No capítulo anterior:

—Rick, tudo bem? – Kate, me chamou preocupada.

E agora o que eu ia fazer? O que nós íamos fazer?

Pov Kate

Decidi ir até á porta, mas no mesmo momento Rick chega á sala. Olhei para ele, confusa. Ele estava mesmo segurando um bebé?

Pov Kate

—Rick isso é um…? – Perguntei com medo da resposta.

Ele afirmou, segurando a criança de uma forma acolhedora.

—E agora, Kate? O que vamos fazer? – Ele olhou para mim preocupado.

—Quem deixou ele ai? – Eu o tirei dos braços e envolvi o menino nos meus braços.

—Eu não sei… - Ele olhou para mim com ternura.

—O que foi? – Eu ri da cara de babado dele.

—Nada, você segura tão bem nele… Parece que foi feita para ser mamãe. – Ele responde, sorrindo com os olhos pequeninos. Aquilo tirava o meu chão. Aproximei-me dele e dei-lhe um beijo suave nos lábios. Aquilo estava parecendo um cenário familiar e a ideia não me desagradava. Eu estava encantada com bebé tão lindo, tinha feições de rapaz. Estava vestido de azul e dormia tranquilamente nos meus braços. Eu não queria mais largá-lo. Apesar de o ter nos meus braços só há alguns minutos, eu já sentia um laço com esta criança que tinha um sorriso lindo no seu rosto macio.

—Acha que podemos ficar com ele? – Rick, afagou os seus cabelos.

—Não vejo qualquer problema… Olha só para ele é tão sossegado…

Assim que acabou de falar, o menino começa a chorar desesperadamente. Castle começou a entrar em pânico.

—Ele deve ter fome! – Eu calculei.- Vai pegar leite e um biberão…

Ele assim o fez. Em 10 minutos, eu estava alimentando a criança. Depois de um tempo bebendo leite, ele sossegou e pegou no sono outra vez. Deitei-o lá em cima e decidi ir falar com minha mãe.

—Rick, nós precisamos falar com nossos pais. – Eu disse e de seguida sentei-me ao seu lado no sofá.

—Tem razão… Isto não é brincadeira, um bebé é sério. – Ele concordou.

—Vou ligar para a minha mãe. – Suspirei e segurei a sua mão. Ele estava nervoso e isso também me inquietava.

Bip… Bip…

—Alô querida! — Minha mãe falou alegre. Sabia ela que sua alegria iria sumir muito rápido.

—Mãe aconteceu um imprevisto…

—Ai, Kate, está me assustando!

—E é para assustar mesmo. Temos um bebé aqui em casa! – Eu falei direta ao assunto e a chamada caiu. Boa! Era o que me faltava agora.

Liguei mais 4 vezes e nada… Porra, o que terá acontecido?! Pouco tempo depois, Jim, me liga histérico, fazendo inúmeras perguntas que nem eu mesmo percebi.

—Pai, respira! – Eu falei um pouco mais alto, para chamar a sua atenção.

—Como quer que eu respire?! Sua mãe desmaiou e agora está aqui dizendo que você teve um bebé!

—O quê?! A mamãe percebeu tudo mal – não fui eu quem tive um bebé! O bebé é que apareceu aqui na porta –alguém o abandonou e o deixou aqui para nós!

—E agora?! Vocês têm que ir na policia – ele deve estar perdido.

—Pai, o deixaram aqui na porta, eu duvido que alguém o queira de volta! – Eu falei chateada, por mais estranho que isto parece, eu não queria devolver aquela criança.

—Qual a sua ideia? Ficar com ele?!

—Sim, qual o problema? Eu e o Rick estamos trabalhando, podemos perfeitamente tomar conta dele!

—Kate, você sabe o que implica ter um bebé? Uma criança não é um objeto, ela precisa de atenção, carinho e amor….

—Eu sei, pai… Eu e Rick estamos voltando para casa. Chegamos dentro de poucas horas.

—Ok, aqui te esperamos. Vou avisar a Martha.

—Ok, o Alexander vem connosco…

Desliguei a chamada. Rick me olhava surpreso.

—Alexander? – Ele sorriu, não conseguindo conter a felicidade.

—Sim, não gosta do nome? O menino tem de ter nome. – Eu disse, subindo as escadas para preparar as malas. As nossas férias tinham acabado e a partir de agora tudo seria diferente.

—Adoro, eu também sou Alexander… - Ele trincou o lábio, curioso.

—Sim, foi por isso que escolhi esse nome. – Admiti.

—Por isso eu gosto tanto de você, garota. – Ele me pára e me encara. Os seus olhos mostram a felicidade que ele estava sentido e isso era recíproco – não sei o porque, mas o Alex me trouxe felicidade. – Você sempre pensa em mim primeiro e isso me faz sentir a pessoa mais especial do mundo. – Ele encostou as nossas testas e beijou a ponta do meu nariz, me fazendo esquecer de tudo por uns breves segundos.

—Porque você é mesmo a pessoa mais especial do mundo. – Beijei o seu rosto, roubando-lhe um sorriso.

…

As malas estavam feitas e eu, Rick e o pequeno Alex estávamos voltando para a cidade. A partir deste dia, tudo vai ser diferente.