Um Tom a Mais escrita por Benjamin Theodore Young


Capítulo 25
- Spin-off -


Notas iniciais do capítulo

E aí pessoal, de boa?! Bom galera, eu não resisti, e escrevi uma pequena spin-off sobre um fator importante da história, e que esclarecerá eventos futuros. Como o Pim, é o narrador em primeira pessoa e de sua história, eu não poderia inseri-lo num ambiente como narrador, se ele não estava propriamente vendo o que acontecia. Mais uma vez, me perdoem a ousadia de fazer uma spin-off no meio da história do nosso anti-herói Pim. (hahahaha).



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– Basicamente isso! – Respondeu ele quando elogiei entusiasmado a seu desempenho. Eu podia dizer naquele momento que eu estava tendo uma queda por aquele ruivinho filho da puta. Sim, eu ouso chamá-lo assim pela sacanagem feita anteriormente com o Crispin, mas na altura do campeonato, aquilo soava quase que carinhoso, o moleque era gostosinho, e porra, tocava um violão e cantava lindamente.

– Não sei propriamente o que é ter uma fluência na língua alemã, mas, pelo o que me parece, você manja das manjarias – Atei a fim de descontrair o clima pesado que havia se instalado ali, no decorrer daqueles minutos em que o Pim se desculpava com ele, e por sinal, atitude bacana a do garoto.

– Manjo – respondeu ele com um riso de canto de boca, e dizendo para irmã escolher outra música.

Play zombie, the cranberries! – respondeu ela se ajeitando na namoradeira.

Caralho, eu amo essa música, alias, qualquer coisa do The Cranberries, você vai fazer eu ganhar o meu dia! – complementei.

– Isso é bom, porque eles são demais, só é uma pena que estão tão obsoletos...

– Como assim? – Perguntei inconformado – eles podem não estarem mais no auge, mas obsoletos, jamais! – argumentei.

– Ok! – respondeu ele entre risos e iniciando a música. Ele cantava demais, a cada frase dita, a cada entonação, era muito prazeroso vê-lo.

– Linger? – Sugeri no termino da canção.

– Não! – respondeu ele seco – isso fica para depois da nossa... Quer dizer, você não tinha que estar lá embaixo consolando o seu amigo? – Perguntou ele sendo irônico.

– O Pim, você quer dizer?! – respondi – Não necessariamente, a Genie certamente esta lá com ele, e o Pim, há momentos que precisa estar consigo somente. Mas o que você ia sugerir antes? – indaguei curioso.

– Cerveja, ia dizer para pegarmos umas latas e tomarmos, topa? – Perguntou ele, em seguida puxando a irmã pelos braços e engatando uma dança engraçada fazendo-a rir, e a mim também.

– Topo sim! – respondi demonstrando ânimo.

– Então bora! E puxou a irmã pelo braço, lhe trazendo para perto de si, e me fazendo um sinal com a mão para que lhe acompanhasse.

– E onde nós vamos beber?!

– Aqui mesmo oras... Vamos chamar o Pim – sugeriu.

– Claro! Isso seria bacana, quem sabe ele não espairece um pouco.

– Meninos, achei esse fardinho na dispensa, vou colocar pra gelar

junto com as outras no freezer, disse Annabelle voltando de dentro da casa principal e se direcionando para a cozinha na casa de piscina, com as cerveja nas mãos. Enquanto isso íamos nos trocando para entrar na piscina. O ruivo era uma tentação só, não era super musculoso, mas tinha definição, a pele branquinha igual leite, e toda pintadinha, trazia algum prazer aos meus olhos, e cada movimento que ele fazia, eu observava atentamente e tentava, pelo menos tentava disfarçar, foi quando ele, ao tirar o short, puxou sugestivamente o elástico da cueca para baixo deixado os pelos púbicos e ruivinhos, aparecerem discretamente, não era um matagal, eram o suficiente e lisinhos, e porra, que tesão foi aquele que eu senti. A ereção, bem, quase tive que dar um murro no meu amigo para ele sossegar. Em seguida ele saltou na piscina, e de lá pude perceber me observando também enquanto eu tirava a camiseta e os demais acessórios.

– Belle – gritou ele – vai demorar mais com essas cervejas mulher?! – disse ele me fazendo rir.

– É... Talvez o seu começo com o Pim tenha sido péssimo mesmo, porque você me parece ser um cara bacana! – argumentei. Ele então olhou para mim de canto de olho, e deu um leve sorriso.

– Eu sou antipático, arrogante, convencido e muito, muito prepotente, eu preciso confessar isso. Não sou fácil, mas infelizmente a selva que eu vivo, me faz ser assim! – Respondeu ele.

– Te faz ser assim? – indaguei – ou você se acostumou ser assim – sugeri.

– As duas coisas! Cara, você não sabe o que é passar a vida desde a sua infância tendo que provar para as pessoas que estão ao seu redor a sua valia, tendo que provar para os seus pais, professores, colegas, amigos, e menos para você. O mundo dos AAA+ não é tão maravilhoso quanto algumas pessoas imaginam. Mas acredito que você deve saber disso. – falou ele daquela maneira arrogante, e sugestiva, me fazendo por instante, ter pena de toda aquela atuação. Pois era exatamente dessa maneira que eu o via, um ator iniciante, nesta selva que ele descrevia.

– Você tem duas opções na vida Jake, ser o que quer ser, ou ser o que as pessoas pretendem que seja! Quem vai decidir isso, é você. Vou te deixar algo bem claro, toda essa sua arrogância não me comove e nem me incomoda, pelo contrário, isso de alguma forma me faz entender o quanto é imaturo e precisa de atenção demasiadamente. Você é sim, isso tudo o que você acabou de me falar de si mesmo, porém pode ser algo infinitamente melhor. O fato de estar inserido nessa sociedade multimilionária e sugadora, a qual descreve viver, não pode e não deve definir o seu caráter. A prova disso tudo foi na capacidade de você assumir os seus erros para com o Pim, e como você, pode SIM, ser uma pessoa melhor! Mas isso não depende de mim, do Pim, sua irmã, seus pais, nem mesmo as tentativas do seu tio Charlie, vão te mudar – ele apenas me observava calado e abismado – a escolha é sua. Assim como escolheu mudar a sua atitude com o Pim, você pode muda-la para com a vida – e fui me retirando da piscina, enquanto Belle chegava com a cerveja, e me lamentando por ter em algum minuto, ter querido estar ali com ele, ou ter sentido qualquer tipo de atração por ele, o moleque, era absurdamente prepotente.

– Hey, aonde você vai?! – Perguntou Belle enquanto eu me enxugava e colocava a bermuda por cima da sunga molhada.

– Vou embora, acho que me enganei de lugar! – sugeri irônico, sendo observado por Jake.

(The Cranberries – Linger)

Enquanto eu ia atravessando o jardim a fim de dar inicio a minha caminhada até minha casa, pude avistar Pim, divagando sozinho pela praia, pensei ir até ele, mas fui interrompido por Jake me chamando.

– É... As coisas que você me disse... – falava ele confuso, e me fazendo pensar que certamente ele iniciaria uma briga ali.

– Me perdoa Jake, eu não tinha o direito! – Atei, tentando sair dali e me desviar de uma possível discussão.

– Espera – disse ele segurando o meu braço, e me olhando profundo - Make me be... – disse sussurrando.

What?! – respondi confuso.

Make me be this good person that you said I can be?! – E continuo me olhando, a espera da minha resposta.

Eu, infinitamente tenho o dom de atrair gente confusa na minha vida. Pensei comigo mesmo, lhe dando um sorriso em resposta.


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