Royalty escrita por Radami


Capítulo 2
Dois




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Tudo naquela tarde do dia seguinte parecia melhor. Menos o fato de que estava passando mal. E a única coisa que a Princesa não queria era ter que adiar certos compromissos para com o Rei. Porém não podia evitar.

– O dia seguinte será melhor, com certeza! – dizia Krista penteando o cabelo dela delicadamente.

Ela tentava se convencer de algo que não tinha certeza. Mas fez sim com um gesto.

O barulho da porta batendo atrapalhou seus pensamentos. Olhou para trás e viu Ellen chegando com três cabides e um tecido preto por cima deles.

A Princesa voltou a olhar para o espelho, vendo o reflexo de Sydney logo em seguida com uma caixa grande e decorada embaixo dos braços.

– Mas já chegaram? – perguntou a Princesa com um tom simpático.

Krista sorriu animada e foi logo atrás das outras duas.

A Princesa se levantou com ambas as mãos atrás das costas.

– Sabem o que é? – perguntou ela

– Só nos foi informado que deveria chegar até aqui... – disse Ellen séria e cansada

– Deve ser seus vestidos novos! – parecia que estava pensando consigo mesma até falar em voz alta – E os seus sapatos também...

A herdeira de Leondys não parava de sorrir, mesmo com a dor de cabeça.

– Podem abrir para mim então?

As três moças se olharam e ajoelharam no chão. Krista e Ellen abriram a caixa e Sydney retirou o tecido preto dos vestidos.

Instantaneamente todas se olharam chocadas e olharam para a garota ali de pé.

A Princesa sorriu com ternura.

– Provem! Quero ver como ficou em vocês! – ela disse animada indo se sentar na cama.

Ellen, Sydney e Krista pegaram um cabide e um par de sapatos cada.

Passaram-se poucos minutos e todas voltaram com os novos vestidos, sorrindo.

– Adorável! – a Princesa ria batendo palmas – Estão lindas como sempre!

Sydney ficou envergonhada, abraçando a si mesma. Krista adorou e rodou alegre. E Ellen arrumou a saia e deu um sorriso tímido de volta.

Nada parecia dar errado e com nada a Princesa se importava naquele momento. Ela não parava de sorrir. Estava contente com o fato de que seu pequeno e simples presente agradou as três moças

Até certo momento se sentir um tanto cansada. E de repente cair no sono.

• • •

Um cheiro bom de maçã e um ar quente fez com que acordasse. A Princesa se levanta e pega a xícara de chá e deixa o vapor aquecer seu rosto. Soltou um suspiro e deu um gole na bebida.

Após se levantar foi checar que horas eram.

Já se passava das três horas.

Um grande susto tomou conta no momento. Principalmente pelo fato de que há pouco tempo era apenas onze e meia.

Como o tempo passou tão rápido?

– Atchim!

Krista abriu a porta e olhou para a Princesa.

– A senhorita melhorou? – perguntou calmamente.

– Imagino que sim – mentiu, esfregando o nariz na blusa. – O que aconteceu?

– Bom – começou Krista – A senhorita desmaiou e quando fomos socorrê-la, o Rei chamou o Dr. Alfred... Que disse que você merecia um descanso prolongado.

– E o meu p.. – a Princesa começou, porém se auto corrigiu – Mas e o Rei?

Krista percebeu a hesitação da garota, mas apenas respondeu:

– Disse que assim que se sentisse melhor gostaria de vê-la assim que possível na sala familiar.

A sala familiar não era mais do que uma sala secreta onde apenas a família Real sabia onde ficava. Os criados sabiam da existência, porém sua localidade era um mistério.

A Princesa engoliu em seco.

– Você me ajuda? – pediu com delicadeza.

– Mas vi sair agora? – disse a pequena empregada preocupada – Não quer ficar e deitar mais um pouco?

– Não. – ela respondeu séria – É preciso que eu vá nesse momento. Não quero me atrasar.

Krista apenas concordou com a cabeça e pegou o primeiro vestido comprido que tinha ali perto. Obedecendo as ordens que lhe era dada.

• • •

A Princesa Reinaldz atravessou o corredor do ultimo andar de sua casa. Olhando para os lados e indo até o canto dali perto de uma mesa com um vaso e uma flor apoiados.

Ela respirou fundo e só passou a mão no vidro da mesa, deixando suas digitais.

Uma porta grande se abriu na parede. A Princesa observou e ficou parada ali na ponta sem querer dar um único passo, temendo o assunto que discutiria.

– Entre agora. – disse uma voz doce e feminina – E não se esqueça de fechar.

– Sim mãe. – ela entrou com a cabeça baixa. Com a porta se trancando atrás de si.

– Está melhor? – a Rainha perguntou.

– Talvez. – disse calma e sem pressa.

– Sim ou não?

– Eu não sei!

Tudo ficou quieto, só tinha um pequeno ruído da máquina de vapor que ficava naquele mesmo andar. Mas era quase insuportável.

Foi a partir dali que os três ficaram se observando antes que começasse o verdadeiro assunto.

• • •

Quatro andares abaixo da sala secreta estava o Térreo. Onde uma sala grande estava os trinta e cinco garotos concorrentes.

O silêncio era tão sufocante ali do que em qualquer outro lugar.

Cada um dos rapazes estavam se distraindo sozinhos sem fazer nenhum ato social entre eles. Alguns sentados e outros de pé se encostado em algum canto.

Após alguns olhares cruzados e a impaciência clara. A porta se abre e no mesmo instante todos se põem alertas e de pé.

Um empregado bem vestido entra no recinto e abre um cartão que estava na sua mão, logo o ditando em voz alta para que todos possam ouvi-los.

– É com grande atenção e carinho que a família real Reinaldz se oferece para com os competidores... – dando uma grande pausa, ele observou os vários rostos ali presentes – o abrigo em sua humilde e graciosa casa. Oferecido o melhor em sua estadia e agradecendo a educação e harmonia que tiveram até agora. Será servido o chá no grande salão de companhia. Atenciosamente, o Rei, a Rainha e a Princesa de Leondys.

Assim que acabou o homem se virou e seguiu para fora da sala com as portas se fechando atrás de si. Todos os trinta e cinco se olharam e começaram a debater sobre o ocorrido.

Vinte minutos depois, eles foram dispensados para seguir até seus quartos. Era capaz de ver a pressa de cada um. Pois parecia que finalmente poderiam ser capazes de conhecer toda a família real de uma vez por todas.

Em um canto no salão principal, um dos garotos estava parado ali olhando através das janelas para o jardim.

Um guarda enfim se aproxima e chama sua atenção

– É preciso que não se atrase senhor. Se puder se voltar aos seus aposentos seria melhor para todos nós. – ele disse de um jeito frio e rígido, sem sequer parecer uma ameaça.

– Ah sim obrigado. – disse o rapaz ainda de costas para o guarda – Estarei lá em um instante. – o garoto de cabelos curtos e castanhos se virou e finalmente completou – Não é toda hora que vejo esse tipo de paisagem em minha casa.

Logo, ele se virou e foi embora sem mais e nem menos. Olhando sempre em frente subindo as escadas e por segundo se distraiu por um breve momento.

O guarda o viu sorrir para o nada, mas deixou de lado e voltou aos seus afazeres.

Sydney logo correu de volta para o fim do corredor, sem olhar novamente para o garoto, evitando sorrir.

Marchel Leandrz era um rapaz caridoso e de casta número Cinco. O maior dele charme era o seu humilde caráter


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