The Gray Garden (HIATUS) escrita por Dreamy Impossible


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Agradecimentos:
~Julia Kuniyoshi~ ~ Etihw~ ~ Lynn~ Por favoritar
E também a pagina 'RPG Maker Brasil', em especial, a ~Rawberry pela divulgação
[...]
Caramba, quanto tempo sem postar ;-; Peço perdão, a escola dificultou a minha vida ;-;
Muito obrigado por esperarem.
Boa leitura!



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(...)

— Então Raspbel e Rawberry tem parentesco com Cranber.

Satanick estava deitado em seu quarto, que era emprestado. Olhava para cima pensando em varias coisas, principalmente sobre a antiga Guerra daquele mundo. Ele havia ouvido historias bem interessantes sobre a Guerra, e particularmente, estava juntando informações. Fumus não ficará nada feliz ao saber que seu nome fora usado para uma emboscada. Ele suspira. É um truque inteligente, eles pegaram um ponto importante, a estrategista. Mas sabendo que ela já participou de uma guerra, é provável que ela não abra a boca. Ele se senta na cama e depois se levanta, se dirigindo para uma mesinha de seu quarto, onde haviam alguns livros. Livros sobre o passado daquele mundo.

— Hm...aquela torta estava realmente divina. - Satanick lembra do piquenique e sorri.

Ele pega um livro e o folheia. Mas por que todo esse alvoroço? Qual o motivo disso tudo? Eles se arriscaram tanto ao ponto de permitir que alguns de seus integrantes fossem pegos, só para organizar uma emboscada engenhosa. Ele olha ao seu redor. Joe. Eu me lembro dele, mas naquela época ele convivia bem com demônios. Alguém o fez mudar de ideia. Simon era seu amigo, mas agora ao que me parece, eles tem uma relação de Senhor e Subordinado. O diabo solta um curto riso e fecha os olhos. Simon é um bom garoto, e mesmo me odiando, ele me respeita.

— Está cada vez mais interessante.

(...)

Mais uma semana se passou em que Grora estava presa. E nesse tempo, a anjo havia sido interrogada algumas vezes, porém não deu informações tão importantes, apenas o necessário para que ela tivesse tempo para investigar e avaliar aquele anjo e seus comparsas. Ela havia percebido que a subordinada dos olhos bicolor, sempre que estava na presença do anjo chefe, precisava estar coberta. Certa vez, havia ouvido a voz de outro anjo, alguém que ela supôs ser outro subordinado. Ela concluiu que aquele grupo independente, era composto de cinco integrantes, sendo eles três anjos, um demônio, e uma mestiça.

Nesse momento ela estava deitada naquela cama dura, pensativa. A garota dos olhos bicolor, no qual a anjo havia descoberto que seu nome era Konran, não lhe parecia ruim. Todos os dias, ela lhe trazia comida, e foi ela quem havia feito todos aqueles curativos, e lhe dado o antidoto do veneno. Apesar de que, ela estava fazendo aquilo por poder de ordens superiores. A garota era muito obediente ao seu senhor, além de ser muito forte, ela sempre parecia estar entediada, as vezes elas trocavam algumas poucas palavras, a garota até tinha um certo bom humor.

—...- Alela Grora fecha os olhos e respira fundo.—...Não posso demorar muito, tenho que pensar em um modo de fugir.

Seria perigoso se ela ficasse muito mais tempo, e as informações que ela havia conseguido já eram o bastante. Inclusive, ela havia ouvido uma conversa, no qual o nome do diabo de Pitch Black Word havia sido citado. Ela se perguntava o porquê.

A anjo ouve a porta se destrancar, era Konran. Ela estava trazendo sua comida, mas a anjo nota, há um corte em seu rosto.

— O que aconteceu com você?

A garota fica em silencio, e coloca a bandeja sobre a cama.

—...- A garota parece pensar um pouco, e se limita a dizer.—...Eu me distrai.

— ...Ei. - Alela a chama.— ...Por que você trabalha para ele?

A pergunta repentina fez a garota arquear uma sobrancelha confusa. A anjo havia sido direta de mais, o que era bem estranho.

— ...Eu apenas cumpro ordens. - Ela responde um pouco confusa desviando o olhar, e se volta para a porta.

— Mas você não se sente mal pelo modo que ele te trata? -A anjo continua.— Imagino que deve ser realmente ruim se vestir daquele jeito na presença dele.

A garota da de ombros.

— Você realmente é estranha. - A anjo afirma, por fim.

Konran se volta com um sorriso sarcástico e não diz nada. Sons de passos as interrompem.

— Bastarda...- Era o anjo chefe.

Ele aparece na porta da cela, e volta sua atenção a garota, fechando o semblante, pois a garota não estava coberta, como sempre fazia em sua presença. Ele fica em silencio um tempo, apenas observando a garota, que o olhava um pouco entediada.

—...Konran, venha. - Ele diz firme, e se volta para o corredor.

A garota não diz nada, apenas olha brevemente para atrás e encara a anjo, depois, sai da cela. Grora estranha ouvi-lo pronunciar o nome da garota.

(...)

— Eles já ficaram tempo de mais naquele mundo, quero que vá busca-los.

— ...Sim, senhor.

(...)

No penhasco, alguns estudos ainda eram feitos. Um anjo que estava comandando tudo, anotava as descobertas em uma prancheta. Ele estava concentrado, quando ouve o som de asas chegando, era Wodahs.

— E então? - O anjo pergunta.

— Acho que tenho boas notícias. - O comandante levanta o olhar.— Conseguimos alguns rastros, que podem indicar para onde Alela Grora foi levada, mas por enquanto, nada confirmado.

— Certo. - Wodahs respira fundo, e volta o olhar para a ponta do penhasco.

— Suspeito que não seja um mundo tão distante. - O comandante volta atenção a sua escrita.— Por estarem em um mundo próximo, é bem possível que ela tenha sido teletransportada diretamente para o local, sem muitos riscos de deixar rastros.

— Concordo. - Wodahs arruma o tapa olho.— Reportarei isso á Etihw e Kcalb. - Ele se despede e some.

Wodahs estava a par de toda a situação, supervisionando o trabalho. Logo, ele reaparece no castelo e entra no salão onde seus superiores, Etihw e Kcalb, estavam sentados com alguns relatórios em mãos.

— Wodahs. - Etihw pronuncia. — Algo novo?

— Conseguiram um rastro do esconderijo. - O anjo diz.— Logo, eles terão uma informação mais concreta.

— Oh, ótimo. - Etihw suspira, e olha para o rosto do anjo, que parecia cansado.

— Voltarei para a prisão, tenho alguns outros novos relatórios...- Wodahs diz, fazendo reverencia para retirar.

— Você está trabalhando de mais. - A deusa o interrompe.— Devia descansar.

— Eu agradeço a preocupação.- O anjo diz, com uma voz distante.— Mas mesmo assim, não posso prejudicar o rendimento da investigação.

— Ora, vamos. Podemos colocar outras pessoas para verem isso. - A deusa se levanta e vai até o anjo.— Você precisa descansar.

— Prefiro continuar, não posso me a dar a esse luxo. - O anjo diz.

Etihw fica quieta e respira fundo, sabia que não podia convencer o anjo do contrario. Ela apenas se limita a acariciar brevemente a cabeça do anjo, e assentir. Então o anjo some.

— Isso não é nada saudável para ele. - A deusa se volta para Kcalb, que estava quieto de mais. — Ele é teimoso, igual a você.

O diabo não responde.Ele possuía um rosto atordoado. Etihw estranha e se aproxima do companheiro que estava sentado, e ele logo percebe a sua presença.

—...Desculpe, disse algo?

—...- Etihw parece pensar, antes de falar.—...Você anda muito estranho. Aconteceu algo?

—...Está tudo bem. - Ele se limita a dizer e volta a ficar pensativo, desviando o olhar para o papel em mãos.

Etihw suspira, caminha até o companheiro e se senta em cima da mesa, tomando sua atenção.

— Fale.

—...

—...Kcalb.

— ...Realmente, está tudo bem.

Eles ficam em silencio um tempo. A deusa sabia que ele não diria nada, era outro teimoso, ele já estava assim a um tempo, até mesmo antes do desaparecimento de Grora. Não gostava daquela expressão, precisava de um assunto qualquer para descontrai-lo. Ela levanta a cabeça pensativa, e se lembra de algo que a intrigava.

— Ei, Kcalb.- Ela ganha um sorriso sacana no rosto.

—... Huh?

— Naquele dia da Reunião... - Etihw diz.— Eu voltei bêbada, certo?

Ele assentiu, tentando entender onde ela queria chegar. Foi quando lhe veio a mente o acontecido daquele dia, que provavelmente, era o assunto da Deusa.

—...Você quem me levou para o quarto. - Nesse momento, o diabo já estava com o rosto desviado.—...E eu acordei com a sua capa...- Kcalb começa a enrubescer. — ...E apenas com as roupas de baixo. - Ela diz sorrindo, balançando as pernas no ar, ainda sentada na mesa.

—...

— Kcalb. - Ela olha o rosto desviado do companheiro.— O que aconteceu depois que você me levou para o quarto?

Kcalb estava extremamente constrangido, e Etihw estava se divertindo. Por causa do últimos acontecimentos, ela havia esquecido de perguntar. Ela se lembra de quando acordou e viu que estava com a capa dele, que a proposito, tinha um cheiro muito bom. Quando viu se estava apenas com as roupas de baixo, ficou se perguntando o que havia acontecido, e se odiou por não conseguir lembrar.

—...- Ele se recusa a virar o rosto para encara-la, e tenta se pronunciar.— V-você quem as tirou...

— Oh. - Etihw sorri, e devia o olhar.

—...- Kcalb tentar falar.— ...Não aconteceu nada.

O diabo já estava todo vermelho, pois agora se lembrava da bela visão que tivera naquela noite.

— ...- Etihw o observa por um momento e depois ri. Suas reações eram as melhores.

A expressão dele já estava mais suavizada, e Etihw suspira. Não é justo, eu também queria vê-lo com roupas de baixo.

— ...Você devia se concentrar no trabalho.

— Hm, certo.

(...)

— Mestre, está tudo seguindo perfeitamente bem, já mandei que busquem aqueles outros dois. - A voz do anjo-chefe é ouvida.

Nesse momento, ele estava em uma sala com pouca iluminação, longe do cativeiro da estrategista e do mundo Gray Garden.

— ...Ótimo. - Uma voz grossa, e um tanto distorcida é ouvida. — Conseguiu alguma informação com a estrategista?

— Conseguimos algumas, porém, receio que ela está omitindo as mais importantes.

— ...Haha. - A voz soa com um ar macabro.— Que interessante, mas não precisamos mais dela. Então...

— Sim?

—...Corte a cabeça da estrategista, e a envie como presente. - A voz ri.— E pegue o braço direito deles, um anjo chamado Wodahs.

— ...- O anjo chefe parecia se surpreender.— ...Mestre, tem certeza?

—...

O possuidor da voz parece se enfurecer com a pergunta. Assim, o anjo chefe não diz mas nada, apenas se retira.

(...)

— Senhorita Grora.

A anjo estava olhando pela janela, já estava escuro lá fora. Uma voz a desperta de seus devaneios, e dessa vez não era a garota que normalmente vinha vê-la. Era um anjo, que ela julgava ser o outro subordinado, a quem ela apenas tinha ouvido a voz. Esse tinha um cabelo loiro, e olhos castanhos, e possuía um ar de galanteador, com um lindo sorriso no rosto.

— Então, você é o outro subordinado.

— Sim. - Ele estende sua mão.— Poderia me acompanhar?

A anjo não responde, apenas se levanta e se dirige até a porta. Sentiu um aperto no peito, e por um momento, pode ouvir a voz de Wodahs a repreendendo. Ouve a porta fechar atrás de si, quando já fora da cela, e em silencio, ambos vão em direção a escada, para chegarem até o salão da lareira. Alela não se sentia bem, não gostava do sorriso que o outro anjo carregava. Logo, subiram as escadas, chegando ao salão.

— Oh, vejo que meu senhor ainda não voltou. - O anjo diz olhando para os lados, com um certo ar de superioridade. — Senhorita, sinta-se a vontade. Esperaremos até que o meu Senhor volte.

A anjo estranhou, enquanto via o anjo caminhar até o sofá e se jogar nele, como se a casa fosse dele. Ela olhou para os lados, novamente, apenas havia a luz da lareira. Pensou que era uma ótima oportunidade de fugir, mas ela havia sentido a aura do anjo loiro, ele era forte, seria tolice. Mas algo lhe dizia que ela devia sair o mais rápido possível de lá. Ouviu novamente a voz do cabeça de anjo lhe repreendendo.

— Vocês são todos estranhos. - A anjo sussurra para si mesma e suspira, e logo, ergue seu olhar para o porta retrato perto da lareira.

Ela se dirigiu até lá, o porta retrato estava um pouco longe, mas ela fica nas pontas dos pés e o pega.

Era a foto de uma demônio. Ela tinha o cabelo curto laranja com uma mecha verde presa, olhos negros e um sorriso gentil no rosto. A foto tinha a marca de uma garra, que rasgou a foto na altura do pescoço da demônio. Aquela demônio se parecia, na opinião de Grora, um pouco com Konran.

— Se eu fosse você, a colocaria de volta. - O anjo diz ainda deitado com os olhos fechados.

Ela o ignorou, mas então ouviu o som de passos. O anjo loiro continuou tranquilo, e a anjo colocou o porta retrato de volta. Mas ela não havia percebido, que o havia colocado de uma forma, que podia se ver perfeitamente a foto da moça, pois antes, o porta retrato estava virado de costas.

Era o anjo chefe. Grora estranhou não ver Konran.

— ...Isso é um interrogatório? -A anjo pergunta.

Nenhuma resposta é ouvida. De repente, Alela sente um vulto passar por ela, e a agarrar, a imobilizando. O vulto era o anjo loiro, que agora a segurava. Ela tentou se soltar, debatendo-se, mas logo depois resolveu parar e ver o que acontecia.

— Estrategista, não é do meu gosto tirar a vida de anjos. - O anjo chefe diz, com uma expressão de indiferença, enquanto o rosto do outro anjo era tomado por um sorriso malicioso.

— Você vai me matar? - A anjo pergunta, o aperto em seu coração aumenta e ela ouve novamente a voz de Wodahs. Mas ela havia conseguido pronunciar a pergunta sem demostrar medo.

— Vamos mandar um presente para sua Deusa... - O anjo se aproxima, depois de sacar uma espada, no qual, possuía uma lamina extremamente afiada. — ...A culpada pela sua morte.

Ele aproxima a espada da garganta de Alela, mas ela não abaixa a cabeça. Ela sentia medo, mas não demostrou.

— Se me matar, levarei comigo todas as informações sobre aquele mundo. - Ela diz firme.

—Haha, não se preocupe, senhorita. -O anjo ri e acaricia a bochecha da anjo.— Pegaremos o braço direito de sua Deusa, que por coincidência, é irmão daquele ser imundo.

Ela para por um momento arregalando os olhos. Agora era Wodahs quem eles queriam. O seu instinto de sobrevivência se ativou, ela sentiu que morreria se não fizesse algo, ela temeu por Wodahs e por seu mundo. Tentou hesitar e se mexer um por momento, mas não conseguiu se soltar. Então, ela para, com a cabeça abaixada.

— ...Estrategista do mundo Gray Garden, Alela Grora. - O anjo ergue sua espada para o alto com um olhar frio. - ...Quais suas ultimas palavras?

—...- A anjo ouve pela ultima vez naquela noite, a voz de Wodahs a repreendendo, e sorri. Levantando o rosto, diz.— ...Vocês nunca pegarão o cabeça de anjo.

A lamina posicionada no alto, mirada no pescoço da anjo, desce em encontro ao seu alvo. Mesmo assim, o sorriso de Alela Grora permaneceu em seu rosto.

(...)

— Você acha que eles irão vir nos buscar em breve? - Simon pergunta ao companheiro, com a cabeça abaixada.

—...- O anjo levanta o rosto e olha a janela, onde ele via que estava de noite.— Provavelmente.

— ...Não gosto de deixar Konran sozinha com ele. - Ele diz se referindo ao seu superior.

— Haha. Ora, vamos, ela ainda estará viva quando voltarmos.

— ...Você acha mesmo?

—...- O anjo tira o sorriso do rosto.— ...Apenas se concentre em sobreviver. - O sorriso retorna. — Haha, Galanteador barato. - Caçoa o anjo.

O demônio não responde, apenas lhe lança um olhar entediado.

(...)

Naquela noite, o Wodahs sente um aperto no peito. Nesses últimos dias ele havia desenvolvido algo muito estranho. Ansiedade. Além do mais, seu irmão estava estranho, a pelo menos um bom tempo. Sabendo que o irmão observava a lua, ele caminha até o local, o encontrando pensativo.

— Irmão. - O anjo quebra o silencio, tomando a atenção de Kcalb.

—...- O diabo fica em silencio, aguardando que o irmão continuasse, enquanto o ouve se aproximar.

Eles ficam em silencio por um tempo.

—...Você estava se lembrando da guerra novamente, não é?

Nenhuma resposta é ouvida, mas Wodahs sabia que estava certo. Aquele assunto era o único capaz de deixa-lo assim.

— Wodahs. - Kcalb pronuncia, com um olhar distante e fundo.— ...Eu tive aqueles sonhos novamente.

O anjo se aproxima do irmão que estava sentado, olhando para cima. O diabo havia lhe contado sobre sonhos perturbadores que tivera desde a reunião dos Deuses. Aquilo havia se tornado rotina.

—...Eu voltei a me sentir daquele jeito. - Kcalb continua.— Mesmo que seja mínimo, eu sinto.

Por alguns momentos, ele ficou em silencio. O anjo não ousou interrompe-lo.

— Mesmo que eu tente, eu não posso conte-lo. - Ele fecha os olhos.— ... Faze-lo sumir de uma vez por todas. Esse desejo voltou.

O anjo suspira.

— Você não deve pensar assim.

— ...Eu ainda sou o mesmo. - O diabo prossegue.— ...O mesmo que destruiu esse lugar.

— Isso não é verdade.- O anjo diz.— ...Você está mudado. Todos estamos.

Ambos ficam em silencio novamente.

— Aquele meu eu ainda vive.- Kcalb diz. — Mesmo que eu lute contra isso, mesmo que eu me odeie por isso.

—...

—...Tenho um pedido a fazer.

Eles ficam em silencio novamente, Kcalb abaixa a cabeça.

— Quando aquele meu eu voltar, totalmente. - Kcalb respira fundo, atordoado.— Sele-me novamente, e nunca mais... quebre o selo.

— ...Etihw jamais concordará com isso.

— Isso não importa. - Ele diz firme, mas um pouco abatido.

— ...

— ...- Kcalb parece pensar.— ...Eu aprendi a amar esse mundo, e todos que nele vivem. Não quero machuca-los. Nunca mais.

—...

—...Eu conto com você, meu irmão. - O diabo finaliza.

Wodahs mantem seu expressão seria. Ele sabia que o lado mais sombrio do irmão poderia despertar novamente, o instinto de Kcalb estava voltando. Mas Wodahs, assim como Etihw, acreditava em Kcalb.

Kcalb estava preocupado com seu mundo, e com seus habitantes. Nesse ultimo sonho, ele matara o irmão. Tinha medo disso se tornar realidade. Reconhecia seu desejo imundo que ainda existia, desejo por morte e sangue, e isso o fazia impuro.

— ...Eti.- Kcalb pronuncia.— Cuidará bem desse mundo, e eu quero que você a ajude.

— ...- Wodahs olha para a lua e diz. — ...Você sabe que ela nunca te deixaria.

Se Etihw ouvisse aquela conversa, com certeza reprenderia Kcalb por dizer aquelas coisas.

— ...- O diabo suspira.—...Eu não devia ficar feliz com isso.

Ele olha para o alto.

— Eu devia me contentar em estar ao seu lado. -Ele olha para baixo.—...

—...-Wodahs sorri discretamente, e depois volta a sua expressão normal.— Você sabe que nunca se contentará com isso.

Kcalb não responde e ambos permanecem em silencio.

(...)

Konran havia sido enviada de volta para o mundo Gray Garden, para resgatar seus companheiros. Ela era a única que conseguia abrir um furo na segurança daquele mundo, e por isso, ela quem os deveria buscar. Tudo já estava feito, para o próximo passo, eles precisariam daqueles dois.

Ela já estava perto da antiga prisão, escondida na floresta ao lado, já estava escuro, a segurança era bem mais fraca de noite. Ela observa a porta, onde saiam alguns demônios e anjos. Ela resolve esperar um pouco.

— Senhorita, já nos vimos antes, não?

A voz surpreende a garota, fazendo-a vira-se em sua direção. Ela engoliu a seco, havia sido vista. Por Satanick.

— No mundo Intermediário, não foi? - Ele pergunta se aproximando, e ela da um passo para trás. — Ou talvez bem antes daquilo?

A garota coberta, se volta para a profundeza da floresta, e depois da mais uma olhada rápida para o diabo. Ele ainda sorria. Ela sai correndo em direção a profundeza daquele local, e Satanick a observa sorrindo. Ela não tinha chance contra o diabo.

— Droga.- Ela pronuncia correndo.

Ela ouve algo, se volta para trás rapidamente e manipula uma corrente para defende-la. Satanick estava atrás dela, e se desvia facilmente do ataque. Ela continua correndo, precisava voltar o mais rápido possível, ela tenta despista-lo entre as arvores. E logo, ela já não o podia ver.

Ofegante ela para, e encosta em uma arvore.

— Uma bela dama não deve se cobrir assim, deve valorizar seu corpo.

Ela paralisa, sente seu batimento cardíaco aumentar, ela levanta o olhar lentamente, e vê o diabo, sentado em um galho de arvore, sorrindo. Ela se afasta, e o olhar de Satanick a segue. Logo, Satanick desaparece do galho pois uma corrente emerge do chão, para acerta-lo e destrói o galho. Ele reaparece no solo, mas logo desaparece novamente, pois mais correntes aparecem. E assim, consecutivamente, nenhuma corrente conseguia acerta-lo, a garota tentava mantê-lo longe. Ela volta a correr olhando para trás. Mas ela esbarra em algo. Era o diabo.

— Veio busca-los, não foi?- O diabo continua, depois de segurar uma corrente que aparecia para ataca-lo.

Ele simplesmente a puxa, quebrando-a.

— Não tenho o interesse de lutar contra você. - A garota diz se afastando.

— Ora, vamos. - Satanick ri.— Você teve coragem de enfrentar uma deusa.

—...- Ela fica em silencio, tinha que pensar num jeito de distraí-lo. Não podia se deixar capturar.

A garota olha para o lado, mais arvores e arbustos. Ela ergue as mãos, fazendo um grupo de correntes emergir do solo.

— Seja mais criativa. - Sorri amigavelmente o diabo.

Ela fica em silencio, e em movimento rápido, manipula as correntes. Mas dessa vez, não estava mirando em Satanick, mas sim, nas grandiosas arvores a sua volta, destruindo-as, e fazendo seus largos troncos caírem e erguerem uma grande nuvem de poeira.

— ...Que divertido.- Satanick diz, após ver que a garota havia fugido.

Ele a havia deixado fugir de proposito, pois por um descuido da garota, foi deixado um rastro, permitindo assim que ela fosse seguida.

(...)

Já estava amanhecendo. Satanick havia comunicado sobre o acontecido da noite a Etihw e Kcalb. Uma equipe havia sido enviada para o local, e logo, eles teriam a informação do esconderijo do inimigo. Era uma ótima noticia. Porém, nessa mesma manhã, haviam sido comunicados de um embrulho estranho que havia chegado. Etihw e Kcalb, juntamente com Wodahs e mais alguns subordinados seguiram até o local do embrulho. Ninguém ousou toca-lo.

— Isso é cheiro de sangue. - Diz um dos anjos subordinados.

Wodahs se volta para seus superiores e assente, e depois, vai até o embrulho, o examinando. Ele estava com manchas de sangue em seu papel O anjo decide desembrulha-lo. Uma caixa, no qual seu fundo estava melado de sangue. Sobre a caixa, um bilhete com a frase:

Agora, ela não pode mais fugir da gaiola.

A mão de Wodahs vacilou e hesitou em abri-la, mas ele continuou. E a abriu. Seus olhos se arregalaram, seu coração parou por um momento, assim como parecia que o tempo havia parado. Palavras não conseguiam sair de sua boca, ao ver o 'presente' enviado.

—...- Sentiu seu corpo estremecer, mas finalmente pode pronunciar. —...Grora.


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Notas finais do capítulo

Bem, eu realmente espero não demorar muito para o próximo. (já que logo, estarei em ferias.)
Mas muitíssimo obrigada pela leitura! Te aguardo no próximo!
Bye.

~Tenham esperanças, meus amiguinhos~
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27/26/2016 - 12:18 ás 12:24 -
OMG! ELA PAROU DE ESCREVER FAZ UM ANO *OO*
Sim, meus amiguinhos, mamy parou de escrever: Pq?
To sem net, portanto, a ideia meio que esfriou (e isso tudo aconteceu durante um bloqueio criativo) Perdão meus amores ♥
Acho que não voltarei a escrever.
Obrigada por tudo, pelas criticas e elogios, vcs são incríveis (Não sei quando vou ter net de novo, se tiverem alguma fic sobre tgg ou original, pode mandar por pv ♥ Não seiq aundo vou ler, mas prometo que vou *u*)
E, sei que digo muitos 'obrigadas', mas prometo que esse será o ultimo:
OBRIGADA SEUS LINDOS ♥
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