Reino de Seravilha. escrita por G V Gomes


Capítulo 2
Ouvidos atrás da porta.


Notas iniciais do capítulo

Mais um capitulo, aguardo fichas para continuar.



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Liza caminha pelos corredores do palácio real, vivera ali toda sua vida e já conhecia todas as passagens e portas do lugar; mas de toda a maravilhosa construção sua parte favorita era a torre sudeste, de onde ela podia ver a estátua de seu bisavô imortalizado em sua posição de luta, olhando para sempre para seu oponente mortal. Ylizaveta sempre pensou que os dois foram colocados ali para que ao entrarem nos territórios de Seravilha pelo mar, os viajantes conheceriam quem temer e quem honrar, mas como seu professor revelou não era bem assim... O vento batia em seu rosto, seu longo cabelo ruivo se agitava com a brisa, podia ver toda a maior parte da capital, tudo estava tranquilo, mas ao ver o Lorde Kugo no pátio central do castelo, ela soube, tinha algo errado. O Lorde Kugo era um Égreppus que participou da batalha contra a invasão de povo de Víper, na época ele usava uma armadura e agora, como todos os Lordes ele tinha uma longa manto com as cores de nosso Reino, roxo e dourado; uma das habilidades mais grandiosas daquele Lorde em particular era sua liberação de energia, capaz de destruír cidades, sem dúvida sua fama de ser um dos nove mais poderoso era verdade.

Ylizaveta corre para o corredor da sala de Guerra, e vê os outros Lordes: Ganlo, o Lorde das espadas; Hill, a Lady dos leves de ferro e Ysha, aquele que fala pela areia. Quatro das pessoas mais poderosas do Reino estavam reunidas; todos vestidos iguais a Kugo, com exceção de Lady Hill, que tinha um grande decote.

–O que faz aqui garotinha. –Hill bagunça o cabelo da princesa.-Não devia estar aqui, pelo menos não enquanto não for a rainha.

–Ela está certa, Ylizaveta. –A mãe de Liza abre as portas do salão, estava bela, como sempre; a garota não conseguia entender como um ser de beleza tão grande podia ser antes ter pertencido aos Lordes, como Heleonora, a Lady ruína.

–Majestade. –As pessoas que ali estavam fazem uma reverencia para a mulher de cabelos ondulados de cor castanha. – Minha filha volte para seus aposentos.

–Vamos Majestade.

–Sim. –Heleonora retorna para a sala, os Lordes entram e os servos saem, deixando a garota sozinha, para.... Ouvir atrás da porta, tinha um dia antes de o torneio começar.

–Minha Rainha, o exercito de Vinhe movesse rapidamente, ao leste de nossas fronteiras. -Kugo começa a relatar mais a rainha o faz parar.

–O que Icello faz, enquanto somos ameaçados dessa forma? -Heleonora pergunta sobre um dos mais importantes aliados de Seravilha.

–O país das neves enfrenta uma guerra antiga com Bordô, e sua economia está sofrendo avarias. -Ganlo diz antes que alguém pudesse falar.

–A politica Socialista está finalmente acabando com aquele Reino. Mas estou mais preocupada com Vinhe, Filipe me garantiu que não ousaria mover suas tropas para nossas fronteiras.

–Bem, nós movemos as nossas... -Kugo, diz quase calado.

–O que disse? -A rainha pergunta como se repreendesse o Lorde.

–Nós devíamos mover as nossas para o Oeste, para onde as montanhas de Ranner nos favorecem. -Kugo estava mais a frente dos assuntos militares do que os outros dois.

–De qualquer forma o embaixador de Vinhe virá aqui amanhã, nos prestigiar no torneio. -Hill relata como se desabafasse.

–E sobre o evento, alguma coisa a relatar? -A rainha Heleonora, mantinha seu modo luxuoso até no falar.

–Os jovens desde ano estão bastante empolgados para que chegue o dia. -Ysha diz alegre, ficara responsável por todo o evento, junto de Hill.

–Acredito que acabamos por hoje. -Kugo diz, se levantando de uma cadeira.

–Bem, irei até o Muro de Égreppus ascender uma vela, preciso mostrar respeito à cultura de nossa outra tribo.

–Sim, Majestade. -Os Lorde a reverencia com a cabeça e a deixam sair primeiro.

Liza corre para fora do alcance de sua mãe ou de qualquer um dos outros Lordes, o único lugar onde ficaria segura era na biblioteca. Sua mente estava confusa, sua mãe nunca lhe falara nada sobre o país estar as vésperas de uma guerra, e ainda receberiam o embaixador do país inimigo em suas terras.

–Precisa de ajuda, minha princesa? -A bibliotecária de cabelos branca pergunta a garota.

–Não, estou bem. –Liza se recompõe, queria ir para um lugar onde podia ser ela mesma, e por sorte tinha esse lugar...

Academia Rhon, um magnifico prédio construído após o fim da Guerra com dos Cinco, inicialmente usado para armazenamento, e agora depois ser reconstruído é sede de treinamento para jovens de 12 a 17 anos com dons em combate, lá eles treinam até o dia em que seriam testados no torneio e seriam admitidos no exercito real. O responsável pelo lugar é o Lorde Ysha, apesar dele perecer solitário; ele sempre falava com as pessoas, e tinha um afeto especial pela Lady Hill, já que ambos frequentaram a Academia na mesma época.

–Senhor Ysha, como será feita a seleção dos combates? -Um jovem soldado pergunta para o Lorde que caminhava ao lado de Hill.

–Não se preocupe com isso, amanhã faremos o sorteio e... –Um calafrio corre em sua espinha. –Quem são aqueles?

–Não sei. -O jovem diz olhando para os dois jovens que Ysha estava olhando, nunca os tinha visto antes.

–Hill, venha comigo.-O Lorde a puxa para dentro de uma corredor longe. - Precisamos falar com 9.

–Com nove!? –Hill se preocupa com o grau de importância do assunto; os Lordes se dividiam de um a nove, quanto mais alto o numero mais forte se era, Hill era a numero sete e Ysha o seis, enquanto Kugo o oito e por fim Ganlo, o três. Muitos dos Lordes viviam na cidade capital, mas Nove vivia em especial do outro lado do Muro de Égreppus, para não percorrerem a distancia de 15 km a pé, eles usaram o pergaminho da comunicação, o papel podia transmitir a escrita de uma ponta a outra, em alguns casos transportar uma pessoa dependendo de seu nível de poder.

Nas fronteiras do Sul....

–Que Reino horrendo. –Fala um homem de longos cabelos prateados e tinha um sorriso amargo na boca.

–Temos que prepara-los para quando chegar a hora. –Um garoto de uns doze anos cospe no chão, como se aquilo fosse um sinal de desrespeito, ou maldição. Os dois vestiam mantos negros com um circulo totalmente branco no peito, dentro dele três triângulos fundidos e quatro retas saindo do centro, como se uma cruz começasse com meio do circulo de vermelho e com uma linha negra dividindo os braços da cruz em dois.

–Quanto tempo ficaremos aqui? –O homem diz limpando a garganta, fazendo uma cara de nojo.

–Até a chegada dos outros... –O menino fala sombrio. –Soube que vai ter um torneio na Capital. –Ele diz olhando para o amigo malignamente.


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