Naruto - My Chance at Love (Itachi) After Story escrita por Mirytie


Capítulo 4
Capítulo 4 - Descoberto


Notas iniciais do capítulo

Enjoy ^-^



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Como já tinha passado uma semana, Sarada estava de volta a casa de Maiko para outra dose de remédios. Maiko perguntava como é que ela estava e se tinha notado alguma diferença, desde então. No entanto, Sarada abanou a cabeça.

Como a escola ninja acabava mais cedo do que a normal, elas eram as únicas dentro de casa.

–Acho que ainda não tens de te preocupar muito com isto, mas não uses nenhum jutsu relacionado com o sharingan. Isso só apressa o processo. - avisou Maiko - Acho que sei como fazer um remédio definitivo. Mas, para isso, preciso da tua ajuda.

–Da minha ajuda? - perguntou Sarada, confusa.

–Eu preciso de entrar na tua casa sem os teus pais saberem. - explicou Maiko - Não posso dizer porquê.

–Pode ir agora. - disse Sarada, imediatamente - O meu pai está fora e eu posso distrair a minha mãe.

–Não posso ir agora. Os meus filhos devem estar quase a chegar. - disse Maiko - Espero que não penses que estou-te a pedir para mentires aos teus pais. Mas o assunto é urgente. Podemos conseguir curar isto de uma vez por todas.

–O tio Itachi...ele morreu por causa da doença? - perguntou Sarada, vendo a expressão de Maiko mudar - Ah, não queria aborrecê-la! Mas houve um tempo em que eu desejei...que o tio fosse o meu verdadeiro pai. Por isso, quando dizem que o meu pai matou o tio Itachi...

–Mesmo depois de ouvires vezes e vezes sem conta que ele era um traidor? - perguntou Maiko, vendo Sarada anuir - Porquê?

–O meu pai não estava muito tempo presente e a minha mãe ainda não se tinha recomposto completamente da morte do meu irmão mais novo. - explicou Sarada - O Takero e Misaka passavam o tempo que tinham livre, comigo. Eles contavam como o pai tinha sido um herói mas, conforme cresciam, iam-se distanciando cada vez mais da nossa família.

–Porquê? - perguntou Maiko. Agora que pensava bem, para além de Sarada, os filhos não pareciam falar muito com os tios.

–Eles vieram para a aldeia cegos pelas vitórias do tio Itachi. - disse Sarada - Mas, aos poucos, aperceberam-se que não tinham pai porque o meu pai tinha matado o deles. É por isso que...se isso for verdade...

Quando Maiko viu lágrimas nos olhos de Sarada, teve que conter as suas.

–Devo dizer-te que o teu pai não tem culpa? - perguntou Maiko - Mas eu não quero mentir-te. O teu tio estava a morrer da mesma doença que tu e, como usava os poderes frequentemente, mais rapidamente. No entanto, ele ainda tinha alguns anos pela frente. Ainda podia ter conhecido a Misaka e o Takero. - murmurou Maiko - Mas ele lutou com o teu pai e morreu mais cedo. O teu pai sabe-o tão bem como eu.

–Então, como é que consegue falar com os meus pais tão casualmente? - perguntou Sarada, limpando as lágrimas dos cantos dos olhos.

–Porque o Itachi-san amava o irmão mais novo. - disse Maiko, com a voz a tremer - Como é que eu posso odiá-lo?

O lábio inferior de Sarada começou a tremer e, começou a chorar depois de ouvir aquilo. Calmamente, Maiko abraçou-a e fechou os olhos.

–Não faz mal. - disse Maiko, quando uma lágrima escorreu pela sua face - Tenho a certeza que o teu pai também se sente mal por matar o seu amado irmão mais velho.

Da parte de fora de casa, encostada à parede, Misaka encontrava-se com uma mão a tapar a boca para conter os soluços e a face lavada em lágrimas.

–Misaka! - chamou Takero - Porque é que faltaste à última aula? Estás-te a sentir bem? Porque é que estás a chorar?

Misaka olhou para o irmão de lado e passou por ele a correr. Só parou quando estava em frente da campa do pai. Caiu de joelhos, pousou a cabeça no chão e continuou a chorar.

Entretanto, Takero decidiu contar à mãe que tinha visto a irmã a chorar mas, quando entrou, ela estava a limpar as lágrimas a Sarada.

–O que é que se passa? - perguntou Takero, genuinamente preocupado - Ela piorou?

–Não. - respondeu Maiko, ajeitando o cabelo a Sarada - Só estivemos a conversar.

–Por falar nisso, a Misaka...

Depois de meia hora a chorar, Misaka estava com um olhar vazio, ajoelhada no cemitério. Várias pessoas tinham tentado perguntar se ela estava bem mas, quando viam de quem era a campa, evitavam-na.

–Devo respeitar-te ou ficar envergonhada? - murmurou Misaka, como se estivesse a falar com o pai - Foste mesmo o herói que a mãe disse que foste?

"Não."

Misaka virou-se para trás imediatamente quando ouviu um homem a falar, mas só a viu a mãe.

–Ele foi. - confirmou Misaka, ajoelhando-se ao lado da filha - Já faz algum tempo que alguém visita a campa do teu pai. Normalmente limitam-se à placa dos heróis caídos.

Enquanto ela limpava o pó da lápide, Misaka olhava para a mãe.

–Agora, quando chegaste, parecia o pai...apesar de nunca ter ouvido a voz dele. - murmurou Misaka quando a mãe se levantou - Ele disse que não tinha sido o herói que dizes que ele foi.

Maiko riu-se.

–Ele diria isso. - ela olhou para a filha - Eu já vos disse que o vosso pai estará sempre convosco. Por isso, é natural que penses que o ouves ou que o vês, de vez em quando.

–Mas foi tão realista...

Maiko sorriu, levantou-se e puxou a filha para cima.

–O Takero disse que têm usado o sharingan na escola. - disse Maiko, surpreendendo Misaka - Tu estás doente Misaka e, até arranjar um remédio definitivo, não devias usar nenhum tipo de jutsu.

Misaka anuiu com a cabeça e seguiu a mãe depois de olhar uma última vez para a lápide da campa do pai.

O pai tinha-lhe respondido, pensou Misaka. O sétimo devia ter razão.

Só tinha de ter mais algumas provas.

Misaka não teve de esperar muito tempo.

No fim-de-semana seguinte, a mãe foi chamada aos portões da aldeia porque um ninja do país da neve queria falar com ela. Misaka seguiu a mãe sem que ela soubesse.

Afinal, o tal ninja não pertencia ao país onde a mãe tinha nascido. Tinha ido ali para raptá-la mas, uma vez que os ninjas da folha tentaram impedi-lo, ele limitou-se a tentar matá-la. No entanto, quando se aproximou da mãe, caiu no chão.

Maiko ajoelhou-se à beira dele e pediu aos ninjas da vila para o levarem para o hospital. Um pouco relutantes, eles fizeram o que ela quis. Misaka sabia que eles só tinham cedido porque a mãe era a governadora do país da neve e uma amiga próxima, não só do Kazekage, como do próprio Hokage, mas decidiu guardar isso para si mesma.

Algumas horas depois, visitou o hospital e perguntou pelo ninja.

–Já que ele tentou atacar a Maiko-sama, estávamos num impasse, mas acabámos por chamar a Sakura-san. - disse a enfermeira a quem Misaka tinha pedido informações.

–A minha tia? - perguntou Misaka, surpreendida - Porque é que a vão chamar.

–Ele está preso num genjutsu. - respondeu a enfermeira, fazendo Misaka dar um passo atrás - Quando o Sasuke-san ficou preso num genjutsu, só a Tsunade-sama conseguiu tirá-lo de lá.

Isso era mentira, pensou Misaka. Tinha sido a mãe que o tinha feito. Ela própria lhes tinha contado.

–Como é que ele entrou num genjutsu? - perguntou Misaka.

–Não sabemos. - respondeu a enfermeira - Mas a nossa prioridade aqui é tratá-lo.

Não iam conseguir tirá-lo do genjutsu a não ser que a mãe decidisse tocar-lhe, pela maneira como tinha pedido aos ninjas para o levarem, tinham quase a certeza que não iria fazê-lo.

–Bem, boa sorte. - disse Misaka, despedindo-se.

Quando saiu do hospital, já estava a anoitecer. A mãe devia estar preocupada, por isso decidiu despachar-se mas, quando chegou a casa, o único à espera dela era Takero.

–A mãe? - perguntou Misaka.

–Ela esteve a trabalhar numa cura para a doença dos Uchiha. - respondeu Takero - Foi mais cedo para a cama.

–Está a chegar a alguma lugar? - perguntou Misaka, sentando-se para comer o que a mãe lhe tinha deixado.

–Tem trabalhado sem parar, por isso deve achar que está prestes a descobrir alguma coisa. - respondeu Takero - Ela estava preocupada contigo. Onde é que foste?

Misaka não respondeu. Quando acabou de comer, arrumou o prato e foi diretamente para a cama. Quando teve a certeza que o irmão estava a dormir, saiu do quarto e abriu a porta do quarto da mãe silenciosamente.

Tal como suspeitava, a barreira estava lá outra vez.

–Estás bem? - perguntou Itachi a Maiko - Aquele ninja não te magoou?

Maiko abanou a cabeça.

–Não vais curá-lo? - perguntou Itachi.

–Ele pode fazer mal à Misaka. - respondeu Maiko - Ela tem os mesmos poderes que eu.

–Ele não sabe disso. - disse Itachi - E como é que vai a cura?

–Acho que estou a conseguir. - respondeu Maiko, com um sorriso na cara.

–É claro que vais conseguir. - disse Itachi, sorrindo também, mas virou subitamente a cabeça, como se estivesse a olhar para o vazio.

–O que é que se passa? - perguntou Maiko, preocupada.

–Temos companhia. - respondeu Itachi.

–Companhia. - Maiko estava confusa.

–Eu trato disto. - garantiu Itachi - Descansa.

Quando ele desapareceu, Maiko suspirou. Queria sonhar com ele durante mais um bocado. E a que tipo de companhia é que ele se referia?

Misaka tinha juntado toda a sua coragem para tocar na barreira e cair no genjutsu que protegia a mãe quase todas as noites e todos os dias.

Agora estava num sitio escuro que não reconhecia. Então era assim que se sentiam as vitimas de genjutsus, pensou Misaka.

Quando um bando de corvos se juntou à sua frente, ela deu vários passos atrás. Se aquele genjutsu não fosse do pai, estava com problemas. No entanto, sorriu de orelha a orelha quando viu a pessoa que apareceu.

Reconheci-a das fotos que a mãe lhe tinha mostrado.

–Pai. - murmurou Misaka, com as lágrimas nos olhos - O sétimo tinha razão.

–Misaka. - Itachi suspirou - Pensei que era outro ninja.

–Ele disse que podia ter deixado algum chacra dentro da mãe. - continuou Misaka, ficando subitamente deprimida - Mas quando é que vai acabar?

–Nunca. - disse Itachi, chocando Misaka - A tua mãe tem chacra mas não o usa por isso, uso-o para continuar ao lado dela.

–Tenho tanta coisa para lhe perguntar. - disse Misaka, dando um passo em frente.

Itachi abanou a cabeça. - Não te vou dizer nada.

–Porquê? - perguntou Misaka, confuso.

–Se fosse o Takero a entrar no genjutsu, ele quereria apenas falar sobre coisas triviais porque acredita cegamente no que a tua mãe lhe diz. - respondeu Itachi, aproximando-se - No entanto, mesmo que eu respondesse às tuas perguntas, tu irias continuar a perguntar-te se eu teria dito a verdade. Tens de tirar as tuas próprias conclusões do que ouviste sobre mim.

–Mas ninguém me pode dizer porque é que escolheste o tio em vez da mãe... - disse Misaka.

–Não escolhi. - disse Itachi, simplesmente esticando a mão para limpar-lhe as lágrimas.

No entanto, antes de ter tempo de sentir a mão do pai na sua face, ele desapareceu e ela acordou, um pouco confusa.

Quando olhou para a mãe, que estava ajoelhada ao seu lado, lembrou-se do que tinha acontecido e percebeu porque é que tinha acordado.

–Misaka, estás bem? - perguntou Maiko, ajudando-a a levantar-se - Estás a piorar?

Misaka ficou em silêncio durante um pouco e depois começou a chorar, fazendo com que Maiko a abraçasse com força.

–Não te preocupes. - pediu Maiko, apertando o abraço - Eu vou encontrar uma cura.

Misaka enterrou o rosto no ombro da mãe e agarrou-se com força à sua camisa.

–Eu odeio o tio! - gritou Misaka, surpreendendo Maiko.


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Notas finais do capítulo

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