Demons escrita por MrsGrey
Notas iniciais do capítulo
Esse capitulo é narrado por Julieta
Eu o ajudei a entrar no carro novamente, coloquei o no banco de trás. Chegamos a casa dele e sua mãe veio correndo.
Depois de deixá-lo na sala expliquei o que acontecera e ela começou a chorar.
– Mas você não pode ir para casa sozinha agora! – disse ela – Durma aqui esta noite! Eu arrumo a cama de Andrew...
– Ela pode dormir na sala também? – perguntou Andrew.
A mãe dele olhou para nós dois.
– Ah! Claro! – disse ela. – Vou pegar o colchão e as cobertas. E travesseiro.
Ela trousse tudo.
– Pode ir deitar! Eu arrumo! - falei
– Okay! Tem uma camisola minha ai pra você. – ela foi para o quarto e começou a chorar, mas ela trancou a porta para que eles não escutassem.
Depois de arrumar tudo levei Andrew até o colchão.
– Não sei por que minha mãe trousse o pijama – ele riu.
Ele estava com uma bermuda e uma camisa.
– Quer ajuda pra tirar a camisa? – perguntei
– Ah...
– Só achei que seria mais confortável!
– Não! Tudo bem.
Ele sentou e tirou a camisa. Depois se deitou e olhou para cima.
Ele ia começar a chorar novamente então eu segurei a mão dele.
– Queria que nós fossemos namorados! – ele sorriu.
– Eu também!
– Então já somos um casal? – disse ele.
– É! – falei.
– Meu pai se foi!
Eu fui até a cabeça dele e comecei a fazer carinho em seus cabelos castanhos até que ele dormiu e eu também.
Quando acordei tomei um susto ao perceber que havia dormido no mesmo colchão que ele.
Eu me levantei e fui para o banheiro me trocar.
Quando voltei à mãe dele estava de pé arrumando o café.
– Já vou indo! – falei.
– Mas já? Que pena!
– Deixe - o dormir bem!
– Tudo bem! – eu estava indo para a sala quando ela me chamou. – Ei! Você é uma ótima nora!
– Obrigada!
Fui até o colchão dele e dei um beijinho em sua testa.
No meio do caminho de casa senti que estava sendo seguida.
Puseram-me contra a parede, uma figura vestida de preto com o gorro do casaco tampando o rosto.
– Me solte! – falei.
Então dei conta de que era o assassino. E me desesperei.
Ele encostou a mão na minha barriga.
– Calma! Não vou te matar você é linda de mais pra isso! – disse ele. – Afinal estou sem armas.
Ele me soltou.
– O que você quer?
– Se acha que vai proteger esse seu namoradinho esta muito enganada!
– Fica longe dele – falei.
– Nossa! – ele fez carinho em meus cabelos.
– Quem é você? – perguntei.
– Ah! Não me reconhece Ju? – ele retirou o capuz.
Sua cara não era agradável, ele tinha olhos verdes, mas o rosto cheio de cicatrizes e era magro.
– Não.
– Sou eu! Philip! – disse ele. – Seu primo!
– Philip! – ajoelhei e olhei para ele. – O que te fez ficar assim?
– Seu pai!
– Meu pai era bom! – falei.
– NÃO NÃO ERA! – gritou ele. – VOCÊ MAIS QUE NINGUÉM SABE QUE ELE ERA O MAIS SUJO E RIDICULO DA FAMILIA! VOCÊ SABE QUE ELE TRABALHA FORA PARA NÃO MATAR VOCÊ E SUA MÃE! VOCÊ SABE QUE ELE É BEBADO E MATOU MUITAS PESSOAS!
– NÃO! – gritei – ELE NÃO FAZ MAIS ISSO!
– É ele não faz! – disse ele – É CLARO QUE FAZ! MAS VOCÊ É A ÚNICA QUE NÃO VÊ!
– Como? – perguntei.
– Você não vê porque é suja igual a ele! Seus cabelos brancos são iguais aos dele!
– Não! – falei. – Não sou suja!
– É sim! Mais que seu pai! – ele me chutou e eu cai chorando. – Suja e ridícula!
– Não! – gritei – Va pro inferno!
Ele desapareceu e eu comecei a chorar. Fui para casa e deitei na cama. Levante e me olhei no espelho. “Suja! Eu sou suja!” pensei. Rapidamente peguei uma tesoura e raspei – a em meu braço depois de perceber o que eu havia feito comecei a chorar e continuei me cortando.
Quando percebi que já havia três machucados nos meus braços eu taquei a tesoura na rua e me deitei na cama.
Meu celular estava tocando.
– Alo? – falei.
– Julieta querida! – disse a voz de Andrew.
– Andrew!
– Que acha de sairmos hoje às sete? – disse ele.
Eu olhei para meus braços.
– Tudo bem!
– Eu te busco.
Tomei banho e coloquei um vestido preto que combinava com minha blusa de frio vermelha com detalhes em preto.
O interfone tocou.
– Andrew! – escutei minha mãe. – Entre.
Fui até a sala e o vi sentado no sofá.
– Uau! Perfeita! – disse ele.
– Obrigada!
Ele segurou minha cintura e fomos pro carro.
Nós fomos jantar em um restaurante maravilhoso! Quando voltamos para casa nós nos beijamos e ele se despediu. Eu de repente não estava em mim e fui até meu quarto e peguei roupas escuras e vesti luvas.
Fui até a casa de uma velinha que me ajudava muito às vezes! Ela olhou a porta e ela segurava uma faca, não me lembro do que aconteceu depois só sei que a vi no chão morta e eu estava segurando a faca e cheia de sangue. Soltei a faca e sai correndo para o beco onde eu salvara o meu namorado.
– Uau! – disse um moço que saia das sombras. – Sabe nem é nove horas ainda!
– O que? O QUE VOCÊ FEZ? – gritei.
– Eu? – Philip deu risada. – Não é você que esta suja de sangue?
Eu me olhei e assustei.
– O que houve? – perguntei.
– Eu diria que a pobre dona Mercedes já teve o fim de sua vida e que agora Nova York esta mais perigosa que nunca! – disse Philip
– Não! – falei.
– É eu a deixei assim! Depois do meu discurso maravilhoso sobre como você é ridícula você ficou doida e precisa de sangue pra sobreviver. – ele passou as mãos no meu cabelo. – É mais forte que você! Você não sabe quando ou quem será o próximo. E todos correm riscos! Até seu namorado!
– Andrew! – gemi.
– Caso você deixe – me usar seu corpo como eu quiser eu te ajudo a...
– CALE A BOCA OU EU TE MATO! – gritei. – É MAIS FORTE QUE EU CERTO? ENTÃO EU POSSO TE MATAR!
Ele assustou.
– Ta... Mas se eu fosse você contaria ao Andrew...
– Cale a boca! Eu já estou mal! Não vou contar a ele!
– Ta! Mas ninguém te quer! Talvez ele, mas o resto! Todos te usam por sua beleza! Menos Andrew! Mas você é inútil! É como a lata do refrigerante: você usa e joga fora!
Ele desapareceu e eu comecei a chorar.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!