Give Me Love escrita por Lari


Capítulo 22
O Pedido




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/605098/chapter/22

 

Rose estava mais do que apreensiva enquanto seguia para a sala precisa, mil e uma possibilidades se passavam por sua mente criativa em excesso, mesmo assim, tudo o que ela esperava e mais queria, era ver Scorpius, pois a saudade não poupa ninguém, muito menos os apaixonados.

Quando estava saindo do salão principal, percebeu o olhar venenoso que Caroline, uma garota da Sonserina, com quem Scorpius já tivera mil casos, lançara para ela, sua expressão era a de alguém que havia comido algo estragado. Ela sentira ciúme, pois lembrara que Scorpius já a havia beijado inúmeras vezes, e pensar no amor da sua vida com outra era como sentir mil facas sendo cravadas em seu coração, a fazia se sentir mal como quase nenhuma outra coisa podia.

Ela olhou para todos os lados para ver se alguém estava por perto, e depois de constatar que ela era o único ser vivo no corredor, parou em frente ao lugar correto e esperou alguma porta aparecer, até que esta o fez e ela se viu finalmente entrando na sala precisa.

Rose fechou a porta atrás de si e se virou. Scorpius estava parado atrás de uma mesa redonda e pequena, a qual continha velas, rosas e alguns caramelos, chocolates e bombons. A ruiva passou os olhos pela mesa e depois os voltou ao loiro novamente, sorrindo. Ele a olhou, o violão pendurado e um olhar completamente apaixonado, aquele olhar que só a ela havia sido dirigido em toda a sua vida, pois ele nunca amara mais ninguém como amava Rose.

 -Scorp... – ela começou, mas ele levou o dedo indicador até a boca, num gesto para que ela ficasse em silêncio.

O ambiente estava fracamente iluminado, pelas velas da mesa e por algumas mais flutuando acima de suas cabeças. O coração de ambos batia forte, mais ainda quando Scorpius se aproximou de Rose, deixando apenas um pequeno espaço entre eles.

—“Você está tão maravilhosa neste vestido

Eu amo seu cabelo deste jeito

O jeito como cai ao lado de seu pescoço

E sobre seus ombros e costas...”

Ele desejava poder toca-la, ao mesmo tempo em que cantava e tocava para ela, Rose era tão linda. E a letra da música que escolhera se encaixava perfeitamente com tudo ali, e mesmo assim Scorpius sabia que palavra alguma caberia em tanto sentimento que ele nutria por ela.

—“(...) Você está tão linda sob essa luz

Sua silhueta sobre mim

O jeito como destaca o azul em seus olhos

É como o mar de Tenerife

E todas as vozes que nos cercam aqui

Elas desaparecem quando você respira

Só diga a palavra

E eles desaparecerão no deserto (...)”

“Estou tão apaixonado...” ele a amava tanto, e ela estava ali, sorrindo tanto para ele, os olhos brilhando, ele sentia que havia feito a coisa certa só pela sua reação. E quando a música teve fim, ele tirou o violão de si e esperou, embora quisesse agarra-la o mais rápido possível para si, esperou que ela desse algum sinal de que estava tudo bem fazer isso.

Rose sorria, assim como Scorpius, e eles se olharam por alguns instantes, o choque entre a visível paixão em seus olhares, até que ela se aproximou dele com o maior cuidado e o abraçou o mais forte que pode, considerando que ela não tinha muita força, quem quase a sufocou foi ele quando fez o mesmo.

Ela passeou as mãos por suas costas, por debaixo da camisa, sentiu que ele fez o mesmo e seu corpo todo se arrepiou ao toque, a respiração dele em seu pescoço e minutos depois sua boca mordiscou sua orelha, e ela o ouviu sussurrar:

—Feliz aniversário, amor.

Dizem que suas pupilas dilatam quando você ouve ou vê algo que ama muito. Pois Rose teve a certeza de que naquela hora, ela provavelmente nem tinha mais íris nos olhos quando o olhou após ouvir aquilo. Ela o beijou logo após, puro instinto, ela não conseguia mais aguentar a distancia entre seus lábios e os dele.

Não sentiu repulsa, aquele era Scorp, não qualquer doente nojento e cafajeste, aquele era o garoto a quem ela sentia um amor tão profundo que nenhum oceano jamais chegaria a tanto, ela o amava com todas as suas forças, e sabia que ele nunca a machucaria, nunca a forçaria a coisa nenhuma.

Eles se separaram, as testas um do outro coladas, a respiração ofegante e os corações quase saindo do peito, Rose tinha as mãos no rosto dele.

—Tudo bem? – ele perguntou, preocupado. Rose assentiu com um gesto, e ele se afastou, mexendo no bolso da calça, tirou uma caixinha branca e levantou a cabeça para vê-la estupefata, de boca aberta e sem palavras, os lábios de Scorpius se abriram em um sorriso ao se ajoelhar e abrir a caixa, duas alianças prateadas ali, uma delas com delicadas rosas traçadas. – Acho que o que temos entre nós já pode ser considerado um namoro, Rose, embora eu tenha a certeza de que uma nova palavra ainda há de ser inventada para o que possuímos, porque Merlin, nada pode explicar... Eu te amo tanto e tinha que lhe pedir, tinha que ouvir as palavras saírem de você, Weasley – eles sorriram de soslaio. – Namora comigo, meu amor?

Rose tomou as mãos dele nas suas e o fez se levantar, seus olhos se encontraram mais uma vez e ela estava tão séria que Scorpius temeu por sua resposta, até que ela sorriu ao dizer:

—Malfoy... A resposta já é óbvia, não sei porque todo esse receio estampado em você – e riu. – Eu te amo, e sim, mil vezes sim, amor.

Ele relaxou, seus ombros antes tensos, e isso fez Rose rir um pouco mais.

—Não faz isso comigo outra vez... Céus – e a beijou.

—Não duvide mais do meu amor por você, Scorp.

—Você... está bem mesmo?

—Meu corpo finalmente entendeu o que a minha alma há muito já sabia, é você Scorp, é você e Merlin, não tem comparação...

Ela o trouxe para mais um abraço, lágrimas haviam brotado em seus olhos. Rose inalou o cheiro do perfume de Scorpius e soube que ficaria naquele abraço para sempre, se pudesse. Então ela se lembrou da caixa em seu dormitório, e só então lhe ocorreu quem a havia lhe dado.

—O presente que Al entregou...?

—Você não abriu, abriu?

—Não abri, Lily disse que eu não podia e como eu queria muito te ver, não quis discutir, mas curiosidade é o que não me falta, sabia?

—Eu quero lhe pedir outra coisa, Rose... e sim, fui eu quem lhe dei o presente, não sei se vai gostar, mas...

—Você é maravilhoso, Scorp, céus! Tudo isso e ainda mais um presente, e eu tenho a certeza de que irei não só gostar, mas sim amar, assim como eu amei isso tudo. Muito obrigada – ela beijou sua bochecha carinhosamente. – Meu amor.

—Você merece muito mais, minha rosa. Mas então Rose, você gostaria de ir ao baile de primavera comigo?

Rose sorriu, seria possível mesmo que aquela noite ficasse ainda melhor? Pois tudo o que Scorpius parecia saber fazer era melhorar tudo cada vez mais, ela o beijou.

—Responde sua pergunta? – sorrindo, ele anuiu. –Você me deu um vestido, Scorp?

—Não sei se vai gostar...

—Já amei! – Rose disse sinceramente, ela não poderia estar mais feliz, não pelo vestido em si, e muito mais por tudo aquilo que estava vivendo no momento, e por ter Scorpius, principalmente por tê-lo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Música: Tenerife Sea, Ed Sheeran.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Give Me Love" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.