Prometidas escrita por P Capuleto


Capítulo 9
ARCO I: inesperado


Notas iniciais do capítulo

Quem disse que eu morri? Tava lavando o cabelo.
Piadinhas a parte, eu precisei desses quase dois meses de folga para mim mesma e, por mais que escrever seja um hobby e me deixe feliz, toma tempo e exige dedicação (coisas que eu n estava disposta a entregar), então peço desculpas pelo sumiço. N posso garantir que isso não vai se repetir, mas uma coisa é certa: a fanfic NÃO ENTRARÁ em hiatus. No mais, espero que curtam o capítulo final desse arco inicial. Beijos e até os reviews!!



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Ino mandou uma mensagem para Juugo e aguardou pela resposta. Apoiou uma das mãos na cintura e ficou batendo o pé no chão, bem impaciente. Por fim cansou de esperar e resolveu ligar de uma vez.

— Oi, amigo. – cumprimentou quando ouviu a voz do ruivo do outro lado da linha. – Tô com uma dúvida aqui. Será que você saiu da formatura junto com a Sakura ontem?

Hinata, que já havia mandado a mesma pergunta para o grupo que tinha com seus amigos Kiba e Shino, sentou-se na cama de Sakura e esperou enquanto a loira conversava. A terceira irmã fez o mesmo, apoiando-se na cabeceira e sentindo-se ansiosa com a possibilidade de Juugo ser o seu "herói", como Ino havia apelidado. Ela não gostava de admitir, mas sempre amou ler romances de fantasia nos quais alguém era salvo de uma situação perigosa e misteriosa pelo futuro par romântico da história. No entanto, logo lembrou da perda automática de encanto que sentiu durante a festa quando viu que ele foi mais um dos muitos que riu de sua situação constrangedora com Lee. Se Juugo já lhe pareceu bonito um dia, já não parecia mais. Ele não merecia fazer parte de sua fantasia adolescente.

— Não, garoto. Não nesse sentido... – continuou Ino, e então piscou para Hinata, que cobriu o rosto de vergonha e decepção pela mente suja das pessoas a sua volta. A loira estava prestes a se despedir, mas sua expressão mudou de repente. – Pera, não entendi. O que você quer dizer com isso? – ela esperou - Juugo, o que vocês..? Eu juro que... Não, eu não estou achando a menor graça. Eu vou ligar pra ela agora.

Hinata e Sakura viram quando Ino tirou o aparelho do ouvido para desligar e, furiosamente, discou outro número.

— O que houve? – Sakura quis saber, mas a loira levantou o indicador em sua direção pedindo um momento.

— Karin, sou eu. Primeiramente quero saber se seu irmão levou Sakura em casa hoje de madrugada. – ela aguardou uma resposta e então se virou para as irmãs – OK, então não foi nem o Juugo nem o Suigetsu. – ela voltou para o celular e dessa vez falou com uma voz mais áspera – Agora eu tenho mais uma pergunta pra você, Karin, e quero que seja sincera: você e Juugo tem algo a ver com o showzinho do Lee durante a minha coroação?

Sakura e Hinata ficaram de boca aberta com a acusação e aguardaram em silêncio pelo desenrolar da história.

— Eu estou falando muito sério. – afirmou a rainha do baile enquanto ouvia a amiga falar. A sua expressão de choque ia apenas aumentando, então as irmãs praticamente se penduraram nela para tentar ouvir o que era dito do outro lado da minha. Por fim, a dona do celular revirou os olhos e colocou a ligação no viva-voz:

...por isso acabou saindo um pouco do controle. A ideia inicial era só sabotar os votos para rei do baile de formatura para que alguém bizarro ganhasse. Nós até pensamos naquele garoto-mascote, o Kiba, mas o Lee foi o melhor candidato. Todo mundo da comissão tava envolvido, Ino. Não precisa ficar brava desse jeito. Foi uma zoeira de fim de ano e a gente nem tocou nos seus votos.

— Fodam-se os meus votos! – a outra explodiu – Zoeira de fim de ano? Karin, vocês quase arruinaram o meu momento! Mas mais do que isso, você fizeram a minha irmã passar a maior vergonha!

Ah, amiga, fala sério. Não tínhamos como saber que ele ia fazer aquilo, mas você tem que admitir que foi tipo a cereja do bolo.— ela riu. – E sua irmã precisava desse up. A garota praticamente não existiu durante a escola. Agora ela vai ser lembrada pra sempre.

Ino começou a tremer de raiva.

— Eu acho muito bom que vocês dois nunca mais passem pelo meu caminho! Eu não quero ver nenhum de vocês na minha frente pelos próximos cem anos! Ouviu bem, sua falsa do caralho!? Não acredito que já considerei vocês meus amigos. Vão os dois tomar no meio do cu e nunca mais use essa boca suja pra falar da minha irmã!

A loira encerrou a ligação com violência e tacou o aparelho na cama, acabou quicando e foi parar no chão.

— Merda! – gritou indo em direção a ele e sentando no chão para analisar se havia riscado a tela.

Sakura podia sentir uma raiva crescente em seu peito, mas não conseguia expressar em palavras, então permaneceu em silêncio absorvendo a situação.

Hinata ainda estava sentada em estado de choque quando recebeu uma notificação em seu próprio celular. Ela o desbloqueou, leu o que as mensagens diziam e então se voltou para as irmãs:

— Bem, parece que Shino e Kiba também não sabem de nada sobre sua volta pra casa. – ela murmurou.

 

**********

 

Ino passou a próxima hora falando mal de Karin e Juugo e pedindo desculpas por ter sido tão cega para amizades falsas. Estava muito irritada pela forma como Karin se referiu a Kiba e a própria Sakura, que por sua vez não parecia mais tão chocada ou enfurecida como antes.

— É óbvio que eu estou puta com tudo isso, mas sinceramente já estou de saco cheio da escola e quero aproveitar para fechar esse capítulo de vez. – desabafou a rosada. – Chega de provas, chega de prazos, chega de colegas falsos e chega de mistérios imbecis. Vamos deixar tudo para trás.

— Que mistérios? – Hinata quis saber.

— Ah, essa coisa toda sobre como eu voltei pra casa... – respondeu – Obviamente não vamos ter respostas pra isso e se quer saber, eu não ligo. Que seja um pássaro gigante, não importa! Talvez eu tenha bebido tanto depois daquela declaração do Lee que eu nem me lembre de nada. Isso acontece, não é? Nós já devíamos estar acostumadas a falta de respostas.

A morena e a loira se entreolharam. Elas sabiam que Sakura estava se referindo ao passado desconhecido que elas três compartilhavam e que até hoje parecia inexplicável demais para ser verdade.

— Talvez estejamos fadadas ao drama. – Ino sorriu tentando levantar o astral da conversa.

— Eu espero que não. – Hinata foi sincera e acabou levando um olhar feio de Ino, mas não se importou. – Eu realmente gosto das coisas mais pacatas e tenho certeza de que a Sakura também.

A rosada concordou e deu um suspiro longo.

— Vamos mudar de assunto por favor? Qualquer coisa é melhor. – pediu.

Nesse momento, Ino deu um pulo e riu animada:

— Já sei! Vamos escolher a roupa de vocês para a festa de natal!

— Não. – as outras duas responderam em uníssono.

Ino bufou e puxou as irmãs pelo braço.

— Vamos, por favor! – insistiu. – Vocês sabem muito bem que é melhor ver comigo e deixar tudo pré-determinado antes do Deidara chegar.

Sakura gemeu de desgosto. Deidara foi o mestre de cerimônias dos eventos sociais da prefeitura por muitos anos, mas quando conheceu Tsunade e seu espírito festeiro, acabou deixando de lado os contratos políticos para se dedicar totalmente a eventos mais animados em que pudesse soltar seu artista interior. Em menos de um ano, a Bakuhatsu Eventos – sua empresa - já estava consolidada com os novos clientes e os negócios indo de bem à melhor. Em agradecimento à mulher que o incentivou a seguir seus sonhos, Deidara sempre organizava uma festa de natal totalmente gratuita para Tsunade em uma cobertura chique da cidade.

Ino cresceu observando a festa através da ala das crianças e sempre desejou fazer parte daquele glamour. Por isso, desde os 15 anos ela se propunha a dar uma mãozinha para a empresa sempre que necessário; fosse organizando a lista de convidados, confirmando telefonemas ou até mesmo carregando os cadernos e portfólios de Deidara. Ele sempre a incentivou pelo bom trabalho, prometendo-lhe uma vaga na empresa assim que a menina se formasse.

— Façam isso por mim... Vai ser meu primeiro evento como membro da equipe. Por favorzinho? – ela fez biquinho.

Sakura sabia muito bem que estava sendo manipulada, mas acabou abrindo um sorriso para a irmã. Não é porque ela estava de mau humor que devia atrapalhar os planos de ascensão de Ino. Até porque, como ela mesma havia dito, queria deixar todo esse drama para trás e seguir em frente.

— OK, realmente eu prefiro você no meu pé do que receber milhares de telefonemas do Deidara. – concordou.

— Yey! Você não vai se arrepender. Eu passei Novembro inteiro selecionando os melhores modelos.

— Mal posso esperar... – lamentou Hinata já em tom de brincadeira e seguindo as irmãs até a porta.

— Ah, vamos chamar a mamãe também. – Ino parou de repente e puxou as duas em direção ao quarto de Tsunade - Não quero que ela compre a mesma echarpe que eu. Não vamos repetir o problema do ano passado, não é mesmo?

— Oh, céus. Não queremos mesmo que essa coisa horrível se repita! – Sakura debochou enquanto era carregada pelo pulso.

— Seria o fim dos tempos! – Hinata entrou na implicância pousando as costas da mão livre sobre a testa, fingindo estar sofrendo.

— Ha. Ha. Ha. – Ino revirou os olhos – Talvez o Deidara esteja precisando de animadoras de festa infantil. Vocês seriam as palhaças perfeitas.

Quando as meninas chegaram, a porta estava fechada, então Sakura tomou a frente e bateu.

— Mãe, vamos ver roupa pra festa de natal. – avisou. Como não houve resposta, ela aumentou o tom de voz – Ei, mãe! A Ino quer monitorar suas compras pra festa!

Nada.

— Ai, isso é ridículo. Será que ela bebeu até desmaiar? – Ino bufou já girando a maçaneta, mas percebeu algo inesperado: a porta estava trancada.


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Notas finais do capítulo

Obrigada pelo apoio de sempre. Espero que estejam gostando!
Voltarei amanhã (dia 10/05) com mais um capítulo iniciando o arco "Justiça"



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