Demons escrita por MrsGrey


Capítulo 2
Adeus...




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Acordei com um barulho de algo caindo, olhei para o quarto e me lembrei do que acontecera.

Olhei para meu braço enfaixado e me taquei na cama novamente, me levantei de novo e vi que Julieta ainda estava deitada. Tentei dormir, mas não consegui. Quando eu fechava os olhos lembrava de Pietro la... Caído... Morto.

Levantei e me troquei la mesmo, ela estava dormindo o que poderia acontecer? Fui até a cozinha.

– Oh, Andrew! – disse a senhora Grace. – Dormiu bem?

– Ah... Sim claro!

Sentei – me para tomar o café da manhã e de repente lembrei-me de Julieta e quase cuspi o leite.

– Bom dia! – disse Julieta.

Ela usava uma blusa branca e calça jeans. Estava sem sapato.

– Andrew! – disse ela espantada. – Tenho que trocar seu curativo!

– Ah... – ela não me deixou falar.

– Depois do café eu troco e te levo para casa! – disse ela passando Manteiga no pão.

– Okay! – falei. – Onde está seu pai?

– Meu marido esta viajando – disse a Sra. Grace.

– Ele viaja a trabalho – falou Julieta.

Quando terminei de tomar o café ela me levou novamente para o quarto dela. E eu sentei na cama.

– Tire a blusa. – disse ela, ela deve ter percebido meu constrangimento. – É mais rápido pra fazer o curativo.

Eu tirei a blusa e ela tirou do avesso.

– Sinto muito. – disse ela. – Seus amigos...

– Nem todos... Apenas Pietro e David se foram. – segurei o choro.

– Não me importo se você chorar.

Ela arrumou bem o meu curativo.

E estávamos prontos para ir.

– Tchau Andrew – disse a Sra. Grace. – Se precisar pode aparecer!

– Obrigado! – agradeci novamente.

Julieta fez questão de me acompanhar até minha casa. O engraçado é que eu era maior que ela. Eu tinha 1,81 e ela provavelmente 1,60 e no final ela acabou me salvando.

– Prometa – me uma coisa – falou ela.

– O que? – perguntei.

– Nunca mais se envolva nessas coisas perigosas.

– Se não...

Ela ficou vermelha e me olhou.

– Você pode morrer! – falou ela.

– Tudo bem!

Chegamos em minha casa e minha mãe a convidou para entrar. Ela tentou dar uma desculpa, mas minha mãe ganhou então ela entrou.

– Vem... – falei.

– Ãh?

– Você me mostrou seu quarto – falei subindo a escada. – Venha conhecer o meu...

– Tudo bem...

Ela subiu e ficou na porta admirando meu quarto.

– Sente - se – falei

– Tudo bem licença.

Ela tropeçou no tapete e quase caiu, mas eu a segurei, nós trocamos olhares por um tempinho até que ela se equilibrou e sentou na minha cama.

– Muito bonita sua casa.

– Obrigado!

– Mas eu tenho mesmo que ir! – disse ela.

– Ah... Que pena! – sorri.

Eu a levei até a porta.

– Até! – disse ela.

– Até! – sorri.

Depois de ter conversado com minha mãe eu fui para meu quarto e fiquei olhando o numero dela no telefone, dentro de mim rolava um conflito uma parte de mim falava “Ligue para ela e marque um encontro” e a outra “Nem se atreva! Vocês acabaram de ficarem amigos!”

Já era quase nove horas e, meu pai não chegara em casa, mesmo para um adulto era perigoso ficar até as nove da noite na rua.

Desci e gritei pra minha mãe.

– Mãe vou buscar o pai

– Mas são quase nove horas!

– Vou de carro.

Peguei a chave, dei partida e corri para o prédio onde meu pai trabalhava, as ruas estavam quase desertas a não ser pelas pessoas correndo para seus carros. Quando vi eu quase bati o carro, la estava o Homem, encostado na parede assoviando musicas fúnebres. Meu pai não deveria ter saído ainda.

Avistei meu pai saído e indo diretamente para o Homem, corri com o carro e tentei não chamar atenção até que o Homem começou a seguir meu pai.

Eu parei meio perto de meu pai e buzinei o Homem logo me reconheceu e correu em direção a meu pai que gritou. Tentei atropelar o Homem, mas eu poderia matar meu pai.

Liguei a luz alta o que deixou o Homem meio tonto, pude ver a boca dele, era horrível e cheia de pontos.

Seu pescoço com algumas linhas costuradas, ele era medonho. Sai do carro para ajudar meu pai, mas era tarde de mais quando sai o Homem riu e enfiou a faca no coração de meu pai e arrancou – a bruscamente.

Eu comecei a chorar. O homem veio até mim me dando tempo de sair da li.

Minhas pernas não mexiam, eu não me movia até que meu pai deu um grito de dor e novamente fui acertado só que com uma facada do tornozelo, fiz o possível para chegar até o carro, mas quando entrei o Homem me segurou, não pensei duas vezes, dei um soco que o deixou tonto e rapidamente liguei o carro e sai da li o mais rápido que pude.

Com o tornozelo sangrando e ardendo parei em frente à praça que ficava meio perto da casa da Julieta, por incrível que pareça tinha crianças brincando la. Também com viaturas estacionadas ali perto...

Peguei meu celular e em vez de ligar para minha mãe liguei para Julieta.

Alo – disse ela.

– Julieta! – falei com a voz tremula.

Andrew! – ela gritou. – No que se envolveu dessa vez?

– Não pergunte nada apenas venha para a praça perto do seu apartamento.

Ta... – ela desligou.

Eu estava tentando não chorar, mas era impossível.

A dor do tornozelo era muito forte e ainda tinha a dor da morte de meu pai.

Escutei passos rápidos. Ela foi direto ao meu carro e quando viu meu estado, abriu a porta rapidamente.

– Ah! Seu tonto! – disse ela. – O que aconteceu dessa vez?

– Fui buscar meu pai... E ele o matou na minha frente e depois... – não aguentei e chorei.

Ela olhou para o meu tornozelo e o enfaixou.

– Dessa vez vou leva-lo ao medico. – disse ela.

– Você dirige? – perguntei.

– Sim apesar de só ter 15 anos! Venha vou te ajudar a ir para o outro banco.

Ela me abraçou de modo que conseguisse me levantar, eu a afastei e segurei seu rostinho.

Ela me olhava preocupada. Uma força maior me levou a beija - la. Eu estava triste, no carro, com o tornozelo doendo e eu a beijei.

Ela me olhou mais preocupada ainda.

– Perdão eu... Foi uma força maior... – ela fez que sim com a cabeça.

– Também te amo. – disse ela me ajudando a levantar.

Ela me levou para o banco do lado e depois voltou para o volante.

– Você me ama? – perguntei.

– Desde sempre! – ela sorriu. – Você pode não ter reparado em mim, mas eu sempre reparei!

Chegamos ao hospital e ela pediu uma maca, o curativo que me fizeram foi rápido, mas eu teria que andar de muletas por um tempinho.

Eu não me importava! Naquela noite eu só queria saber da Julieta a minha amada Julieta.


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