Um Tom a Mais escrita por Benjamin Theodore Young


Capítulo 26
- The Ball and the Losses - Parte II


Notas iniciais do capítulo

Mais um galera, espero que gostem. Falta muito pouco para concluir, afinal as ferias deles estão acabando. Alias, "spoiler alert", ela acabará para alguém já no próximo capitulo. Abraços



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Há quatro horas, eu estava em buraco extramente profundo, desde o encontro acidental com Thomas no píer, de lá para cá, o tempo simplesmente me sufocavam cada vez mais, todas as palavras lembradas, cada lágrima, minha e dele derramada, era como um corte profundo que rasgava o peito. Eu estava inconsolável, e nada, absolutamente nada, podia mudar aquilo. Ali, naquela cama, naquele travesseiro já encharcado do choro, eu encontrava minha única esperança, a de acordar para o dia de amanhã.

– Deixa que eu falo com ele – escutei uma voz atrás da porta do meu quarto, era Tito, se expressando como uma espécie de salvador. – Hey kiddo... – disse ele adentrando o quarto suavemente e sentando-se na beira da cama, enquanto eu me encolhia cada vez mais debaixo do edredom. – Porque você não esta pronto ainda?! – Perguntou ele.

– Eu não vou! – sussurrei.

– Sim! Você vai... – respondeu ele enfático!

– Tito, sai fora...

– Você vai e pronto – respondeu ele se levantando e arrancando o edredom com toda a força de cima de mim, em seguida me agarrou pela cintura me arrastando até o banheiro, enquanto eu tentava de alguma forma dissuadi-lo, lhe dizendo o quanto ele estava sendo ridículo agindo daquela forma, mas ele continuou como se nada ouvisse. No banheiro me enfiou de baixo do Box com roupa e tudo e me prensando contra a parede abriu o chuveiro, me molhando todo, enquanto eu emburrava me sentando no chão e praguejando de todas as maneiras possíveis.

– Você é mimado, chorão, e puro drama, esta na hora de uma vez por todas de você parar com isso, essas suas atitudes não te ajudam em nada – dizia ele arrancando minha camiseta à força, enquanto eu argumentava que ele estava me machucando – é pra machucar, essa é a intenção, dores físicas são as que nos fazem reagir, a emocional só nos encolhe – eu então olhei para ele furioso, dizendo o quanto ele estava sendo invasivo com aquela atitude – foda-se a minha atitude! – Neste instante ele parou com o que fazia, deu um passo para trás e começou a me olhar dentro do Box, retirando a parte de cima do smoking e desapertando a grava borboleta – Você é um verdadeiro idiota sabia? – disse ele se encostando à parede como se então estivesse desistindo de toda a sua atitude – Eu lutei por você cada segundo! Eu disse para você que lutaria ainda mais, se eu não te amasse o suficiente para não te fazer sofrer por isso... E tudo isso, porque você estava apaixonado pelo garoto da porta ao lado. Cheguei a conjecturar que o Thomas era um verdadeiro sortudo por ter alguém como você, e céus, como eu desejei ser ele aqueles dias, como eu queria ver você lutando por mim como lutava por ele... Mas hoje, hoje eu vejo que tudo não passava de uma brincadeira de criança, fogo de palha como diria meu pai. – eu apenas observava a sua fala – agora você esta aí, como uma criança mimada, chorona e que sempre acha que tudo esta errado, mas nunca faz nada para mudar isso. Grow up kiddo, life is too short! – e saiu do banheiro me deixando em baixo do chuveiro, pensando em todas aquelas palavras. – eu vou estar lá embaixo com a Genie e o restante do pessoal, você tem meia hora, caso contrário, iremos de qualquer maneira. – disse ele enquanto saia do quarto.

Naquele momento eu encostei a minha cabeça no Box e me contive o máximo que pude para não chorar, eu não queria mais, tudo o que já sucedera naquele dia, já havia sido o suficiente. A minha vontade era de ficar ali, era de sequer mover-se, mas aquelas palavras do Tito realmente havia mexido comigo, e, sobretudo com o meu brio. Levantei-me e comecei a tomar banho decentemente, enquanto o fazia ia colocando no lugar cada ideia, cada sentimento, a fim de chegar preparado no baile, sim, eu havia decidido ir ao baile.

...

– Pronto! Está lindo. – Disse minha mãe terminando de ajeitar minha gravata.

– A senhora disse aos meninos que eu já estava descendo?!

– Sim, não se preocupe, eles estão te esperando!

– Obrigado mamãe, acho que esta bacana! – e olhei para ela lhe lançando um sorrido terno, sendo assim correspondido.

– Senta aqui um instante – disse ela apontando para a cama e se ajeitando em seguida – Eu não vou demorar... Pim, eu te amo meu filho, e eu faria absolutamente qualquer coisa para ver você feliz, porque a minha felicidade depende, sobretudo da sua e do seu irmão. Eu... Ainda estou, absorvendo tudo isso! Eu te peço que tenha um pouco de paciência comigo, mas eu quero que você saiba – dizia ela derramando algumas lágrimas – eu não me importo, contanto que você seja feliz, mas tenha em mente que talvez as coisas para você nesse mundo em que vivemos, seja um pouco mais difícil, mas nunca, nunca desista sobre hipótese alguma. – Em seguida me deu um abraço apertado, me fazendo tremular o queixo de emoção.

Thank’s mom! – atei lhe retribuindo o abraço e me levantando para ir de encontro ao pessoal.

– Por favor, juízo – disse minha mãe enquanto caminhávamos em direção à sala – eu não vou dizer para você não beber porque eu sei que você vai, mas por favor, tenha controle.

– Nossa, até que enfim – gritou Sammy quando despontamos na escadaria – achei que a princesa ia demorar mais, que foi, perdeu o salto? – concluiu ele fazendo a todos rirem, enquanto eu revirava os olhos com tamanha idiotice.

– Juízo meninos – enfatizou minha mãe mais uma vez, sendo acompanhada por Charlie que passava um pequeno sermão, para parecer convincente a minha mãe, mas em seguida dando uma piscadela sorrateira para nós.

– Bom, vamos nessa?! – sugeriu Tito.

...

Havia todo aquele glamour habitual das festas em Southampton, essa então, mais ainda, afinal, a anfitriã era Faith Dubouis Vanderbilt.

– Nossa! Você veio mesmo? – disse Faith vindo ao meu encontro para recepcionar-nos – e trouxe uma trupe – disse sarcástica – fique a vontade lindo – falou estendendo a mão direita para a festa, que estava linda, em seguida mandando que os garçons nos trouxessem bebidas – Espero que você não se assuste com a opulência, são os exageros dos Hamptons – argumentou rindo e irônica – mas fica tranquilo aqui todo mundo é educado!

– A começar por você?! – perguntou Jake arrogante – bom, já que você falou da opulência dos Hamptons – nos fazendo olhar para ele enquanto engatava em uma conversa com ela – confesso pra você que eu estava esperando bem mais... – disse ele lançando um olhar em volta - Bem, se levarmos em conta que em pleno verão de agosto, sem motivo algum você esta dando uma festa pra um bando de garotos, e nessa festa a gente tem que usar tux, antecipo que achei um tanto cafoninha... - Cafonérrimo – interrompeu Belle rindo, fazendo com que Faith a olhasse fuzilando. – Enfim, eu estive em Ibiza no começo de julho com príncipe da Espanha, e olha lá sim é que sabem dar festas, e o mais bacana, a gente não tinha que usar tux – Concluiu ele arrogante pegando uma taça de champanhe e entornando-a, em seguida pegou outra. Céus, eu nunca apreciei tanto a prepotência e a arrogância daquele ruivo como agora eu fazia, a cara da Faith simplesmente era impossível de descrever. Ela apenas deu um sorriso amarelo e saiu dali em direção as amigas do outro lado do salão.

Caralho Jake, o que foi isso? Muito, mas muito obrigado – falei com um sorriso no rosto – fazendo com que todos o admirassem pela coragem, em especial Tito, que lhe lançava aquele sorriso lindo, como quem dizia - você é o meu herói.

– A gente podia se espalhar – sugeriu Genie.

– Só não me deixem sozinho – argumentei.

– Calma ninguém vai te deixar sozinho – atou Tito – vamos nos divertir galera, isso aqui é uma festa afinal.

(Hazel English - Never Going Home / Majestic Casual Remix)

– Eu preciso de um pouco de ar, isso aqui esta muito abafado! – disse Genie pegando na minha mão e me puxando para perto da piscina – Nossa o seu irmão sumiu rápido – disse ela enquanto caminhávamos. - Existe algum interesse nesse sumiço dele - sugeri rindo. - Todo – respondeu ela rindo – ele é um fofo, e um gostoso – concluiu dando uma gargalhada. - Ah, para vai, não fala isso perto de mim, ele é o meu irmão – respondi por um instante animado com o interesse dela.

– Faz dias que estou pensando naquele putão, mas ele é muito galinha! – respondeu ela.

– É! Nisso infelizmente eu vou ter que concordar com você – mas nada que um grande amor não possa concertar isso – respondi.

– Jamais – risos – eu não estou aqui para bode expiatório. Nossa incrível como todo mundo sumiu rapidinho, mesmo depois de você ter dito que não queria ficar sozinho – risos.

– É, principalmente seu irmão e o Jake... – concluí.

– Pim, não! – respondeu ele incisiva.

– Ok! Não esta mais aqui quem falou – atei levantando as mãos para o alto.

– Deixa eles, lembre-se de cuidar de você e dos seus interesses, meu copo tá vazio, vou buscar algo, você quer alguma coisa?

– Eu queria que você não me deixasse aqui sozinho! – respondi.

– Vamos comigo então... – disse ela me puxando.

– Não... Deixa quieto, vai lá você, eu também não quero ficar empacando sua noite, vai que surge um boy aí afim de você, e ele não chega porque vai pensar que sou seu namorado – risos.

– Ai Pim, larga de ser bobo, deixa disso, o único boy hoje que eu pegaria já te falei, é o delicia do Sammy, vem...

– Não... Vai lá eu te espero!

– É... Vai lá, ele te espera – disse uma voz de mulher atrás de mim, era Faith se aproximando – eu faço companhia pra ele enquanto isso. – Genie então me olhou indecisa como quem fosse ficar ao meu lado, e eu então acenei que fosse numa boa.

– Obrigado pelo... Convite! Os meus amigos estão se divertindo bastante. – lhe encarei cutucando-a.

– Oh! De nada querido. E então, como você esta? – Perguntou ela falsamente.

– Pode-se dizer que apesar dos pesares, muito bem! – respondi mentiroso.

– Nossa, que bom, isso é ótimo! O Tom me falou que vocês tiveram uma briga horrível hoje, que foi difícil pra você entender que tudo não passou de um engano, um terrível engano – eu então a encarava cínico assim como ela – mas que bom pra você! Já viu ele? Ele esta lindo, como sempre claro.

– Não, eu não o vi, e nem pretendo, eu estou aqui por causa dos meus amigos.

– Oh, que lindo isso, pena que seja uma grande mentira. – Respondeu ela com um risinho nos lábios.

– Porque você insiste nisso Faith, nessa guerrinha de nervos desnecessária, nessa atitude falsa comigo, do que você realmente tem receio?

– Receio eu? De você? – risos – ah Pim, por favor, porque eu teria? Será que você ainda não entendeu quem eu sou?

– Oh claro, a milionária da praia, pena que seja só isso mesmo!

– Aqui está, toma Pim, esse é o seu – chegou Genie com as bebidas e levando uma a minha mão.

Bye Pim... see you later!

– Eu realmente não sei o que eu estou fazendo aqui?!

(Ed Sheeran - Don't / Sable Remix)

– Nossa essa menina consegue te sugar mesmo, eu te deixo com ela cinco minutos e você já esta aí todo nervoso. Vamos dançar! – Ela então me puxou para o centro da pista e começou a dançar junto comigo, deslizando seu corpo sobre o meu e me fazendo embalar-se em seu ritmo. Nesse instante os meninos, Jake e Tito chegaram e começaram a dançar junto conosco, intercalando os pares e os movimentos, que estavam para lá de sensuais. Era praticamente uma orgia cênica e dançante.

– Eu quero muito seu irmão – dizia Genie já levemente alterada, e rindo enquanto dançávamos.

– Calma – risos – vamos achar ele!

– E se ele já tiver com alguma biscate?

Hey – risos – calma. Eu vou pergunta pro Tito se ele o viu por aí...

– Talvez ele esteja com a Belle, eu notei a beligerância sexual entre os dois – disse ela rindo.

– Cala boca – risos – me deixa perguntar pro Tito – enquanto eu me virava procurando por ele, lá estava a cena que certamente eu não queria ter visto, mas que era tão inevitável quanto o estado embriagado de Genie. Estava por fim ele e Jake aos beijos. Eram línguas, saliva, e um desejo perceptível, mãos e embalos que simplesmente haviam tornado-se um só corpo. Nesse instante as coisas ao meu redor pareciam girar ao movimento da música e da cena que inebriava os meus sentidos. – Genie... Genie – Gritei para que ela pudesse ouvir – eu... Eu estou meio mal, preciso de um pouco de ar, vou achar um lugar mais aberto pra dar uma arejada e já volto ok?

– Contanto que você volte com o Sammy, tudo certo seu lindo! – disse ela passando os dedos em meus lábios.

– Ok – respondi rindo sem graça e com algum desânimo.

A cada passo que eu dava sentia o som que atordoava meus ouvidos por algum momento, ir se esvaindo aos poucos, nesse instante, percebi que estava longe o suficiente da casa e de todo aquele estardalhaço. Sentei-me na areia e me pus a admirar as ondas que rebentavam na praia.

– Crispin seu grande filho da mãe, o que você esta fazendo aqui?! – era uma voz conhecida, mas foi somente quando olhei para o lado a fim de ver quem, era pude de fato confirmar:

– Dylan! – E levantei-me rapidamente para abraça-lo – caralho bro, o que você está fazendo aqui? – perguntei curioso.

– Eu? Estou a trabalho aqui com meu pai... Mas e você, que foi, ganhou na mega-sena? Smoking, festa na mansão da praia? – dizia ele tão curioso quanto eu, enquanto me sentava novamente sendo acompanhado por ele.

– Nada disso – risos – minha mãe namora um cara daqui, e bem, deu nisso tudo que você está vendo. Mas e você, porra, faz uns dois ano que a gente não se vê, depois que você foi pra Nova Iorque com sua mãe, eu perdi meu celular, e alguns contatos, e confesso pra você que a fase em que eu estava, não fiz muita questão de busca-los, me desculpa, afinal, você era um bom amigo.

– Relaxa bro, eu também não fui nenhum exemplo – risos – E aquela barra do seu pai com sua mãe, já esta mais tranquila?

– Bem, na verdade só eu, você e o meu pai sabem da minha tia né, afinal você estava junto comigo.

– Sim, eu me lembro bem daquela cena – disse ele comovido.

– Mas relaxa aquilo já é passado. Então o que faz aqui por essas bandas? – Perguntei buscando informações.

– Meu pai montou uma pequena empresa de limpeza de piscinas, e bem, isso aqui é a Meca das piscinas – risos – Montauk é o paraíso, não da vontade de ir embora, mas daqui dois dias a gente já esta indo.

– E tá perdido aqui por esses lados por quê? – atei.

– É... – iniciou rindo – fui deixar uma garota na casa dela, que conheci enquanto limpava sua piscina hoje – risos – estes são os melhores ossos do oficio do mundo – gargalhou – alias, ela ia se trocar pra vir aqui, me chamou, mas essas cenas de riquinhos não são para mim – argumentou – e você alguma garota? – A minha vontade naquele momento era de mentir, dizer que sim, que havia uma ali ou outra, esconder de fato minha identidade, mas ao mesmo tempo, toda aquela conversa aberta e sincera, pedia para que eu fosse o mesmo.

– Se eu te falar que sou gay você acredita? – respondi olhando para ele em seguida abaixando a cabeça, esperando sua resposta e reação.

– Se eu te falar que eu sou hétero você acredita? – respondeu ele gargalhando – Qual é Pim, não precisa ter receio, eu não estou aqui para te julgar – respondeu amigável.

– Caramba – risos – espero encontrar mais pessoas como você!

– Isso não importa. O que importa é você e ponto final.

– Não é bem assim – sugeri.

– Com certeza – risos – se me lembro bem de você, não é bem assim mesmo. – Concluiu ele rindo – Man preciso ir, meu pai já me ligou umas dez vezes que amanha temos que acordar cedo e tal, mas anota meu celular aí... 493-7939.

Thank’s bro – e me levantei dando-lhe um novo abraço e me despedindo – eu te ligo pra fazermos algo aqui ou em NY. – conclui enquanto ele se distanciava.

– Liga sim bro... Liga sim! – respondeu ele enfiando as mãos nos bolsos e sumindo na escuridão da praia.

...

– Nossa que demora, cadê o meu príncipe?! Perguntou Genie.

– Desculpa, eu encontrei um amigo na praia...

– Hum... Me conta isso direito safadinho – dizia ela dobrando a língua.

– Nada disso que você está pensando. – respondi.

– Ok, os meninos foram embora! – disse ela.

– Quem, o Tito e o Jake?!

– Sim! Eles estavam se pegando – falou ela revirando os olhos em malicia – devem ter ido dar uma – e gargalhou.

– Genie, antes de tudo, para de beber, você já esta falando muita merda, vou buscar uma água pra você.

– Hey, calma...

– Já volto, não sai daqui. – Fui até a ilha de bebidas que parecia oferecer qualquer coisa, menos água, foi quando alguém me informou que era preciso ir pegar na cozinha.

Caralho, na cozinha! – respondi para mim mesmo – e segui para dentro da casa a fim de achar o cômodo.

– Oi, por favor, você sabe me dizer pra que lado é a cozinha? – Perguntei para uma menina que identifiquei ser amiga da Faith.

That way – apontou ela para a direita – dei vários passos entre um corredor e outro e por fim, achei a cozinha.

– Bom Pim, pegar a água e voltar o mais rápido possível. – pensei em voz alta. – Água, água... Achei – respondi fechando a porta da geladeira e quando me voltei para trás o Tom estava lá.

– Oi! – Disse ele com a voz baixa e opaca.

– É... Eu só vim pegar uma água para Genie e estou indo embora – respondi aflito e confuso.

– Você está muito bonito! – respondeu ele me olhando.

– Obrigado – retribui com um riso anasalado e semgraça. – Você... – tentei responder enquanto limpava a garganta – você também... Esta lindo!

– Pimmie...

– Thomas – o interrompi rapidamente – Não faça isso, não tente se explicar mais, não faça isso, eu preciso manter a minha sanidade. Que você não queira mais, eu estou lutando a cada segundo pra entender isso, mas que você tente manter algum tipo de contato, não, por favor, pelo menos não agora. – Desabafei sincero e sentido

(Eva Cassidy – Time After Time)

– Pimmie, isso tudo esta me matando! – disse ele denunciando uma profunda tristeza.

– Te matando, Tom... Te matando? – perguntei curioso.

– Eu... – trazia uma voz embargada e fazia uma força extrema para não chorar. – Eu...

– Fala Thomas, fala... Porque que você não tem mais coragem...?

My mom is dying – neste momento ele então se entregou às lágrimas – my father is going to leaving her. I can’t abandon her, I want to be with you, but I don’t, I really don’t know the way she will react, she likes so much Faith… Please, please, don’t leave me; I’m sorry early in the beach, I’m sorry for all these days that I didn’t talk to you back. She’s with cancer, and its fucking terminal. She will die, she will die, she will die – Ele então se encostou ao balcão da cozinha, e continuou chorando amargo e sôfrego.

– Tom, Me desculpa... Me desculpa também por ser tão egoísta, por ser tão egocêntrico – e direcionei-me a fim de abraça-lo, sendo então retribuído por ele. – Sorry for your mom. – ele então cessou o choro, passou a mão em meu rosto e me deu um beijo terno e sutil, afastou a cabeça, e me olhando, deu alguns soluços dizendo:

– A Faith não pode saber disso! – Neste momento eu entendi tudo o que estava por vir, as mentiras, o proibido, a encenação, e, sobretudo os segredos. Era como se de uma forma ou de outra, Faith, tivesse ganho. Essa conclusão diante toda a sua declaração, talvez fosse um tanto egoísta, mas era também os meus sentimentos em jogo. – Can you drive me home? – Perguntou ele sussurrando carinhosamente – e apenas acenei um sim com a cabeça deitando ela mais uma vez sobre o seu peito, calado e pensativo.


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