O Misterio do Oráculo escrita por De


Capítulo 17
Nós encontramos um símbolo.


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura  : D



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- Mas que droga!- gritou Nico dando um chute na parede da caverna.

 

-Calma cara, nós vamos achá-la- falei me levantando.

 

-Pra começar eu nem queria vir nessa droga de missão- ele estava furioso o que começara a me dar medo levando em conta quem era seu pai.

 

-Ah, qual é- a essa altura percebi que Grover não agüentava mais, pois se levantou e começou a discutir cara a cara com Nico.- Essa missão é para ajudar alguém cara.

 

 -Sempre é- Nico rebateu. -é para ajudar um deus, um meio-sangue ou simplesmente para ajudar uma menina que decidiu que virar o Oráculo era seu destino.

 

Percebi que Grover ia partir para cima de Nico a qualquer momento

 

-O que esta acontecendo Nico?- perguntei me colocando entre os dois- você nunca foi assim, você sempre quis ajudar.

 

-O que esta acontecendo Percy é que eu não agüento mais, eu só queria ter uma vida normal, não queria ser filho de Hades nem parente de deuses. Era para Bianca estar viva e talvez já fosse para eu estar morto, eu sei que já passaram anos desde a morte de Bianca, mas eu não paro de pensar em como seria minha vida.ou a dela.

 

Nesse ponto Nico estava certo, afinal ele e Bianca ficaram décadas trancados no Cassino Lótus, talvez se não fosse por isso eles nem existissem mais, ou quem sabe ele estivesse com 80 anos deitado em uma cama com sua mulher enquanto Bianca tricotava para seus netos.

 

Nico se abaixou levando as mãos aos olhos. Me sentei ao seu lado. Era uma situação difícil eu não fazia idéia do que dizer.

 

-Eu sinto muito, mas não adianta negar sua origem, não vai mudar quem você é, e você é um de nós por isso precisamos de sua ajuda, agora e sempre.

 

-Amém- disse Grover.

 

Ele focou o olhar no chão.

 

-Vamos lá Nico. - Annabeth resolveu ajudar. -Tudo bem- disse ele finalmente

 

-É isso ai garoto!- gritou Grover correndo para abraçar cada um de nós e dando um beijo na bochecha de Nico.

 

Depois disso horas se passaram, talvez dias, eu não sei nós estávamos trancados naquele lugar sem comida sem água sem saber se é dia ou noite, estávamos apenas com a luz da estrela que Afrodite me dera.

 

Mais algum tempo depois Nico e Grover já estavam dormindo, ate mesmo roncando, não era muito romântico, mas decidi passar um tempo com Annabeth enquanto não apareciam monstros e coisa do tipo. Me levantei e sentei ao seu lado passando o braço por sua cintura. Nesse momento me veio á mente todos os momentos em que Annabeth me ajudara, me fizera sentir melhor.

 

-Eu te amo.- falei baixinho em seu ouvido

 

 -Eu te amo mais- ela se virou me dando um beijo que durou horas, eu nunca estivera tão apaixonado por uma menina como estava por Annabeth.

 

-Quando voltarmos ao acampamento vamos dar uma festa- falei

 

 -Uma festa?

 

-Sim, para comemorar a volta de Rachel e o nosso namoro.

 

Ela sorriu.

 

-Nem sabemos se vamos conseguir salvar Rachel.

 

-Nós vamos sim. Eu tenho certeza- falei por fim

 

Annabeth se deitou em meu colo acariciando meus joelhos. Eu retribuía as caricias em seus cabelos. Comecei a pensar em um modo de sair dali. E eu ainda queria descobrir de onde vieram os pássaros de Estinfália.

 

-Eu vou procurar uma saída- decidi me levantando.

 

-Percy não há saída- Annabeth insistiu

 

- Não custa procurar.

 

-Você que sabe.

 

Peguei a estrela e me direcionei a ponta esquerda da caverna, seria um bom lugar para começar.

 

Eu procurei por muito tempo, encontrei baratas, ratos até mesmo aranhas, mas sabia que Annabeth temia-as mais do que qualquer coisa, então decidi não comentar, afinal não seria legal ver minha namorada tacando a cabeça contra a parede para tentar sair.

 

Quando estava quase desistindo me deparei com alguma coisa talvez significativa na parede, era um relevo, passei a mão por cima tirando a terra, se parecia com o símbolo de Dédalo como aquele que precisávamos encontrar para entrar no labirinto alguns anos atrás.

 

-Annabeth!- chamei.

 

-Achou alguma coisa? Ela veio correndo se postando ao meu lado.

 

- Veja- apontei.

 

-É um símbolo de Dédalo.- ela me olhou assustada.- talvez seja um modo de sair

 

Ela tocou no símbolo esperando que ficasse azul e uma porta se abrisse, mas nada aconteceu o símbolo sequer piscou.

 

-E agora ?- perguntei

 

-Deve ter algum segredo.

 

-Qual?

 

-Já sei!

 

-O que ?

 

-Se estivermos no submundo como Rachel falou, talvez o símbolo só possa ser tocado por Hades ou por alguém com seu sangue.

 

-Nico!

 

-Exatamente.

 

-Nico!!- Annabeth chamou-o - venha aqui

 

-Hm.-ele gemeu.

 

Fui até lá e o sacudi tentando fazê-lo levantar

 

-O que foi? -Venha aqui- falei Ele se levantou e me seguiu, quando olhou para a parede ficou atônito.

 

-I..isto é um... -Exatamente um símbolo de Dédalo- falei- Annabeth acha que você pode conseguir nos tirar daqui.

 

Felizmente ele já sabia o que fazer, passou a mão pelo símbolo, nós esperamos, mas nada aconteceu.

 

-E agora perguntei?

 

-O que é isto?- perguntou Grover esfregando os olhos e chegando mais perto.

 

-AI MEUS DEUSES!- gritou ele- um símbolo de Dédalo.

 

Olhei para Annabeth, sua mente parecia nem estar ali.

 

-Annabeth?- chamei

 

-Já sei!- disse ela- me ajudem a limpar a parede, tirem toda a terra.

 

-Mas o que?- perguntei

 

-Percy, só faça o que eu disse.

 

Nós encaramos a parede depois começamos o serviço, passamos as mãos por todas as partes até ficar inteiramente limpa. Quando olhamos ficamos atônitos, os olhos de Annabeth brilhavam e acho que os meus estavam nas mesmas condições.

 

-Uau- falamos em uníssono A parede estava coberta de palavras em grego antigo, desenhos símbolos enigmas, estavam por toda parte

 

-Então era verdade- disse Annabeth maravilhada

 

- O que era verdade?

 

-No laptop de Dédalo havia imagens deste lugar, desta parede eu nem acredito

 

Olhei para uma frase escrita em grego antigo em especial logo abaixo do símbolo de Dédalo, entendi como dizendo Só o sangue do Deus salvará.

 

-Olhem –apontei para a frase

 

Annabeth leu, analisou, passou a mão pelo símbolo até chegar a uma conclusão

 

-Tem aberturas, vejam

 

Eu cheguei mais perto até consegui ver que o símbolo continha pequenas “rachaduras” em suas laterais.

 

-Sangue...- disse ela pensativa- Nico me dê sua mão

 

- O que?

 

-Vamos me dê sua mão- disse ela puxando a faca de bronze

 

-O que você vai fazer?- perguntou ele esticando o braço, resolvi não comentar.

 

Annabeth analisou o dedo de Nico e se limitou a fazer um pequeno furo em seu indicador. Nós olhávamos pensativos para aquela cena, imaginei que Annabeth soubesse o que estava fazendo. Ela colocou o dedo de Nico ao lado de uma das rachaduras do símbolo, a mesma se completou com seu sangue espalhando-o por todas as aberturas. O símbolo então tomou uma cor esverdeada fazendo toda a caverna tremer, parecia que ia desabar em nossas cabeças.

 

Depois não me lembro de mais nada.


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Notas finais do capítulo

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