Enfurecida - Até onde você iria por uma mentira? escrita por Evelyn Andrade


Capítulo 10
A emboscada - parte 2




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–Josie? –Chamo em meio ao nada.

Um calafrio sobe por minha espinha de forma propicia, me sinto tremer por dentro enquanto uma brisa gelada joga meus cabelos para trás.

Um grito de agonia faz os pelos de meu braço se eriçarem e eu dar alguns passos vacilantes para trás.

–Quem está ai? –Pergunto, no entanto, minha voz treme. – Quem está ai? –Retorno a perguntar.

Não havia ninguém. Para onde havia ido todas aquelas pessoas? Onde estava todo mundo?

–Você continua a me surpreender.

Eu me viro assustada na direção da voz que sussurra tão perto de mim e sinto o baque da surpresa chocar meus ossos com uma forte desnaturada.

Ela parecia igual.

Raquel sorria, seu cabelo preso em uma linda e delicada transa, trajava roupas normais, jeans e uma blusa qualquer, eu só precisei de alguns passos rápidos para cobrir a nossa distância e conferir realmente que ela não era uma alucinação, a abracei com tamanha força e saudade.

–Raquel. –Sussurrei. –Você está vida!

Na realidade eu já sabia disso, mas ve-la ali na minha frente me deixava completamente extasiada, lágrimas se acumulavam em meus olhos.

–Eu senti tanto a sua falta. –Sussurro. –Onde você estava? Porque não voltou antes?

E então me separei o suficiente dela para poder encarar os seus olhos, no entanto, o que eu enxerguei ali me quebrou de forma cruel.

Aquela não era minha irmã. O olhos de Raquel não possuíam qualquer traço de afeto, na verdade, eu notava algo agora que antes que não pude enxergar, ela não parecia sentir nada.

–O que houve com você? –Eu pergunto me afastando.

Seu sorriso gelado me deixa curiosa.

–As coisas mudaram Rose.

–Do que você está falando? –Pergunto.

–Você pode vir comigo se quiser. –Ela diz. –Mamãe ficará feliz em ve-la.

Eu pisco confusa.

–Mamãe? Você pegou a mamãe? Você está sequestrando pessoas inocentes?

Os olhos de Raquel cintilam de uma forma cruel em minha direção.

–Medidas necessárias. –Ela responde.

–O que está fazendo com essas pessoas?

Silêncio.

–O que está fazendo com essas pessoas? –Questiono novamente.

Raquel pisca em minha direção, seu sorriso maldoso ainda em seus lábios.

–Os humanos estão sendo de ótima utilidade para nós.

–Nós?

O sorriso de Raquel se alarga ainda mais.

–Tão inocente Rose. –Ela sussurra. – Venha comigo, podemos te mostrar tudo o que seus olhos invocadores, não veem.

Ignorando a parte do “Nós” eu respondi:

–Não sou uma completa invocadora. –Murmuro contrariada.

–Quando seus poderes aflorarem, sua sede por sangue será mais necessária que sua humanidade.

–Eu não entendo.

Raquel pisca em minha direção, e pela primeira vez naqueles minutos. identifico algo, talvez algum sentimento que pisca em seus olhos rapidamente desaparecendo em seguida.

–Você é uma arma sem controle Lauren, mais cedo ou mais tarde, pessoas irão se machucar por sua culpa. –Raquel diz. –E talvez devêssemos começar por aquela que começou tudo isso.

Raquel vira de costas e começa a caminhar.

–De quem está falando? Onde você está indo? –Pergunto enquanto a sigo.

Raquel ri.

–Estou falando da traidora.

Lissa.

Meu coração dá um solavanco.

–Não pode machuca-la. –Digo.

Raquel não se vira raivosa como o esperado, apenas continua andando.

–Não seja ingênua irmã, pessoas como ela merecem a morte. Me acompanhe, e nós poderemos mostrar a verdade a você.

–Mas de quem você está falando? E que verdade é essa?

–ROSE!

–Venha comigo. –Sussurra Raquel.

ROSE ACORDE!

Você já me deixou uma vez, me abandonará novamente? –Pergunta Raquel.

Eu pisco diversas vezes enquanto um alto zumbido estala em meus tímpanos.

Eu abro os olhos.

–Lauren você está bem?

Eu pisco algumas vezes testando a claridade do local e me surpreendo ao encontrar o teto tão observado e conhecido por mim.

–Felicity? –Pergunto enquanto me sento na cama.

Felicity sorri, no entanto, uma ruga de preocupação se sobressai em suas sobrancelhas.

–Estamos na minha casa?

Felicity com a cabeça.

–Onde está Dimitri? Ele está bem?

–Sim, ele está bem, daqui a pouco estará aqui.

Eu respiro mais aliviada.

– O que aconteceu? –Pergunto

–Apenas uma queda de energia na escola, todos os alunos foram dispensados. –Felicity diz, no entanto, estou certa de que a mesma mente. –Você desmaiou no meio do gramado, eu e Dimitri a trouxemos para casa.

–Minha mãe...

–Ainda está desaparecida. –Completa Felicity.

As imagens do sonho voltam a minhe mente e me sinto estranhamente medonha.


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