Incovenientemente escrita por Annah Claflin


Capítulo 3
Capítulo Três - Casamento: Parte 1


Notas iniciais do capítulo

Genteney, Voltei! Desculpem a demora, mas pra compensar tenho aqui uma SUPER-MEGA-HIPER-ULTRA-POWER DECLARAÇÃO MEGA FOFA PERINA



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Amazônia – Fazenda Família Duarte; 1 Semana Depois...

“Eu odeio seu sorriso e seu jeito de falar

[...] Eu odeio ela ser tão sem graça e você nem perceber”

Manu Gavassi – Odeio.

Desci do carro e meu pé se deparou com lama. Fiz uma careta leve e Manu riu.

– Qualé Mamãe, é só um pouco de terra molhada – Pulou do meu colo e foi andando pela lama e chutando. Tudo bem, até que ela “Sem querer” chutou lama nas costas e cabeça do João.

– Masoq... O que foi isso? – Perguntou e fizemos cara de confusas.

– Nada, tio João – Disse Bella prendendo o riso.

Ele voltou á andar e ela riu baixinho. Fomos até a Fazenda e vimos todos lá.

Tinha a banda “Galera da Ribalta”, que iria tocar, os padrinhos e um garotinho que entraria com as Alianças junto á Bella.

– Bom galera, Temos que nos organizar – Disse Bi. Ela estava em uma espécie de Palco e nós sentados nas almofadas de uma salinha de lá. – Segunda-feira, eu e o Nando vamos combinar músicas, e as garotas da banda vão provar os vestidos; terça-feira, eu vou levar as crianças e os rapazes da banda para provarem as roupas. Quarta, ensaiamos a dança e Quinta vamos tirar fotos para o álbum. Sexta é folga, sábado o Casamento e domingo... Bom, dia de voltar. Hoje é Segunda, mas irei com as crianças também pra procurar vestidos.

– Eu vou pra uma praia aqui perto, e vocês? – Falou Rominho, um dos meninos da banda. O outro (Que esqueci o nome) assentiu, e Pedro não estava mais lá. Eles foram, se trocaram e logo estavam fora do meu campo de visão.

Liguei a TV e estava passando um programa de moda. Pus o controle embaixo do sofá e deitei no mesmo. Vi um movimento no meu quarto e fui olhar do que se tratava. Peguei um vaso que estava e joguei no ser.

– AI! – Exclamou Pedro, saindo de dentro do quarto – Poxa, esquentadinha, sabia que tava com raiva, mas tanta assim né? – Vi que tinha feito um pequeno corte que ia do começo do seu peito até o fim da barriga, perto do umbigo, e pus a mão na boca.

– Eu fiz isso? – Perguntei.

– Sim, fez e tá doendo! – Falou ele e fui até a cozinha. Peguei um “Kit de primeiros socorros” na gaveta e voltei ao quarto. Ele estava sentado na cama de Manu e olhava uma foto.

– Elas são lindas – Falou enquanto observava a foto em que Emanuelle e Isabella se abraçavam, em frente á praia.

– São mesmo... Bella é totalmente a minha cópia, calma e meiga. Já Manu... – Parei no meio da frase para não soltar nada que não devia – Tá aqui o kit. – Sentei do lado dele, e passei um algodão no machucado, para tirar o sangue.

– Karina... Eu quero te perguntar uma coisa, e quero que você me responda. – Segurou meus pulsos e olhou nos meus olhos - Quem é o pai delas? – Perguntou e encostei minha cabeça na parte do peito dele que não estava cortada e chorei.

– É difícil – Falei.

– Por favor, me conta – Sussurrou no meu ouvido, me abraçando.

– Eu não posso – Falei e me soltei de seu abraço.

– Olha, eu só quero participar da vida delas, do que eu perdi – Se ajoelhou á minha frente, pegou minhas mãos entre as dele – Mas preciso da sua confirmação de que isso é verdade. – Falou.

– Está bem. Elas são suas filhas, Pedro – Falei e ele sorriu. Se levantou da cama, me puxou e me abraçou.

– Obrigado por isso, K. Eu não vou falhar com elas – Falou.

– Eu sei, porquê elas não vão ficar sabendo – Falei olhando para o chão.

– Como assim, Karina? – Perguntou.

– Pode se aproximar delas, conversar e saber mais sobre elas. Mas... Eu preciso de um tempo para explicar á elas que têm um pai. – Falei – Elas passaram cinco anos, cinco malditos anos que eu fugi da verdade, sem um pai. E agora, eu vou chegar e dizer: “Isabella, Emanuelle, esse aqui é o seu pai, o nome dele é Pedro e ele não ficou comigo porquê pensou que vocês eram filhas de outro rapaz, e eu fugi porquê sou um covarde e não aguentava olhar para a cara dele e...” – Pedro me calou com um beijo.

Segurou-me e puxou-me pela cintura mais para perto, e aprofundou o beijo. Sua língua pediu passagem e eu cedi. Brinquei com seus cabelos castanhos, enquanto movia minha boca sincronizada com a sua. A falta de ar foi grande, e nos separamos. Encostou sua testa na minha, enquanto eu fechei os olhos. Senti ele se separar, e pus a mão no rosto.

– Me entendeu? – Perguntei.

– Sim, eu ficaria do mesmo jeito se soubesse em um dia que tenho um pai e que ele me conhece e eu o conheço. – Falou. – Karina... Eu queria falar com você por... O que aconteceu entre nós. Cê sabe que um dia precisamos conversar sobre isso e... – Foi a minha vez de calá-lo com um beijo. Depois de mais uns minutos nos separamos e ofegamos.

– Pedro, eu não quero falar sobre aquilo. Você me deixou muito magoada, além de que sabia que o Lírio era Gay, e mesmo assim fez aquilo, mas eu te perdoo, não porque nossas filhas estão prestes á descobrir a verdade ou porque somos um par nesse casamento, muito menos porque eu quero deixar o passado no passado, e viver o presente. – Falei e ele me olhou – Eu te perdoo, Pedro. E sabe o porquê? – Perguntei.

– Não – Falou.

– Porquê, Pedro Ramos, eu posso ter tido mil e um namorados lá em SP, posso ter tido um milhão de filhos pelo mundo, posso não ter certeza de que as meninas são suas filhas, mas uma coisa de que eu não posso ter tido é a certeza de que posso viver sem você. Não quero ficar curada do machucado que me fez, quero apagá-lo da minha história. Quero viver com os mínimos prazeres da vida. E quero fazer tudo isso com você ao meu lado.


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Notas finais do capítulo

Bom, Agradeço ás meninas que comentaram, comentem o que acharam da Declaração Perina



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