A Depressão De Amy Cortese escrita por Letícia Matias


Capítulo 21
Capítulo 21: Patrick


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal!! Como vocês estão??
Aqui está mais um capítulo para vocês! Espero que gostem :)
Boa leitura!
Ah, eu não tive tempo de revisar então perdoem qualquer erro de português ou de digitação ;)



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Sean se deitou do meu lado ofegante.
– Caramba!
Eu não conseguia falar, estava cansada e com as pernas dormentes,meu coração estava voltando ao ritmo normal. Fiquei encarando o teto.
– Isso foi... - Sean disse... -Uau. Você está bem?
Olhei para ele.
– Sim. - puxei o edredom mais para cima me cobrindo. -Estou cansada.
Ele sorriu como se tivesse ganhado uma aposta. Revirei os olhos. Ele tornou a olhar para o teto pensando em alguma coisa e eu fiquei olhando para ele, analisando-o. Seu cabelo estava um pouco úmido, seus olhos estavam levemente estreitados como se ele estivesse com sono. Ele passou a língua pelos lábios e engoliu em seco. Depois ele virou-se ficando de frente para mim e ficou me olhando.
Eu estava com muito sono, muito sono mesmo apesar de ter dormido quase o dia inteiro.
– Por que está me olhando? - perguntei franzindo levemente a testa.
Ele deu de ombros e não disse nada.
A luz fraca do abajur estava ligada e eu estava ficando cada vez mais sonolenta. Minhas pernas ainda estavam formigando um pouco, estavam quase normais.
– Eu gosto do seu quarto. -falei fechando os olhos.
–Eu também.
Sorri suavemente mas não abri os olhos. A sonolência era maior do que tudo naquele instante. Adormeci alguns segundos depois.
***
No dia seguinte quando acordei, eu estava sozinha no quarto,a porta estava fechada. A porta do banheiro estava aberta e a luz apagada. Sean devia estar no andar de baixo.
Sentei-me na cama segurando o edredom junto ao meu corpo e me inclinei para frente para pegar minhas roupas. Elas ainda estavam molhadas. Olhei para o armário de Sean. Ele deveria ter um moletom largo. Todo menino tinha um!
Andei até o guarda-roupa e abri-o. Várias camisas polos penduradas nos cabides, calças jeans, bermuda jeans... Achei uma blusa de moletom cinza e a vesti. Ela não era muito grande. Ia até o meio das minhas coxas - o que eu não tinha muito.
Entrei no banheiro e acendi a luz. Vi meu reflexo no espelho. Meu cabelo estava desgrenhado e minhas olheiras estavam mais claras. Me curvei em direção a pia e fiz bochecho com a água. Quando me endireitei e olhei-me no espelho novamente, vi o reflexo de Sean parado na porta vestindo apena uma calça de moletom. Me senti um pouco constrangida e eu não sabia muito bem o motivo.

– Bom dia. - ele disse.

Sorri um pouco tímida.

– Moletom legal.

Mordi o lábio e sorri nervosa.

– Minhas roupas estão molhadas.

Ele balançou a cabeça.

– Está tudo bem. Que bom que você não fugiu igual aquela primeira vez. Não estava pensando em sair de fininho, estava?

– Não. - falei e me encostei na parede.
Ele começou a rir e eu também.
– Vem comer alguma coisa. - Sean falou e eu segui ele.
Atravessei o quarto e passei pela porta aberta. Desci as escadas com os pés no carpete quentinho e vi que na sala, havia um menininho que deveria ter uns 7 até 10 anos. Parei no primeiro degrau da escada e fiquei olhando para ele. Ele estava sentado no sofá jogando algum jogo de luta no Playstation 3. Ele tinha os cabelos bem rente ao couro cabeludo, eles eram loiro escuro. Ele estava vestindo uma camiseta listrada de verde e preto e uma bermuda jeans.
– Pat, toma o seu refrigerante. - Sean apareceu na sala e jogou uma lata de Pepsi para o menino.
Pat... Aquele era o irmão de Sean!
Sean olhou para mim e viu que eu estava olhando para Pat e disse:
– Pat, porque você não cumprimenta a Amy?
O menino parou de de jogar e olhou para mim.
– Ah oi! Eu não tinha te visto.
Sorri.
– Tudo bem. -desci o último degrau da escada e parei perto do sofá. - Como vai Pat?
– Estou com fome,mas Sean não sabe fazer nada para comer.
Olhei para Sean que me olhou e depois olhou para Pat.
–O que você gosta de comer? -perguntei para Pat.
–Panquecas.
Sorri.
– O que você acha de eu fazer algumas panquecas para você?
Pat sorriu mostrando os dentes pequenos e um pouco tortos.
– Eu ia adorar.
Sorri e olhei para Sean encostado na parede de braços cruzados olhando para mim.
Andei até onde Sean estava e passei por ele entrando numa cozinha típica americana com móveis branco e preto.
– Ele é uma graça. - falei quando Sean se sentou na mesa.

– Ele parece muito comigo. -Sean falou. - Em tudo. Ele se espelha em mim. Quase todos os dias ele vem aqui. Foge de casa pra vir pra cá.
Olhei para ele.
– Ele foge sem a sua mãe saber?
Sean deu de ombros.
– Ela sabe que ele sempre vem pra cá. Ela sempre aparece aqui para buscá-lo.
Assenti.
–Você tem as coisas para fazer as panquecas? - perguntei olhando para a sala. Pat jogava e bebia sua Pepsi ao mesmo tempo.
– Sim senhora.
Sean se levantou e pegou os ingredientes pra mim. Colocou-os em cima da pia e colocou a mão na minha quando fui pegar a vasilha de vidro.
Olhei para ele e ele me deu um beijo rápido me pegando de surpresa. Quando ele olhou para mim de novo senti minhas bochechas queimarem.
Ele foi para a sala me deixando na cozinha sozinha.
Soltei a respiração e respirei fundo. Comecei a misturar os ingredientes na vasilha enquanto ouvia as gargalhadas de Pat.
Enquanto a panqueca fritava na frigideira, dei uma espiada para ver o que estava acontecendo. Sean estava fazendo cócegas na barriga de Pat que estava em pé no sofá tentando se desvencilhar das mãos de Sean. Sorri e então pensei em Dominic e meu sorriso desapareceu lentamente. Olhei para a panqueca quase passando do ponto e tire a frigideira de cima do fogo.
***
Apareci na sala e disse:
–Pat, as suas panquecas estão prontas.
Ele jogou o controle em cima das pernas de Sean que franziu o cenho e quase deixou o controle cair no chão, e saiu correndo para a cozinha.
Sentei-me em uma cadeira de frente para Pat que pegou o garfo e cortou um grande pedaço de panqueca colocando-o na boca melando o queixo de Maple Syrup. Ri baixinho colocando a mão na boca. Sean entrou na cozinha e sentou-se do meu lado. Pegou um garfo em cima da mesa e pegou um pedaço da pilha de panquecas.
–Ei! - Pat gritou e empurrou Sean com o cotovelo. -É minha panqueca. A Amy fez pra mim!
– Eu posso comer também. - Sean falou.
–Não pode não. -Pat gritou com a boca cheia.
Sean olhou para mim.
–Você não vai comer nada?
–Você pode comer as panquecas comigo. -Pat falou.
Sorri para ele.
– Obrigada Pat. - peguei o garfo da mão de Sean e peguei um pedaço da panqueca.
Pat começou a contar algumas histórias sobre a escola dele enquanto nós dois comíamos a panqueca. Eu dei toda a atenção a ele e até ri de algumas piadas sem noção que ele contou. Eu podia sentir os olhos de Sean em mim.
Pat acabou deixando Sean comer a panqueca quando eu disse que estava cheia. Ele era uma criança ótima! Era divertido, cheio de vida e muito simpático e gostava muito de Nirvana o que era hilário.
A campainha foi tocada. Sean se levantou e foi atender a porta enquanto Pat ria de uma piada que só ele havia achado engraçado. Isso era engraçado e eu comecei a rir junto com ele.
–... falei para ele não vir para cá.
– Ele pode vir sempre que ele quiser. Ele é meu irmão. - ouvi Sean dizer.
Uma mulher loira entrou na cozinha. Era a mãe do Sean. Ela olhou para mim e mr analisou depois olhou para Patrick.
–Você não tem vergonha mesmo não é? -ela se virou para olhar para Sean que estava atrás dela. - Acha que o seu irmão é obrigado a conviver com as vagabundas que você transa? Você não tem o mínimo de respeito.
Sean ficou encarando ela por um tempo e depois disse:
– Eu já disse que ela não é nenhuma vagabunda e outra coisa, a casa é minha. Eu transo com quem eu quiser em qualquer lugar dessa casa. Você não tem nada a ver com isso.
Ela olhou para mim e disse:
– Patrick pegue as suas coisas e vamos embora.
Patrick bufou e levantou-se da cadeira. Veio até mim e me deu um abraço.
Arregalei os olhos surpresa.
– Obrigada pelas panquecas Amy. Foram as melhores panquecas que eu já comi na minha vida!
Eu estava tão surpresa que não consegui dizer ou fazer nada,a não ser sorrir para ele.
Meus olhos estavam começando a se encher de lágrimas. Pisquei algumas vezes para impedir que elas saíssem.
A mãe de Sean olhou-me mais uma vez e saiu da cozinha. Olhei para Sean que estava fitando a janela atrás de mim e depois foi para a sala.
Abaixei a cabeça e encarei minhas unhas roídas. Por que a mãe dele era assim com ele? Ela era... Cruel!
Depois de uns minutos Sean voltou suspirando alto.
–Desculpe por isso.
– Tudo bem. - falei e levantei-me da cadeira pegando o prato de cima da mesa. Coloquei-o dentro da pia e comecei a lavá-lo.
Quando terminei, sequei minha mão no pano de prato e vi que Sean tinha acendido um cigarro e estava fitando o nada. Ele parecia muito nervoso.
Contornei a mesa.
– Você está bem? - perguntei parando do lado dele.
–Sim. -ele respondeu sem olhar para mim.
Achei melhor deixá-lo um pouco sozinho.
– Eu... Vou subir. - falei parando na porta da cozinha.
Ele não respondeu então me dirigi para a escada.


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Notas finais do capítulo

E aí meus amores, o que vocês acharam desse capítulo??
Obrigada por continuarem acompanhando. Vocês são os melhores!!!!
E lembrem-se de não serem fantasminhas, please please pleaaaase!!!!!!
Amo vocês e espero vocês no próximo capítulo.
Bom sábado e final de semana!!!
Beijinhos



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