GTA - Uma vida no crime escrita por Oliver Anderson, Land68


Capítulo 6
The murder


Notas iniciais do capítulo

Enjoy!



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Lá estava eu, banhado em sangue, sem fuga nem mesmo esperança. Estava com duas pistolas, uma em cada mão. Estava sozinho e cercado por mercenários impiedosos. A morte era certa. Respirei fundo e corri em direção a eles, atirando neles o máximo que pude. Depois de matar 3 deles, as suas carabinas me encontraram e brutalmente eu fui fuzilado. Eu estava no chão, agonizando lentamente esperando minha morte, quando um homem chegou perto de mim, apontou sua arma para meu rosto e atirou. Nesse exato momento pulei da cama sem fôlego, olhei pro lado e vi Pablo sentado em uma cadeira no meu quarto enquanto usava meu notebook

– O que foi John? - Perguntou ele

– Nada... Só um pesadelo.

– Ok. Peguei seu notebook emprestado pra fazer uma pesquisa de escola se você não se importar.

– Sem problemas. Só acho que você eventualmente vai achar minhas pastas com vídeos pornôs.

– Então... Foi uma das primeiras coisas que eu vi. Foi mal. - Respondeu ele enquanto ria. Me levantei, escovei meus dentes, decidi não fazer minha barba. Ela já estava crescendo e isso não me incomodava mais. Pus uma bermuda e fui até cozinha. Chegando lá peguei uma maçã e comi-a enquanto pensava no meu pesadelo. Nesse meio tempo minha mãe saiu de seu quarto e veio falar comigo.

– Convidei a Rachel pra vir jantar conosco hoje. Vou fazer uma lasanha para nós. - Disse ela. Concordei com a cabeça, já que aparentemente eu não tinha muita escolha sobre aquilo. Olhei no relógio e já eram duas horas da tarde. Decidi sair pra comprar algumas roupas e passar na casa da mãe de Pablo pra poder pegar seus pertences. Eu coloquei uma camisa branca e continuei com minha bermuda bege. Peguei meu par de chinelos e perguntei pra ele o que ele precisava com mais urgência na casa dele. Ele me entregou uma lista com materiais escolares, roupas, Notebook, carregador de celular e fotos. Decidi passar na casa dele primeiro. No meio do caminho passei na Ammu-Nation pra pegar minha nova licença pra armas e pratiquei um pouco com SMGs. Depois de ver que eu estava bem com SMGs, decidi testar as Micro SMGs. Elas tinham mais leveza do que a SMG comum. Mas isso não levava vantagem devido a sua precisão. Era necessário atirar em rajadas pra manter o tiro certeiro.

Depois de perder meu tempo no estande de tiro eu fui para a casa da mãe de Pablo. Chegando lá eu bati na porta e depois de muito tempo ela atendeu a porta. Senti cheiro de maconha e seu nariz estava vermelho. Claro uso de drogas. Lá dentro tinha um cara de quase dois metros de altura no sofá. Afrodescendente, uns 30 e poucos anos, forte. Também havia usado drogas.

– Oi Cláudia. - eu disse - Pablo me pediu pra buscar algumas coisas dele aqui.

– Aquele merda mandou você vir aqui? Hahaha! Ouviu essa Carl? O merdinha tá com medo! - Carl riu e então eu revirei os olhos com desgosto do que Cláudia virou. E só de pensar que antigamente eu considerava ela uma segunda mãe. Depois de perder a paciência logo de cara fui ignorante, mudando pro meu tom sério.

– Você vai me deixar entrar ou não?

– Nem fodendo. Se o idiotinha quiser alguma coisa ele que venha falar comigo. - Ela ia fechar a porta mas coloquei meu braço na frente.

– Desculpe Cláudia mas eu só saio daqui depois de pegar as coisas dele.

– Garoto. Dá o fora daqui. Isso não é problema seu. - Disse ela.

– Você começa a usar drogas e se prostituir, fazendo seu filho adolescente sofrer enquanto ele passa por uma fase difícil, um momento em que você devia ajudar ele como toda mãe capaz faria, você simplesmente decide

expulsar ele de casa pra ficar sustentando bandidos e ganhando cocaína em troca! Mulher, sua vida já está arruinada! Não fode a dele também! - Ela ficou boquiaberta quando viu que em segundos eu saquei a situação toda. No mesmo momento Carl se levantou do sofá e veio pra porta, saindo dela e querendo brigar comigo na rua.

– Ô otário! Você pensa que é assim que se trata uma mulher!? - Disse ele vindo pra cima de mim, tentando me fazer recuar. Não me mexi um único centímetro.

– E você acha que é assim que se trata um filho!? Essa puta com certeza traumatizou o garoto! Não é só porque a sua mãe era igual a ela que você e Cláudia tem que foder com a vida do garoto. - Ele continuou tentando me afastar, as pessoas começaram a ver o tumulto e eu praguejei não estar com o canivete agora. Ele com certeza iria me acertar.

– O que foi? Ficou sem argumentos? - Perguntei

– Você não vai entrar na minha casa! - Gritou Cláudia. Decidi apelar.

– Ok então. Eu chamo a polícia e a gente resolve isso. - Enquanto eu pegava meu Ifruit pra discar, Carl fugiu na mesma hora e Sandra agora tinha infinitas drogas em sua casa. Ela ia perder.

– Merda! Vai lá. Entra logo! - Fui direto ao quarto de Pablo. Lá estavam seus pertences. Ele tinha várias mochilas, irei usá-las pra guardar suas coisas. Peguei algumas roupas, guardei seu notebook, seus materiais escolares e algumas outras coisas. Decidi vasculhar o quarto por outras coisas. No meio do processo encontrei sua carteira, olhei em suas gavetas e achei diversas coisas. Fotos, cordões, CDs... E camisinhas. Joguei tudo em uma das mochilas. De certo modo era estranho pensar que Pablo já cogitava fazer sexo. Até que eu lembrei que ele tem 16 anos, e com essa idade essa era uma das coisas que eu mais queria fazer. As três mochilas já estavam cheias, sai do quarto e fui pra sala. Cláudia estava desmaiada no sofá. Havia cocaína numa bandeija do seu lado e uma seringa de heroína em seu braço. Pensei seriamente como proceder. A mulher estava acabada, levando seu filho pro fundo do poço. Não iria demorar muito até ela aparecer morta. Quanto mais rápido ela sumisse, melhor seria para Pablo. Botei as mochilas no chão, coloquei minhas luvas, peguei bastante heroína, dissolvi numa colher, acendi um isqueiro que achei e esperei até a heroína borbulhar. Peguei uma seringa, coloquei toda a heroína nela e então eu travei. Eu não conseguia colocar a seringa nela. Eu não conseguia fazer isso. Simplesmente não podia fazer isso. Ouvi o barulho da maçaneta da porta, peguei as mochilas e corri para o quarto de Pablo. Me escondi no armário que tinha visão para a sala. Era Carl. Ele havia voltado. Podia se perceber a sua alteração. Ele estava mais drogado ainda. Ele estava com uma pistola na mão e um amigo seu estava lá fora. Ele parecia procurar alguém, até que ele olhou para a seringa que eu larguei no chão. Ele pegou ela, sabia o que era e injetou em Cláudia. Eu quase gritei de dentro do armário mas eu não pude. Ele acabara de injetar uma dose exagerada de heroína nela. E o pior de tudo foi ele não ter saído. Se o desgraçado tivesse saído eu teria tentado salvar ela. Mas o filha da puta ficou lá e viu ela sufocar no próprio vômito. Quando ele saiu de lá ele ainda riu dela. Eu sai do quarto e fui pra sala sentindo imenso remorso. Se eu não tivesse preparado a Heroína, talvez ele não teria matado ela. Voltei ao quarto pra pegar as mochilas e achei no canto do armário uma caixa com dinheiro. Peguei e coloquei na mochila. Saí pelo fundo da casa e fui pro meu carro, arrependido do que havia acontecido. Depois eu resolveria isso com Carl. No caminho pra Suburban eu parei em um Burger Shot e fiz um lanche. Eu estava do lado de fora bebendo meu refrigerante até que uma cabine telefônica começou a tocar. Não sei porque mas decidi atender

– Tenho uma proposta produtiva pra nós dois - Disse a voz retorcida por algum programa especial

– Como assim? Eu nem te conheço.

– Mas eu sei tudo sobre você John Jeesan. Eu sei sobre o que aconteceu ontem. Eu sei das suas dívidas. Mas relaxe. Eu sou um associado de Andre e Jack. Mas voltando a proposta, você topa?

– Não sendo nenhuma missão suicida. Sim - Respondi

– Jason Morales. - Riquinho de merda, o pai é outro rico de merda. Recebi uma proposta de alguém que tem muita raiva dos dois. Sua parte vai ser 5k. O garoto vai estar hoje a noite no Bahamas Mammas West de acordo com seu perfil no Life Invader. Dê um jeito de acabar com ele. Depois da confirmação o dinheiro lavado será depositado em sua conta. - Então ele desligou o telefone. Eu acabei de ser contratado pra matar alguém que com certeza não mereceria isso. Mas negócios são negócios. Eu não tenho muitas roupas pra festa, então fui pra Suburban.

Chegando lá a atendente perguntou que estilo de roupas eu estava procurando. Disse que planejava ir pra festas bem loucas. Ela me ajudou a escolher. Uma camisa sem estampa preta, que ficava bem justa no meu corpo. Uma jaqueta grande, servia como um casaco, preta. Calça Jeans corte reto azul escuro. Sapatos brancos com detalhes verde. E um óculos Aviador preto. Ela literalmente entende de moda. A caminho do carro eu olhei no relógio e ainda estava cedo. Eram 15:39, e decidi ir a praia. No caminho alguma coisa me intrigou. Peguei a carteira de Pablo e vi uma identidade falsa.

– Clássico - Eu disse pra mim mesmo enquanto ria. Depois peguei meu celular e acessei o Life Invader, investiguei Jason Morales e confirmei a informação do cara da cabine telefônica. Ele chegaria na boate as 22:00. Antes de chegar na praia passei em frente uma barbearia. Decidi incorporar o baladeiro e fiz um corte de cabelo diferente. Dos lados pedi pro barbeiro cortar com a máquina zero. Em cima pedi pra ele cortar um pouco na tesoura, mas de modo que meu cabelo ainda ficasse um pouco solto. Também pedi pra ele fazer um leve corte na minha sombrancelha direita. Literalmente decidi incorporar o personagem. Só não fiz a barba. Saindo de lá me olhei no retrovisor do carro, e eu estava muito diferente. Decidi tirar uma Selfie pro LifeInvader com a seguinte legenda: "Cara novo na área". Não demorou muito pras pessoas comentarem. Rachel comentou: "Que gato ♥".

Minha mãe comentou: "Mas que porra é essa garoto!?"

Andre comentou: "hahahahahaha, que estranho cara"

Jack só stalkeou a foto

Pablo comentou: "Pra que isso?"

Então larguei meu telefone e fui até a praia.

Chegando lá tirei minha camisa e fui até a beira da praia. Fiquei sentado lá, refletindo na vida. Não pude esquecer da morte de Cláudia e como vou retribuir o favor pra Carl. Então pensei en todas as mortes. Olhei pro meu peitoral e vi alguns hematomas da batida de carro e olhei a facada em meu braço. Já estava cicatrizando. Depois de refletir bastante mergulhei um pouco na água. Lá fiquei até meu fôlego acabar de baixo D'água. Quando me cansava da água eu voltava pra praia. Repeti esse processo até escurecer. Então voltei pra casa.

Chegando lá minha mãe me olhou com um olhar estranho, eu estava encharcado com a água da praia e com um corte de cabelo diferente

– Qual vai ser a próxima? Tatuagem ou Piercing? - Disse ela. Fui pro meu quarto pra tomar um banho e ir buscar Rachel. Chegando no quarto Pablo ainda estava com meu notebook, dessa vez ele estava em minha cama.

– Gostei do corte - Disse ele

– Pelo menos alguém gostou. Obrigado - então fui direto pro banheiro com minhas roupas em mão pra não cometer o mesmo erro de ontem. Quando saí do banho fui pro meu carro que agora eu já estacionava em frente de casa. O carro estava com cheiro de praia graças a minha idiotice. Rapidamente fui numa loja de conveniências e comprei um Spray aromatizante e espirrei no carro até o cheiro salgado sumir. Depois de chegar no apartamento de Rachel ligue pra ela

– Sobe ai, tô terminando de me arrumar - Disse ela. Ela morava no 3º andar, apartamento 307. Bati na porta e ela gritou que estava aberta. Entrei, e pela primeira vez vi seu apartamento. Um apartamento de classe média, tudo no lugar, arrumado. Aparentemente ela divide o apartamento com outra garota. Seriam colegas de quarto? Fui andando até a sala, até que ela apareceu usando uma jaqueta preta curta, uma camisa sem decote branca, uma calça justa num tom de verde, e saltos altos vermelhos. Ela havia passado batom vermelho. Estava linda.

– Vamos? - Disse ela

– Claro. - Então fomos pro meu carro. No meio do caminho fomos conversando

– Gostou do corte? - Perguntei

– Claro. - Respondeu ela

– Gostei do seu batom. Realça bem seus lábios - Disse eu, recebendo um sorriso em troca. Não muito depois chegamos em casa. Lá apresentei ela a Pablo e fomos todos pra mesa. No meio do caminho esqueci das mochilas no meu carro e voltei lá pra pegá-las. A lasanha já estava pronta e fomos jantar.

– Está deliciosa senhora Jeesan. Amo comida italiana - Disse Rachel

– Por favor querida, me chame de Christine - Disse minha mãe. As vezes até esqueço que esse é seu nome.

– Então John, como foi lá em casa? - Perguntou Pablo. Me lembrei de sua mãe morta na sala. Seria questão de tempo até alguém descobrir o corpo.

– De início ela não queria deixar eu entrar. Mas convenci ela a deixar. - Não quis citar Carl. No momento certo as pessoas certas vão ficar sabendo dele.

– Ela sempre foi meio difícil. - Disse minha mãe. Durante o jantar nos divertimos e tivemos diversos momentos bons. Descobri que Rachel trabalha numa loja de roupas no Shopping, ela mora com uma amiga e tem duas irmãs e um irmão mais novo, com 15 anos. Depois do jantar já eram 20:19, Rachel insistiu que não precisava de carona, porque ela iria pegar um táxi. Liguei pra Downtown Cab Co. E chamei um táxi. Levei ela até a calçada.

– Uma família legal que você tem John. - Disse ela.

– Bem, não é minha família completa, mas são ótimos do mesmo jeito. Não posso esperar pra conhecer a sua. Parecem ser pessoas legais pelo o que você disse - Ironizei lembrando quando ela comentou alguns atos de seu irmão. O táxi chegou e ela já estava indo, quando corri na frente e abri a porta pra ela.

– Tchau John - Disse ela após me beijar. Esperei até o táxi sair de vista e entrei em casa. Precisava me arrumar. Era hora da balada. No meu quarto estava Pablo deitado vendo TV. Achei que era melhor levá-lo pra se divertir enquanto ele ainda não está traumatizado.

– Pretende dormir cedo? - Perguntei.

– Não. Por quê?

– Se arruma. Vamos no Bahamas Mammas West. - joguei a identidade falsa dele sobre a cama. Ele olhou pra mim rindo e disse:

– Quando você descobriu? -

– Hoje. E devo admitir. Essa carteira tá perfeita. Só vamos precisar colocar um chapéu ou óculos em você e pronto, ninguém vai perceber a falta de barba. Já foi pra uma balada antes? - Perguntei

– Não. - Respondeu ele

– Já bebeu alguma vez? - Perguntei

– Não.

– Já usou drogas?

– Não.

– Já transou? - Ele ficou em silêncio após a minha pergunta. E depois negou com a cabeça.

– Ok... Só não use drogas. Isso não é legal. - Disse a ele. Depois de nos arrumarmos saímos.

Chegando lá, consegui uma vaga no estacionamento atrás da boate. Sai do carro e abri o porta malas. Armas não podem ser usadas na boate, então larguei minha pistola que misteriosamente apareceu no porta malas e guardei no porta luvas. Peguei o canivete e o coloquei entre minha cueca e minha calça. Assim durante a revista seria menos provável de encontrarem ele. Um dos seguranças avaliou a identidade de Pablo, mas o liberou. Enquanto entrávamos tocavam diversos remixes de músicas do momento.

– Escuta, as vezes merdas acontecem nas boates. Brigas, gente bêbada e etc. Por isso quando eu disser pra gente sair, a gente sai ok? E pega leve nas bebidas. - Ele concordou com a cabeça e entramos. Ficamos na pista de dança, e eu tentei encontrar o meu alvo. Ele não estava lá. Até que olhei pra cima e vi um idiota no andar VIP brincando com champanhe. Era ele. Agora eu precisava dar um jeito de entrar lá.

– Pablo, me Escuta. Você viu essas garçonetes da boate que ficam por aí dançando com os clientes!? - Tive que gritar porque a música estava muito alta.

– Sim! Uma delas me chamou pra dançar ainda agora!

– Ótimo. Dança com ela e tenta convencê-la de levar a gente pra área VIP. Vou tentar dar um jeito também! - Disse pra ele. Não demorou muito pra uma delas me chamar pra dançar também.

– Ei gato, será que você aguenta o ritmo? - Perguntou a mulher.

– Você não viu como as outras ficaram depois de mim - Respondi enquanto chegava perto dela pra dançar. Em nenhum momento levei aquilo pro lado da paqueração. Meu objetivo era matar o alvo. Tentei dançar. O segredo era manter o ritmo da música e se soltar. Depois de 10 minutos de dança com ela, ela me perguntou:

– Qual o seu nome gato?

– É... Oliver. - Dei um falso nome. John Jeesan nunca esteve lá.

– Meu nome não é interessante, mas pode me chamar de Sapphire. - Disse ela enquanto se esfregava em mim.

– Ei Sapphire, tem como você me arrumar um lugar mais divertido do que aqui? A pista de dança já ficou chata pra mim. Já tô pronto pro próximo nível. - Acho que ela interpretou que eu queria sexo. Mas depois percebeu que eu queria ir pra área VIP.

– Só se você me der um presentinho depois - Agora eu fiquei confuso com o que ela queria. Sexo ou dinheiro? Respondi de jeito unânime:

– Depois vou fazer você se sentir uma mulher de verdade. - Ela sorriu e me levou pra escadaria do segundo andar. Chegando lá Pablo já estava na escada. Quando passei por mais uma revista ele falou:

– Por que você demorou tanto? - e então riu percebendo que tive mais dificuldade. Acho que meu corte de cabelo e roupas não foram o suficiente.

– A quanto tempo você tá aí? - Perguntei

– Uns 5 minutos.

– Ok, vamos subir. - Chegando lá nos reunímos numa mesa com diversos playboys e patricinhas. Tracey, Jason, William, Irina e Dick. Gastando o dinheiro de seus pais. Essa seria a última vez de Jason. Cumprimentei todos e não pude deixar de reparar que Pablo deu preferência a sentar do lado de Tracey e como essa Irina me parecia familiar. Jogamos um pouco de conversa fora, esse povo era irritante. Principalmente Jason. Crianças mimadas reclamando de como suas vidas perfeitas são uma merda. Eu queria ter o problema que eles tem de não terem tempo pra conseguir gastar na minha casa de praia. Depois de muito tempo, Pablo quase não falava comigo, e fiquei de olho em quanto ele conseguia beber. Ele pulou o caminho direto pras bebidas fortes. Agora estávamos bebendo tequilas importadas. E ele não saia de perto de Tracey. Jason não me dava uma brecha de matá-lo e Irina continuava me intrigando. Depois de um tempo Pablo levantou da mesa e disse que ia no banheiro. Enquanto ele ia, decidi conversar com Irina.

– Ei, já nos conhecemos!? - Gritei

– Acho que não. As pessoas costumam falar isso pra mim. Tenho um rosto comum! - Gritou ela respondendo. Tracey foi buscar mais uma dose de tequilas pra todo mundo. Conversei um pouco sobre esportes com William e até que ele era um cara legal em comparação ao resto deles. Dick gostava de falar de Video Games. Não parava de falar dos consoles de nova geração. Haviam se passado cerca de 20 minutos e Pablo ainda não tinha voltado. Decidi ir no banheiro ver como ele estava e jogar uma água no rosto. Tenho o costume de abrir as portas em silêncio, e fiz isso mais uma vez. No banheiro o som da música era abafado, e a acústica do local ajudava em qualquer ruído, até que eu ouvi algo que não queria ter ouvido. Eram gemidos. Pablo e Tracey estavam transando no banheiro. Eu fiquei todo sem graça e sem jeito. Parei em frente uma torneira e segurei minha risada. Não demorou muito até eles acabarem.

– Foi bom pra você? - Perguntou Pablo exausto pra Tracey

– Bem... Foi melhor que meu último namorado - Respondeu ela exausta. Coloquei minha mão sobre minha boca e ri. Decidi então jogar uma água no rosto. Foi quando eles saíram. Ele ainda estava colocando seu cinto e ela endireitando seu sutiã.

– E-ei John, a quanto tempo você tá aí? - Perguntou ele sem graça

– Acabei de chegar, vim jogar uma água no rosto - Disse eu enquanto piscava pra ele e fingia não ter reparado nada. Quando Tracey saiu nós dois ficamos rindo incansavelmente.

– Que porra foi essa cara? Não conseguiu aguentar um pouco e levar ela pra um Motel? - Perguntei enquanto dava risadas

– Eu não tenho dinheiro pra nenhum Motel... E não sei onde tem algum Motel por aqui. - Respondeu ele

– Tanto faz, não importa. Parabéns - E continuei rindo. Quando voltamos pra mesa Tracey foi questionada sobre não trazer a bebida e Pablo olhou pra ela rindo. Os dois continuaram conversando e Irina foi buscar outra dose de tequila.

Quando enfim a tequila chegou eu tive um breve flashback da noite em que conheci Rachel, quando eu fui drogado. Jacqueline havia batizado as nossas bebidas, e é daí que eu conheço Irina. Elas são a mesma pessoa. Já era tarde pra mim, eu já havia tomado a tequila batizada. Mas tive tempo de arrancar o copo da mão de Pablo e inventar uma mentira pra não foder com meus planos. Bebi sua dose batizada e Gritei de um modo idiota

– Dose dupla! - Pablo me olhou sem graça e o chamei pra ir buscar mais bebidas comigo. No caminho pro bar expliquei pra ele a situação

– Puta merda. Ela drogou todo mundo!? - Disse ele surpreso

– Menos você. Quando voltarmos oferece uma carona pra Tracey, pega meu carro e vai pra casa. As coisas vão ficar feias aqui - disse exatamente o que ele tem que fazer.

– Mas e você? - Perguntou ele

– Eu pego um táxi. Só deixa a janela do meu quarto aberta. Eu dou um jeito. - Então voltamos pra mesa e ele conversou com Tracey. Ela concordou com a carona e eles foram. Aos poucos fui sentindo a tontura em meu corpo, eu estava tendo lapsos de consciência. Então corri pro banheiro. Chegando lá corri para um dos vasos e vomitei. Talvez isso amenizasse os efeitos da droga. Enquanto eu vomitava Jason entrou no banheiro, riu de mim e foi em direção ao mictório. Levantei, peguei meu canivete e aguardei ele acabar de mijar. Quando ele acabou eu o agarrei pelo pescoço com uma mão, arrastei-o até um vaso e enfiei a faca em sua traquéia e depois em sua barriga, tomando cuidado pra não me sujar com sangue. Quando vi que seu corpo estava caído eu lavei minhas mãos e limpei o sangue do canivete. Voltei pra mesa meio tonto e me despedi de todo mundo. Disse que eu tinha problemas familiares urgentes e que teria que ir pra casa. Então saí disparado da boate. Chegando do lado de fora havia um táxi livre, entrei nele e percebi que o motorista era Russo.

– Chamberlain Hills. Rápido! - Gritei. No meio do caminho ele parecia calmo com a situação.

– O que foi amigo? Está cansado? É melhor descansar. - Eu já estava tão tonto que mal conseguia compreender a situação. Então perdi a consciência.

Quando retomei consciência me vi encolhido em um local apertado e escuro. Ainda estava sobre o efeito da droga, mas pude perceber que estava com problemas. Era a mala de um carro, e estava trancada. Meio tonto eu peguei meu canivete e o encaixei no vão da mala. Forcei ele contra até quebrar tanto a mala quanto a faca. Então todo lento saí da mala do carro.

– Dimitri! Você esqueceu de trancar a mala seu idiota - Gritou um dos três homens Russos. Então eles vieram pra cima de mim. Eu não ia conseguir sair daquela luta. Então peguei um pé de cabra que estava perto de mim e o segurei com minhas duas mãos

– Recuem! Não quero brigar. Só quero... Sair... Daqui. - Gritei

– Você viu nosso rosto americano. Você não 'sair' daqui vivo! - Gritou o Dimitri. Então o primeiro veio. Não usei nenhuma tática. Só acertei sua cara 3 vezes com toda minha força no momento. Foi o suficiente pra ele apagar. O segundo veio e me deu um soco no peito. Fiquei sem ar mas acertei o pé de cabra em seu braço. A dor que ele sentiu foi infernal e ele se distraiu. Acertei em sua nuca. Ele caiu. O terceiro ia correr em direção a uma pistola. Corri atrás dele e o derrubei. No chão eu tentei pegar o pé de cabra enquanto ele me enforcava. Quando enfim alcancei o pé de cabra, eu acertei em sua cara umas 5 vezes. Perdi a conta. Limpei minhas digitais no pé de cabra e saí andando. Eu estava próximo a Chamberlain Hills e continuei andando. Estava de madrugada e eu estava tonto e fraco. Agora eu sentia uma incrível dor no peito. Parecia que meu coração explodiria a qualquer segundo. Chegando perto da minha casa eu olhei pra janela do meu quarto e me pendurei nas grades da casa do vizinho até eu conseguir alcançar minha janela. Me segurei nela e fui puxando meu corpo pra cima, até que Pablo apareceu e terminou de me puxar. Estava em pé no quarto e Pablo me perguntou

– John, o que houve? Tudo bem? - Tentei me apoiar nele mas não consegui. Desmaiei e caí no chão.


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