... e assim, Carlisle beijou Esme. E enfim eles estavam casados. Todos bateram palmas enquanto,o noivo erguia Esme em seus braços, e seu longo vestido de lavanda e seda, rodopiava levemente a sua volta. A hora do arroz chegou, e Alice contribuiu como conseguiu. E nada ajudava a baixinha de cabelos espetados. Ela parecia fora de sintonia. Completamente perdida em pensamentos, enquanto suas amigas conversavam e fofocavam sobre os convidados da festa. - Alice, o que está havendo com você? – perguntou Nathalie. - Hm... estou bem. – respondeu Alice com voz fina, e olhou para Cécilys em seu colo. - E o que te levou a fazer esse look punk-emo-gótica? – Victória, perguntou olhando para Alice em dúvida. - Qual é? Não posso ter uma mudança de visual as vezes? – a garota fada estava sem dúvida desconfortável com a situação. - Tudo bem... não era pra ofender. – respondeu a menina dos cabelos ruivos. Alice afagou o pelo de Benny que estava á seus pés. A labradora, era quieta e sucinta, educada com todos os presentes na festa. E de repente... ela explodiu em uma corrida apavorante. - BENNY! – Alice jogou-se atrás da enorme cachorra. Cécilys de mau humor, perseguiu ambas. Benny derrubava convidadas, mesas, cadeiras e qualquer coisa que estivesse em seu caminho. - VOLTE AQUI CACHORRA ESTÚPIDA! – mandou a baixinha. E ela continuou a correr como doida. Alice enfim, viu Benny derrubar um garoto alto e moreno na entrada da propriedade. - Ah meu Deus! Me desculpe... – Alice chegou perto para olhar para a garoto que ria, sob as patas e lambidas de Benny. - Também estava com saudades, Benny garota! – ele disse se esforçando para se levantar. - Ja-Já-Jake? – Alice perguntou arregalando os olhos. - Alice! – ele disse alegre. Jacob e Alice sempre tiveram uma forte ligação. Sempre estavam juntos durante a infância, mesmo Jacob sendo um ano mais velho que Alice, ambos se davam maravilhosamente bem. Mas fazia um ano que não se viam. Jacob fora para a universidade do sudoeste da Califórnia. E Alice continuou em Los Angeles com sua mãe e seu futuro padrasto. Foi triste para os garotos que cresceram juntos, enfim, se separar. Alice demorou meses para voltar ao normal pela partida de Jacob, e com total certeza, foi complicado para Jacob se adaptar sem a presença da melhor amiga. Jacob sempre teve uma ‘quedinha’ por Alice. Alice nunca dera a mínima para a possibilidade de algum dia eles ficarem juntos, ela tinha um sentimento poderoso e complacente para com Jacob. - Bem... da ultima vez que eu a vi, você ainda não era emo... – ele comentou ao se levantar com a ajuda dela. - EU NÃO SOU EMO! – ela corrigiu mordendo o lábio. - Mas por que está se vestindo como uma? – ele perguntou endireitando as costas. - Touchê... – ela respondeu arregalando os olhos e vendo os longos braços de Jacob, analisando a altura do amigo que não via a tanto tempo. – Esteróides não fazem bem, sabia? - Esteróides? – ele levantou as sobrancelhas, divertido – Nunca vi, nem consumi... só ouço falar. – gargalhou ele. - Fala sério. Como...? – Alice perdeu ad palavras quando os longos e fortes braços de Jacob, elevaram-na para seu peito num longo e carinhoso abraço. - Senti sua falta, nanica... – ele parecia segurar as lágrimas e sua voz parecia emaranhada, pelas lágrimas. - Bem... onde conseguiu esse tamanho todo? Posso te chamar de brutamontes agora... – Alice disse, enquanto era esmagada pelos braços do jovem. - Muito tempo de sobra e morar na mesma quadra de uma academia... resultou nisto. – Ele a soltou e beijou sua testa demoradamente. - Nem acredito que tenha voltado por uma semana pelo menos. – a pequena garota sorriu, e abraçou a mão do jovem Jacob. - Também estou contente... – respondeu ele, afagando a cabeça de Benny com a outra mão. – E por onde anda Cécilys? – perguntou interessado. - Em alguma missão do FBI, imagino. – respondeu ela, fitando a alegria de Benny. - Esme deve estar contente. Carlisle me parece um bom homem. – Jacob, mencionou. Mas não pareceu nada sincero. - Há quanto tempo está decorando essa frase? – Alice perguntou rindo. – Não conseguiu me enganar por nem cinco segundos. - O que? – perguntou ele acuado – Estou feliz por ela sim! - Mas a parte em que Carlisle parece um bom homem... você discorda, correto? – pensou Alice sorrindo. - Bem... – incitou Jacob. - SABIA! – ela gargalhou e puxou ele para um banco de madeira, que ficava no começo do jardim, á alguns passos deles. - E como estão as irmãs bruxas? – perguntou Jacob sem muito interesse. - Continuam bruxas! - E os garotos? Edward, Emmett, Quil, Demetri...? – questionou mais uma vez. - Estão bem. Rose e Emmett continuam juntos, Edward e Bella ainda firmes, Quil está com Nathalie e Demetri com Victória. – Explicou Alice avoada. - Nathalie? Quem é? – perguntou ele segurando a mão de Alice e traçando vários círculos em sua extensão. - Uma garota oriental. Ela é vizinha daqui, se tornou uma grande amiga... – explicou ela de olhos fechados. - E você? – a pergunta pareceu ressequida, seca. Como apertar um machucado fresco. - E-Eu? – Alice tossiu quase afogada. - Sim. Como anda seus relacionamentos? – perguntou Jacob. Para a jovem fada, aquilo não pareceu certo. Nada correto. Pareceu tão artificial. Tão... doentio! Ela se lembrou de sua noite. Da noite em que se arrependeria até sua morte. - Não tenho relacionamentos amorosos... nem coisa parecida. – sua garganta ardeu ao dizer isso. E algo na expressão de Jacob mudou. Algo se iluminou. Como uma vela, acendendo-se de repente. Como a esperança de infância ainda estivesse ali. – E os seus? – Alice não pareceu estar de bem, com a sensação que a cercou. - As garotas de Stanford são bonitas. – e naquele momento Alice se sentiu rabugenta. – Mas tem uma baixinha em Los Angeles, que me fez perder todo o interesse em garotas de lá. O que as torna apenas... “outras”. – ele apertou a mão de Alice, que corou na mesma hora. Eles não disseram nada por um momento. E não se olharam novamente. - Estou pensando em voltar a Los Angeles. Terminar meu curso de direito aqui. – disse Jacob, com a voz distante. – Não acho que o que procuro está em Stanford, e me afastar de minha vida aqui. Talvez daqui a um tempo... eu vá para Harvard... mas é só uma hipótese... – eles gargalharam rudes juntos. Como nos velhos tempos. - Menino-cachorro! É você mesmo! – os gritos histéricos de Mercii, vinham de trás de um arbusto. - Mercii... – disse Jacob sem muita alegria do encontro. - O que está fazendo aqui, menino-cachorro? Não devia estar em Stanford? – perguntou o gay. - É que as vacas alienígenas andaram seqüestrando meus professores, e aí tive folga da escola por alguns dias. – respondeu Jacob, sarcástico. Alice soltou um silvo de riso. - É por isso que não senti sua falta, ó parrudão! – Mercii mostrou a língua, e ajeitou seu terno rosa - choque. – Seu senso de humor é mais épico que minhas sandálias de salto. – Ele levantou as calças sociais para mostrar as sandálias rosa e de salto agulha. - Bem... onde está o bofe diliça? – perguntou Alice, tentando se desvencilhar do modismo pegajoso de Mercii. - Ele está me esperando na mesa três, com um “drink” delicioso... Só vim até aqui, prezada pequena canguru, para avisar que sua gêmea quer saber onde está. – Ele arrepiou seus cabelos curvos e bateu as pestanas para Jacob – Então... beijo na bunda de vocês! – ele piscou para os dois garotos no banco, e voltou ao aglomerado de gente. - Incrível... ele conseguiu ficar mais irritante do que já era. – Jacob estreitou os olhos na direção que Mercii desapareceu. - Oh Jake... isso que você não o atura todos os dias. – Alice gargalhou. Eles riram e contaram histórias deste longo tempo que passaram separados. Em um minuto... Jake pareceu ficar sério. - Jake? O que houve? – Alice perguntou preocupada. - Alie... – ele fitou suas botas de motoqueiro – tenho que lhe mostrar uma coisa... – ele anunciou. - Mostrar o que? – perguntou ela, completamente tonta; - Vem... – ele a puxou com ele, e ambos seguiram para a motocicleta negra, estacionada mais a frente. – Benny... sinto muito. Mas só tem lugar pra dois. – Ele disse colocando um capacete em Alice. A labradora pareceu entender, apenas lambiscou a mão de Jacob e correu para a aglomeração de garotos. - Aonde vamos, Jake? – Alice não parecia contente com o suspense. - Tenho que te mostrar... – ele sorriu. – é importante...