The Faberry Mission escrita por Jubileep


Capítulo 23
Capítulo 23 - Desaparecida


Notas iniciais do capítulo

VOCÊ SÃO TÃO INCRÍVEIS!!!!!!1111 Todo mundo ~apoiou~ a ideia de uma segunda temporada e isso só me deixou mais animada! Por isso que bato nessa tecla de vocês comentarem e tal, porque a opinião de vocês importa muito pra mim e saber que vocês leriam uma segunda temporada me deixou com um sorriso de orelha a orelha. =D
Enfim, espero que gostem do capítulo hahah ♥



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– Espera... Então tudo aquilo foi uma mentirinha? – Indagou atônita, após uma longa explicação da mulher em sua frente.

Sue confirmou novamente com a cabeça, um movimento discreto, mas que era, entretanto, o suficiente para aumentar ainda mais a ira que habitava os olhos claros de Quinn Fabray.

A menina alternava entre posicionar as mãos em sua cintura e cruzar os braços abaixo do busto, repetindo os movimentos copiosamente enquanto suas pernas – mesmo que nervosas – iam para todos os lados do cômodo.

– Todo aquele meu desespero para quebrar o coração de Rachel e me tornar amiga dela era parte de uma “brincadeirinha” sua? Enquanto eu estava preocupada em não decepcionar você e conseguir destruir o clube do coral você estava aí, no seu escritório, tratando tudo isso como se a minha vida e a vida de Rachel fosse parte uma casa de bonecas? Isso é doentio, treinadora Sylvester! – Exclamava a loira, até sentir a garganta doer.

– Q, me escute e mantenha a calma. – Solicitou a mais velha, num tom de voz tão ameno que provocava ainda mais fúria na líder de torcida. – Não me veja como uma vilã; veja-me como Deus: que sabe o que está fazendo. – Deu de ombros.

– Ok, eu vou tentar a ignorar a última parte porque foi realmente ofensivo. – Avisou Quinn, passando os dedos finos pelo colar com um pingente de cruz e controlando-se para não pular em cima de Sue e lhe arrancar os fios de cabelo.

A treinadora das líderes de torcida não conseguia entender o porquê de ser tão difícil o raciocínio. Digo, se você torce por um casal o mínimo que se deve fazer é um plano genial e minucioso para juntar aquelas duas pessoas, certo? Bom... Errado, provavelmente, mas não para Sue Sylvester.

Ela apenas queria ver Faberry como uma criança quer ver o circo que está passando pela cidade. Queria apenas ver a garota de ouro das Cheerios com a garota de ouro do clube do coral – quem sabe talvez desse modo até simpatizasse com o grupinho do queixo de bunda.

Para Sue o grande absurdo daquela situação era Quinn vê-la como vilã.

Desde quando livrá-la do saco de batatas e lhe entregar para uma morena baixinha era motivo de ódio? Qualquer outra pessoa teria agradecido – apesar do estilo bizarro de Rachel, ela era bem superior ao quarterback.

– Não negue, Barbie! Desde a época que vocês brigavam pelo bonecão de posto seu subconsciente já ficava gritando que Rachel era bem mais atraente que seu namoradinho.

– Ah, é claro! Porque você lê mentes, não é mesmo? – Falou após uma risadinha sarcástica.

– De qualquer forma, agora você está apaixonada por ela e é agora que eu posso finalmente me expressar livremente para você. Eu estou disposta, Fabray, a te ajudar a conquistar essa garota! – Propôs. – Eu sou a mãe de Faberry, entende? Eu faço qualquer coisa para ver vocês duas juntas.

– Eu não quero ajuda! – Vociferou, com os olhos saltando.

Sue Sylvester pigarreou e arqueou as sobrancelhas.

– Acho que você não entendeu, Q. – Começou. - Eu não estou pedindo sua permissão, eu estou dando apenas um aviso prévio. – Ela deu uma risadinha num tom irritantemente vitorioso. – Até porque eu não preciso pedir permissão, certo? Ando ajudando Faberry há muito tempo...

Quinn refletiu sobre as últimas palavras, estranhando-as. Até, então, uma luz acender em sua mente e iluminar suas ideias... E ela estava arrependida por ter encaixado as coisas, arrependida por estar vendo os fatos tão claramente.

– Que tipo de “ajudas”? – Perguntou, deixando (pela primeira vez depois de muitos minutos) a raiva de lado; o tom de sua voz, agora, era vacilante e temeroso. Ao mesmo tempo em que queria uma resposta não queria a certeza dolorosa que imaginava que teria.

– A roda gigante, o vídeo para Berry, a...

– As fotos para os meus pais! – Acusou; as palavras saíram em alto e bom som, rasgando sua garganta. – Foi você não foi? Você arruinou minha vida, você fez com que minha família achasse que eu fosse um monstro! Como você consegue dormir a noite, treinadora?

– Fabray, calma... Eu apenas estava tentando te ajudar e...

– Ai meu Deus! Você é completamente doente e eu te odeio muito, Sue Sylvester!

Pegou sua bolsa e não hesitou em sair correndo do gabinete da pessoa que estava no topo das pessoas mais odiáveis que ela já havia conhecido.

Sentia-se extraordinariamente humilhada, sentia como se alguém houvesse lhe dado um soco forte no estômago e seu café da manhã quisesse voltar.

Queria jogar tudo para o alto e literalmente desaparecer.

[...]

• TRÊS DIAS DEPOIS •

Quinn Fabray evaporou! – Uma menina ruiva e magrinha do primeiro ano comentava para sua amiga, que deixara a caneta esferográfica azul estatelar-se no chão quando processara as palavras da outra.

Aquele era o assunto do dia; e estava saltando de boca em boca pelos corredores do McKinley tão rápido quanto quando houve uma epidemia de mononucleose no Dia Dos Namorados do ano anterior.

Ninguém a viu faz, sei lá, três ou quatro dias. – Dizia um garoto baixinho, do segundo ano, para seu colega de time; que parara de brincar com a bola de futebol americano, pousando-a na mão direita. – Dizem que a última pessoa que a viu foi a treinadora Sue Sylvester. – Completou, dando ênfase ao nome da mulher.

– Xiii... Será que Quinn morreu? – O que segurava a bola usou a mão livre para passar dois dedos em frente à própria garganta, tentando expressar que Fabray havia sido executada ou algo do tipo; ele até havia falado a palavra “morreu” num tom bem mais baixo que o resto da frase, quase como se fosse um segredo.

– Cala boca! – O rapaz que iniciara a conversa dera, então, um tapinha atrás da cabeça do próprio colega, num claro tom de repreensão. – Apesar de que daria uma manchete daquelas... A VELHA SUE SYLVESTER MATA A SUE SYLVESTER JOVEM!

– Huh... Nem mesmo Quinn Fabray é tão aterrorizante quanto a Sra. Sylvester. Ela é apenas gostosa o suficiente para todos terem um tipo de respeito por ela. – Refletiu o colega. - E olhe lá... Se ela realmente for lésbica como todos estão comentando nem respeito mais ela terá.

– Lésbica ou não, ela continua gostosa. Gostosa e desaparecida.

– Ei, galera. Do que todo mundo anda falando? – Finn Hudson perguntou; se aproximando dos colegas de time e interrompendo seu diálogo. Um cutucou o outro, ambos impressionados pelo rapaz não saber das novidades e das fofocas que rodavam pelo corredor do colégio a respeito da ex.

– Quinn Fabray desapareceu do mapa. – O mais baixo disse sem muitas delongas. – Faz três dias que ninguém tem notícias dela. Nem Brittany, nem Santana, nem ninguém. A Lacey, das Cheerios, disse que ela nem ao menos atende ao telefone ou atualiza seu perfil no MySpace. Que bizarro, né? Parece até que ela foi abduzida por ETs.

– Quinn? Desaparecida? Alguém já avisou os Fabray ou chamou a polícia? – Finn perguntou um tanto quanto preocupado, ainda que sentisse um pouco de alívio pela loirinha estar finalmente longe o suficiente da namorada.

– Ah, sei lá. Faz uns três dias, eles devem saber.

[...]

– Russell! – Judy desceu as escadas com uma rapidez que há tempos não utilizava, arfando loucamente até chegar ao primeiro andar e encontrar o marido sentado em sua poltrona, na sala de estar, segurando um copo cheio de cerveja. -Russell!

Seu pulmão doía e clamava desesperadamente por fôlego, mas ela não tinha tempo para se recuperar e foi logo desembuchando o motivo de sua inquietação, mesmo que as palavras saíssem um tanto quanto falhas:

– O colégio de Quinnie me ligou... E-Ela desapareceu do mapa! Ninguém faz ideia de onde ela está. – Desesperou-se a mulher, sentindo a culpa cair sobre suas costas a cada palavra proferida. Não poderia suportar se algo de ruim houvesse acontecido com a filha.

Apoiou sua expulsão de casa, é verdade, mas ninguém entendia o quão estava arrependida por tal coisa. Queria ter se imposto, ter levantado a voz e defendido sua pequena Lucy, mas preferiu manter-se quieta perante às ordens de Russell e às persuasões de Kaitlin - e quando falava era apenas para apoiar algo que os dois diziam.

– Meu Deus! E se alguém tiver lhe sequestrado? E se ela tiver desistido dessa vida? – Sugeria, ainda trêmula como uma gelatina. – Por que a expulsamos? Onde eu estava com a cabeça para aceitar essa loucura? Ela é apenas uma criança... Minha criança! – Gritava, gesticulando com as mãos enquanto lágrimas se aglomeravam em seus olhos.

O homem, contudo, não expressava nenhum tipo de comoção – parecia estar, na verdade, mais irritado com os berros da esposa do que com a notícia em si. Kaitlin e Peter, por sua vez, permaneciam calados, sem demonstrar muita preocupação – pois para eles era apenas mais uma das coisas estúpidas de Lucy e que logo seu colégio daria um telefonema, apaziguando todo o drama.

– Mamãe, não se preocupe. No fim do dia eles provavelmente ligarão dizendo que “tudo se resolveu”... Ah, mas não cite que ela não está morando conosco, pega mal. – Aconselhou a jovem, fazendo carinho na barriga saliente da gravidez.

– Já faz três dias! Três dias, Kaitlin! – Insistiu a mais velha, sem medir esforços e sem se importar se sua postura como dona de casa estivesse sendo julgada pelo marido, que vivia bêbado e nunca fazia nada em prol da caçula da família. - Três dias que ela não atende à telefonemas dos colegas, à e-mails, que ela não está indo mais pra aula.

– Ela deve estar curtindo a vida por aí, Judy. Adolescentes são assim! – Peter tentou amenizar o clima de nervosismo que pairava sobre a sogra. – Vai dizer que nunca fugiu de casa na adolescência? Fica tranquila.

– É claro que já! Por uma noite ou um dia inteiro, no máximo. E eu ao menos sabia que tinha uma casa pra chamar de lar, eu ao menos tinha um lugar pra voltar! – Respondeu incrédula. – Estou há praticamente um mês sem ter notícias da minha filha e você quer que eu fique tranquila, Peter? Antes eu nem fazia ideia se ela tinha um teto, mas tudo bem: ela é popular, arranjaria um colega pra lhe ajudar. Agora é uma certeza: ela não está em lugar algum. Ninguém sabe dela! - Dizia, enraivecida. O genro, inclusive, até encolhera-se no sofá, ao lado de Kaitlin, ao ser bombardeado com os argumentos de Judy. Nunca vira ela assim, tão furiosa.

– Chega! – Russell gritou, levantando-se rapidamente e de forma abrupta. Aproximou-se da mulher com um olhar intimidador. – Eu só quero ouvir o nome de Quinn nessa casa quando ela nos procurar, dizendo que está curada. De resto, eu não me importo com essa pecadora. - Ele praticamente enfiava o dedo indicador no rosto da esposa.

– Você é cruel. – Rosnou Judy entredentes, com um ódio nunca antes presenciado pelo marido. – Assim que eu tiver notícias dela, e queira Deus que ela esteja bem, eu vou correndo abraça-la e pedir desculpas por ser uma mãe tão horrível. Você deveria fazer o mesmo ao invés de se importar mais com suas estúpidas garrafas de cerveja do que com a própria filha!

Então o homem segurou seu braço esquerdo com violência, como muitas vezes já fizera em seus momentos de calamidade, onde a sobriedade havia lhe abandonado. Permaneceu calado, fitando Judy com rispidez e raiva.

A mulher, pela primeira vez em todos os anos de casados, não abaixou os ombros e saiu do cômodo discretamente e pedindo desculpas. Manteve-se forte, olhando para o marido com tanta fúria quanto ele o fazia contra ela.

Depois de alguns minutos de relutância Russell lhe soltou sem delicadeza e, mantendo a postura, Judy foi em direção às escadas. Antes de dar o primeiro passo em direção aos degraus, contundo, virou-se novamente para o rosto dos familiares.

Engoliu em seco e enxugou uma lágrima impertinente que rolava por sua bochecha rosada.

– É melhor mudarem seus atos antes do nascimento da pequena Jane. Não quero que ela seja torturada como Quinn fora...

[...]

• NO SÓTÃO DOS LOPEZ •

As pessoas estão preocupadas, “Polly Pocket”. Você é o assunto dos corredores! – Santana contava para Quinn, que estava há três dias trancafiada no sótão dos Lopez – nem mesmo os pais da latina sabiam que a loirinha estava escondida ali.

Não que Santana tivesse lhe prendido ali, longe disso! A garota até que reagira bem com a presença da loira em sua casa e seus pais também haviam adorado a áurea da menina. Mas então, no segundo dia de estadia, Quinnie veio com um papo “louco” de se esconder por um tempo e pediu que a morena fosse sua cúmplice.

Soava errado e surreal – e, de fato, era -, mas Santana não mediu esforços em manter segredo e ajuda-la no que precisasse – uma vez que nem mesmo os responsáveis pela casa ou qualquer amigo soubesse do paradeiro de Q.

Fabray decidira fazer aquilo porque estava abalada demais. Sabe quando você quer apenas se trancar no quarto, ouvir músicas tristes, chorar e pensar na vida? Pois bem, a líder de torcida realizara tal desejo – decidindo viver por uns tempos no sótão dos Lopez, que possuía até um banheirinho muito útil.

– Quando você vai deixar de ser idiota e irá ver a luz do dia novamente? – Indagou Santana num tom até que amigável, ou no mínimo de amigável que ela conseguia.

– Hoje mesmo. – Deu de ombros. – Essas férias foram boas... Santie. Deu tempo de pensar em muuuuitas coisas. No plano de Sue, em Rachel e seu namoro com o Finnútil, em Rachel em si, no beijo, no que eu sinto por ela, na proposta da treinadora Sylvester em me aju...

– Ok! Já entendi que você pensou bastante, “Polly Pocket”. – Interrompeu.

– Enfim, acho que estou mais calma, sei lá. Consegui finalmente processar todos esses acontecimentos. – Suspirou. – Ah! Pode voltar a me chamar de Barbie, eu prefiro. – Pediu, dando motivos à Santana para debochar de sua “cara de fresca”.

– Rá! Só quando você voltar a ser a Quinn Fabray que corre atrás das coisas que quer, a Quinn Fabray que conheci no ano passado e que fazia parte da trindade profana! – Retrucou.

– Não seja por isso! Eu estou voltando, Santie. Eu juro. – Garantiu, tentando passar o máximo de confiança para a amiga. E não era mentira: naquelas 72 horas reclusa do mundo várias novas ideias haviam se instalado e se organizado em sua mente. Ela estava disposta a tomar as rédeas da própria vida e reconquistar certa morena baixinha.

Lopez suspirou lhe fitando dos pés a cabeça.

– Eu apostando tudo em você... Barbie.


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Notas finais do capítulo

Então, eu não queria fazer com o que o desaparecimento da Quinnie fosse uma grande coisa, que merecesse vááários capítulos e tal. Queria apenas que ele fosse um gancho pra revolta da Judy e pra não precisar passar tanto tempo escrevendo sobre a Quinn analisando a vida, etc.
E aí, o que acharam? Quem aí já teve um momento de "ai-meu-deus-deixa-eu-me-esconder-do-mundo-e-chorar-eternamente-ouvindo-músicas-tristes-e-pensar-na-vida-na-existência-etc"? Gostaram dessa Judy com raiva e com razão? #AJudyACORDOU! E dessa Santana amigona que oferece casa, comida, sótão e ombro amigo? Ah! E também teve a Q nervosinha cá Sue, merecidamente. Quem apoia uma reconciliação das duas? Pô Q, o povo quer Faberry, né?
ENFIM! Muitos acontecimentossss, então... COMENTEM AMORZINS ♥