eu nunca me aproveitaria de você. - se bem que... Molly, péssima hora para pensar nisso. -Agora me conta. O que você ia dizer?

–Eu ia dizer... Por favor, não ria. Eu ia dizer que eu lembraria de ter feito algo assim, afinal eu sou...

–É o que? - eu o apresso e ele franze o cenho.

–Eu sou virgem. - ele diz rápido e espera a minha reação.

...

...

–Pensei que você e Janine...

–O que?! Não, eu não cheguei tão longe assim.

–Entendi. - não acredito, ele é virgem! Oh meu Deus! Eu poderia... Não, Molly. Mas não deixa de ser fofo essa inexperiência dele.

–Era.

–Desculpe, o que?

–Eu era virgem.

Eu virei para olhá-lo. Ele estava de cabeça baixa com os cachos escuros quase caindo em seus olhos. Ele tinha o olhar um pouco triste. Talvez por não conseguir se lembrar.

–Ainda é. - ele se vira para me olhar. -Ainda é virgem.

–O que... Molly! Eu não acredito! - ele disse se tocando aos poucos e ficando um pouco corado. -Você mentiu para mim ?!

Eu ri com a cara fofa de envergonhado que ele fez.

–Eu não menti, foi uma brincadeirinha. - eu disse ainda rindo. -Mas você estava sonâmbulo. - ele me olhava sério, agora concentrado em minhas próximas palavras. -E você veio para cá umas cinco horas da manhã.

Eu também fiquei séria agora. Só de lembrar a sensação dos braços dele envolta de mim, já me causava arrepios.

–E você se deitou nessa cama, puxando todo o edredom de mim. - eu digo levantando uma sobrancelha.

–Só isso?

–Não, depois você me chamou. E eu deitei ao seu lado para me cobrir.

–E...

–E então você envolveu seu braço em minha cintura... E me puxou para mais perto de você.

Ele estava estático me encarando. Respirou fundo e depois voltou a se deitar na cama.

–Desculpa por ter te acordado no meio da noite.

–Tudo bem. - eu digo me deitando também. Não tenho coragem o suficiente para sair debaixo do edredom usando essa camisola.

–Eu ainda estou um pouco cansado e com dor de cabeça. - ele descansa o braço em sua testa. -Vou dormir um pouco mais. Não precisa ficar aqui comigo se não quiser.

–Não, tudo bem. - eu disse. Droga! Como eu vou sair agora?

–Molly, você mente muito mal. Eu sei que quer sair, então pode ir. - ele disse de olhos fechados.

–Eu quero ficar aqui, Sherlock. - ele abre os olhos, tira o braço da testa e vira a cabeça para me olhar. Franze o cenho tentando descobrir porque insisto em ficar. Percebe quando puxo o edredom até o pescoço. Ele engole a saliva.

–Pensando bem, acho melhor eu ir dormir no quarto que tem cheiro de Janine. - eu sorrio acenando a cabeça quando ele se levanta.

Assim que ele fecha a porta eu solto o ar. Corro para o meu guarda-roupa e visto-me adequadamente.

Não vou trabalhar hoje, então faço o café da manhã com calma. Toby sente o cheiro das panquecas e sobe na cadeira.

–Não, Toby. Desce! - ele desce resmungando e vai para a sala.

Depois de fazer as panquecas, pego alguns cupcakes que sobraram de ontem e os coloco na mesa.

–Estou com fome. - diz Sherlock entrando na cozinha com o cabelo mais bagunçado que antes. Deve ter rolado na cama tentando dormir. Eu ri.

–Está rindo do que?

–Nada. Quer panquecas?

Ele se senta à mesa junto comigo.

–Sherlock, você estava bisbilhotando a minha conversa com Tom, ontem ?

–Não. - ele diz antes de enfiar um grande pedaço de panqueca na boca.

–Porque será que eu não consigo acreditar... - eu digo pensativa levantando uma sobrancelha olhando para ele.

Ele não disse mais nada. Eu terminei de comer antes dele e fui para a sala. Depois de alguns minutos passando os canais, procurando algo bom para assistir, Sherlock se senta ao meu lado no sofá.

–Não tem nenhum caso hoje?

–Não.

–E Jim?

–Quem?

–Jim Moriarty.

– Ah, Moriarty.

– É ... Você entendeu.

–Ainda estou pensando. Se ele realmente ainda está vivo, eu estou tentando descobrir como ele sobreviveu. Molly, eu vi ele se matar. - ele me olha fixamente.

–Eu acredito em você, Sherlock. - eu coloco minha mão em seu ombro, confortando-o. Depois voltei para a TV.

–Você vai visitar Bob? - ele pergunta sem se virar para mim, com os olhos fixos na TV.

– Não sei, acho que sim.

–Por favor, não vai. - dessa vez ele se vira para me olhar e eu faço o mesmo.

–Porque?

–Eu não gosto dele.

Eu rio.

–Ele é um cão! - eu digo ainda rindo.

–Eu gosto de cães. Só não gosto de Tom. Ele quer voltar com você.

–O que? - eu paro de rir.

–Não percebe? Aquele olhar implorando e as pupilas dilatadas, sem falar das mãos que sutilmente tremiam. Molly, ele ainda gosta de você. E ele quer que vá visitá-lo e não Bob.

–Você estava bisbilhotando.

–Molly, você não pode ir lá.

–Porque não?!

–Porque quando for lá, ele vai lhe pedir para voltar.

–Qual o problema? E se eu quiser voltar?

–Você não quer.

–Como pode ter tanta certeza?! - eu pergunto cruzando os braços. Ele conseguiu me deixar brava.

–Eu sei.

–Sabe o que ?!

–Que ainda está apaixonada por mim.

–Mas o que... Como tem tanta certeza?!

–Molly, você fica sem jeito toda vez que eu apareço no laboratório. Perto de mim, você fica do mesmo jeito que Tom fica quando está perto de você. Depois de tanto tempo, você ainda continua apaixonada por mim. E se voltar com ele, vai sofrer e eu não quero que isso aconteça.

–P-porque? Porque se importa? Você não pode mudar isso! - eu digo e escapa uma lágrima dos meus olhos. Eu a enxugo rapidamente.

–Eu me importo.

Ele se aproxima de mim e eu me afasto virando o rosto. Ele insiste em se aproximar mais e passa as costas de sua mão em meu rosto me fazendo olhá-lo. Ele sorri para mim. Mais uma lágrima escapa.

–Seu cabelo está bagunçado. - eu digo o deixando confuso com a repentina mudança de assunto.

Eu tiro alguns cachos escuros que estão caindo em seus olhos, colocando-os para trás. Ele me observa atentamente.

Sem que eu perceba ele segura o meu pulso com delicadeza me fazendo parar e aproxima seu rosto do meu. Sinto seus lábios tocarem os meus levemente fazendo todo o meu corpo arrepiar-se. Ele me beija lentamente se atrevendo até a dar investidas com a língua.

Nos afastamos para respirar e é nesses momentos que desejamos não precisar de oxigênio.

–Acho melhor eu ir para casa. Sra. Hudson deve estar preocupada. Já são quase três da tarde.

–Tudo bem. - eu digo um pouco tímida pelo o que aconteceu agora.

Ele pega seu sobretudo que estava no mancebo e sai. Demorei um pouco para digerir tudo o que tinha acontecido hoje. A felicidade me consumia. Eu mal podia acreditar no que eu tinha feito. Quer dizer, no que ele tinha feito.

–Ele me beijou. - eu toquei meu lábio inferior. -Ele me beijou, Toby. - eu pequei Toby no colo e ele queria me arranhar. -Você devia ficar feliz por mim. - eu digo colocando-o no chão.

Quantas pessoas já beijaram Sherlock Holmes? Bom... Tirando Janine. Acho que nem aquela "mulher" já havia o beijado. Será que agora ele finalmente vai deixar aquele ego todo de lado e ficar comigo? Pela segunda vez?

Bom, isso é o que eu vou descobrir.


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Notas finais do capítulo

E ai? Gostaram?? Ficou muito meloso ou faltou mais pegação? hahaha
Beijinhos!!



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