Roses escrita por LS Valentini


Capítulo 15
Pizza, Carrascos e Recusa


Notas iniciais do capítulo

Estou morrendo de amores pela recomendação que tive da Janaina Messer Bonasera Taylor *---*
Agradeço a todos os comentários, e espero que gostem desse capítulo (Que ficou bem maior que o esperado rs).
Boa leitura!



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– Emma?

– Já fui confundida com essa mulher duas vezes no mesmo dia! - ela exclamou sorrindo - Sou Elizabeth Miller, senhor...

Ele não sabia o que fazer, o desespero era demonstrado em seus olhos, porém a dúvida o consumia. Estaria Emma fingindo ser a filha de um magnata? Ou ela realmente não o reconhecia? Se a primeira opção estivesse correta, a loira realmente era uma excelente atriz.

– Jones. - ele disse seco - Killian Jones.

– É um prazer conhecê-lo. - ela lhe estendeu a mão - Admiro o seu trabalho, é um excelente profissional.

“Quem ela pensa que é pra vir até aqui e fingir que não me conhece?”- ele pensou - “ Se acha que vai sair vitoriosa, Emma, está muito enganada!”.

Killian recusou o aperto de mão e sentou-se novamente na cadeira, não dando importância a loira que ficara visivelmente envergonhada por ser rejeitada. Ela deu meia volta na mesa e também se sentou.

– O que quer? - ele perguntou como se estivesse com dor.

– Eu pensei que soubesse, marquei esse encontro há cinco meses. - ela parecia indignada - Vou me casar em algumas semanas, e muitas senhoras de Boston me indicaram o senhor como paisagista, sendo que...

Antes que ela pudesse terminar de falar o quanto os trabalhos dele eram incríveis, o celular daquele homem tocou, e ele atendeu na mesma hora.

– Killian? - era sua irmã do outro lado da linha - Preciso te contar uma coisa. Eu vi a Emma hoje, no Hotel Marseille, onde estou hospedada, mas ela não me reconheceu, nem ao menos ficou surpresa. Acho que tem alguma coisa acontecendo.

– Sim - ele apenas disse.

– Você ouviu?! - ela gritou - É a Emma, e está em Paris!

– Eu sei. - Killian falou - Te ligo mais tarde, Gina.

– Mas... - ele encerrou a ligação e franziu o cenho enquanto observava a mulher à sua frente.

A loira havia ficado irritada com o simples fato de ter sido ignorada, mas também por ele ter conversado com sei lá quem fosse! Ela levantou-se bruscamente, mas foi impedida por Killian.

– Espera! - ele exclamou - Desculpe por ser tão...

– Mesquinho? - ela revirou os olhos - Eu realmente posso procurar outro paisagista para o meu casamento já que o senhor não é muito responsável por seus compromissos.

“E um idiota”, também pensou.

Para Killian a palavra “casamento” ecoou por todo o recinto. Era como se apenas os dois estivessem ali.

– N-Não vá, só quero que me perdoe.

“O que está fazendo, Jones? Você deveria ignorá-la por fazer todo esse teatrinho, mas... Não dá”, ele pensava enquanto pedia perdão.

– Está bem - ela bufou.

– Vamos começar de novo, ok? - ele sorriu e estendeu-lhe a mão - Sou Killian Jones.

– Sou Elizabeth Miller - a loira retribuiu o sorriso e se cumprimentaram.

Eles se sentaram novamente, e dessa vez o clima entre os dois era bem mais calmo. Como tinha sido no ano anterior.

– O que acha de uma pizza? Afinal, nós estamos numa pizzaria. - ele ergueu a mão para que o garçom fosse até eles.

– Comida cairia bem. - o estômago dela roncou - Desculpe, não como há horas.

– O que vão querer? - o sotaque do garçom era visível.

– Pizza marguerita.

– Marguerita, tamanho médio. - Elizabeth corou quando disseram a mesma coisa - E um refrigente.

– Mais alguma coisa?

– Ah... - eles se olharam - Não, obrigada.

O garçom se afastou rapidamente com o bloquinho de notas em mãos, e só então Killian pôs-se a rir.

– O que foi? - ela parecia perdida.

– A pizza de tamanho médio é gigantesca, duvido que vá conseguir comer tudo, ainda mais com refrigerante.

– Não tomo refrigerante há meses, sou monitorada 24 horas. - ela sussurrou - Não duvide da minha capacidade, Sr. Jones! ... Principalmente quando estou faminta.

– Eu sei. - ele falou sem se dar conta.

– Sabe?

– É... - Killian agradeceu quando o garçom veio com a pizza, interrompendo a conversa de ambos - Merci.

– Sabe francês, Sr. Jones? - ela parecia curiosa enquanto retirava uma fatia.

– Vou te contar um segredo: Apenas finjo que sei. - ele riu - Pode me chamar de Killian, se quiser.

– Está bem, Killian. - ela logo começou a atacar seu pedaço de pizza.

Por uma hora, ambos não haviam tocado no assunto “casamento”, muito menos em “trabalho”, mas sim sobre o que realmente gostavam, percebendo que eles tinham muito em comum.

Quando chegou a hora de pagar a conta, após uma discussãozinha, eles concordaram que cada um daria metade do valor total. E depois, mesmo após protestos da loira em seguir sozinha para seu hotel, Killian não a deixou, alegando que a cidade não era tão pacífica como antes - apesar de ser apenas um pretexto para ficar perto dela.

– Gosta mesmo de canela no seu café?! - os olhos dela brilharam enquanto caminhavam pela calçada - Eu gosto também, mas tem que ter muito chantilly e às vezes faz bigodes...

– E todos começam a rir de você. - ele concluiu triste - Já me aconteceu uma vez, mas faz muito tempo.

– O que foi? - ela assumiu um semblante sério - Se não quiser me contar, tudo bem.

– Eu conheci uma pessoa incrível uma vez, - ele contou, porém não desviava o olhar - mas ela se foi, e não vai mais voltar.

– Sinto muito. - ela parecia tão verdadeira - Qual o nome dela?

– Emma.

– A mulher que se parece comigo? -Killian apenas assentiu.

A loira ficou intrigada com aquele nome, tinha certeza que já o tinha ouvido antes - na mansão dos Miller precisamente -, mas resolveu andar a passos largos para chegar mais rapidamente ao seu destino, sua cabeça começara a latejar.

– Marseille, foi minha obra prima. - ele suspirou ao apontar para o hotel.

– Quer dizer que você planejou aquele jardim maravilhoso? - ela sorriu - Tem muito talento.

– Obrigado, eu acho.

– Killian, eu tenho mesmo que ir. - ela sentiu uma tristeza lhe atingir - Robin vai me matar pela demora.

– Quem é Robin? - Jones sentiu uma ponta de ciúmes.

– Meu amigo, que se preocupa demais com a minha segurança. - ela revirou os olhos e riu - É... posso te ligar amanhã? Não combinamos absolutamente nada hoje sobre os preparativos.

“Não quero te ajudar com esse casamento”.

– P-Pode, estarei esperando.

A loira sabia que corria um risco de ser flagrada com outro homem, mas não se importou quando beijou a bochecha dele. Aquela sensação era diferente, e ela sabia disso, era quase como se tivesse encontrado o cara certo. “Será que... Não, acho que não.”

– Até mais, Killian. - ela correu para a entrada do hotel, mas virou novamente para concluir o quão perfeito o sorriso dele era.

...

Regina não queria se preocupar com o homem que andava de um lado para o outro no saguão, mas aquilo já estava deixando-a furiosa.

– Acalme-se! - ela gritou se aproximando - Estou cansada de te ver dando voltas.

– Não vou parar até que Elizabeth volte! - ele estava exaltado - E se aconteceu alguma coisa?!

– Tenho certeza de que está exagerando. - Regina tentava acalmá-lo, mas não deu muito certo - Logo ela vai aparecer por aquela porta e...

– Relaxa, Robin! - a loira surgiu diante deles sorrindo - Preciso descansar, por isso não me atrapalhe com essa sua “coisa de irmão mais velho”... Acho que você precisa de uma namorada.

O homem olhou indignado para Elizabeth - que preferiu subir as escadas a pegar o elevador. Ele havia ficado horas desesperado em busca dela, e era tratado daquela forma?

– Concordo com ela. - Regina disse entre os dentes.

– Sobre eu precisar de uma namorada? - ele ergueu as sobrancelhas.

– Não, claro que não! - a morena quase gritou, mas logo se recompôs - Concordo que você precisa relaxar.

– Disse a pessoa mais calma do mundo. - Robin ironizou enquanto subia as escadas.

– Escute aqui, - ela colocou as mãos na cintura - você não me conhece, então não venha tentar ser engraçado, porque não vai dar certo.

– Acha mesmo que eu não a conheço? - ele riu desaparecendo escadaria acima - Regina Mills, a carrasca! - só conseguiu ouvir seu grito

– Robin, volte aqui! - ela se enfureceu - Como sabe disso?

Então ela se deu conta de que aquele homem era seu arquiinimigo de infância - nos tempos de orfanato -, e sentiu que toda a sua raiva voltara. Mas ela JAMAIS tiraria satisfações de como ele havia se lembrado dela tantos anos depois.

Robin era o carrasco, não ela! Desde garoto vivia implicando com a menina nova, principalmente pela paixão dela por torta de maçã. E agora aquilo recomeçaria?

...

P.O.V KILLIAN ON

Assim que cheguei ao meu apartamento, imediatamente me atirei contra a cama, e fiquei ali pensando no dia que eu tive, mas tudo não passava de bobagens quando me lembrava dela.

Depois de tanto me preocupar desde a última vez que nos falamos, senti que faltava uma parte de mim, que nunca seria preenchida. Mas Emma simplesmente surgiu naquela pizzaria, me deixando completamente desesperado porque tudo tinha voltado de uma só vez. Exceto as memórias dela.

Eu confesso que fui um perfeito idiota, porém acredito que todos fariam o mesmo. Mas, eu realmente fiquei confuso com toda aquela situação, e não a deixaria partir mais uma vez, estando mentindo ou não para mim.

Com todos aqueles acontecimentos, havia me esquecido de Regina, que fora me visitar na França após meses dizendo que tinha muito trabalho, mas a verdade era que ela tinha medo de aviões, mas preferi ignorar esse fato. Minha irmã era a única que poderia me ajudar nesse momento.

– Alô? - ela atendeu o celular, mas parecia irritada.

– Aconteceu alguma coisa? - perguntei preocupado.

– Não! - ela bufou - O que você quer? Pensei que não quisesse falar comigo, já que desligou na minha cara, não é mesmo?

Fazia anos que eu realmente não a tinha visto ficar tão... Nervosa? Ou seria mal humorada? Isso tinha acontecido uma vez na vida, e foi quando Regina se apaixonou pela primeira vez.

– Eu quero saber o que se passa com você. - falei - Mas agora preciso de ajuda com a Emma.

– Você nem deu importância quando toquei no nome dela!

– É porque eu estava com ela naquele momento, mas não tenho tempo para mais explicações. - eu contei rapidamente - Emma também não me reconheceu.

– Você acha que pode ter acontecido alguma coisa? - ela pareceu entender.

– Tenho quase certeza. - respondi - Apesar de não saber se é tudo uma mentira.

– Então amanhã mesmo começo a minha... “operação”. - ela riu - Me dê três dias e eu prometo que vou descobrir tudo o que precisa, Killian.

– Dia 15 eu espero por respostas. - falei feito um chefe - Obrigado.

Me despedi de minha irmã, mas uma ideia não conseguia sair da cabeça: 12 era o meu número e o de Emma. E tudo aquilo havia ocorrido no dia 12. Talvez o destino existisse, afinal, nada havia acontecido pelo acaso.

P.O.V KILLIAN OFF

...

Nem mesmo após ter levado a maior bronca de Robin - sim, ele havia ido atrás dela para contar que fora ameaçado de morte pelo Sr.Miller -, Elizabeth mantinha um sorriso intacto no rosto.

Pensou em ligar para o paisagista, a fim de marcar o lugar para se encontrarem no dia seguinte. Ela não queria discutir sobre os preparativos do casamento, apenas queria vê-lo novamente. Killian - apesar de ser um pouco rabugento no início -, parecia ser um bom homem, ou pelo menos, o cara que a fazia rir.

– O que idiota acharia se eu o convidasse pra tomar um sorvete? - ela perguntou para si mesma em voz alta - Não... muito infantil. Será que ele me acha infantil?

Por incrível que parecesse, todas as ideias dela se resumiam em comer em algum estabelecimento, e os sites de busca diziam “Venha se divertir em Paris”, mas só reforçavam o que ela tinha em mente.

– Vai ter que ser sorvete mesm... - foi interrompida por uma chamada em seu celular - Desculpe Neal, mas estou cansada de você.

Ela simplesmente desligou o aparelho eletrônico, ficando mais feliz por ter agido de tal maneira. Aquela sim era ela de verdade: A mulher que não se importava com que os outros dissessem, sempre seguiria seus sentimentos.

“Às vezes eu odeio cada

palavra estúpida que você diz

[…]

Ao mesmo tempo, quero abraçar você

Quero pôr minhas mãos em volta do seu pescoço

Você é um idiota, mas eu amo você.

[…]

Você é o único amor que conheci

Mas odeio você

Eu realmente odeio você

Tanto que eu acho que deve ser

Amor verdadeiro.”

True Love - P!nk feat. Lily Allen


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Notas finais do capítulo

Vamos começar a comemorar, porque ela recusou o Neal!!!
O próximo capítulo vai se focar no passeio dos dois por Paris, então preparem-se!
Espero pelos reviews!



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