Momentos escrita por NathyWho221B


Capítulo 16
Capítulo 16


Notas iniciais do capítulo

Hey gnt! Estou de volta com mais um capítulo! Desculpe a demora, meu notebook quebrou e eu estou digitando pelo celular agora, o que demora mais. Quem quiser música para o capítulo escutem: Girl - The Beatles.
Infelizmente, pelo celular eu n sei colocar link de vídeos do Youtube :'(
Obrigada à I Am Across The Universe por ter me ajudado com a música :-))
Enfim, boa leitura!!



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– Molly. Oi.

Me virei para ver o dono daquela voz inconfundível e sorri.

–Sherlock?

–Sou eu. - ele disse com um fraco sorriso. Ambos estávamos felizes por ele ter voltado, eu pude perceber. Por momento ficamos em silencio nos olhando. Confesso que já estava ficando desconfortável aquele silencio. Decidi quebrá-lo .

–Falou com John ?

–Não. Você é a primeira. Tirando Mycroft.

–Sério?- borboletas, voltem aos deus devidos lugares.- John vai ficar muito bravo por ter... Você sabe.

–Não. Vai ficar emocionado, no máximo .

–Tem certeza ?

–Tenho.

–Ok...

–Perdi muita coisa?

–Acho que não...Espera, uma só, sobre John, mas você já vai saber.

–Eu me referi a você.

–Ah... N-não. Não perdeu nada. Nada de interessante acontece na vida de uma legista. -Eu sorri.

–Hum... Chato.

–Eu sei que você está tentando puxar assunto, só não sei porque, mas de isso for ajudar... Não precisa. Essa não é a sua área. - acho que fui um pouco rude, mesmo essa não sendo a minha intenção.

Ele me olhou surpreso.

–Você tem praticado dedução ultimamente? Leu o meu blog.

–O que ? Não.

–Tudo bem Molly, então eu já vou indo ... Tenho outros amigos para avisar que não estou morto.

–Amigos? Pensei que o grande Sherlock Holmes não tivesse amigos.

–Pensou errado.

–Tchau Sherlock.

–Até mais Molly.

Saiu como um furacão pela porta da forma mais dramática possível. Ele estava de volta e eu senti tanto a sua falta... Era pior no começo, mas depois eu já estava achando que ele não voltaria mais. Sua imagem em minha mente feita com minhas memórias já estavam ficando distorcidas. Eu estava esquecendo. Então encontrei Tom. Ele parecia com a parte do Sherlock que eu ainda me lembrava, mas só por fora.

Agora eu estava com Tom. E noiva. Mas Sherlock tinha que voltar, para estragar tudo. É claro que não é culpa dele, mas mesmo assim... Ele poderia ter ficado "morto" por mais um tempinho, né?

Não. Isso não seria justo com John, Lestrade e Sra. Hudson. Para piorar ele me chama para seu apartamento. Disse que era de extrema importância.

–Molly... Gostaria de ... Resolver crimes?

–... Jantar? - falamos ao mesmo tempo e eu fiquei confusa e envergonhada ao mesmo tempo. -Onde está John?

–Você estava certa... De novo.

–Ele brigou com você, né?

–Ele me bateu.

–Ele te bateu?- não ria Molly, não ria!

–Sim, eu acabei de dizer isso, você está me escutando? Esqueça... Aquilo que você disse sobre John quando eu perguntei se perdi algo, por acaso era o bigode dele?

–Na verdade era sobre Mary, mas o bigode também é novidade para você. O que tem ele?

–É ridículo!

Não me contive e dei risada. A careta que ele fez ao pensar no bigode de John foi a melhor.

–Vai ficar rindo ou vai vir comigo?

–Ir à onde?

–Resolver crimes, oras!

–Ah é, você e John estão de mal. Tudo bem, vamos.

–Não somos crianças, Molly.

–Ele não é.

Ficamos a tarde toda resolvendo vários casos. Alguns resolvemos rápido de mais. Sherlock é incrivelmente inteligente! Ele estava um pouco estranho, falava sozinho às vezes. A melhor parte foi ver como Lestrade estava feliz com a volta de Sherlock. Dava para ver o quanto sentiu a sua falta.

No final da tarde, Sherlock e eu estávamos descendo as escadas do apartamento de um cara que gosta de trens. Ele me pediu para pegar alguns mapas.

–Todos os mapas.

–Certo...

–Gosta de fritas?

–O que?

–Conheço uma ótima peixaria na Rodovia Marylebone, o dono sempre me dá para porções extras.

–Livrou ele de um assassinato?

–Não, o ajudei a montar prateleiras.- damos um riso abafado com isso.

–Sherlock?

–Hum?

–Porquê fez isso hoje?

–Para lhe agradecer.

–Pelo quê?

–Por tudo o que fez por mim.

–Tudo bem, o prazer foi meu.

–Não. Eu estou falando sério.

–Não quis dizer prazer, disse que não foi problema. Eu queria...

–Moriarty cometeu um erro, pois a única pessoa que ele achou que eu não me importava era a única que eu mais me importava. Você tornou tudo possível, mas não pode fazer de novo, não é?

–Tive um dia adorável. Eu adoraria, é que...

–A propósito, parabéns. - ele olhou para o anel de noivado em meu dedo.

–Ele não é do trabalho. Nos conhecemos por amigos, da forma antiga. Ele é legal. Temos um cachorro, vamos no bar no fim de semana e conheci os pais dele, seus amigos e sua família. Não faço ideia porquê estou dizendo isso...

–Espero que seja muito feliz, Molly Hooper. Você merece. Afinal, nem todos que se apaixona são sociopatas.

–Não?

–Não.

Ele se aproximou de mim, beijou minha bochecha e saiu.

–Talvez esse seja o meu tipo.

Acho... Que ainda gosto de Sherlock. Droga!

***

A última vez em que vi Sherlock no Barts foi quando ele apareceu drogado. Eu fiquei com tanta raiva que não pensei duas vezes antes de dar três tapas em seu rosto e ainda mandei se desculpar com seus amigos.

Infelizmente ou felizmente ele percebeu que eu não estava mais com Tom. Foi difícil terminar com ele, mas ele entendeu e ainda somos amigos. Ele ficou com cachorro.

Eu não entendo como Sherlock é capaz de qualquer coisa por um caso. Cheguei a ficar com pena de Janine. Na verdade, no começo, antes de saber que era um falso namoro, eu fiquei morta de ciúmes. Eu o conheço a muito mais tempo que ela e ainda terminei meu noivado! Então decidi que seria melhor desistir, mas depois que descobri que ele só estava usando-a para um caso, me senti esperançosa e depois fiquei com pena dela. Acho que ela gostava dele de verdade. Ela mudou de emprego e foi trabalhar como bibliotecária perto de casa, o que foi ótimo, pois eu sempre ia lá, e também me deu mais chances de uma aproximação.

É incrível a forma como nos aproximamos rápido. Mesmo eu não sendo muito boa em fazer amigos, ele me entende e somos parecidas de certa forma. Não demorou muito para ele desabafar toda a angústia que sentia. Cheguei a sentir raiva de Sherlock por ser tão cruel.

Janine é uma boa pessoa, e eu me sinto uma adolescente quando temos sessão pipoca em casa. É a primeira vez que tenho uma amiga, mas não demorou muito para Janine me aproximar à Mary e de repente éramos nos três. Em breve quatro.

–Devíamos chamar a Sra. Hudson também, não é?- eu perguntava enquanto fazia pipoca na minha cozinha.

–Ela está viajando. Disse que foi visitar a irmã. Vai passar o natal là.- disse Mary enquanto pegava as tigelas para a pipoca.

–Pensei que não ia mais à Baker Street. Voltou com John?

–Então... Eu já ia contar à vocês...

–Contar o que?- perguntou Janine entrando na cozinha. -Já coloquei o CD do filme no DVD.

–Fala Mary. - eu insisti.

–John e Sherlock vão passar o natal na casa dos Holmes... E eles me chamaram para ir junto. John disse que precisa falar comigo.

–Isso é incrível! - eu disse. -Tenho certeza que ele vai voltar com você, afinal, vocês não estão exatamente separados.

–Mary, vai dar tudo certo.-Janine a abraçou.

–Não sei se ele vai me querer de novo. O que eu fiz foi imperdoável.

–Oh, Mary, deixa disso. Nada é imperdoável, até eu te perdoei por ter me "usado" por causa daquele maldito do Magnussen.

–Desculpe de novo Janine.

–Tudo bem, já até mudei de emprego. Eu sou tão boa que até Sherlock eu perdoei, mas diferente de você, eu quero distancia dele.

–Ok, agora vamos voltar para a sala que a pipoca já está quase pronta. Mary, eu não preciso de ajuda, então é melhor ficar sentada ou seus pés irão inchar.

–Eu estou bem, Molly, você consegue ser pior que John. - ela disse rindo.

–Qual filme você escolheu para hoje, Janine? - eu perguntei colocando as três grandes tigelas de pipoca em cima da mesinha de centro.

–O melhor amigo da noiva, em homenagem aos casamentos e noivado rompidos. - ela disse sorrindo.

–Que amor você é hein. - disse Marry.

–Ah, o que é isso, é um filme ótimo! - eu disse antes de encher a boca de pipoca amanteigada.

***

Descobri por Mary que toda a família Holmes iria se juntar no natal. Os pais de Sherlock, ele, Mycroft, John, Mary e um colega de Sherlock, aquele que apareceu drogado com ele no Barts.

A maioria dos meus amigos não estavam em Londres, entao em vez de fazer uma festa em casa no natal, resolvemos ir para um pub.

–Um brinde aos amigos ausentes. - diz Lestrade levantando sua taça de vinho. -Feliz natal à todos!

–Feliz natal! - dissemos todos juntos, Janine, Tom e eu. "Feliz natal Sherlock" eu disse mentalmente.

O pub estava cheio, mesmo no natal. Me senti mal por ter deixado Toby sozinho em casa.

–Vou pedir comida, querem algo? - Tom se pronuncia me tirando dos meus devaneios.

–Eu quero Tostex. - diz Lestrade.

–Eu quero uma porção de Fish and Chips. - eu pedi.

–E eu quero iscas de frango empanado... Não, espera, melhor grelhado. A bebida pode ser Skol Beats?

–Tudo bem para mim. - diz Lestrade.

–Para mim também. - eu concordei.

–Espera... Então vai ser Fish and Chips, ... Tostex... E... - Tom estava todo confuso. Eu segurei o riso, como ele pode ser tão fofo? Se não fosse por Sherlock...

–Oh Tom, eu vou com você. - Janine disse já se levantando e puxando Tom pelo braço, sumindo no meio da multidão.

–Então... Você e Tom romperam mesmo?

–Sim.

–Pensei que eu fosse o único com problemas em relacionamentos. Eu, você, Tom, Janine, Marry, John, menos Sherlock. Ele não se importa com essas coisas. Eu o adimiro por isso.

–Eu acho que ele se importa sim, só não demonstra. - lembrei do dia em que ele entrou no meu quarto enquanto eu fingia estar dormindo.

–De qualquer forma, Sherlock é um grande amigo e eu estou feliz que não está morto.

–Também estou feliz por isso.

–Você já sabia, não é? Que ele estava vivo. - eu suspirei vencida.

–Sim, eu já sabia.

–Porque ele não me contou? - Lestrade se perguntou desconcertado.

–Ele queria proteger vocês.

–Vocês?

–Você, John e a Sra. Hudson. Foram as três pessoas que Moriarty ameaçou matar se Sherlock não pulasse do Barts.

–Uau! Eu não sabia que eu era tão importante. Me sinto bem melhor agora. - ele disse com um sorriso estonteante no rosto. -Parece que ele pensa o mesmo de você, já que confiou algo de suma importância à você.

–É, eu acho que sim.

–E ele ainda é importante para você... ?

–Isso foi uma pergunta ou uma afirmação?

–Ah... Uma pergunta? - nós rimos.

–Ok, ok, eu confesso... Talvez eu ainda sinta uma quedinha por ele. - eu disse tímida.

–Uma quedinha? Acho que você quis dizer um abismo!

Caímos na risada ao mesmo tempo que Tom e Janine voltaram com os pratos.

–Que rápido! - eu disse.

–Parece que vocês estavam se divertindo a beça sem nós. - disse Janine fingindo ciúmes.

–Falávamos de Sherlock. - Lestrade diz e em seguida Janine desfaz o sorriso. Eu ri com a cara de nojo que ela fez.

–Eu acho que Sherlock é um cara legal, mesmo não o conhecendo muito bem, tive uma boa primeira impressão. - diz Tom.

–Qual? - pergunta Janine com tom de deboche.

–Ele se veste bem.

Rimos alto com isso, o que fez algumas pessoas pararem de dançar e olhar para a nossa mesa. Deviam estar pensando que estávamos muito bêbados.

O natal foi perfeito e quando os meus amigos voltarem de viagem vou fazer uma festa de réveillon em casa. Seria crueldade minha deixar Toby sozinho no natal e no ano novo.

Eu já tinha mandado o convite para o email de todos. Estava muito feliz e animada para começar os preparativos... Até receber uma ligação de Marry.

–Alô? - coloquei no viva-voz.

–Oi Molly.

–Mary! Como esta? E o bebê?

–O bebê e eu estamos bem, obrigado. E obrigado pelo convite.

–Ah, como foi com John?

–Nós decidimos voltar, eu estou tão feliz por isso, mas tem outra coisa...

–O que aconteceu ?

–É muito grave.

– Sherlock bateu em Mycroft?!

–Não, mais grave.

–O que aconteceu então?! Eu não consigo pensar em algo pior no momento.

–Sherlock... Ele, matou Augustus Magnussen.

Depois de ouvir essas palavras meu celular caiu na cama onde eu estava sentada.

–Molly?! Você está bem?! Molly?! Me responda!

–Eu estou bem. Sherlock é quem não deve estar... E agora Mary?! Ele vai ser preso!

–Bom, ele seria...

–Mas...

–Mas, Mycroft deu um jeito.

–Ufa! Uma notícia boa, não que deixar um... Assassino solto seja uma boa notícia. - minha garganta deu um nó ao dizer o que Sherlock é. -Mas ele deve ter tido bons motivos para fazer o que fez, Sherlock não é assim. Eu só não achei que ele iria tão longe, mas... Quando foi isso? No natal ? Onde vocês estavam?

–Sim, depois eu te conto tudo com mais detalhes.

–Que belo presente de natal ele nos deu. - eu disse meio desapontada e irônica. Talvez nem tão irônica assim. -Mas o que Mycroft fez?

–Esse é o problema, ele convenceu o governo a poupar Sherlock de um julgamento e como uma punição alternativa... Ele terá que ir para a Europa Oriental para uma missão altamente perigosa. Molly, ele não vai voltar...

–Q-quando ele vai?

–Amanhã.

–Obrigado por avisar, Mary.

Desliguei o celular, me encolhi na cama e fechei os olhos.

–Sherlock... O que você fez?

Uma lágrima quente escorreu pelo meu rosto.


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Notas finais do capítulo

Eu pulei a parte do casamento... Espero que não fiquem bravos comigo :- /
E ai , o q acharam?? Quero reviews!



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