The Faberry Mission escrita por Jubileep


Capítulo 9
Capítulo 9 - Mudanças


Notas iniciais do capítulo

Hey, pessoal! Mil perdões pela demora, eu estava doente a semana inteira (dor muscular, cólicas, etc.) e finalmente estou me recuperando, e com isso, é claro, estou voltando a postar. Aproveitem o capítulo e sábado e segunda terão capítulos novos =D Fantasminhas, não esqueçam de aparecer para comentar!



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– Uma festa na casa da Rachel? Quais as possibilidades disso dar certo? – Santana questionava para Mercedes, no celular. O assunto do momento era o convite que Rachel Berry havia feito via SMS para todos do grupo do coral, convidando-os para a, segundo ela, festa mais sensacional do mundo.

As dúvidas dos membros do New Directions martelavam em suas cabeças, já que estariam mentindo descaradamente se alegassem que a estrela do clube do coral era uma baita de uma festeira. A verdade é que não colocavam nem um pouquinho de fé no talento da morena para realizar um bom evento.

– Não sei. Isso simplesmente não soa divertido. Vai ser uma chatice. – Respondeu Jones, com Tina ao seu lado, que enquanto empurrava Artie na cadeira de rodas segurava seu telefone na orelha.

– Vai ser um t-tédio. – Gaguejou.

– Aposto que si-si-sim. – Concordou Noah Puckerman, debochando da gagueira de sua colega. – Mas talvez tenha bebida. E se tiver bebida tudo ficará melhor. – O badboy deu de ombros, com certo otimismo.

– Bebida? Na casa da certinha da Berry? Morro e não vejo isso. – Santana disse, num tom humorado. – Além do mais... Quinn vai? Porque se aquela loira oxigenada aparecer na minha frente eu vou quebrar aquele nariz tão irritantemente perfeito!

– Santie, pare com a violência. – Pediu Brittany, no telefone, mesmo estando ao lado da latina. A loirinha, então, entrelaçou os dedos finos e grandes nos da morena, que sentiu uma corrente elétrica percorrer por todo seu corpo.

– Pessoal... – Artie murmurou, em seu próprio celular, enquanto Mercedes e Tina abriam a boca surpresas, juntamente com o cadeirante. – Venham até o corredor da sala do coral, vocês não vão acreditar... – As palavras saíam vagarosamente de sua boca, enquanto o choque ainda tomava conta de seu corpo.

[...]

Quinn guardava seus materiais em seu armário. Nele haviam fotos que tinham sido tiradas para o anuário, uma capa de uma revista local que ela estampara meses atrás, vários adesivos da Cheerios e um mini-pom-pom.

Os últimos dias haviam sido pura confusão. Ela não vira Rachel desde a briga das duas, esta que desencadeara uma discussão com a treinadora Sylvester, que estava furiosa por ter seu plano destruído por causa da estupidez de Quinn, pelo menos, fora isso que ela alegara. Mas é claro: não abortou a missão – não largaria Faberry por nada.

Em meio aos seus devaneios enquanto preparava-se para rumar para uma aula maçante de Matemática sentiu um cutucão nos ombros, este desligara-a dos pensamentos. Virou-se bruscamente, abrindo a boca logo em seguida.

Era Rachel. Ao mesmo tempo em que não era. Era a garota mais linda que Quinn Fabray já vira em todos os seus dezesseis anos de idade, e a loira não podia estar mais encantada. Era Rachel Berry. Totalmente transformada.

Suas curvas que antes eram escondidas por suéteres ridículos de veados e saias xadrezes nada agradáveis agora eram valorizadas por um vestido justo, preto e decotado. As belas pernas morenas que antes recebiam comentários maldosos pela escolha das meias e o uso de sapatilhas fora de moda agora pareciam até mais largas e bonitas com o salto preto que usava.

Seu cabelo escuro e longo que costumava ser repartido ao meio e enfeitado com uma tiara infantil agora estava solto e jogado, valorizando seu rosto. Seus lábios carnudos brilhavam e o rímel em seus cílios chamava atenção.

– Rachel? – Quinn engoliu em seco, analisando a baixinha dos pés a cabeça, admirada. – Uau. – Murmurou.

– Você disse que eu não havia vencido. Pois bem, agora estou tão gostosa quanto você. Aposto que Finn irá adorar meu novo look, não acha? – Indagou sarcástica, enquanto pousava as mãos sobre a cintura fina. – Enfim, só vim te convidar para minha festa. Espero te ver lá, todos do Glee Club irão e você ainda faz parte do time do ND, afinal. – Deu um sorrisinho falso, e saiu andando, atraindo os olhares de rapazes por todo o corredor. “Que babacas!” Quinn pensou assim que ativara seu modo “protetor”, mesmo que ainda estivesse desnorteada por tantas informações em poucos minutos.

[...]

O porão dos Berry estava cheio. Todos os integrantes do Glee Club estavam presentes e Crazy In Love da Beyoncé tocava alto no rádio, podendo ser escutado das escadas. Quinn Fabray descia os degraus vagarosamente, podendo avistar Puck, Mercedes, Mike e Tina conversando num canto. Santana, Brittany e Artie rindo no outro e Rachel praticamente se jogando em cima de Finn.

– Hey, namorada. Quanto tempo. – Finn deu um selinho em Quinn, assim que a viu. – Quer passar lá em casa depois da festa? – Propôs o rapaz, sussurrando no ouvido da garota, mas audível o suficiente para deixar Rachel incomodada.

– Mas amigos, a festa só acabará amanhã de manhã. – Debochou a morena. – Então, Finn. Você estava me dizendo que é o quarterback... Isso é tão interessante. – Rachel estava claramente bêbada, e além de falar arrastado apoiava-se constantemente no ombro de Hudson.

– É. É bem legal. – O jovem sorriu bobamente. – Sabe, Rachel... Você está muito bonita. – Elogiou e a morena deu uma gargalhada alta, agradecendo logo em seguida.

– Vou dar oi para os outros. – Quinn avisou, saindo de perto dos dois de forma desconfortável. Sua decadência estava num nível tão alto que nem se incomodava mais com os flertes de Rachel e Finn, estava tudo uma bagunça que o jogador de futebol era a última de suas preocupações.

– Então, Finn... – Rachel bebericou um pouco mais do conteúdo de seu copo. – Por que você ainda está com Quinn? Digo, nem parece que vocês se gostam! E ela te chamou... DE BOBÃO. – Exclamou em meio às gargalhadas, enquanto encaixava seu braço no de Finn. – Mas shhhhhh... Não fala que foi eu quem disse! – Pediu, levando o dedo indicador até os lábios. – Ai, ai... – Ela apoiou a cabeça no ombro do garoto, que estava desconfortável com aquela Rachel bêbada.

– Rachel... – Começou, mas foi interrompido pelas risadas da amiga, que levou o dedo que antes estava sobre seus lábios até os lábios do menino, impedindo-o de continuar.

– Vamos dançar! – Ela puxou-o pela mão até a pista de dança. No canto Quinn observava o estado caótico de Berry, queria ajuda-la, mas seu orgulho lhe impedia. Nem sabia o porquê de ter comparecido a festa, Sue havia ordenado que ela o fizesse, mas ela poderia ter evitado ou arranjado uma desculpa. Fabray gostava de sofrer, aparentemente.

– Rachel, por favor, minha namorada está aqui e...

– Mas ela não veio dançar com você! Eu sim, porque sou sua melhor amiga! – Decretou. – Somos melhores amigos, certo? É uma pena, porque você é tão bonito! – Riu.

A baixinha se aproximou, abraçando o rapaz de forma inapropriada e passando suas coxas ao lado da perna direita do garoto. Sua mão fina e pequena alcançou a nuca de Finn e seu olhar brilhava ao fita-lo.

– Rachel, não! – Hudson segurou seu pulso e se afastou da morena. Ele era um adolescente, virgem ainda por cima, e ele estava louco a procura de uma oportunidade para se livrar de seu grande V... E Deus! Rachel estava realmente gostosa naquelas roupas, mas Quinn estava ali do lado.

– O que houve? Não posso mais te olhar? - Bufou.

– Você está sendo atirada, não está se dando ao respeito. – O garoto apertou ainda mais o braço da baixinha, que fez uma leve expressão de dor. “Ela está comigo, eu sou legal, mas e se estivesse com outro? Homens não podem se controlar” pensou, e em sua cabeça tal pensamento fazia muito sentido.

Apesar do que, no princípio, parecia a fidelidade de Finn lhe fazendo andar na linha em certo ponto as coisas claramente passaram dos limites. O que antes era apenas ele segurando seu pulso e negando-a agora era ele lhe machucando de forma desnecessária, tal coisa facilmente notada pela expressão de dor no rosto da menor, que entre sussurros indescritíveis começou a pedir:

– Já entendi, Finn! Me solta vai! –Estava meio sonolenta, meio furiosa, meio humilhada, meio confusa e completamente desamparada. - Não quero mais dançar com você mesmo... - Deu de ombros, ainda visivelmente desconfortável com a força do rapaz contra seu pulso.

O garoto permaneceu mais alguns segundos ali, paralisado enquanto segurava Rachel. Sentia-se levemente mal, mas no fundo, ele estava fazendo algo bom... Ou pelo menos, pensava que estava, mesmo agindo claramente como um imbecil.

– Finn! – Uma Quinn furiosa empurrou o rapaz para o lado, fazendo com que suas mãos soltassem os braços finos de uma Rachel embriagada e indefesa. – Como pode dizer essas coisas, Hudson? Rachel não irá se dar ao respeito, sabe por que? Porque ela tem isso assegurado por direito. – O rapaz gigantesco deu um passo para trás, intimidado pela indignação que estampava a íris castanha esverdeada de Fabray. – E já aproveitando o momento, não me chame de namorada nunca mais. Fuinn não existe. – Decretou.

– Eu só estava protegendo nosso relacionamento! - O rapaz tentou se defender. - Um de nós dois tem que fazer isso, pelo menos.

– E você faz isso machucando uma menina embriagada? Que belo ser humano você é, Finn. - Quinn revirou os olhos.

– Ah, Q! Rachel sabia o que estava fazendo! - Gritou, mesmo que a baixinha estivesse logo atrás dele ainda. - E se fosse outro rapaz? Poderia ser pior... Só estava tentando ajudá-la.

– A garota está chorando, Finn. Ninguém chora depois de ser ajudado. - Argumentou. - Me poupe!

A loira, naquele momento, não se importava com as ofensas trocadas entre ela e Berry e não se importava com seu nome assinado naquela folha de papel, naquele contrato. Negava-se a agir feito os outros membros do coral: que naturalizaram a babaquice da parte de Finn; não podia continuar vendo Rachel ali, sem ajuda enquanto o resto do pessoal não se importava.

As baboseiras que Rachel havia proferido sob o efeito do álcool não eram da sua conta e nem justificavam a idiotice do ex.

– E depois a Gaybray não quer que as pessoas achem que ela está pegando a anã. – Santana sussurrou no ouvido de Brittany, que riu.

Rachel, por outro lado, permanecia paralisada, como se Deus ou algo do tipo houvessem apertado o pause e ela simplesmente não conseguisse se mover, ou pensar direito. Culpa do momento de tensão e do álcool que não lhe deixava fazer nada corretamente, a não ser chorar.

– Vocês podem continuar aqui se quiserem, mas... Eu vou pro meu quarto. – Avisou, com a voz arrastada. Correu, então, em passos largos pela escada até chegar ao outro andar.

E surpreendendo a si mesma, Quinn correu atrás.


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Notas finais do capítulo

Quinn foi massacrada nos últimos comentários (e com muita razão!), mas ela se mostrou a mais correta dessa vez e foi a única a se importar com a Rachel, que claramente não estava em seu melhor momento. Será que ela merece nossa confiança e a confiança da anã? Será que ela está começando a aceitar que Rachel é bem mais do que "a garota que ela tem que quebrar o coração"?
E o que dizer desse Finn que parecia ter boas intenções quanto ao namoro mas que se mostrou um completo babaca? Vish! #StayStrongRachel hahah
FANTASMINHAS, apareçam! E quem comenta sempre: meu sincero obrigada, e continuem comentando sempre :3 Beijos e até sábado! ♥