Love Game escrita por raexgar001


Capítulo 8
Venellope... Eu te amo!




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POV  Ralph 

Me acordei com batidas na porta, suspirei pesadamente e saí meio a contra gosto da minha cama. Procurei pelo chão meu macacão já que eu dormia só de cueca box, após encontrar um dos meu diversos macacões o coloquei e sem o atacar fui atender a porta. 

— Bom dia Ralph! - Félix me cumprimentou.

— Bom dia - Digo e logo bocejei - Algum problema? 

— Bom, eu preciso de um favor seu. 

— Beleza mas não pode ser nesse feri-

— Obrigado sabia que me ajudaria - Ele me cortou, e antes que eu percebesse já estava com uma miniatura do Félix em meu colo e na mão esquerda segurava uma mochila que deduzi ser do Junior. 

— Mas Félix e-

— Obrigado, venho pega-lo a manhã - Me interrompeu de novo - Hoje a noite vai ser boa - Riu alto e saiu correndo. 

— Mas -Não terminei, ele já havia ido embora, assim que me inclinei para fechar a porta meu macacão caiu me deixando só de cueca. 

— Hahahaha - Junior começou a rir e eu fechei a porta começando a pular com o macacão entre minhas pernas.

— Você me acha uma bobão certo? - Falei enquanto chutava a rupa para debaixo da cama. Me sentei nela colocando o Junior lá, fiz um pequeno forte de travesseiros envolta dele e fui tomar um banho de cuia (tomar banho de cuia para quem não sabe, é tomar banho de caneca, sabe, pega a água da bacia com uma caneca e despeja na cabeça).

Assim que terminei o meu banho, vesti uma roupa diferente do que eu usava, como eu ia dizendo para o Félix, nesse feriado vou estar ocupado, já que recebi uma intimação para trabalhar com o regulador de tensão. 

Coloquei uma calça azul marinho, uma camisa de manga azul claro e uma gravata azul marinho, me aproximei do espelho e me achei o maior ridículo. Passei a mão nos meus cabelos e coloquei o meu tênis, pois é, o sapato havia sido roubado no jogo GTA em uma de minhas visitas a Docinho, então ganhei um daquela loira da festa de boas vindas, qual era mesmo o nome dela? Acho que era Lana, não, Laurinda. Ah sei lá, isso é o de menos. 

Sem nem tomar café da manhã (afinal eu não tinha comida, acho que é um dos deslumbramentos de ser um vilão, passar fome) peguei o Junior e desci o lixão indo em direção a saída do jogo. Me sentei no carrinho de mineração (gloria a Deus eu agora cabia nele) e ele nos levou até a saída.

O que não é novidade para ninguém, fui parado pelo regulador de tensão, ele me olhou da cabeça aos pés e em seguida colocou um crachá de funcionário temporário, sorrindo ele disse: 

— Bem vindo meu jovem. Como você não pode se tele transportar como eu, deixarei você tomando conta de uma estação. 

— Certo. Então, meu amigo me pediu para cuidar do filho del-

— Não - Ele me calou - Sem crianças, você tem responsabilidades aqui e eu não gosto nem um pouco de imperfeição! 

"Percebesse" - pensei rindo internamente. 

— Tudo bem, sem crianças - Falei, santo Joystick, eu estou perdido.

— Certo, você vai cuidar da letra C. - Disse e me entregou uma prancheta - Preciso que faça essas coisas. E lembre-se, não deixe ninguém passar sem ser revistado!

— Tudo bem. 

— Certo, vou indo - Falou e em um piscar de olhos sumiu. 

Suspirei pesadamente - Estou completamente ferrado - Me virei para pegar o Junior e ele tinha sumido, meu coração acelerou tanto que pensei que iria estourar a qualquer minuto, procurei ele dentro e em baixo do carrinho, só encontrei a mochila, coloquei ela nas costas e corri a procura do Junior. 

— JUNIOR!!! 

Nada, onde aquele pirralho se meteu meu Deus!? Corri mais um pouco e enquanto corria bati em alguém e nós dois fomos de encontro ao chão (Eu por cima da pessoa).

— Qual é seu maluco, você é seg...  Ralph!?

— Vanellope!?

— O que você tá fazendo correndo feito doido? 

— Bom, é que eu perdi o Junior e tenho que encontrar ele rápido.

— O Junior? Eu vi ele agorinha a pouco, pensei que ele tivesse se perdido então deixei ele com o Azedo e as crianças e vim ver se encontrava o Félix ou a Calhoun. 

— Ufa, ainda bem que você o encontrou - Falei aliviado, encarei o seus olhos e logo me perdi neles. Ela corou um pouco e disse: 

— Será... Que dá pra sair de cima de mim?

— Ah cla-claro - Me levantei a contragosto, eu queria passar o resto do minha vida ao lado dela. 

POV  Vanellope

Depois que falei pro Ralph que tinha achado o Junior, encarei seus olhos castanhos e ele os meus, foi questão de segundos para me perde naquele olhos lindos. De repente senti algo entre minhas pernas, e percebi que era a perna direita dele, corei e MUITO A CONTRA GOSTO, pedi para ele se levantar, podia passar anos abraçada a ele, mas infelizmente isso é impossível. 

— Então, onde ele está? - Perguntou corado.

— Por aqui, vem - Falei segurando sua mão, logo senti o meu corpo se arrepiar e meu coração acelerar. Será que sempre que eu segurar suas mãos vou sentir isso?

Após alguns minutos chegamos a estação da letra C.

De longe vi as crianças brincarem e isso por algum motivo fez meu coração pular de felicidade, a pontei para as crianças e escutei o coração de Ralph bater forte.

— Como seria se eu tivesse filhos? – Ele falou perdido em pensamentos, olhei para ele e me fiz a mesma pergunta.

Será que se eu tivesse filhos eu sentiria as mesmas coisas quando estou ao lado das crianças? Talvez, eu nunca saberei.

— Ralph! Vanellope!! – As crianças gritaram animadas, correndo em nossa direção.

— Oi! – Ralph falou se agachando para pegar Docinho no colo.

Antes que eu percebesse o Swizzle estava correndo em minha direção, assim que se aproximou de mim deu um pulo me fazendo bater no Ralph e cairmos todos no chão.

— Hahahahahahaha

Rimos pela queda, e principalmente pela minha cara de espanto ao ver o garoto se jogando em cima de mim. Assim que paramos vi Junior se aproximar com passos desajeitados e pular em cima de nós, nos fazendo rir de novo. Todos da estação nos olhavam sorrindo, aposto que achavam que focemos uma família, as crianças com saudades do pai, que seria o Ralph que trabalha em um jogo diferente, e eu a mãe que resolveu fazer uma surpresa para os filhos trazendo o meu marido para passar o feriado em casa. E o Azedo que vinha carregando os brinquedos seria a babá. Claro, todos deveriam estar pensando isso, posso comprovar porque agora mesmo (enquanto nos levantávamos) uma moça passou e deu os meus parabéns pela linda família que o “Ralph” tinha construído.

— Vane – Ralph me chamou pegando Junior no colo.

— Sim?

— Pode cuidar do Junior para mim hoje? É que eu preciso trabalhar – Ele pediu corado.

 - Claro, não vai ser problema – Digo pegando o garotinho no colo.

— Ah, muito obrigado – Falou se aproximando do meu rosto – Eu pego ele a noite – E em seguida me deu um beijo no nariz.

A MEU DEUS!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Ele quer o que? Que eu derrube o menino? Fique completamente sem forças, quase que caio para trás!

— Va–Vamos crianças, va–va–vamos para casa – Digo e começo a andar com as pernas bambas. Santo Joystick.

POV Desconhecido.

— Seu moleque idiota! Eu disse que só tinha uma chance! – Gritou ele com raiva.

— Eu não consegui, aquele intrometido do Detona Ralph jovem estava sempre ao lado dela!

— Você é muito idiota mesmo, eu quase consegui conquistar o gato sarado. Se não foce por aquela cadela no cio, eu já teria o meu gostoso na minha cama – A loira azeda falou sorridente.

— Eu já falei que não deu sua retardada!

— Ah fofis inventa outra desculpa por que essa não cola.

— Eu vou te matar sua loira do banheiro! – Ameacei de ir para cima dela e ela correu para atrás de uma rocha.

— Silêncio os dois!! – O velhote gritou irritado – Já que o nosso querido Peter estragou o plano agora vamos ter que adiantar ele e o arrancar por bem ou por mal.

Nós dois assentimos.

— Eu quero que vocês acabem com aquele vilão e me tragam aquele bag. NÃO ESCUTARAM? VÃO!!

Pegamos nossa tralha e corremos para fora da caverna.

POV  Ralph

Assim que terminei o trabalho do dia (por que eu iria trabalhar até o final do feriado) fui em direção do Corrida doce nova geração, me sentei na tomada e ele me levou até a o jogo.

Passei o dia todo pensando no que aquela moça me disse. Ela havia me parabenizado pela linda família que construí, isso me fez pensar em mais cedo, quando vi as crianças brincando, sempre fui sozinho, o que me fez pensar bastante em ter uma família, deve ser legal, ter pessoas que te ama e estão sempre juntos de você, até quando a coisa vai mal. Então decidi, eu tenho que contar tudo o que eu sinto a Vane, ela é a pessoa que eu amo, não consigo pensar em mais ninguém para passar o resto da vida, para construir uma família;

Ela é a única pessoa que me faz feliz.

— Ah, Ralph, a presidente está lá em cima – Disse Azedo com seu costume... Azedo.

— Obrigado – Agradeci subindo as escadas.

Logo na entrada do quarto das crianças, vejo Vanellope saindo, ela fechava a porta bem devagarinho, sorri ao imaginar ela cuidando dos nossos filhos.

— Vane – Falei chamando sua atenção.

— Oi Ralph, o Junior já dormiu – Falou colocando uma mecha do cabelo atrás da orelha.

— Ok – Suspirei tomando coragem – Vane, eu preciso falar com você – Disse em um tom sério.

— Claro, vem – Ela me chamou caminhando para o seu quarto, a acompanhei.

Assim que já estávamos dentro suspirei e disse tudo em uma única frase:

— Vanellope... Eu te amo!

— Oi!?

— Eu disse que te amo – Falei – Desde que te conheci, tudo começou a melhorar para mim, e antes que percebesse, eu já gostava de você, mas não podia porque você era apenas uma criança. Tentei ao máximo recusar esse sentimento mas você nunca deixou, sempre com aquele jeito moleca que eu amo tanto. Eu acabei me apaixonando por você Vane, só fui me dar conta quando tive que ir para o meu fabricante. Quando voltei, e vi você naquele bar, eu tive certeza que já não era paixão, e sim amor. Eu te amo muito, você nem imagina.

— Claro que imagino – Ela sorriu corada – Eu também gostava de você Ralph, mas você era um adulto, também tentei negar o meu sentimento mas já tinha virado paixão, e quando você foi embora, percebi que não podia ficar mais longe de você, eu não conseguia. Quando voltei do fabricante e você não tinha chegado, fiquei muito triste, queria muito te vê. Foi nesse momento em que percebi que te amava, e quando nos vimos na festa de boas vindas... Eu só tive mais certeza ainda.

Corei, então quer dizer que esse tempo todo ela me amava? Porque não disse tudo antes?

Devagar me aproximei de seu rosto, nossas respirações se juntando, meu coração saltava pela boca de emoção e felicidade. Olhei em seus olhos sorrindo, ela se aproximou cortando a pouca distância que separava nossos lábios. O beijo era calmo e cheio de paixão, pedi passagem para introduzir a língua e ela cedeu, logo começamos a travar uma luta, sua boca tinha gosto de tutifrut. Coloque minhas mãos em sua cintura ela passou os braços dela envolta do meu pescoço, nos aproximando mais ainda.

Depois de minutos nos separamos por falta de ar.

Meio ofegante perguntei: - Vane... Quer namorar comigo?

Ela se aproximou de mim e sussurrou no meu ouvido – Claro que sim – Em seguida deu uma mordidinha.

Em meio ao beijo, fomos indo em direção da cama de casal, me sentei nela e ela se sentou em meu colo, devagar comecei a tirar seu casaco, assim que terminei dei um selinho nela, ela sorriu marota e começou a tirar minha gravata seguida da camisa, sorri e nos deitamos enquanto nos beijávamos.

Naquela noite, eu tive mais certeza ainda de que ela era a pessoa certa para passar o resto de minha vida. E garanto que ela também pensou isso.


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Notas finais do capítulo

Oi Gente bonita, e ai o que acharam do capitulo ? Espero que tenham gostado, ainda temos muita coisa pela frente. E para quem achava que o POV Desconhecido. era o Peter...
ACERTOU ! E para quem achava que a loira era aquela doida do bar. Também acertou. Obrigada por lerem até aqui, nos vemos no próximo capitulo. Fui !