Água e Óleo escrita por NessaH


Capítulo 4
Capitulo 3


Notas iniciais do capítulo

Mais um galera , aproveitem !! o/



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/605358/chapter/4

Domingo passou voando. Porque os melhores dias da semana são os que passam mais rápido?

Aline foi embora depois do almoço porque Jesse estava esperando por ela , e como conheço esses pervertidos eles vão copular como coelhos por horas.

Noah por um milagre não deu as caras, e eu fiquei muito grata por isso. Tive tempo de faxinar a casa, fazer meus trabalhos, morgar na frente da TV e estava me preparando mentalmente para ligar para minha família e para Brian.

Não era fácil aguentar eles criticando minhas escolhas e dizendo que estou cometendo um erro ao deixar tudo pra trás e me aventurar na faculdade.

Para minha mãe o certo seria eu me casar assim que completa-se dezoito e não sumir pelo mundo, e Brian a apoiava em 100%. Só meu pai e Alex meu irmão caçula que se salvavam nessa bagunça.

O telefone estava no meu quarto e eu tentava convencer meu corpo ir até lá buscar o pequeno aparelho, mas estava sendo uma batalha perdida porque eu ainda continuava esparramada no sofá.

A preguiça e a fome me castigavam, meu estômago roncava alto me lembrando de que estava a muito tempo sem comer nada.

Como que por leitura mental ou estomacal a porta se escancara e Noah entra com uma sacola que cheirava muito bem e que imediatamente me deu forças para voar nele e reivindicar o que fosse que tinha lá como meu.

— Muito obrigado Noah, você é um amor me salvou de morrer de inanição nesse apartamento. Ele disse sarcasticamente em uma imitação ridícula da minha voz, me lembrando de agradecê-lo pelo lanchinho.

Mas eu estava muito ocupada saboreando um enorme X-TUDO que tinha de tudo mesmo. Então apenas mandei um beijo no ar e ele sorriu.

Ele se acomodou enquanto eu sentava no balcão que dividia os cômodos e comia como se não houvesse amanhã.

Depois de satisfeita me sentei no sofá enquanto ele estava no chão tomando uma coca.

Só então fui reparar em como ele estava vestido, jeans escuros com uma polo da mesma cor e tênis. Muito arrumado, ele tinha com certeza saído para pegar uma de suas muitas amiguinhas se é que me entendem.

Mas eu tinha que ser sincera, Noah Collins não é um cara comum, ele esta mais para um modelo da Calvin Klein, posso afirmar porque já o vi só de cueca em uma das muitas vezes que ele veio tomar banho aqui em casa, mas isso não vem ao caso.

Infelizmente o babaca é lindo, mesmo eu não dizendo isso em voz alta nem que me paguem. Ele já é muito convencido sem minha opinião sobre sua pessoa.

Ele é bem alto 1,84 de altura , corpo definido — mas não musculoso — e que ostentava muitas tatuagens, bem o tipinho bad boy o tipo de beleza que normalmente não me atraí. Seu cabelo preto estava bagunçado, eu vivia perguntando se ele pintava os fios, mas ele jura ser natural, rosto forte e marcante com a barba por fazer e olhos tão verdes que me davam inveja.

— Onde você estava? — Perguntei não contendo minha curiosidade.

— Comprando comida pra você. — Disse como se fosse verdade.

— Ta e antes disso? Você não se arrumaria só pra comprar um lanchinho pra mim.

— Fui fazer uma visitinha para a Jinna.

— Jenny.

— Como? — Perguntou não compreendendo minha correção.

— Se você estiver falando da ruiva peituda que mora aqui perto então é Jenny não Jinna.

Eu conhecia mais as peguetes dele do que ele mesmo.

— Tanto faz, é ela mesma, e que peitos diga-se de passagem — Ele fazia gestos com as mãos para enfatizar o tamanho.

— Me poupe dos detalhes sórdidos. — O cortei antes que ele começasse a descrever as posições que eles fizeram.

Ele apenas riu.

De repente um som bem ao longe chamou minha atenção, meu celular.

Levantei e fui em direção a musica insistente que tocava, não sem antes ouvir um assovio do Collins .

— Adorei esse short Hall. — Sua voz tinha um toque de humor.

Lembrei que usava um shorts jeans preto e super curto que mostrava mais do que devia.

Otário! Não respeita nem as vizinhas.

Mostrei o dedo e continuei meu caminho, ele ficou gargalhando da minha cara.

Fui até o celular e o atendi sem nem olhar para o visor.

— Alo?

— Oi amor achei que já tinha me esquecido. — Sua voz grossa soou enquanto eu me jogava na cama.

Era Brian

— Oi Brian, não esqueci só não tive muito tempo para te ligar hoje. — Bati na minha testa.

Eu tinha esquecido de ligar mesmo, depois que o Noah chegou eu esqueci completamente.

— Quem é Tay?

— Tem alguém ai com você Taylor?

Merda o retardado tinha que gritar logo agora.

Logo ele apareceu na minha porta com cara de interrogação.

— Então amor a Aline esta aqui com o Jesse, estamos jantando.

Fiz uma careta o expulsando com gestos e Collins entendeu na hora quem era, se encostou na porta com aquele sorriso sacana escutando minha conversa.

Continuei a fazer sinal com as mãos para ele ir embora, mas ele nem me deu bola então peguei um sapato que estava ali perto e ataquei em cheio em seu peito.

— Ai sua louca. — Gritou fodendo minha vida.

— Tay, o que esta acontecendo ai? — A voz de Brian já estava se elevando, seu lado ciumento surgindo.

— Nada amor, o Jesse e a Ali estão brincando na sala.

Noah segurava o riso e eu estava quase voando nele. Apontei para a porta de disse vaza apenas com os lábios fazendo minha cara de “estou falando serio”.

Ele então foi, mas pude ouvir sua risada pelo caminho.

Se Brian descobrisse sobre Noah ele faria um escândalo e teria total apoio da minha mãe, então não podia dar bandeira com ele.

Brian é praticamente da família, ele trabalha com meu pai e foi assim que nos conhecemos. Meu pai tem uma mecânica e Brian cuida da parte administrativa, começamos a namorar quando eu tinha quinze e ele vinte e dois e estamos juntos até hoje.

Brian sempre foi ciumento e muito possessivo. Eu sair de casa e ir morar sozinha a quilômetros dele foi o fim mundo, brigamos muito até o dia da viagem e eu propus terminarmos tudo e cada um seguir sua vida, mesmo isso partindo meu coração, mas ele negou e disse que faria o possível para tornar as coisas fáceis para nós dois.

E estava dando certo. Pelo menos por enquanto.

— E quando vamos nos ver Taylor? Já não aguento mais de saudade.

— Eu também estou com saudade amor, mas só final do ano, não posso ficar gastando. Então vamos ter que esperar mais um pouco.

— Daqui a quatro meses. — Ele disse desanimado.

— Não é tanto tempo , quatro meses passam voando. Agora não da, tenho a faculdade e meu trabalho.

— Já disse que você não precisa de nenhum dos dois.

Revirei os olhos.

De novo esse assunto. Brian tem uma ideia absurda de que vamos nos casar e que ele vai me sustentar pelo resto da vida.

Ele só não entende que eu não quero isso.

Quero meu diploma, quero minha independência, quero viajar conhecer o mundo.

Filhos e casamento não estão nos meus planos. Ele pode vir comigo mas ja percebi que não gosta dessa ideia.

— Agente não vai discutir isso.

— Tudo bem, só quero que você saiba minha opinião.

Ficamos em silencio por um tempo, nunca era um assunto fácil. Mas ele não ia brigar comigo porque seria uma batalha perdida pra ele.

Logo começou a puxar assunto sobre amenidades e conversamos mais um pouco, mas eu sinceramente não estava prestando atenção, estava muito irritada.

Sei que ele tinha seus motivos para ficar assim, mas da mesma forma que eu o entendia queria que ele também pelo menos tentasse me entender e não só fingisse que compreendia meus motivos.

Eu amo ele, preciso dele e não quero ficar nesse clima chato.

Por isso eu mantinha Noah em segredo, eu não podia dizer que tinha um cara gostoso e solteiro que ficava indo e vindo à minha casa e que mesmo eu não assumindo era meu amigo. Eu conheço meu namorado e ele jamais aceitaria isso.

A conversa não durou muito e logo eu desliguei soltando um suspiro aliviado.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Água e Óleo" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.