Demons escrita por MrsGrey


Capítulo 3
Philip!


Notas iniciais do capítulo

Esse capitulo é narrado por Julieta



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Eu o ajudei a entrar no carro novamente, coloquei o no banco de trás. Chegamos a casa dele e sua mãe veio correndo.

Depois de deixá-lo na sala expliquei o que acontecera e ela começou a chorar.

– Mas você não pode ir para casa sozinha agora! – disse ela – Durma aqui esta noite! Eu arrumo a cama de Andrew...

– Ela pode dormir na sala também? – perguntou Andrew.

A mãe dele olhou para nós dois.

– Ah! Claro! – disse ela. – Vou pegar o colchão e as cobertas. E travesseiro.

Ela trousse tudo.

– Pode ir deitar! Eu arrumo! - falei

– Okay! Tem uma camisola minha ai pra você. – ela foi para o quarto e começou a chorar, mas ela trancou a porta para que eles não escutassem.

Depois de arrumar tudo levei Andrew até o colchão.

– Não sei por que minha mãe trousse o pijama – ele riu.

Ele estava com uma bermuda e uma camisa.

– Quer ajuda pra tirar a camisa? – perguntei

– Ah...

– Só achei que seria mais confortável!

– Não! Tudo bem.

Ele sentou e tirou a camisa. Depois se deitou e olhou para cima.

Ele ia começar a chorar novamente então eu segurei a mão dele.

– Queria que nós fossemos namorados! – ele sorriu.

– Eu também!

– Então já somos um casal? – disse ele.

– É! – falei.

– Meu pai se foi!

Eu fui até a cabeça dele e comecei a fazer carinho em seus cabelos castanhos até que ele dormiu e eu também.

Quando acordei tomei um susto ao perceber que havia dormido no mesmo colchão que ele.

Eu me levantei e fui para o banheiro me trocar.

Quando voltei à mãe dele estava de pé arrumando o café.

– Já vou indo! – falei.

– Mas já? Que pena!

– Deixe - o dormir bem!

– Tudo bem! – eu estava indo para a sala quando ela me chamou. – Ei! Você é uma ótima nora!

– Obrigada!

Fui até o colchão dele e dei um beijinho em sua testa.

No meio do caminho de casa senti que estava sendo seguida.

Puseram-me contra a parede, uma figura vestida de preto com o gorro do casaco tampando o rosto.

– Me solte! – falei.

Então dei conta de que era o assassino. E me desesperei.

Ele encostou a mão na minha barriga.

– Calma! Não vou te matar você é linda de mais pra isso! – disse ele. – Afinal estou sem armas.

Ele me soltou.

– O que você quer?

– Se acha que vai proteger esse seu namoradinho esta muito enganada!

– Fica longe dele – falei.

– Nossa! – ele fez carinho em meus cabelos.

– Quem é você? – perguntei.

– Ah! Não me reconhece Ju? – ele retirou o capuz.

Sua cara não era agradável, ele tinha olhos verdes, mas o rosto cheio de cicatrizes e era magro.

– Não.

– Sou eu! Philip! – disse ele. – Seu primo!

– Philip! – ajoelhei e olhei para ele. – O que te fez ficar assim?

– Seu pai!

– Meu pai era bom! – falei.

– NÃO NÃO ERA! – gritou ele. – VOCÊ MAIS QUE NINGUÉM SABE QUE ELE ERA O MAIS SUJO E RIDICULO DA FAMILIA! VOCÊ SABE QUE ELE TRABALHA FORA PARA NÃO MATAR VOCÊ E SUA MÃE! VOCÊ SABE QUE ELE É BEBADO E MATOU MUITAS PESSOAS!

– NÃO! – gritei – ELE NÃO FAZ MAIS ISSO!

– É ele não faz! – disse ele – É CLARO QUE FAZ! MAS VOCÊ É A ÚNICA QUE NÃO VÊ!

– Como? – perguntei.

– Você não vê porque é suja igual a ele! Seus cabelos brancos são iguais aos dele!

– Não! – falei. – Não sou suja!

– É sim! Mais que seu pai! – ele me chutou e eu cai chorando. – Suja e ridícula!

– Não! – gritei – Va pro inferno!

Ele desapareceu e eu comecei a chorar. Fui para casa e deitei na cama. Levante e me olhei no espelho. “Suja! Eu sou suja!” pensei. Rapidamente peguei uma tesoura e raspei – a em meu braço depois de perceber o que eu havia feito comecei a chorar e continuei me cortando.

Quando percebi que já havia três machucados nos meus braços eu taquei a tesoura na rua e me deitei na cama.

Meu celular estava tocando.

– Alo? – falei.

– Julieta querida! – disse a voz de Andrew.

– Andrew!

– Que acha de sairmos hoje às sete? – disse ele.

Eu olhei para meus braços.

– Tudo bem!

– Eu te busco.

Tomei banho e coloquei um vestido preto que combinava com minha blusa de frio vermelha com detalhes em preto.

O interfone tocou.

– Andrew! – escutei minha mãe. – Entre.

Fui até a sala e o vi sentado no sofá.

– Uau! Perfeita! – disse ele.

– Obrigada!

Ele segurou minha cintura e fomos pro carro.

Nós fomos jantar em um restaurante maravilhoso! Quando voltamos para casa nós nos beijamos e ele se despediu. Eu de repente não estava em mim e fui até meu quarto e peguei roupas escuras e vesti luvas.

Fui até a casa de uma velinha que me ajudava muito às vezes! Ela olhou a porta e ela segurava uma faca, não me lembro do que aconteceu depois só sei que a vi no chão morta e eu estava segurando a faca e cheia de sangue. Soltei a faca e sai correndo para o beco onde eu salvara o meu namorado.

– Uau! – disse um moço que saia das sombras. – Sabe nem é nove horas ainda!

– O que? O QUE VOCÊ FEZ? – gritei.

– Eu? – Philip deu risada. – Não é você que esta suja de sangue?

Eu me olhei e assustei.

– O que houve? – perguntei.

– Eu diria que a pobre dona Mercedes já teve o fim de sua vida e que agora Nova York esta mais perigosa que nunca! – disse Philip

– Não! – falei.

– É eu a deixei assim! Depois do meu discurso maravilhoso sobre como você é ridícula você ficou doida e precisa de sangue pra sobreviver. – ele passou as mãos no meu cabelo. – É mais forte que você! Você não sabe quando ou quem será o próximo. E todos correm riscos! Até seu namorado!

– Andrew! – gemi.

– Caso você deixe – me usar seu corpo como eu quiser eu te ajudo a...

– CALE A BOCA OU EU TE MATO! – gritei. – É MAIS FORTE QUE EU CERTO? ENTÃO EU POSSO TE MATAR!

Ele assustou.

– Ta... Mas se eu fosse você contaria ao Andrew...

– Cale a boca! Eu já estou mal! Não vou contar a ele!

– Ta! Mas ninguém te quer! Talvez ele, mas o resto! Todos te usam por sua beleza! Menos Andrew! Mas você é inútil! É como a lata do refrigerante: você usa e joga fora!

Ele desapareceu e eu comecei a chorar.


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