As gêmeas de Atena escrita por Liliya


Capítulo 7
A Poção


Notas iniciais do capítulo

sei que demorei, me perdoem por favor!!!
mas aqui vai um capitulo que eu fiz com muito amor no coração pra vocês



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/605093/chapter/7

Autora

Helena estava extremamente concentrada na poção. Vez ou outra uma filha de Circe observava seu trabalho curiosa perguntando o que ela faria com o liquido no caldeirão, a filha de Atena, porém apenas ignorava.

Sofia entrou procurando a irmã, já fazia horas que Helena estava trancada no chalé 22 e não havia comido nada, não que a loura de olhos esmeralda se incomodasse com isso.

– Helena, por favor! Venha pelo menos almoçar. - Suplicou a loura de olhos azuis.

– Sofia eu preciso terminar isso ainda hoje então não me atrapalhe! – por incrível que pareça Sofia obedeceu, de alguma forma ela sentia o quanto aquilo era importante para a irmã, por isso resolveu não mais incomodar.

Aos poucos as filhas de Circe iam deixando o chalé e caminhavam na direção do pavilhão, deixando Helena sozinha, não que ela se importasse. A loura estava tão concentrada em moer as pétalas da flor de Delos que nem havia percebido a entrada de certo filho de Zeus no chalé.

O que esta fazendo? – Dean sussurrou atrás da loura, assustando a mesma.

– Eu é que pergunto! O que você está fazendo? – O moreno não pode conter um sorriso cínico.

– Eu estava andando na minha até o pavilhão quando ouço que certa filha de Atena teimosa estava fazendo uma poção no chalé de Circe e por isso resolvi incomoda-la. – Helena revirou os belos olhos esmeralda.

– Missão cumprida, agora pode ir embora - Respondeu com total desinteresse, Dean suspirou derrotado e com um pequeno sorriso divertido colocou um pode de vidro cheio de morangos em cima da mesa de trabalho de Helena. A loura confusa e sem entender nada olhou para o moreno com uma sobrancelha arqueada. Ainda sorrindo o mesmo tirou uma das mãos de trás das costas revelando um pote de... Nutella, os olhos de Helena se arregalaram na hora.

– Eu sei que vai ficar aqui a tarde inteira se preciso, então é melhor comer algo não? – Perguntou Dean. A filha de Atena não pode evitar ficar desconfiada.

– Como sei que você não envenenou a Nutella? – Perguntou Helena com desconfiança evidente na voz. O moreno então revelou a outra mão que segurava duas colheres, colocou a Nutella na mesa, abriu e provou, esperando que assim Helena confiasse nele.

– Viu? Não sou burro de envenenar algo tão bom como Nutella. – A filha de Atena teve vontade de rir diante de tal afirmação, mas se conteve e para deixar claro que acreditava em Dean pegou um morango e o mergulhou no pote saboreando o mesmo logo em seguida.

– Que bom que você não é tão burro a esse ponto. – Respondeu ela com sarcasmo.

– Vindo de você isso foi quase um elogio, devo ficar preocupado? Ou você finalmente decidiu assumir que me ama publicamente? – Helena não pode evitar corar, o que fez Dean rir discretamente, com raiva a loura socou seu braço. O filho de Zeus a encarou surpreso enquanto esfregava o braço machucado, ato que fez a loura revirar os olhos.

– Fala sério duracel ambulante, você aguenta mais do que um soquinho vai! Nem coloquei muita força. - Brigou Helena pegando logo em seguida outro morango e o mergulhando na Nutella.

– Imagina se você tivesse colocado! Talvez eu nem tivesse mais o braço. – Reclamou Dean, ao ponto que a loura apenas revirou novamente os olhos.

– Exagerado! Ah e antes que eu me esqueça, pode ir embora. – Disse Helena voltando a prestar atenção na poção.

– Tudo bem, mas antes você tem que prometer que vai jantar hoje. – Exigiu Dean com seriedade, uma coisa rara de se ver. A loura olhou para ele confusa, porque ele estava preocupado com ela logo agora? Mas sem muita escolha ela assentiu. O filho de Zeus sorriu para logo em seguida sair do chalé, deixando para trás uma loura de olhos verdes esmeralda com um singelo sorriso bobo.

.

.

.

.

.

Sofia ria com as amigas, Isabella e Melissa faziam suas costumeiras gracinhas. A filha de Atena tinha um sorriso alegre nos lábios, apesar de ser uma garota sociável e extremamente gentil, nunca havia tido amigas já que desde sempre morara em uma fazenda nos arredores de Nova York. Ela se virou na direção de Aeryn e viu que a morena olhava insistentemente para o chalé de Deméter, mais precisamente para um garoto. Sofia chamou a atenção das outras duas integrantes do grupo discretamente apontando para a filha de Hades. Isabella deu uma risada discreta, já Melissa começou a pular de animação como algumas filhas de Afrodite faziam.

– Não acredito que você está interessada no meu irmão!!! – A filha de Deméter quase gritou, fazendo Aeryn corar vários tons diferentes de vermelho, o garoto para quem a filha de Hades olhava ouviu o quase grito da irmã e acenou para elas. As amigas acenaram de volta, menos Aeryn que praticamente se escondeu atrás das amigas.

– Qual é o nome dele? – Perguntou Sofia com um sorriso gentil nos lábios, Isabella com um sorriso malicioso respondeu:

– Marcos Miller, um dos irmãos de Melissa, Aeryn tem uma queda por ele desde o verão passado. – A filha de Hades continuava corada e quieta, Sofia se virou para ela com um sorriso digno de uma filha de Afrodite.

– Pode ser a benção de Afrodite falando, mas se quiser estou disposta a fazer de tudo para ver vocês juntos! – A filha de Atena disse com uma animação contida.

– Obrigada pela oferta Sofia, mas acho melhor deixar como está. Ele nunca vai sequer olhar pra mim sem contar que nossos pais não se gostam muito. – Sofia agora olhava para a filha de Hades confusa.

– E o que isso tem de mais? Seus pais não se gostarem não interfere na relação amorosa de vocês. – A filha de Atena falou com calma e gentileza.

– Primeiro: interfere se esses pais forem seres divinos poderosos, e segundo: Que relação amorosa? Eu nunca nem sequer falei com ele direito! – respondeu Aeryn também com calma, mas com um pouco de receio e tristeza.

– Tenho certeza que seus pais vão aceitar se isso os fizer felizes, e outra: Ainda não tem uma relação amorosa, porque se depender de mim os dois estarão juntos no final desse verão! – Não era comum Sofia ter tanta certeza de algo, mas dessa vez era como se ela pudesse ver uma linha vermelha que os ligasse, quase como se estivessem destinados um ao outro.

– Esse é o espírito! – Disse Melissa, contagiada pela animação da filha de Atena.

– Pode contar com a nossa ajuda pro que der e vier Sofia, ah e só pra constar eu shippo Maryn!!! – Disse Isabella empolgada. A filha de Hades se limitou a rir das amigas.

– O que seria de mim sem vocês? – Aeryn perguntou com um sorriso divertido nos lábios.

– Eu imagino isso às vezes e sinceramente o resultado não é nada bom, então agradeça por nos ter querida. – Disse Melissa fazendo graça e arrancando risadas das outras.

Com Helena

.

.

.

.

Ela finalmente tinha terminado agora ela segurava dois frascos com líquidos coloridos. Já no jardim dos fundos do chalé 22 Helena colocou um rato branco no chão, para logo em seguida derramar um pouco do liquido de um dos dois frascos. O animal na hora havia se transformado em uma orquídea branca, então com cuidado ela derramou o outro liquido sobre a planta. Primeiramente uma fumaça azul saiu e por via das duvidas a filha de Atena resolveu fechar os olhos. Quando os abriu novamente viu que a planta não estava mais lá e sim o rato... O único problema... Era que o animal estava morto.

Lagrimas tentaram escorrer pelos olhos verdes esmeralda de Helena, mas a loura as segurou até seus olhos arderem. A frustração era imensa, tão perto e mesmo assim tão longe... Ela já havia testado em objetos e a transfiguração havia dado certo. Então porque não em seres vivos? Se a poção não era forte o bastante nem para trazer um rato de volta então como traria Josh? Sua raiva já era tão grande quanto à tristeza, já estava perdendo a esperança.

Dominada pela raiva ela jogou os dois frascos contra a parede do chalé de Circe, o resto do liquido escorria pela parede e ia até o chão. Tantas semanas de pesquisas para o fracasso iminente, mas não! Não podia desistir agora, talvez se procurasse mais... Por isso Helena correu para a casa grande a procura de um livro que ainda não havia lido, qualquer livro serviria... Perda de tempo, ela sabia disso. Já havia lido e relido todos os livros de feitiços e poções do acampamento, e na biblioteca da casa grande não havia nada que lhe ajudasse. Ela então já sem qualquer esperança se dirigiu ao escritório de Dionísio, obviamente ele não estava lá, já era de noite, provavelmente todos se encontravam no pavilhão. Helena então foi para um armário com vários dos melhores vinhos, pegou a chave em uma das gavetas e o abriu. Escolheu uma garrafa qualquer e encheu uma taça de vidro com o liquido. Antes de leva-lo aos lábios sentiu o leve aroma de uvas no ar se virou para dar de cara com o deus do vinho a olhando com uma sobrancelha arqueada.

– Sabe, não é só porque eu divido meus melhores vinhos com você, que a senhorita deve invadir meu escritório. - Disse Senhor D com sarcasmo.

– Fala como se eu fosse uma viciada, sendo que eu só venho aqui beber quando estou bem triste ou com raiva. – Respondeu com calma a filha de Atena, sem qualquer interesse em conversar com o diretor do acampamento, este suspirou derrotado.

– Me arrependo todos os dias de ter deixado você provar vinho pela primeira vez, você tinha o que? Dez anos? – Perguntou Dionísio como se aquela fosse uma memória agradável e pessoal.

– Doze, foi um dia depois da morte de Celine. Realmente que ideia foi aquela de dar vinho a uma criança? – Perguntou Helena com um meio sorriso, coisa que fez o deus do vinho dar um sorriso torto.

– Não me lembro de você reclamando! Mas mudando totalmente de assunto: se continuar bebendo assim vai acabar com minhas melhores garrafas de vinho! – Reclamou o deus fingindo desespero.

– Como se você pudesse beber. – Disse a filha de Atena com sarcasmo, fazendo Dionísio rir.

– Não falta muito tempo para eu sair daqui querida! – Disse ele com empolgação, Helena deu um sorriso amarelo.

– É verdade, daqui a dois meses o senhor sairá do castigo não? – Por incrível que pareça o deus viu que a loura ficara meio abalada, mas se conteve em perguntar o por que.

– Sim, mas mudando de assunto, de novo: porque está triste? – Perguntou Dionísio não querendo entrar em terreno perigoso. Helena soltou um pequeno suspiro de frustração.

– A poção... Não funcionou... - Sim o deus sabia da história de Helena e do que acontecera com Josh o filho de Hades. Aquele que quase morreu para permitir que a filha de Atena e sua companheira continuasse o caminho para o acampamento, e que só não fora para o Elísio graças ao pai Hades que havia o transformado em uma flor, permitindo que assim o filho vivesse, desde então Helena procurava desesperada por um feitiço ou poção que trouxesse o amigo de volta.

– Pode me lembrar mais uma vez o porque de não me emprestar o velocino de ouro? – Perguntou a loura bebendo todo o vinho em sua taça. Dionísio deu um sorriso triste.

– Zeus acha que retirar o Velocino do pinheiro de Thalia seria desrespeita-la, todos sabem que não é esse o verdadeiro motivo e que ele só não quer que você salve o filho de Hades, mas mesmo assim não se pode desrespeitar o todo poderoso Zeus. – Disse o deus com deboche, o que fez um trovão ecoar ao longe. Os dois reviraram os olhos e novamente um trovão se fez ouvir.

– Tudo bem, não preciso daquele pedaço de pano idiota! Eu vou achar algo que traga Josh de volta, nem que essa seja a ultima coisa que eu faça! – E depois dessa fala, Helena saiu do escritório às pressas, deixando para trás um deus com um sorriso pequeno, realmente, ele sentiria falta da neta, que talvez nunca viesse, a saber da verdade.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

espero que tenham gostado
bom....KISSUS DE NUTELLA E COMENTEM PLEASE!!!!!!!!!!!!!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "As gêmeas de Atena" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.