Enfurecida - Até onde você iria por uma mentira? escrita por Evelyn Andrade


Capítulo 20
O confronto - Parte 2


Notas iniciais do capítulo

Tá chegando ao final galerinha!



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A rua está uma personificação de “Caos”. Há corpos no chão, alguns carros virados ainda pegando fogo, e quando meus olhos rodaram o local a procura do causador senti um arrepio em minha espinha. Lá estava minha irmã, no momento, empunhando uma espada um pouco maior do que ela mesma, ao seu redor diversas pessoas.

–São as pessoas desaparecidas. –Eu disse assim que reconheci alguns rostos.

Felicity assentiu.

–Mas não tão vivas quanto.

–O que?

Ela me apontou eles novamente e eu os encarei. Seus olhos eram a grande diferença, não havia pupila, estavam negros, macabramente negros.

–Vamos tentar não matar ninguém. – Disse Dimitri

Eu o encarei.

–Tentar?

Ele assentiu.

–Não sabemos se podemos fazer eles voltarem ao normal.

Eu assenti com a cabeça bem no momento em que algo voou em nossa direção, ou melhor, alguém. Um homem de idade média, suas roupas estavam meio gastas e havia sangue respingado nelas, seus olhos de focaram em mim e no instante seguinte ele avançou em minha direção, mas antes de sequer chegar a encostar em mim, Dimitri o alcançou e quebrou seu pescoço.

–Pensei que tentaríamos não matar. – Digo eu enquanto observo o corpo do homem cair no chão.

–Ele chegou perto demais de você. –Ele diz como se isso fosse uma grande desculpa.

–Rose!

Eu me virei para encontrar Lissa que corria em minha direção com uma espada em punho, e ao seu lado, minha mãe.

–Mãe! –Eu disse enquanto a alcançava em um abraço.

Minha mãe me apertou fortemente em seus braços.

–Desculpe querida, eu não sabia que chegaria a isso. – Ela diz. – Seu pai jurou para mim que isso nunca aconteceria com vocês.

–Você sabia? –Eu pergunto.

Ela assente.

–É uma longa história.

–Mas agora temos que parar Raquel e Marcelino. –Interrompeu Lissa.

Eu me afastei alguns centímetros de minha mãe e abracei Lissa. Céus, como eu havia sentido saudade de minha melhor amiga e ver que ela estava bem tirava um enorme peso de minha consciência.

–Temos que agir. –Ela disse.

Dimitri e Felicity já lutavam em um canto afastado, assim como Tasha e Adrian que apresentavam alguns machucados.

–Mamãe, entre para casa e se esconda lá. –Eu digo

Ela nega com a cabeça.

–Você vem comigo.

–Não posso, tenho que ficar e lutar. –Digo. –É o meu destino, não é?

Os olhos de minha mãe se enchem de lágrimas.

–Você tem acesso aos poderes?

Eu assinto com a cabeça.

–Sou uma invocadora. –Digo. – É isso o que faço.

Minha mãe me abraça temerosa, mas tenho certeza que ela pode me entender.

–Vamos nessa Lissa. –Digo.

–Não tão rápido maninha.

Meus olhos se focam em Raquel, um sorriso gelado brilhando em seus lábios, no entanto, de repente algo aparece atrás dela a apunhalando pelas costas. Meu coração dá um salto repentino ao presenciar a cena.

–Raquel! – Eu grito

O corpo inerte de minha irmã cai no chão. Meus pensamentos estão desorganizados para tamanha façanha, estou completamente confusa.

–Ela não vai nos atrapalhar mais. –Diz Marcelino enquanto limpa a faca que usara com minha irmã em um pedaço de pano.

Eu não sei com o que estava mais chocada, se com a morte de minha irmã ou com a traição fria de Marcelino. “Eles são pessoas más” – Meu consciente me alertou, eu não deveria estar tão surpresa. Mas vendo o corpo de minha irmã novamente inerte para mim só fez a dor de perda voltar com uma completa força me atingindo.

–Você a matou. – Minha voz sai fria e dura, quase não a reconheço.

As palmas de minhas mãos estão queimando, uma energia parece passar por todos os meus vasos sanguíneos.

–Ela seria um peso morto para meus planos. –Marcelino diz impassível. – Vamos querida, não temos tempo.

Minhas mãos se fecharam em punhos. Lissa pulou ao meu lado.

–Rose... seus olhos!

Algo dentro de mim mudou, e eu sabia exatamente o que era.

Alguns passos para frente e eu já tinha Marcelino sob controle.

–O que está fazendo? – Ela gritou.

Com um simples levantar de braço seu corpo foi arremessado para o outro lado da rua batendo de encontro com um carro.

–O que eu estou fazendo? Você já vai descobrir.

A energia que fluía dentro de mim era incrível, impressionante, me deixou completamente extasiada, e me deu a sensação de que eu poderia fazer qualquer coisa.

Arrestei seu corpo para perto de mim. Alguns cortes superficiais se faziam presentes em seu rosto, eu não me importei, ele acabara de matar minha irmã, e ele iria sofrer.

–Faça essas pessoas voltarem ao normal. – Eu disse.

Marcelino riu.

–Não há como, elas já estão mortas!

Crack.

–Haaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa! – Gritou Marcelino,

Eu acabara de partir o osso de sua perna esquerda sem mesmo encostar um dedo nele.

–Como pode fazer isso? –Ele gritou. –Invocadores não são tão poderosos!

–Parece que se enganou. –Digo enquanto arremesso seu corpo novamente.- Por que a matou? Por que fez isso com ela?

Eu gritava enquanto continuava a jogar seu corpo de um lado para o outro. Sem perceber lágrimas já desciam por meu rosto. O corpo de Marcelino caiu no chão, inerte, torto e morto.

–Rose!

Um liquido quente começou a jorrar de meu nariz, e não demorei a constatar que era sangue. Meus olhos pesaram e eu cai na escuridão.


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Notas finais do capítulo

Comentem okay? mil beijinhos!



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