ígnea escrita por Jes_syca
Notas iniciais do capítulo
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— Eu digo que podemos. - O tal Tristan retrucou maldoso. – Ela estava no lugar errado na hora errada. Humanos morrem aos montes todos os dias. Ela vai ser apenas mais uma vitima do destino.
- Creio que ela possa ficar comigo. – A fada falou, depois virou a cabeça como se estivesse pensando ou ouvindo algo. – Não, não vai dar. Minhas damas de companhia ficam entrando e saindo do meu quarto. Troy, nós vamos ter que voltar. Estão nos procurando na festa.
- Sua mãe?
- Não, uma de minhas primas.
O Elfo passou os dedos pelo cabelo curto. Seu rosto estava preocupado, até que ele sorriu para quem estava atrás de mim:
- Ela vai ter que ficar com você, Tristan. – Depois suspirou e virou-se para a pequena fada: - Acredite, eu só queria levá-la para conhecer o mundo dos humanos, mas algo saiu muito errado. Acho que um dos Elfos negros estava por perto quando atravessamos o portal e mandou nossa localização para os outros.
- Por que eles queriam nos atacar? – Ela perguntou.
- Porque eles estão tentando acabar com a maioria das outras criaturas. Eles querem ressurgir. – Tristan falou de detrás de mim. – Eles precisam ter a certeza de que serão a maioria. Nós tentamos alertar vários reinos, mas eles não acreditam quando falamos dos elfos negros. Eles julgam que eles são pouco e submissos.
A fada ficou um pouco mais atenta.
-Eu quero lutar. – Ela disse.
Tristan riu de detrás de mim:
-Volte para casa, princesa, e se tranque em seu quarto. Diga a sua mãe que não se sente bem e esqueça o assunto. Deixe que as pessoas que sabem com o que estão lidando cuidem do assunto.
-Eu vou lutar. – Ela agora era firme. Depois ela virou um pouco a cabeça para o lado. -Nós temos que voltar Troy. – A voz dela era um pouco mais urgente. – Agora.
O Elfo virou-se para mim e Tristan:
-Então a humana ficará sob sua responsabilidade, Tristan. – Ele quase ria. Eu queria saber o que era tão engraçado. – Não deixe que a humana pague pelos nossos erros em nossa guerra.
Senti que o tal Tristan quase engasgava atrás de mim enquanto via aqueles dois distanciando-se. Meu estômago deu um solavanco. A fada e o elfo eram, decididamente, amigáveis; mas quem era aquela criatura rude que estava atrás de mim.
-Pode soltar meus pulsos, ok? – Eu falei após tomar coragem. – Eu não saberia para onde fugir.
-Eu sei disso. – Ele resmungou de modo que aquilo pareceu um insulto para minha inteligência, mas, mesmo assim, soltou.
Eu me virei no exato momento em que me vi livre. Todo o ar que eu tinha nos pulmões pareceu sumir quando pude – finalmente - vê-lo. “Divino” não faria justiça a ele.
Cabelos vermelhos de verdade; não castanho-avermelhados como eu já vira em outros caras; incríveis olhos azul-escuro; pele quase tão branca quanto a minha (e olha que costumam me chamar de fantasma devido a isso); e asas. Asas de dragão. Tão vermelhas quanto o cabelo ligeiramente bagunçado dele. E calor. O corpo dele irradiava calor.
Ele estava sem blusa, o magnífico “tanquinho” pelo qual milhares de caras faziam de um tudo e não conseguiam estava lá, nem um pêlo à vista. Pele lisinha. Sua calça era preta, de couro, meio folgada, com correntes presas nela. Várias correntes. Ele também estava descalço; como o Elfo. Será que essas pessoas, esses seres, tinham algo contra sapatos?
Seus olhos azuis faiscaram enquanto me encarava; pensando abertamente no que ia fazer comigo. Um sorriso maligno passou pelos lábios dele.
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Pensei que ele considerava a hipótese de me levar de volta para onde estavam os elfos negros.