MH- Mary me contou td ontem.

Vc tá bem?

SH- Sim.

MH- Vai partir amanhã?

SH- Sim.

MH- Feliz natal... Atrasado.

SH- Feliz natal. Sinto muito não poder ir à sua festa.

MH-Tudo bem. Vc vai voltar?

SH- Não sei.

MH- N sabe? Sherlock Holmes sabe td!

SH- Eu realmente não sei, Molly. Provavelmente não.

MH- ...

SH- Obrigado por tudo. Foi bom te conhecer.

MH- Toby disse "Adeus".

SH- Adeus, Molly.

MH- Já é a 3ª vez...

SH- ??

MH- Que a gnt se despede.

SH- Sem choro, Molly.

MH- Eu n to chorando!

SH- Sim, está.

MH- ¬¬'

SH- Avise à Lestrade e à Sra. Hudson.

MH- Tà...

Desliguei o celular. Faltam dois dias para para o reveillon e a decoração já está toda pronta. Eu realmente queria que todos os meus amigos viessem à festa. Principalmente Sherlock, mas ele sempre acha um jeito de ficar longe de mim, mesmo sem querer.

Deitei na cama e Toby subiu nela se aninhando a mim antes de dormir.

Na hora do almoço do dia seguinte, sai do Barts e fui até a New Scotland Yard falar com Lestrade. Ele ficou decepcionado com a noticia. Dava para ver a tristeza em seu rosto. Eu o abracei e ele retribuiu o abraço, me agradeceu e antes de sair, eu dei uma última olhada antes de fechar a porta da sua sala e o vi digitando com raiva alguma coisa no celular.

Em seguida fui visitar a Sra. Hudson. Não precisei contar o que aconteceu, pois John já tinha mandado mensagem. Ela também estava triste.

– Vou ter que arrumar toda aquela bagunça!

Ok, talvez com um pouco de raiva. Subi as escadas e entrei na 221B. Estava uma bagunça mesmo, como sempre. Não entendo como alguém que se veste tão formalmente possa viver nesse apartamento.

–Só mais uma última olhada antes de esquecer.

Fiquei mais alguns minutos antes de voltar correndo para o hospital. Infelizmente cheguei meia hora atrasada, então tive que trabalhar meia hora a mais. Cheguei tarde em casa e desmoronei na cama.

No dia seguinte, acordei meio dia. Não iria trabalhar nos próximos três dias, mas mesmo assim, acordei tarde para quem tem tanta coisa para fazer. Levantei num pulo assustando Toby e fui direto para o banheiro realizar a minha rotina matinal.

Passei o dia inteiro fazendo vários pratos diferentes para o reveillon que já seria amanhã. Nem percebi quando anoiteceu. Terminei tudo quase onze horas da noite. No dia seguinte eu só precisaria finalizar alguns pratos.

Eu estava tão exausta que nem acendi a luz do meu quarto. Eu não precisava de luz para pegar meu pijama na cômoda. Eu sabia exatamente onde casa coisa ficava. Provavelmente, devo per pego a parte de cima do pijama de uma estampa e a parte de baixo de outra. Não me importei.

Estava quase tirando a minha camisa de manga longa quando escuto uma voz vinda de um canto do meu quarto.

–Não faça isso, Molly.

Me virei abruptamente e vi que a cortina estava aberta, iluminando minha silhueta com uma luz fraca e meio azulada. Desci a camisa que já estava abaixo do meu seio.

De um dos cantos do meu quarto, a sombra de um homem alto se deslocava tampando metade da janela. Não pensei duas vezes para atravessar o quarto correndo e abraçá-lo, envolvendo meus braços em sua cintura e afundando meu rosto em seu peito.

–Nunca mais faça isso. - eu disse com a voz abafada.

–Eu te assustei?

–Não. Nunca mais vá embora.

–Tudo bem, não vou. Agora acalme-se.

– Desmanchei o abraço e fui acender a luz.

–Oh, não.

–O que foi?

–Você vai ser preso! Sherlock, vai embora, você tem que ir com seu irmão! - eu disse empurrando-o em direção à porta do quarto. -Vou avisar à Mycroft que que você está aqui.- pequei o meu celular em cima da cômoda. A expressão de Sherlock mudou para .... Desespero?

–Dá isso aqui!

–Devolve, eu preciso ligar para seu irmão! Eu... E-eu não quero que vá preso. - eu disse com a voz embargada, começando a chorar.

– Molly, você não assiste TV?!

–A TV não é mais importante que você. - disse fungando e limpando as lágrimas que não paravam de escorrer com a manga da blusa. - o que tem a TV?

– Moriarty apareceu em todos os canais hoje.

–O que ? Ele não estava morto?!

–E está! Deve ter sido outra pessoa... E com o intuito de me fazer ficar em Londres, pois a imagem não era ele exatamente. Era um boneco, sei lá .

–E você faz alguma ideia de quem seja?

–Não. Eu acabei com a teia dele. Não sobrou ninguém.

–Hum... Quem quer que seja, eu estou agradecida!

–Não subestime Moriarty. Ele pode ter algum truque na manga, mesmo depois de morto.

Senti um frio percorrer minha espinha quando ele disse isso.

–Mas... Agora que você voltou, vai vir para a minha festa, não é?

–Talvez.

–P-porque?

–Mycroft vai vir e você sabe que eu não suporto ficar no mesmo lugar que ele. - meu semblante ficou triste.

–Até a festa, Molly! - ele disse saindo e fechando a porta do meu quarto rapidamente.

Me joguei na cama de olhos fechados e bufando.

–Miau!!!

–Oh, desculpa Toby! Eu não te vi ai.

–Não seja assassina igual a mim! - escuto Sherlock gritando da sala antes de fechar a porta com tudo.

***

SH-Posso levar Bill?

MH- Quem é esse?

SH- Bill Wiggins.

MH- Quem?

SH- Meu aprendiz.

MH- Aquele q apareceu drogado no Barts?

SH- Ele é um iniciante! A droga ajuda a pensar!

MH- Sei... Sherlock, vc o conheceu na casa do crack.

SH- Posso ou não?

MH- Pode...

SH- Obrigado, Molly.

MH- Sem drogas na minha festa!