Hoje acordo radiante, esqueço minha discussão de ontem e só consigo focar em uma coisa: meu primeiro ultrassom! Anciedade me define no momento. Mas sempre tem algo que estraga, esses enjoos matutinos são péssimos, não vejo a hora deles acabarem!
Tomo um banho e vou acordar Peeta que dorme sussegadamente em minha cama, apesar dele ter deixado minha vida de cabeça para baixo não me arrependo de nada.
Acordo ele depositando um leve beijo em seus lábios.
– Bom dia, meu amor! - Digo dengosa
– Bom dia! - Ele fala com um sorrisinho torto.
Logo nos arrumamos e tomamos um "café da manhã". Não consigo para de suar frio, será que estou preparada?
Logo chegamos ao hospital e Peeta segura minha mão me passando confiança, pela cara dele percebo que está tão ancioso quanto eu. Ficamos uma meia hora na sala de espera até que o médico anúncia meu nome, respiro fundo e entramos na sala.
– Bom dia, Katniss! Como você está? - Doutor Lucas me pergunta
– Bem e ansiosa. - Respondo radiante
– E você senhor Mellark?
– Também!
O médico me enche de perguntas, uma mais vergonhosa que a outra, fazer o que né? Por fim ele me receita umas vitaminas e me faz várias restrições.
– Vamos ao ultrassom? - Ele pergunta e nos acentimos
Levanto minha blusa e ele passa um gel na minha barriga, Peeta segura minha mão e percebo o quão ansioso ele está.
A sala está um silêncio, quando de repente ela é invadida por um som que preenche meus ouvidos e me faz chorar, pensar que tem outro coração dentro de mim, batendo no mesmo compasso é uma coisa louca. Sim eu vou ser mãe. Peeta beija o topo de minha cabeça, ele também chora. O médico nos explica que está tudo bem e aponta na tela uma coisinha minúscula, um pontinho branco, meu filho!
Saímos do consultório radiantes, era impossível medir nossa emoção. Peeta ficava admirando a foto do ultrassom, assim como eu ele achava tudo muito louco.
Decidimos dar uma volta pela praia, andamos beira mar. Ficamos sentados na areia por um longo tempo, até minha barriga começar a reclamar de fome, decidimos comer por ali mesmo.
– Peeta, você nunca fala de seus pais, eles moram aqui? - Pergunto curiosa.
– Eles são médicos, viajaram para África no fim do ano passado, são voluntários lá.
– E quando eles voltam?
– Daqui dois anos!
– Você pretende ligar para eles? Para contar do bebê.
– Isso é meio impossível, eles estão incomunicáveis!
– Vai ser meio estranho quando eles voltarem e Bum! Eles tem um neto! - Digo
– Eles vão achar engraçado! - Ele fala rindo
– Então eles são de boa? - Pergunto achando esquisito
– Sim, eles vão é adorar a notícia, eles amam crianças. - Fico um pouco mais aliviada com sua fala.
Voltamos para minha casa e ao chegarmos Peeta me agarra, não vou negar que amo quando ele faz essas coisas comigo, só espero que ele continue me achando isso tudo quando eu estiver gorda e inchada!
Deito em seu peito cem porcento feliz com nosso dia, achando que nada poderia melhorar, ele se vira para mim e fala:
– Você é melhor coisa que aconteceu na minha vida. Te amo! - ele fala depositando um beijo no topo da minha cabeça.
– Também te amo. - Digo emocionada