Meu Cupido Fuma Um Baseado escrita por naahrotta


Capítulo 7
Viagem "exótica" - Compromisso


Notas iniciais do capítulo

MANO! modéstia a parte
esse capítulo tá lindo! ♥

estou tão orgulhosinha *oooooo*"

PS: por favor, quem morar no nordeste não me mate, essa historia é um tributa a ele ok?

Nunca fui pra lá, mas não importa isso neah A_A



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15 de Janeiro, Segunda-feira, Colégio Shinsui.

Brooklyn estava sentado em sua carteira pensando no dia anterior. Como poderia cumprir seu trabalho se agora só a idéia de ter que flechá-la com outro o enoja? Estava sério, olhando fixamente para o céu de sua carteira.

*Isso não vai prestar....*

Então ouve-se a porta da sala se abrir, era Miyuki. Mal entrou e a amiga, Meiko, veio lhe agarrando. Entretanto, Miyuki não teve nenhuma reação. Permaneceu imóvel, não fez nada, não falou nada, apenas esperou a amiga se desgrudar.

-Miih-chan, tá tudo bem? – Perguntava a amiga.

-Tá sim... –Respondeu ela indiferente. Foi até sua carteira sem falar nada, colocou seu material no lugar, sentou-se e permaneceu quieta. Olhava fixamente para a carteira, cabisbaixa, até que Brooklyn quebrou o silêncio.

-Baixinha, tá tudo bem? Parece meio......chateada – Perguntou ele com um ar de preocupação.

-Não, to ótima. Respondeu ela curta e grossa, ainda indiferente sem nenhuma expressão olhando para fora da janela.

-De verdade que tá tudo bem? – Insistiu ele.

-Cuida da sua vida, tá legal? – Retrucou friamente.

O rapaz se assustou com a ferocidade repentina da menina, apenas afirmou com a cabeça e voltou a ficar quieto.

*O quê será que aconteceu com ela assim tão de repente? Não parecer ser normal dela ficar assim...*

Alguns minutos depois o professor de português entra e anuncia a chegada de mais um novo aluno na classe.

-Alunos, de pé, quero apresentar-lhes um novo aluno. Entre por favor.

A porta da classe se abre e entra um rapaz, já com o uniforme da escola, muito alto, cabelos brancos e olhos arroxeados.

-Classe, este é Ike Hojo, ele foi transferido para cá de extrema urgência da escola da antiga cidade dele. Ele se mudou para cá a algumas semanas. Espero que todos sejam amigos dele.

-Muito prazer, me chamo Ike Hojo, tenho 16 anos, e espero ser amigo de todos.

-Pode sentar em frente o Schritzfer-kun logo ali na direita ao lado da janela.

-Certo. – Garoto vai em direção ao ruivo, e o olhava como se já se conhecessem a muitos anos. Senta-se e arruma o material.

-Ike Hojo? Zéf, quantos nomes e aparências você vai inventar? Aliás, o quê que você está fazendo aqui? – Cochichava Brooklyn desfarçadamente.

-Ora, ora, rápido como sempre querido Eros! Bom... Ele me pediu para ficar de olho em você, então digamos que eu me “infiltrei”- Respondia baixo, passando por despercebido.- Além do mais, não inventei aparência nenhuma, só o nome. –Faz um “jóia” com a mão.

-Eu mereço..... –Dizia Brooklyn chacoalhando o cabelo.

E foram se passando as aulas. A cada aula, os professores pediam para o aluno novo se apresentar. Apresentava uma, duas, três, os alunos estavam cansados do mesmo “repeteco”. Enfim bateu o sinal.

~DING DONG~

Era aula de geografia.

-Bom, alunos, nesta aula tenho uma boa notícia para vocês: VAMOS VIAJAR!

E o alvoroço começou. Logo os alunos começaram a cochichar sobre onde talvez iriam.

-Hawaii?

-Não!! Tem que ser EUA!

-Nem vem, quero ir para a Índia! Sempre sonhei com os condimentos desse país! –Olhinhos brilhando.

-Aff! Queria ir pra Madagascar...

-Não mesmo! Estou louca para ver as ruínas de Machu Pichu! Queremos Peru!! (?)

Eram toneladas e mais toneladas de sugestões.

-Alunos, por favor, silêncio.

E a conversa continuava.....

-Alunos.....por favor, dá para ficarem em silêncio? Preciso avisar vocês de que vamos para....

E nada de silêncio. Até que...

-DÁ PARA CALAREM ESSA MALDITA BOCA DE VOCÊS?!?!?

~cri, cri cri~

Os alunos ficaram quietos no mesmo instante. O professor vermelho de raiva se recompõe, arruma os óculos que havia saído do lugar devido a imensa bronca.

-Meus queridos e maravilhosos aluninhos.... –Conversa fiada...- Nós não vamos para o Hawaii, muito menos os Estados Unidos. Menos ainda para a Índia! Condimentos podemos comprar no mercado! Madagascar? Me poupe, fazer o quê lá? Servir de comida para os insetos? Machu Pichu? Peça para o professor de história!! Nós vamos para..... –Momento de suspense entre os alunos, a medida que a boca do professor ia se abrindo para falar, os olhos dos alunos iam se arregalando- Vamos para o maravilhoso País..... berço do futebol... BRASIL!!! Não é legal?!? Hein, hein hein hein? –Olhinhos brilhando- Nós vamos para a mais maravilhosa região de lá, O Nordeste!!!!

.....

A classe sequer se manifestou, voltaram a conversar sobre o que tiveram feito semana passada. Qualquer coisa era muito mais interessante.

-Aaaaah gente por favor!! Vai ser legal! Praia.... côco....um hotel de luxo..... e garotas de biquíni....! –Nesse mesmo momento o nariz do professou começou a sangrar. Imaginem o porque, senhoras e senhores. Mal terminou seus pensamentos depravados e levou algumas voadoras de algumas alunas.

-O professor tá babando? –Cochichava um aluno.

-É o que parece...além de estar sangrando também.... –Respondia o outro.

-B-Bom! Enfim, vamos, meus alunos? Claro que vamos! Sei que estão LOU-COS de vontade de ir! A viagem será em duas semanas, estejam prontos até lá. Não quero que ninguém falte, pois valerá nota!

E assim foi se passando a aula, os dias, as semanas. E Miyuki continuava a agir daquele jeito o tempo todo. Não falava, não se mexia, ficava paralisada o tempo todo. Respondia com poucas palavras o que lhe perguntava como “sim” ou “não”. Até que finalmente chegou o dia da viagem de nossos heróis.

27 de Janeiro, Sábado, Aeroporto Narita.

Lá estavam os alunos, em frente ao aeroporto, prontos para embarcar no avião. Alguns levavam uma sacola ou outra na mão, outros tinham um certo número de bagagens, com celulares e câmeras fotográficas, outros levavam quilos e quilos de malas, duzentas peças de roupas, 5 kits de maquiagem, creme, barbeador, até 6 tipos diferentes de absorvente! Além de 3 câmeras digitais, protetores solares aos montes fator 70, e 5 tipos de óculos de sol.

Como se fosse praga do destino, Brooklyn e Miyuki pegaram passagens de cadeiras vizinhas, ou seja, sentaram um ao lado do outro dentro do avião.

O clima estava tenso. Miyuki criara uma sombria nuvem tenebrosa...Quase não falava, estava deixando todos preocupados, principalmente Brooklyn.

A viagem tivera uma atmosfera pesada. Miyuki sentou-se ao lado da janela. Não virava o rosto para conversar, nem olhar para outro lado nem nada. Apenas ficava só olhando o céu, sem se mexer, nem fazer qualquer outro barulho. Ela parecia profundamente machucada por dentro. Mas o que a havia machucado tanto?

*Por que eu fui pensar que daria tudo certo com ele...? Sou uma completa idiota!* -Pensava ela.

Não demorou muito e a menina adormeceu na janela. Ela estava encostada na “parede do avião”. Parecia evitar o garoto mesmo dormindo. Ele se aproximou e colocou as costas da mão no rosto da menina.

-Está gelada.... –Ele então tira seu casaco e a cobre. Assim que termina de ajeitar seu casaco, ouve alguns murmúrios.

-Não Brook.... idiota... – Saíam algumas lágrimas dos olhos adormecidos.

-Ela está chorando....Sinto muito se lhe fiz alguma coisa que não percebi, Miih. – Dizia enxugando as lágrimas do rosto da menina. Ele se acomodou na poltrona e adormeceu também.

Algumas horas depois ele acordou. Antes que o piloto pudesse dizer que chegaram ao local de destino, ele tratou logo de retirar o casaco de cima da menina, ele sabia que se ela soubesse o que ele fizera, ficaria em pior estado do que já estava.

-Hey Brook. –Chamava o amigo na poltrona atrás.

-Que foi Zéf....Ike?

-Acha que ela não vai suspeitar que alguma coisa a aqueceu? Está um gelo só!

-Bom...ela nunca prestou muita atenção nas coisas, só se este estado repentino de raiva dela deixar a mente mais aberta e começar a prestar mais atenção no que acontece.... Mas eu duvido muito....

Alguns minutos depois o piloto avisou aos passageiros que haviam chegado ao local de destino e Miyuki logo acordou com o barulho.

*Estranho... podia jurar que era para eu estar com frio...Tenho certeza que eles ligaram o ar-condicionado.*

Os dois se levantam da poltrona, entretanto, quando vão pegar suas malas acabam se esbarrando.

*Ele está gelado? Mas ele estava com o casaco! A não ser que.... Argh! Idiota! Ele é um tremendo idiota!!*

-Miih, desculpa, quer que eu te ajude a carregar as malas? –Dizia já “roubando” uma daas malas da mão da menina.

-Não! –Respondeu ferozmente e automaticamente pegou sua mala de volta das mãos do ruivo.

-Cuidado pra não ser mordido por essa leoa... –Debochada Ike rindo baixinho atrás de Brooklyn.

-Há há, não enche!

Saíram todos os alunos do avião e foram levados ao hotel onde passariam a ficar. Estavam aos seus serviços 10 táxis já incluídos no pacote, cujos transportaram todos os alunos e o professor.
Na recepção, estava o porteiro com uma pequena prancheta cuja continha os nomes e sobrenomes de cada aluno.

-Milk Suga Arara. –Dizia o porteiro fazendo a “chamada”.

-É Miyuki Sugahara, analfabeto! –Resmungava ela.

- Broca Lin Chouriço Fer.

-Senhor, é Brooklyn Schritzfer....hehe. –Gota.

-Tá tá, que seja homem. –Retrucava o porteiro.

- Ih Que Bojo.

-É Ike Hojo, “cegueta”! –Dizia o rapaz já avançando na jugular do porteiro.

-Caaaaalma, Ike! –Dizia Brooklyn enquanto segurava o menino, impedindo de cometer um assassinato.

Por fim, depois de tantos nomes zoados e sobrenomes trocados, além de várias ameaças de morte ao porteiro, ele FINALMENTE terminou a chamada.

-Bom, -Continuou o porteiro- Vocês estarão dispostos no hotel por duplas. Cada quarto terá uma dupla, pois senão não sobrarão quartos para a clientela. Espero que já comecem a se organizarem enquanto vou falando as duplas.

-Aaain, espero cair com você, Miih-chan! –Cochichava Meiko para Miyuki enquanto o porteiro ditava as duplas.

-É....também espero... –Respondia Miyuki no mesmo tom curto e grosso de ultimamente.

-Ike Hojo e Beatrice Von Pardo, quarto 245. Peguem suas chaves.

-Legal.... não dava pra ser pior... –Reclamou Beatrice.

-Meiko Fusanagi e Miyuki Sugahara.

-Yes! –Respondia Mei-chan no maior entusiasmo ao ver a notícia que caíra no mesmo quarto que a amiga.

-Akira Makoto e Brooklyn Schritzfer.

-Com licença, me desculpe a intromissão, mas a ordem de duplas não era um “menino e uma menina”? Por que virou “menina e menina” e “menino e menino” do nada? Talvez o senhor tenha visto errado, por favor, olhe de novo...
(gente, eu sei que váaaarios de vocês estão pensando que menino x menina = fuck fuck, mas como praticamente a classe inteira desse colégio se odeia, não terá problema. rç)

O porteiro inocente, dá mais uma olhadela na ficha e constata que estava “errado”.

-Oh! Verdade! Devo ter visto errado! A ordem certa é Meiko Fusanagi e Akira Makoto, E Miyuki Sugahara e Brooklyn Schritzfer.

-Noooooo – Berrava Meiko de tristeza.

Miyuki parecia ter fechado a cara assim que o porteiro anunciou seu parceiro de quarto: Brooklyn.

-Mas o quê foi que você fez? – Perguntava Brook-chan à Ike.

-Apenas uma pequena ajudinha. Agora vê se não desperdiça! –Respondia ao garoto.

-Mas...eu não entendo. –Cara de tacho-. Pra poder fazer o trabalho, seria muito mais fácil ter deixado o.... Akira..... como colega de quarto dela... –Dizia com um ar de repugnância ao dizer o nome do outro menino.

-É pra VOCÊ essa chance, idiota! Se desculpe com ela, seja o que quer que você tenha feito. Escuta, eu sei que o Pai não vai gostar nada, nada disso tudo, mas até mesmo um Cupido TEM o direito a ter crises amorosas, se apaixonar, direito a viver não só no “trabalho”. Agora vai lá e não desperdiça. Fica tranqüilo, que qualquer coisa que acontecer eu te cubro e invento alguma desculpa, ok?

Brooklyn abre aquele sorriso esplendoroso que só ele sabia dar.

-Obrigado Zéf, você sempre me salva. –Aperto de mão incrementado- Tô te devendo essa.

-Na verdade você me deve MAIS uma das MILHÕES de OUTRAS que você me DEVE.....Agora vai logo, moleque! –Dizia “chutando” o amigo da recepção para a ala dos quartos.

Miyuki estava travando uma batalha mortal entre a mala e ela mesma, para tentar colocar a mala em cima do guarda-roupa. Estava em cima da cama, na ponta, dando vários “pulinhos” para tentar colocar a mala, a ponto de fazer a cama dar altos barulhos de estralos toda vez que ela pulava. Entretanto, como ela não é nem um pouco desajeitada e tem uma ótima coordenação motora, ela perdeu o equilíbrio e escorregou em direção ao chão. Sorte a dela que o nosso bravo e belíssimo herói ruivo, entra no quarto no mesmo momento em que ela está caindo, e no maior gesto de bravura do mundo.....mais uma vez a impediu que caísse no chão.

-Uou, vai com calma, Acabamos de chegar, não queremos que se machuque tão cedo. –Dizia ele com um sorriso caloroso para ela em seus braços.

-Me solta, tangerina. –Dizia ela ainda curta e grossa, com um ar de raiva.

-Claro, claro, calma. Estou solando, estou soltando. –Ele a coloca de pé e se afasta um pouco.- Melhor?

-O quê é que você tá fazendo aqui?

-Esse é o meu quarto oras. Somos parceiros de quarto, lembra?

-Não, não somos. Seu amigo maluco fez hipnose das mais baratas com o lesado daquele porteiro e por isso estamos aqui.

-Nossa. Miih-chan, por que tá tão brava comigo ultimamente? Te fiz alguma coisa que te chateou? Se fiz, por favor, peço que me perdoa e me diga o que foi que eu te fiz... – Ela o interrompe.

-Não to brava, tá legal?

-Não é o que parece...

-Escuta aqui, você nem sabe nada sobre mim pra dizer o que parece ou o que não parece!

-Quem sabe se você me contasse eu saberia!

-Você não.....- Ela para de falar, abaixa a cabeça e deixa as lágrimas escorrerem- Quer saber? ESQUEÇA! –Ela então coloca o braço na frente de seu rosto e sai correndo do quarto.

-Miyuki, espera!! Miyuk..MERDA! –Soca a parede- Miyuki espera!! –Saía ele correndo em disparada atrás da menina.

-Corre Romeu... –Zombava Ike que estava em pé encostado na porta do quarto vizinho, acompanhando toda a situação.

Ela não queria vê-lo, ela não queria o ouvi-lo, queria ficar sozinha. Queria esquecer de tudo. Queria esquecer que existia. Queria sumir. Não agüentava passar por isso de novo, era muito doloroso.

Ela corria e corria, não fazia idéia de onde estava indo, mas sabia que em algum lugar ela tinha que parar. Passou pelos corredores, desceu escadas, subiu outras, entrou em portas, saiu em outras, passou por andares de cima, de baixo. Até que ela resolveu abrir a primeira porta que aparecesse em sua frente. Iria entrar e nunca mais sairia. E assim ela fez: a primeira porta que avistou quando ergueu a cabeça, foi a que abriu, entrou e trancou-a. Se encostou nela e escorregou até sentar no chão, abraçando as pernas e chorando entre elas.

O ruivo a perseguia desesperadamente, não queria, não PODERIA perdê-la de vista. Quando percebeu que a menina trancara a porta, começou a bater desesperadamente.

-MIYUUUUUKI! Abre! Por favor abre!

-Vá embora... me deixa em paz!

-Miih, por que tudo isso? Não consigo te entender! Diz o que tá acontecendo!!

-Você não entenderia. Iria rir da minha cara e me gozar pelas costas como todos os outros fizeram!

-Talvez sim, talvez não. Não vou rir nem gozar de você, eu prometo. –Dizia enquanto se encostava na porta também- Por que não tenta contar pra mim?

-Não, você vai rir, eu sei que vai, todos riram...

-Você acha que sou igual a todos? –Dizia ele encostando a cabeça na porta e sentando-se.

Aquela pergunta flechou-a como nunca, não sabia responder. Ele com certeza não era igual aos outros, mas seria ele diferente? Ela não respondeu.

-Por favor...vá embora... –E fungava enquanto chorava.

-Por favor Miih, não chora. E me desculpe, mas não saio daqui enquanto você não resolver sair daí ou até me contar o que está acontecendo com você.

Ela sentiu firmeza nas palavras do menino. Arriscaria tudo de novo? Talvez com ele fosse diferente, e se não fosse, seria apenas uma cicatriz a mais como tantas outras em seu coração. Então ela começou.

-Brook, você não faz idéia.. não faz idéia do quão doloroso é passar por tudo isso muitas e muitas vezes. Você não sabe como é difícil ser rejeitado por todas as pessoas que você gostava. Sempre que gostava de alguém, eu sempre era rejeitada, quando não era, tentavam me usar só porque queriam conseguir alguma coisa, tentavam me abusar, acho que ainda sou virgem até hoje porque a Meiko sempre me ajudou e por mais que meu pai pareça um gay pegajoso, ele sempre esteve ao meu lado. Mas... nem a mamãe me quis... Nunca ninguém quis me ter ao lado, com exceção da Mei e meu pai. Nunca houve uma pessoa, um cara que se importou comigo. Se eu chorava, se estava feliz, ninguém.... A não ser você. –Ela pausava de frase em frase, estava chorando absurdamente de tanta dor- Você se importou comigo... não fez nada comigo no incidente do banheiro em sua casa, sei que você enxugou minhas lágrimas naquela noite da tempestade, sei que colocou seu casaco em mim também no avião....

-Miih...

-Mas...mas –Dizia ela tentando enxugar as lágrimas e se conter- Eu me enganei. Achei que com você talvez desse certo. Estava até cogitando a possibilidade de... de..

-De...? -Insistiu ele.

-Ficarmos juntos, mas... não ... não podemos. –Completou ela.

-E POR QUE NÃO?! Você não acabou de dizer que gosta de mim? Bom... não com essas mesmas palavras.... mas... –Ela interrompe.

-Não se faça de idiota! Você já tem namorada! E .. olha, naquele dia... da padaria, me desculpe ter agido daquele jeito com vocês dois. Nenhum de vocês merecia e... –Ele interrompe.

-Boba....

-O que foi? –Perguntou ela surpresa.

-Ela não é minha namorada! Da onde tirou isso? Aliás.... nunca namorei ninguém. Satoshi, por incrível que pareça, apesar da aparência feminina, é um homem. Eu e ele sempre fomos melhores amigos, e ele nunca estava feliz com a aparência, nunca se sentiu bem em ser homem. Até o dia em que eu quase tive um ataque, quando me contou que faria uma cirurgia pra virar mulher e remover o.. ahn... você sabe!

Ela não se conteve depois desta história. Desabou a chorar mais e mais dentro do quarto.

-Hey Miih, vamos lá. Por favor, abra a porta.

Ela, no maior esforço que já fez na vida, abriu a porta em meio a lágrimas. Mal destravou a fechadura e o rapaz invadiu o quarto tão rápido como um cisco e abraçou a menina tão intensamente..!

-Boba. Você é muito boba, sabia Senhorita Miyuki? –Dizia ele apertando a menina contra seu peito no abraço mais carinhoso que ela já vira.

-Brook...-Ela o apertava tanto quanto era apertada. Finalmente se sentia segura.

-Miih?

-Hm?

-Fica comigo? –Dizia ele derramando uma lágrima.

Ela não respondeu, apenas confirmou com a cabeça e um pequeno e singelo sorriso de felicidade.

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Notas finais do capítulo

ain..... quero ter um romance assim ♥
ain q ódio, despejo aqui todas as minhas fantasias amorosas e_e
e quem sai ganhando?! SIM!

esses dois fdp da Miih e do Brook ê_e



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