Naruto - My Chance at Love (Itachi) After Story escrita por Mirytie


Capítulo 5
Orochimaru part 1


Notas iniciais do capítulo

Enjoy



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Depois de dizer que odiava o tio, Misaka não falou mais com essa parte da família, nem mesmo com Sarada, apesar de a mãe garantir que a pequena não tinha nada a ver com o que tinha acontecido ao pai. Aliás, ela nem sequer era nascida, ou sequer planeada, quando Itachi tinha perecido nas mãos do irmão.
No entanto, Misaka recusava-se a falar com eles e achava que não devia explicação nenhuma ao assassino que tinha matado o seu pai.
Maiko decidiu deixar a filha amuar e continuou com o seu trabalho para tentar encontrar uma cura para Sarada e Misaka.
O que encontrou, no entanto, não foi nada do seu agrado. Aliás, decidiu ignorar o facto de saber como acabar com a doença durante umas boas semanas, até ser chamada à escola por causa de Sarada.
Como Sasuke tinha ido noutra missão e Sakura estava de momento indisponível, tinha sido Maiko a ser chamada.
Toda a gente deu a sua opinião sobre a razão de Sarada ter desmaiado – fome, cansasso – mas só Maiko sabia o que realmente era. Mesmo assim, quando chegou a casa, instalou Sarada no seu quarto e examinou-a. Tal como temia, eram os olhos que estavam piores.
— Tens tomado os comprimidos? – perguntou Maiko, mas sabia a resposta mesmo antes de Sarada abanar a cabeça – Porquê?
— A Misaka também está doente. – disse Sarada, surpreendendo Maiko, que pensava que ela não sabia – E ela é sua filha. Deve ter a prioridade.
— O corpo da Misaka está a curar-se sozinho todos os dias. É por isso que ela não está tão mal quanto tu, apesar de já sofrer da doença há mais tempo. – explicou Maiko – Mas tu não tens os poderes de cura que a tua prima tem.
Sarada permaneceu em silêncio durante alguns segundos. – Mesmo assim… - disse, finalmente – Acho errado usar os medicamentosos que o pai dela deixou….antes de o meu pai o matar.
A última parte foi sussurrada, mas Maiko ouviu-a. No entanto, decidiu não prolongar aquela conversa, uma vez que achava que apenas a ia magoar mais.
Limitou-se a dar-lhe os comprimidos e a manda-la embora.
Estava na altura de conceber a cura. Mas, apenas ao olhar para o que devia fazer e ao imaginar o que iria acontecer com a filha e a sobrinha, as lágrimas encheram-lhe os olhos, assustando os gémeos, que tinham acabado que chegar da escola.
— Mãe, o que é que se passa? – perguntou Misaka, aproximando-se.
— Só… - Maiko limpou algumas lágrimas que tinham escapado – Estou contente por teres nascido com os meus poderes de cura.

Na verdade, Maiko não estava a chorar pela filha, mas sim por Sarada.
O método para curar a doença que afligia o clã Uchiha não era só doloroso, como também podia ser letal.
Tinha descoberto que os médicos Uchiha da altura, quando descobriram a doença, decidiram que, para curar um mal, só usando um mal maior. E era o que tinham feito.
Começaram a usar veneno naqueles que tinham a doença e acharam que tinham encontrado a cura, uma vez que 40% daqueles em que usavam o veneno, sobreviviam. Mais tarde descobriram que a idade também afetava a percentagem de sucesso. Quanto mais novo, mais hipóteses tinha de sobreviver.
Tinha sido assim que tinham começado a usar o veneno nas mulheres que engravidavam. A percentagem de sucesso subiu para 70%. Outro sucesso, do ponto de vista deles.
No entanto, nos outros casos, os bebés morriam, dentro das mães. E houveram mulheres que acabaram por morrer, também.
Isso tinha pesado na decisão do pai de Itachi, de não administrar o veneno quando soube que a mulher estava grávida.
Era o seu primeiro filho. Ele não queria correr riscos de o perder por causa de um estúpido veneno, que nem pertencia a Konoha.
E, assim, Itachi tinha contraído a doença, que não se manifestara, infelizmente, até depois de ele ter destruído o seu clã. Mesmo quando descobriu, não teve vontade alguma de se curar. Sabia como o fazer, apesar de não saber onde é que eles iam buscar o veneno. Sabia que se se esforçasse, provavelmente conseguiria descobrir. Mas não o queria.
Por essa altura já tinha decidido morrer pelas mãos do irmão, por isso a doença não o afetava como afetaria uma pessoa normal.
Nem mesmo depois de ter conhecido Maiko tivera vontade de se curar. Tinha vivido o suficiente. Estava cansado por a doença ter consumido o seu corpo. Estava cansado de matar. Estava cansado de ser ninja.
Maiko tinha sido a sua cura e a sua salvação. Tinha-a amado como nunca tinha amado ninguém e achava que também a tinha feito feliz, nem que tivesse sido por pouco tempo. Não se arrependera.
Pelo menos, até descobrir que ia ser pai.
Aí, tinha-se arrependido de todas as vezes em que se tinha negado a procurar o veneno que mais do que provavelmente dar-lhe-ia uma vida inteira ao lado de Maiko e dos seus filhos.
Tinha sido nessa altura, antes de a deixar pela ultima vez, que passara o que restava do seu chacra para o corpo dela, de onde esperava poder ver os filhos.
O veneno que era a cura, um veneno que não pertencia a Konoha.
Pertencia à sua terra natal. O país escondido na neve.
A família da parte da sua mãe sempre tinha sido amante de venenos e criavam os venenos mais poderosos que existiam.
Nem o corpo de Maiko era imune aos efeitos que o veneno produzia, durante muito tempo. Aliás, tinha ficado às portas da morte, da última vez que a mãe tinha usado o veneno para a “acalmar".
Não achava que a mãe fornecesse o veneno facilmente uma vez que, da última vez que tinham-se encontrado, os gémeos, ainda pequenos, tinham-na mandado para dentro de um genjutsu.
Mesmo assim, se por milagre ela fornecesse o veneno, Maiko estava feliz por Misaka ter nascido com os seus poderes porque, para Sarada, seria uma aposta contra o destino.
Teria de contar a Sakura sobre a doença que Sarada tinha herdado, e a cura que podia salvar-lhe a vida, ou mata-la.

Misaka não estava minimamente preocupada com a sua doença, naquele momento, mas sim com o que tinha descoberto.
O pai estava vivo. Ele estava vivo. E ela ia arranjar uma maneira de o trazer de volta mais uma vez.
Era por isso que se estava a dirigir para o escritório do hokage. Ele tinha-lhe dito que os seus pais tinham deixado algum chacra dentro dele, certo? Ele devia saber alguma coisa.
— Não. – foi a resposta imediata de Naruto.
— Não há mesmo maneira nenhuma? – perguntou Misaka, um pouco desapontada – Mas eu ouvi dizer que o meu pai já voltou do mundo dos mortos, uma vez.
Naruto olhou para Misaka com atenção. Ela parecia ser do tipo que faria qualquer coisa pata atingir o seu objetivo. Por muito errado que pudesse ser.
Teria de falar com Maiko.
— Na altura trouxeram-no de volta depois de terem conseguido o corpo. Mas isso é impossível agora, uma vez que o corpo foi destruído. – disse Naruto – O que tens é só um bocado de chacra. Não adianta de nada.
— Mas, se…
— Misaka! – interrompeu Naruto – O que é que tu queres ao trazê-lo de volta?
— Eu só quero o meu pai de volta. – respondeu Misaka, com as lágrimas nos olhos.
Naruto teve que ganhar coragem para continuar aquela conversa.
— Não achas que há muitos outros que querem a mesma coisa? Muitos outros que nunca chegaram a conhecer o pai ou a mãe. Que os perderam e que fariam de tudo para os trazer de volta? – esperou alguns segundos – Tu e eu somos iguais, Misaka. Ambos perdemos os nossos pais quando eramos pequenos e ambos tivemos oportunidade de falar com ele depois.
— Pequenos? – Misaka soltou uma gargalhada, mas tinha as lágrimas a escorrer pela cara abaixo – O meu pai já tinha morrido quando eu nasci. – ela levantou-se subitamente – Iguais? O seu pai foi o quarto hokage! Eu tenho de ouvir todos os dias que os meus pais são traidores! O meu único amigo é o meu irmão! E eu…
Misaka interrompeu-se porque ia dizer que estava a morrer mais depressa do que estava à espera e que só queria conhecer o pai antes disso.
Queria fazer a mãe sorrir outra vez, porque sabia que os sorrisos dela, ultimamente, não eram verdadeiramente sorrisos.
Porque, depois de ouvir tantas vezes as histórias que a mãe lhe contava da sua vida com o pai, sabia que tinha sido com ele que ela tinha sido realmente feliz.
Em vez de dizer isso tudo, limpou as lágrimas da cara e sorriu.
— Na minha idade, mesmo com a kyuubi dentro de si, não era odiado por toda a aldeia, pois não? – perguntou Misaka, deixando Naruto sem palavras – Tinha amigos, pessoas que o apoiavam, apesar se agira, por vezes, como um pirralho mimado. – o sorriso de Misaka desapareceu – A minha mãe contou-me tudo sobre o homem que finalmente reconheceu o meu irmão como o herói que ele era. Apesar de não ter usado a expressão “pirralho mimado".
Enquanto Misaka saía, Naruto perguntou-se se Maiko não lhe teria contado também sobre uma certa pessoa que não se importaria de tentar trazer Itachi de volta.

— O Orochimaru? – perguntou Maiko, depois de ter sido chamada ao escritório do hokage, agora em frente a Naruto – Acho que contei uma história ou duas, mas nada de muito detalhado. Porquê a pergunta?
Naruto ponderou se havia de responder. Maiko era uma ninja poderosa que muito provavelmente tinha poder suficiente para matar Orochimaru. E ele não queria fazer nada de muito drástico enquanto não tivesse a certeza, até porque Orochimaru era “pai" se um dos seus alunos.
— Falaste-lhes sobre as experiências? – perguntou Naruto, à espera de um “não”.
— Acho que só lhe falei nas partes que envolviam o Sasuke. – disse Maiko, depois de pensar um pouco – Porquê? Eles disseram alguma coisa estranha?
— Não. – Naruto estava aliviado – Eu só estava curioso quanto ao tipo de histórias que lhes contavas.
Enquanto Maiko garantia a Naruto que não eram histórias secretas, Misaka afastava-se da porta.
— Ele atendeu a porta? – perguntou a secretas, quando Misaka voltou.
— Não. – Misaka escondeu o sorriso – Parece que a minha mãe está lá. Vou-lhes dar espaço para conversarem à vontade.
Uma vez que ele tinha chamado a mãe para falar sobre esse tal Orochimaru, tinha a certeza que as “experiências” que ele fazia tinham alguma coisa a ver com o facto de ela lhe ter dito que queria trazer o pai de volta.
O sorriso apareceu quando saiu do edifício.
Já nem se lembrava das histórias sobre o Orochimaru.
Teria de agradecer-lhe depois.

A existência dos gémeos era um dos segredos mais bem guardados de Konoha.
Toda a gente dentro da vila sabia quem era o seu pai, claro. Mas toda a gente tinha ficado proibida de revelar a estranhos vindos de fora, ordem do hokage.
Ao saber disso, Maiko tinha dito que não era necessário tanta cautela, uma vez que Itachi já estava morto.
Mas, era por causa de pessoas como o Orochimaru existiam, que ele mantivera o segredo.
Pessoas que se queriam vingar de Itachi, mesmo depois da sua morte também existiam, mas Naruto não estava muito preocupado com esses, porqie Misaka e Takero eram mais do que capazes de se defenderem, se fossem atacados.
Mas pessoas como Orichimaru eram problemáticas, uma vez que eram mestres em manipular pessoas.
Não era segredo nenhum o facto de Orochimaru sempre ter tido um fascínio pelo corpo de Itachi. Mesmo depois de o primeiro descobrir que o segundo estava doente, tinha usado Sasuke para chegar até ele.
Naruto não tinha dúvidas de que, se Orochimaru ficasse a saber sobre os gémeos, os usaria, da maneira doentia que só ele conseguia usar.
Era por isso que, depois de ter a conversa com Misaka, chamara Maiko para se certificar que a filha não tinha conhecimento do “trabalho" de Orochimaru.
Mas não se conseguia parar alguém como Misaka. Naruto diria que isso era um traço estranho do clã Uchiha: o de seguir sempre as pessoas erradas.
No entanto, não tinha conhecimento que Misaka tinha realmente feito isso e que estava naquele momento, em frente ao esconderijo onde Orochimaru se encontrava.


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Notas finais do capítulo

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