GTA - Uma vida no crime escrita por Oliver Anderson, Land68


Capítulo 7
Attitudes


Notas iniciais do capítulo

É recomendado que seu ouçam as músicas citadas pelo personagem no trecho da história



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Abri meus olhos mas não me movi. Ainda não conseguia sentir meu corpo, e o pouco que eu conseguia sentir eram dores no peito. Olhei pro lado e novamente Pablo estava mexendo em meu Notebook. Pude ver no reflexo dos seus olhos o que ele estava vendo

– Pare de mexer na minha pasta de pornôs. - Eu disse sem ar

– Até que enfim você voltou pro mundo dos conscientes. - disse ele

– O que aconteceu? Por quanto tempo eu apaguei? Por que minha camisa tá rasgada? - Perguntei sem me levantar

– Então, acontece que você teve um ataque cardíaco. Tive que te ressuscitar. Quase chamei sua mãe, achei que você ia morrer. Tive que fazer massagem cardíaca em você e você apagou por umas 9 horas. - Respondeu ele de modo resumido

– O ataque cardíaco deve ter sido fruto da mistura de álcool com drogas e adrenalina. - Complementei a informação

– Adrenalina? Por que adrenalina? - Perguntou ele

– Fui sequestrado por uns Russos idiotas. Dei um jeito neles. - finalmente me movi e me sentei no chão. - Por que você me deixou no chão? - Perguntei

– Bem... Não consegui te arrastar mais de dois centímetros. Você é meio pesado. - Respondeu ele rindo

– Vai se foder! Eu não sou gordo. - Disse eu com minha sutileza. Tentei ficar em pé, mas ainda estava sem equilíbrio e me apoei na parede. Tirei a camisa rasgada e Perguntei:

– Como foi com a Tracey? Deixou ela em casa? -

– Sim, ela mora em Rockford Hills acredita? E John... Tenho que te contar uma coisa -

– Fale - disse eu inocentemente

– Nós transamos no banco de trás do seu carro - Olhei pra ele com uma cara de nojo e negação e ele continuou - Mas relaxa, a primeira coisa que eu fiz hoje foi lavar seu carro por dentro.

– Ok... Dessa vez eu deixo passar. Então, vocês estão namorando? -

– Acredito que sim. Nós vamos sair hoje e vou confirmar isso. - Respondeu ele

– Quando você pretende contar pra ela a sua idade? - Perguntei rindo

– Na verdade eu já contei. Ela levou na boa. - Pablo era um filha da puta sortudo nessa vida.

– Você não tem aula hoje? - Perguntei

– Hoje é sábado seu gênio - Respondeu ele.

– Ah John, Albert ligou umas 3 horas atrás. Ele pediu pra você encontrar ele o mais rápido possível. - Disse Pablo

– Merda - Praguejei - Melhor eu ir logo. - Coloquei outra camisa e escovei meus dentes. Peguei as chaves do carro e fui pra lá o mais rápido possível.

Chegando lá Steve me olhou com um olhar mais sério que o normal. Entrei na casa e então os seguranças de Albert me acompanharam. Albert estava fumando maconha, estava todo sorridente.

– Por que demorou tanto moleque? - Perguntou ele drogado

– Eu estava ocupado - De fato estava, tentando não morrer.

– Beleza. Dá um trago aqui que essa é da boa. - Disse ele estendendo o cigarro de maconha.

– Não, obrigado mas eu não sou muito fã de...

– Eu não Perguntei se você quer. Eu mandei você dar um trago! - Disse ele me interrompendo. Não tive outra opção a não ser fumar. Enquanto eu tragava eu pude sentir aquela merda em meus pulmões

– Segura o máximo que puder, vai te dar uma onda das boas - Disse ele. Tentei não tossir enquanto soltava a fumaça. Aquele negócio era horrível.

– Lembra do cara que você matou pra mim? O dos vagos? - Concordei com a cabeça

– Pegamos a sua organização de extorsão de lojas da área. Diáriamente nós coletamos o dinheiro da proteção. Mas tem dois merdas que acham que nós estamos brincando. Todo dia eles atacam a mesma loja que você ficou de tocaia. Pega essa máscara preta, usa ela e espera os palhaços aparecerem. Quando eles aparecerem, mete bala nos dois e volta aqui. - Peguei a máscara e fui pro meu carro. Dirigi até a loja e esperei de longe. Fiquei meia hora parado e comecei a sentir uma fome extraordinária. Fruto dos efeitos colaterais da maconha. Depois de um tempo vi dois idiotas entrando na loja e derrubando tudo no chão. Eram eles. Saí do carro, coloquei a máscara no meio do caminho, corri com a minha pistola em punhos e comecei a atirar. O primeiro tiro foi certeiro, pegou na nuca de um dos idiotas. O outro se virou pra mim e ia sacar alguma arma mas não teve tempo pois eu meti duas balas em seu peito. Ele caiu dando seu último suspiro. O dono da loja olhou pra mim assustado, em pânico. Eu olhei pro lado e vi um pacote de salgadinhos. Peguei um e corri para meu carro. Chegando lá eu tirei a máscara e comi os salgadinhos no caminho até a casa de Albert. Parei em um sinal vermelho e ouvi uma cabine telefônica tocando. Encostei meu carro e fui verificar.

– Bom trabalho ontem a noite. Uma morte limpa e silenciosa. Você trabalhou como um fantasma. Gosto disso. O dinheiro já foi transferido pra sua conta. Em breve entro em contato com novas oportunidades lucrativas. - Disse a voz misteriosa.

– Ok, mas ligue pra minha linha pessoal. É irritante ter que parar pra atender esses telefones dessas cabines. - Então ele desligou. Quando eu voltava pro meu carro Andre me ligou

– John, aquele carregamento de munição rendeu uma grana boa pra gente. Tô em frente a sua casa, sua mãe disse que você tinha saído. Passa aqui pra eu te entregar sua parte. -

– Tô a caminho. - Então desliguei o celular e voltei até minha casa. Chegando lá Andre me esperava do lado de fora. Parei o carro e fui falar com ele.

– Então, quanto rendeu? - Perguntei

– Como você fez o trabalho sujo e encontrou os caras, sua parte é 75k

– Puta Merda! Isso tudo!? - Gritei eufórico

– Sim, aqui. Separei em notas de US$25. Cada bolo de notas tem 5 mil. - Então ele me entregou o pacote com o dinheiro. Ele entrou em seu Kuruma e foi embora. Entrei em casa pra guardar o dinheiro e decidi compartilhar a notícia com Pablo

– Puta merda! Isso tudo!? - Gritou ele eufórico. Instruí ele a guardar o dinheiro no meu armário. Peguei 5 mil e guardei no meu bolso pra emergência. Sai de casa e fui até a casa de Albert.

Chegando lá Steve não estava na porta e fui entrando.

– Os palhaços estão mortos. - Eu disse a ele.

– Ótimo. Preciso que você faça mais um favor. Um desses idiotas que trabalha pra mim esqueceu de coletar o dinheiro num mini mercado em Vespucci Beach. Passa lá e pega pra mim. Ele me deve 2k. Se ele não pagar quebra a loja toda! - Gritou ele. Fui até Vespucci Beach e chegando lá fui direto pra loja. O balconista era um senhor de idade, na faixa dos 70 anos, andava devagar e era simpático. Fui pegar uma lata de refrigerante e fui até o balcão comprar.

– O Senhor é o dono dessa loja? - Perguntei sem insinuar nada

– Desde que minha querida Abigail partiu dessa pra uma melhor, sim, tenho tomado conta da loja por ela. - Disse o Senhor.

– É uma loja muito bonita. - Estendi uma nota de US$5 pra pagar o refrigerante e no mesmo momento ele me deu o troco de US$2.

– Ah meu jovem, tome essas balas pela cortesia da casa. - Ele me deu 5 balas de hortelã e então eu me despedi. Não tive coragem de extorquir o velho. Eu não ia deixar Albert continuar com essa ideia de extorsão. Chegando em sua casa ele perguntou:

– Pegou o dinheiro?

– Não. Não vou extorquir senhores de idade e pais de família. Você come merda? Esse dinheiro vai fazer falta pra eles. - Respondi

– Garoto, QUAL É A PORRA DO SEU PROBLEMA!? Não tem coragem pra fazer isso? - Gritou ele

– Coragem eu tenho de sobra, eu não tenho é o seu interesse pelo dinheiro dos pobres. - Ele se levantou e já estava me encarando. Pronto pra me matar a qualquer momento. Seus seguranças estavam dispostos a disparar, não me movi um centímetro. Apesar do medo da morte inevitável, decidi fazer um jogo psicológico com eles. Mantive minha cara de sério e então falei:

– Você vai parar agora com esse seu sistema de organização e nossa dívida está terminada. Você entendeu o que eu disse? - Ele continuou me encarando enquanto bufava.

– Toma a merda do seu dinheiro - Joguei 5 mil em cima dele e saí andando. Não tomei nenhum tiro, então acho que tudo está resolvido. Entrei no meu carro e no caminho pra casa minha mãe me ligou e pediu pra eu comprar algumas coisas no mercado. Não quis estacionar no estacionamento do mercado pois era caro, então decidi deixar o carro em um beco perto do mercado. Depois de fazer minhas compras e pagar, fui em direção ao meu carro com as sacolas do mercado. Quando eu estava atravessando a rua um Peyote pintado de roxo e rebaixado passou por mim e reduziu a velocidade. Quando os vidros foram abaixados eu larguei as compras na hora e comecei a correr, estavam disparando em mim com Micro SMGs. Depois de correr eu pulei pra frente, rolando no chão e já me agachando com a pistola em mãos, disparei loucamente contra o carro até que fiz eles correrem, mas foi tarde de mais. Eu acabara de levar um tiro no ombro direito. Eu caí no chão mas me levantei no mesmo instante. A dor era infernal, consumia a área toda, sem contar no sangue que escorria de meu ombro. Observei a ferida e a bala não havia atravessado. Ainda estava alojada em meu ombro. Corri até o carro e fui dirigindo até a casa do Dr. Jimenez.

Chegando lá eu estacionei o carro de qualquer jeito e corri até a sua porta. Eu esmurrei a porta com minha mão esquerda já que eu estava evitando movimentos com o braço direito. Quem atendeu a porta foi o filho do Dr. Jimenez.

– Seu pai está? - Perguntei

– Claro, vá até a sala que vou chamar ele. -

– Ok - o garoto me ajudou a chegar até a sala, então me sentei em um banco e mantive pressão sobre a ferida. Não demorou muito até o doutor aparecer.

– Você de novo? Pelo visto não tomou cuidado - Disse o doutor - Ok Jovem, a bala não atravessou, mas ainda está alojada, deixe-me ver o que posso fazer.

– Me chame de John. - Tirei a camiseta ensanguentada e deixei-o examinar a ferida.

– Boa notícia, a cápsula ainda está intacta. Só basta ser puxada. Consegue aguentar a dor?

– Sim. - Respondi com ódio. Agora que meu pânico estava passando eu pude perceber o que aconteceu. Albert mandou seus homens fingirem que foi uma execução de gangues. O merda vai pagar por isso. Gritei um pouco de dor conforme o Doutor retirava a bala.

– Ok John. Agora vou desinfectar a ferida e vou dar alguns pontos pra fechá-la Ok? O sangramento já está parando naturalmente - Concordei com a cabeça. Enquanto ele dava os pontos eu liguei pra Pablo.

– Ei, Escuta... Avisa minha mãe que eu tive uns problemas e que não deu pra passar no mercado. Pede uma pizza pra vocês. Pode pegar o dinheiro no meu armário

– Ok, resolvi chamar Tracey pra vir aqui em casa pra gente conversar. O que aconteceu John? Sua voz tá exausta. - Perguntou ele

– Não posso te explicar agora. Mas eventualmente você vai descobrir. Seja forte Pablo. Se cuida. - Então desliguei o telefone. Eu estava decidido. Eu iria matar Albert ou pelo menos morrer tentando. Após o Doutor terminar, ele cobrou US$200 pelo curativo. Paguei ele e lavei o sangue de meu corpo. O da camisa não sairia mesmo. Voltei pro meu carro e fui direto pra Ammu-Nation. Chegando lá entrei sem camisa e fui direto no balcão de armas.

– Quanto custa a escopeta? - Perguntei

– US$2500 John. Vai levar? - Perguntou o balconista

– Sim. Ela vem com a maleta pra ela certo? - Ele concordou com a cabeça - Vou querer munição também e mais dois cartuchos de pistola. Quanto custa o Colete mais barato? -

– US$250 e ele não segura muitos projéteis. O máximo que você vai conseguir aguentar são alguns tiros de pistola. - Disse o balconista.

– Ótimo. Vou pagar com o cartão de crédito. - No final, a conta deu US$4790. Joguei tudo na mala e fui dirigindo até a casa de Albert. No meio do caminho liguei pra Andre.

– Escuta, liguei só pra avisar que o agiota mandou uma batida em mim.

– Merda John. Você tá bem? - Perguntou Andre

– Fui baleado no ombro. Mas já resolvi isso com o Dr. Jimenez. Tô indo mostrar pro Albert como se apaga alguém. Se você não ouvir nada sobre mim até amanhã.. Pode apostar que eu não consegui.

– John, me espera. Eu tô indo pra...

– Desculpa cara, mas isso é pessoal. - Então desliguei o celular.

Chegando lá eu saí do carro e fui até a mala. Vesti o Colete, coloquei os cartuchos da pistola nos encaixes do Colete e coloquei a bandoleira na escopeta, deixando ela em minhas costas pra quando eu estivesse em combate próximo. Recarreguei a pistola e fui andando até a casa de Albert. Estava tocando "Knock knock" de Scattle, mas não liguei muito pra música. Pelo o que eu me lembre, Albert tinha 7 capangas. Dessa vez Steve não estava sozinho na porta, e ele estava com uma Uzi em suas mãos. Mirei com a pistola e acertei em sua cara antes mesmo que ele notasse o que aconteceu. Depois atirei em seu amigo. 3 tiros certeiros no peito. Estava contando minhas balas pra não cometer nenhum erro. Eu já estava na porta, então coloquei a pistola no Coldre do colete e troquei pra escopeta. O segredo dela era flexionar bem os joelhos antes de atirar, apoiar sua coronha em meu ombro e me preparar pro coice do tiro. Entrei na casa e já disparei ela uma vez, o tiro foi fatal. Rasguei um dos capangas com ela. Peguei cobertura no corredor e esperei até os capangas colocarem a cara pra fora. Matei mais dois nessa e percebi que só faltavam mais dois pra acabar. Sai da cobertura pra avançar e matar mais um deles, mas na distração fui atingido no estômago. Pra minha sorte a bala era de uma pistola, o Colete aguentou. Matei o cara que atirou em mim e só faltou o capanga brutamontes. Tive o prazer de chegar perto dele e então mirei na sua cara e atirei. Pude ver seu cérebro voando. Troquei pra pistola. Era hora de bater um papo com Albert. Ele ia pegar sua pistola mas lhe dei uma coronhada e ele caiu no chão ao lado de sua pistola.

– Achou que ia ser fácil né? Me apagar? Quando você mandou eles irem atrás de mim você assinou sua sentença de morte filho da puta. Acho que no fundo nós dois sabíamos que ia chegar nesse ponto.

– Moleque... Se você me matar você tá fudido. Eu faço parte da maior organização de Los Santos. Se eu sumir vão atrás de você. - Disse ele em desespero.

– Olha pra minha cara. Você acha que eu me importo? Posso apagar você. Com certeza posso acabar com qualquer merda que bater de frente comigo. Bem Albert. Espero que isso tenha sido divertido pra você. - Quando eu ia puxar o gatilho ouvi aquela voz irritante.

– Largue a arma garoto! Polícia de Los Santos. Você está preso. Falei que você ia fazer merda - Era o detetive Amaro apontando uma pistola pra minha nuca.

– Largue as armas ou eu estoro sua cabeça aqui e agora. - Joguei minha pistola longe e minha escopeta do lado esquerdo de Albert. Minha única chance era ele pegar ela e atirar em Amaro e então eu tomar conta de quem sobrevivesse. Botei as mãos em minha cabeça e virei pra Amaro. Quando ele ia pegar as algemas eu rapidamente dei um soco em seu rosto, me joguei no lado direito de Albert onde estava sua pistola, peguei-a e observei Amaro executar Albert com a escopeta em mãos. Rapidamente atirei na cara de Amaro antes que ele fizesse isso comigo. Quando os dois estavam mortos eu parei pra respirar um pouco. Não pude deixar de notar o cofre do Albert na sala. Ele estava aberto pois Albert havia contado seu dinheiro. Me levantei e fui em direção ao cofre, mas ouvi passos e então apontei a pistola pra pessoa que acabara de entrar. Era o detetive Halden.

– Puta merda garoto! Você acabou de me poupar trabalho em dobro. Esses dois tavam fodendo com a minha vida. Parabéns!

– Espera... Você é corrupto? - Perguntei

– Corrupto de uma maneira boa. Rápido, limpe suas digitais da pistola de Albert e coloque-a na mão dele. Vou levantar o corpo de Amaro e você dispara usando a mão do Albert. Vamos fazer parecer que eles se mataram. - Segui as instruções dele e depois eu Perguntei:

– Pode me explicar a situação desde o início? Quero entender seu ponto se vista.

– Depois garoto. Agora temos que correr contra o tempo. Eu vou ter que reportar isso. - Então Andre entrou

– Ei Detetive, como vai? - Perguntou Andre

– Vocês se conhecem? Haha, isso só fica mais interessante a cada minuto - disse Halden. Eu e Andre combinamos de pegar o dinheiro e depois dividiríamos. Tacamos tudo dentro de uma mochila de Andre e íamos saindo.

– John, se quiser explicações, aparece na delegacia qualquer dia desses e eu te pago um café. Te devo uma. - Então saímos e ele continuou lá. Combinei com André que iria encontrá-lo no seu apartamento. Joguei meu equipamento na mala e dirigi depressa até lá. Pude ouvir as sirenes no fundo.


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