GTA - Uma vida no crime escrita por Oliver Anderson, Land68


Capítulo 8
Leveling up


Notas iniciais do capítulo

É recomendado que se ouçam as músicas citadas na Fic. Enjoy!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/603928/chapter/8

As sirenes ficavam mais próximas, não acreditava que a polícia faria um cerco, mas era possível já que Halden teve que reportar o tiroteio e o abatimento de Amaro. Pude até ouvir helicópteros passando. Decidi pegar ruas secundárias e becos pra evitar a correria e manter a furtividade ao máximo possível. Quando eu já estava no centro da cidade, comecei a ir em direção ao apartamento de Andre. Chegando lá eu entrei pela garagem para evitar que vissem meu ferimento do tiro. Quando enfim estava na sala de Andre nós contamos o dinheiro. Haviam 497 mil dólares.
– Posso falar com meu contato pra ele lavar o dinheiro e depositar em nossas contas, que tal? - Disse Andre
– O carinha com os contratos de assassinato? Vai fundo. Só me avisa quanto ele vai descontar - Respondi. Enquanto Andre ligava para seu contato fiquei refletindo sobre minha situação. Como explicar pra minha mãe o tiro que levei? Ou meu carro novo? Ou a merda do agiota morto? Seriam muitas mentiras vagas. Preciso me distanciar dela e resolver minha situação. Lembrei do Cruzeiro ao redor do mundo que ouvi no rádio, ele partiria amanhã de manhã. Rapidamente peguei o Notebook de Andre, entrei no site desse cruzeiro e comprei 5 entradas. Imprimi-as e me despedi de Andre. Fui para casa e ouvi sobre o tiroteio no rádio.
– Estima-se que o Detetive Amaro, de 52 anos se envolveu em uma negociação com um agiota, conhecido como Albert "da Groove" que acabou mal sucedida. O tiroteio foi iniciado e ambos os envolvidos vieram a falecer. Há também a possibilidade de um terceiro atirador, devido a uma arma que não está presente no local. O parceiro do Detetive Amaro, o Detetive Halden, correu para socorrer seu parceiro, mas foi tarde demais. - Dizia o jornalista. Halden conseguiu armar um crime perfeito. Ele quase me fez sumir da cena do crime.

Chegando na rua de casa, estacionei perto de casa e fui andando com as entradas pro cruzeiro no bolso. Estava sem camisa, assim todos poderiam ver o ferimento do tiro. Abri a porta de casa, dei dois passos e minha mãe que estava no sofá veio correndo pra cima de mim
– Meu Deus querido! O que aconteceu!? - Gritou ela. Pablo saiu do quarto e ficou boquiaberto em ver minha situação.
– Acabei no meio de um tiroteio de gangues a caminho do mercado. Tive que passar na delegacia e no hospital. Mas já me sinto melhor - Respondi. Pablo ficou quieto pois provavelmente já havia pescado a situação toda. Fiz um gesto com a mão pra ele voltar pro quarto e então me sentei no sofá.
– Mãe, tenho uma surpresa.
– O que é? - Perguntou ela nervosa. Mostrei as entradas pro cruzeiro. Ela me abraçou toda sorridente e me apertou com tanta força que até senti dor.
– Chame suas amigas. Seis horas da manhã eu levo a senhora e elas pras docas. Prepare as malas, ligue pra elas, durma cedo e amanhã vamos lá. Então fui até meu quarto e chegando lá tive uma grande surpresa
– Ei Tracey... E Pablo... Que divertido... - Disse eu enquanto observava eles vendo algum filme na minha TV, no meu quarto, na minha cama.
– Então você é o irmão de Pablo? Nós nem conversamos ontem, ficamos um pouco ocupados. - Disse ela. Nessa pequena informação pude perceber como ele me descreveu pra ela.
– A propósito, o que foi isso no seu ombro? Tiro? - Perguntou ela
– Sim. Por que?
– Por nada... Eu já vi outras pessoas que tomaram tiro e foi assim que elas ficaram. - A voz dela era irritante sem o som da boate. Ignorei ela e voltei pra sala. Minha mãe já havia ido dormir. Estava ansiosa. Não demorou muito para Pablo vir falar comigo.
– John, tá ficando meio tarde. Me empresta seu carro pra eu levar Tracey em casa? - por mais que Halden me desse cobertura. Se uma câmera tivesse filmado a placa do meu carro, a polícia emitiria um alerta geral em busca dele. Não gostaria de arriscar Pablo sendo preso por minha causa.
– Tá tarde e perigoso na rua. Fala pra ela dormir aí. Eu durmo aqui no sofá. Vou ter que acordar cedo mesmo. - Disse a ele
– Ok. - concordou Pablo
– Só não transem na minha cama. É sério. - Então ele saiu rindo. Peguei um travesseiro e um lençol, joguei-os no sofá e fui tomar um banho. Durante o banho evitei molhar o curativo do tiro. Eventualmente molhei-o um pouco, mas não foi nada grave. Vesti uma bermuda e fui para o sofá. Dei um giro nos canais e vi filmagens da casa de Albert no Repórter. Me virei para outro lado e fechei meus olhos.

Eram 05:43, ouvi o barulho no quarto da minha mãe e fui investigar. Ela estava terminando de se arrumar
– Bom dia querido! Já está pronto? - Perguntou ela
– Vou escovar os dentes, vestir uma camisa e vou buscar o carro. - Então fui no banheiro, escovei meus dentes, joguei uma água no rosto e fiquei me encarando no espelho. Eu parecia exausto. Fui em direção ao meu quarto, e pretendia abrir a porta em silêncio. Mas pra minha surpresa Pablo havia trancado a porta.
– Filho da Puta... - Praguejei. Olhei pela fechadura e eles estavam dormindo. Procurei algo que eu pudesse usar pra arrombar a fechadura e achei um clips de papel. Teria que improvisar. Depois de cinco minutos tentando, enfim arrombei a porta. Lá dentro peguei uma camiseta branca sem estampa e vesti-a. Peguei um pedaço de papel e uma caneta e escrevi: "Não tranque a porta. Ou eu vou ter que arrombar ela de novo. Abraços, John." Então deixei o papel em cima do celular de Pablo. Encostei a porta e saí de casa, fui buscar meu carro. Chegando lá, dei a ignição no carro e fui até a porta de casa. Minha mãe estranhou, ela ainda não tinha me visto com o Gauntlet.
– o Dinheiro do empréstimo. - Respondi sem ela perguntar. Ela sentou no banco da frente e pôs suas malas entre suas pernas. Dei a ela todo o dinheiro que tinha na minha carteira, cerca de US$4500 e dirigi até o final da rua. 3 das suas 4 amigas estavam lá. Elas se cumprimentaram e estavam indo até o porta malas do carro. Eu ia sair pra abrir mas então me lembrei do meu equipamento e invetei a mentira de que ela estava com problemas pra abrir. Após elas entrarem no banco de trás, tive de ir até Vespucci Boulevard para buscar a última amiga. Era uma senhora de 60 anos que morava no 7° andar de um prédio. Minha mãe pediu para eu ir ajudá-la. Depois de subir os 7 andares correndo porque estávamos ficando sem tempo, tive que carregar 3 malas 7 andares a baixo. Depois de todas estarem no carro conversando, comentei com elas que teria que dirigir rápido ou elas perderiam o navio. Me ignoraram e dirigi com pressa. Chegando lá, me despedi de minha mãe com um abraço bem demorado e então ambos percebemos que eu teria que cuidar de Pablo, e mandá-lo pra escola. Me despreocupei porque ele já tem consciência do certo e errado. Após minha mãe e suas amigas embarcarem, Perguntei para alguém da tripulação quanto tempo o cruzeiro duraria.
– 6 meses senhor. - Responderam. Era o tempo perfeito que eu precisava longe da minha mãe. Quando entrei no meu carro recebi uma ligação de um número desconhecido.
– O dinheiro já foi depositado em sua conta. Sua parte foi de 238k. - Disse a voz distorcida.
– Você sabe que pode começar a falar sem essa voz escrota né? Essa merda irrita.
– Todo cuidado é necessário nesse meio de trabalho rapaz. - Pelo seu modo de falar, pude perceber como ele devia ser mais velho do que eu.
– No momento correto iremos nos conhecer. Mas por enquanto aproveite as ligações para seu número particular - Então ele desligou. No caminho para casa Pablo me ligou.
– John, tá perto de casa? Se importa de levar Tracey pra casa? Ela mora em Rockford Hills.
– Sem problemas. Fala pra ela me esperar na porta de casa. Chego aí em 10 minutos. - Respondi. Chegando la ela estava me esperando. Buzinei e ela entrou no carro. Ela me cumprimentou e então comecei a dirigir. Durante o caminho, estávamos em silêncio. Decidi quebrar o gelo.
– Então Tracey... Quantos anos você tem?
– 24 e você?
– 19 - Respondi com um pouco de vergonha.
– Ah, você é 3 anos mais velho que seu irmão. - Disse ela.
– Você não acha que a idade dele vá interferir no relacionamento de vocês?
– Por mais que ele seja bem novo, ele consegue ser bem mais responsável que muitos dos meu antigos namorados. - Depois dessa informação eu pude montar completamente a personalidade dela.
– Você trabalha Tracey? - Perguntei
– Não no momento. Mas em breve vou ser uma estrela no Fame or Shame. E você?
– É complicado de explicar...
– Que engraçado. Meu pai falava a mesma coisa. - Disse ela. Chegando em Rockford Hills ela me deu as direções até sua casa. Ela morava numa casa em uma ladeira próxima a Eclipse Tower.
– Bela casa. - Eu disse
– A única coisa desse lugar que realmente presta é a piscina. Tchau John!
– Tchau. - Então voltei pra casa. Chegando lá Pablo falou:
– Foi mal pela porta. Foi automático eu trancar ela.
– Sem problemas. - Respondi
– Cadê sua mãe? - Perguntou ele
– Nesse exato momento? Se divertindo no início de 6 longos meses.
– John, foi você quem matou Albert? - Perguntou ele. Concordei com a cabeça. - E aquele detetive?
– Ele causou a própria morte. - Respondi.
– Pablo, pretendo comprar um apartamento pra mim ainda essa semana. Você tem duas opções. Pode ir morar comigo ou continuar morando aqui durante esses seis meses. Qual é sua escolha? - Perguntei de modo sério.
– Morar com você deve ser mais divertido. - Respondeu ele.
– Ok. - Concordei. Fiquei largado no sofá, até que chegou a hora do almoço e eu improvisei algo para comermos. O menu do dia acabou sendo panquecas. Depois de comer, tomei outro banho e chamei Pablo para ir na Ponsobys. Precisávamos de roupas melhores para certas ocasiões. Chegando lá logo pude notar o tipo de atendimento diferente. Um atendente da loja me ajudava a escolher peças de roupas enquanto outro ajudava Pablo. Eu escolhi dois paletós, um bege e um preto. Duas calças, uma preta e uma cinza clara. Um Colete preto, e duas camisas sociais, uma branca e uma azul. Para finalizar um par de mocassims pretos. Pablo já preferiu sem os Paletós. Colete cinza, camisas sociais azul e verde, calça de terno cinza e mocassims marrons. No final a conta deu US$14000. Nunca imaginei que gastaria tanto com pouco. Depois de trocarmos de roupas e então elevarmos um pouco nosso nível social, fui numa das sedes da imobiliária Dynasti 8. Chegando lá fui falar com um de seus funcionários e então ele me mostrou diversos apartamentos em seu catálogo. Até que um deles chamou minha atenção. Ficava em Alta Street. Dois quartos, sala e cozinha no mesmo ambiente. 3 banheiros. Sala de jantar, um ambiente para eu personalizar como quisesse, ficava no 9° andar e tinha um elevador pra uma garagem que pode armazenar até 7 carros. O apartamento mobilhado sairia por US$180,500. Não pude resistir e assinei um cheque com o preço no nome da empresa.
– Foi um prazer fazer negócios senhor Jeesan. Em até 7 dias seu apartamento estará pronto. Ligaremos quando o Senhor puder se mudar para lá. - Apertei a mão do funcionário e quando saímos Pablo ficou surpreso
– Que porra foi essa? Desde quando você tem esse dinheiro todo?
– Desde que matei um agiota - Então sorri pra ele enquanto respondia. Depois fomos até uma concessionária perto de casa. A Deluxe Motorsport

Chegando lá, Pablo preferiu ficar no carro, então fui entrando na concessionária. Parecia vazia pro tipo de comércio, mas não demorou muito até um senhor armênio chegar e apertar minha mão.
– Olá, me chamo Simeon. Posso ajudá-lo? - Disse o armênio
– Claro, procuro um Sedã que seja um tanto rápido. Meu trabalho necessita de... Velocidade.
– Ah! Tenho algo perfeito pra você! Me siga - Então Segui o Armênio
– Cheval Fugitive! Mistura de potência com espaço. Não é mais rápido do que um carro de classe potente, mas pode fazer você ir bem rápido. Até um tempo atrás os policiais usavam o Fugitive como viatura.
– Quanto custa? - Perguntei
– US$24.000, ele vem completo.
– Vou levar.
– Como prefere o pagamento senhor...
– Jeesan. Me chame de John - Respondi
– Como prefere o pagamento senhor John?
– Em dinheiro. Vou num caixa eletrônico sacar. Poderia ir ajeitando a papelada? - Perguntei
– Claro meu jovem! - Respondeu Simeon. Então saí da concessionária e andei dois blocos até achar uma filial do Maze Bank, meu banco de escolha do momento. Saquei os 24k em um balcão e pedi para colocarem em um envelope. Guardei-o no bolso de dentro de meu paletó e andei novamente até a concessionária. Chegando lá fui até o escritório de Simeon e ele me perguntou meu nome completo
– John Peter Jeesan. Peter é parte do sobrenome. - Respondi. Então lhe entreguei o envelope com o dinheiro e aguardei numa cadeira em sua sala. Não pude deixar de notar uma lista de carros na parede. Haviam mais de 30 carros "em falta". Chequei meu Life Invader para ver se havia alguma mensagem nova, e no caso, só havia uma foto de minha mãe com as amigas. Guardei meu Ifruit e fiquei na ansiedade de sair dirigindo meu Fugitive preto metálico. Quando Simeon voltou, não pude deixar de comentar:
– Ei, você precisa desses carros em falta com urgência?
– Não digo com urgência. Mas o quanto antes eu conseguí-los, mais dinheiro chegará. - Respondeu ele
– Se eu trouxer esses carros pra você, posso ganhar uma porcentagem? - Perguntei
– Claro meu rapaz. Quanto mais o carro estiver impecável, mais você ganha. Traga-os até aqui e eu lhe pago. - Então tirei uma foto da lista, para lembrar dos veículos. Peguei a documentação do Fugitive, as chaves e então entrei nele. Era confortável e espaçoso. Quase bati ele tentando sair da concessionária. Quando saí, passei do lado do Gauntlet e Pablo estava ddestraído dentro do carro. Bati na janela do passageiro e então ele olhou surpreso e abaixou o vidro.
– Que porra!? John, para de gastar dinheiro a toa seu idiota! - Gritou ele. Joguei as chaves do Gauntlet pra ele e disse:
– Para de chorar, você acabou de ganhar um carro. Me segue. - Então por uma fração de segundo vi ele abrindo um sorriso. Fui dirigindo em direção a casa da minha mãe, mas no meio do caminho parei em um sinal no Maze Square, Pablo logo atrás, e olhei para o lado e vi um bar que estava a venda. Estacionei o carro próximo a ele e entrei no bar. Pablo sem entender nada me seguiu. Dentro do bar falei com o proprietário.
– O local está a venda por US$50.000, como você pode ver, tenho que fazer reformas no ambiente antes de passá-lo adiante. - Disse o proprietário.
– E se eu pagar em dinheiro vivo? Faz por US$30.000? - Perguntei
– Rapaz... - Disse o Senhor que devia ter seus sessenta e poucos anos - Se eu lhe vender por isso, quem sai ganhando são os rapazes que vão fazer a obra. Se eles conbrassem mais barato, eu poderia te fazer até por US$25.000.
– E se eu tiver uma conversa com a equipe da reforma? Onde posso encontrá-los? - Perguntei
– Eles devem estar fazendo uma obra próximo a Rockford Hills, indo em direção ao clube de golfe. - Respondeu o Senhor. Me virei e saí.
– O que você tá planejando John? - Perguntou Pablo
– Um comércio é uma ótima maneira de fazer lavagem de dinheiro. Eu e um amigo poderíamos usar esse método. - Então voltei para meu carro e fui até o canteiro de obra. Pablo foi me seguindo. Quando chegamos lá, encostamos os carros e eu fui até a mala do Gauntlet pegar algo útil.
– As coisas podem ficar feias ali na frente. Aconselho você esperar aqui. - Disse enquanto destravava a pistola e guardava-a em minha calça
– Nem fodendo. Quero ir onde tem ação. - Respondeu Pablo.
– Ok. Só se lembre que isso daqui não é um jogo. Se você se der mal, você não vai acordar algumas horas Depois num hospital.
– Eu tô ciente disso - Tenho que admitir que ele tem coragem.
– Certo. Tira a camisa, coloca isso daqui por baixo. - Então tirei o Colete da mala e ajudei-o a colocar. Não pude deixar de reparar que ele não tem malhado recentemente. Se eu frequentar uma academia, vou levá-lo junto. Ele precisa de exercícios.
– O Colete vai aguentar alguns tiros de pistola, talvez até um de escopeta, mas isso é só por precaução. Não acho que vá virar um tiroteio. - Ele concordou com tudo que eu disse e então Perguntou enquanto abotoava a sua camisa:
– E a minha arma? - Olhei pra cara dele, ri um pouco e Respondi:
– Depois passamos na Ammu-Nation e resolvemos isso. - Andamos até onde estavam os trabalhadores e Gritei:
– Boa tarde cavalheiros! Gostaria de falar com seu representante - Já marquei quantos eram. Haviam 5 com o representante. Se isso virasse uma briga, eu precisaria da ajuda de Pablo.
– Em que posso ajudá-lo? - Disse um deles com um capacete amarelo
– Sobre a reforma do bar em frente o Maze Square, não acham o preço um tanto absurdo!?
– Rapaz, isso não é da sua conta. - Respondeu o homem
– Na verdade senhor, é de meu interesse sim. O Senhor irá fazer o seguinte: Irá ligar para o dono do bar e informá-lo do reajuste da reforma e irá pedir desculpas pela inconveniência.
– Garoto, dá o fora daqui, tenho coisas melhores pra fazer. - Então 4 deles começaram a cercar eu e Pablo. Olhei pra ele indicando que a coisa ia ficar feia.
– Aconselho vocês a convencerem seu chefe a fazer a ligação. - Um deles estava com um martelo em mãos. Ele era o perigo iminente. O rádio deles tocava "Pump it" por The Black Eyed Peas.
– Dêem um jeito neles rapazes - Gritou o representante. Rapidamente nocauteei um deles com um soco na mandíbula. Bati com tanta força que minha mão chegou a doer. Pablo deu um chute no estômago de outro e o cara do martelo veio pra cima da gente
– Cuidado com o Martelo! - Gritei. Agarrei o cara do martelo e peguei seu braço tentando desarma-lo. Enquanto isso, ele aproveitou minha distração e acertou dois socos na altura da minha boca. Empurrei seu corpo com o meu e puxei o Martelo, dei uma rasteira nele e chutei sua cara com toda a força do mundo. Me surpreendi pelo fato de Mocassims serem bons pra isso. Pablo ia ser atingido, mas cheguei a tempo acertar o Martelo na mão do sujeito que ia dar um soco nele. O homem Gritou de dor e então acertei seu joelho. Ele caiu gritando. O último ia correr pra chamar seu chefe. Num momento de improviso arremessei o Martelo em sua direção. Pegou em seu rosto. Pablo olhou para mim surpreso. Corri para pegar o Martelo e então avancei até achar o representante. Agarrei-o e arrastei-o até uma mesa. Percebi que ele era destro, então pedi para Pablo segurar seu braço esquerdo.
– Segure o esquerdo contra a mesa - Ele nem pensou duas vezes. Peguei o martelo e bati com toda a força em sua mão esquerda.
– Parece que você e sua equipe não estão aptos para finalizarem o serviço com rapidez. Que tal um reajuste no preço!? Ligue para o dono do bar. Agora! - Gritei em um tom ameaçador
– Ok, Ok! - Respondeu o homem com dor. Após a ligação, nós estávamos saindo e então falei:
– Ah senhor, não preciso comentar que esse incidente acaba aqui correto? - Então lhe mostrei a pistola. Ele concordou com a cabeça e então saímos. quando chegamos nos carros Ajudei Pablo a tirar o Colete e dessa vez reparei como sua pele havia escurecido desde a infância. Não me lembro dele comentando sobre ídas a praia.
– Cara isso foi incrível! - Disse ele animado
– Vai por mim, isso poderia ter acabado mal - Então guardei o Martelo que havia minhas digitais e o Colete na mala do Gauntlet.
– Sua boca tá sangrando John
– Eu sei - Respondi.

Voltamos ao Bar e o dono concordou com o preço de US$25.000. Saquei mais dinheiro no banco e fui até a casa de Andre. Pablo foi me seguindo e durante a minha empolgação esqueci de bater na porta, saí entrando e por conveniência, a porta estava destrancada.
– Ei, ótimas notícias, esse é meu irmão Pablo - Eles se cumprimentaram - Arranjei um lugar que a gente pode usar como fachada pra lavar dinheiro.
– Que lugar? - Perguntou Andre
– Um bar, ele tá a venda por 25k. Eu dou 15k e você completa, a gente modifica um pouco o ambiente, transforma num bar restaurante e coloca alguém como gerente. Quando a gente precisar, seu contato pode usar a propriedade pra facilitar o processo que tal?
– Bem pensado John. - Respondeu ele
– Ótimo, vamos lá, a gente assina o contrato e a transferência de propriedade. - Então nós três fomos. Quando estávamos fechando negócios, Andre me deu a sugestão de colocar Pablo como um dos sócios, mas lembrei que ele ainda não tem 18 anos. Andre ficou surpreso mas disse que já havia reparado isso. Depois da transferência concluída, nos despedimos e enfim fui pra casa. Chegando lá Pablo sentou no sofá e ficou assistindo TV. Eu fui no banheiro e tomei mais um banho. Depois de terminar o banho, troquei o curativo e saí do banheiro. Então meu telefone tocou.
– Nada mal escolher uma propriedade como fachada. Gosto do seu modo de pensar. Isso pode ser útil - disse a voz distorcida. Precisamos nos encontrar. Venha até minha casa em El Burro Heights, Andre e Jack vão te encontrar lá. - Então ele desligou. Na mesma hora coloquei meu Jeans, um par de tênis pretos e uma camisa preta. Avisei Pablo que teria que sair e deixei dinheiro para ele comprar algo para comer e saí, já estava escurecendo.

Chegando lá, a entrada da casa ficava em um beco. Jack me esperava na entrada do beco para me mostrar o caminho. Ele entrou em meu carro e me disse onde estacionar. Após sairmos do carro cumprimentei Andre e fomos até a casa do homem misterioso.
– Quer fazer as honras? - Perguntou Andre enquanto indicava bara eu bater na porta. Dei 3 batidas fortes e então uma das câmeras se mexeu e eu recebi uma ligação.
– Ótimo, os três chegaram. Coloque no viva-voz - Dizia a voz distorcida
– Então, podemos entrar? ou... - fui interrompido
– Já estamos nos encontrando. Isso é mais do que o necessário. - Respondeu a voz
– Você chama isso de encontro? Pelo o amor de Deus, quando você vai criar coragem e vai me encontrar cara a cara? - Perguntei indignado
– Você é apenas mais um brutamontes no crime. Não há necessidade disso. - Respondeu a voz. Fiquei furioso.
– Ei seu idiota, não sou igual os filhas das putas que eu matei! - Gritei
– Então prove. - Ele havia me desafiado.
– Pela sua mania de distorcer a voz, você demonstra sinais de paranóia por não confiar nos outros. Pelo fato de você agir com facilidade em bancos de dados, transferências bancárias e manuseio de câmeras, tudo indica que você está há anos trabalhando com isso. Você deve ter na faixa de uns quarenta anos. Por não querer se encontrar pessoalmente, indica baixa auto estima. Ou você é gordo ou tem alguma doença crônica, seguido da falta de acompanhamento psicológico. Pronto, tracei seu perfil. Vai me deixar entrar? - Os três ficaram em silêncio. Jack olhou para mim com uma expressão semelhante ao facepalm. Então a porta foi destravada e a ligação encerrada. Entrei na casa e me deparei com diversos objetos, o cara parecia ser meio acumulador. Quando chegamos no quarto-sala, um homem, com uns 40 anos, um pouco gordo, usando uma bengala, o pouco de cabelo que lhe sobrava era ruivo, veio falar conosco.
– Vocês tem certeza que ele não é nenhum policial? - Disse o homem estranho
– Claro que ele não é Lester. - Respondeu Andre
– Por que diabos você disse meu nome!? - Gritou Lester indignado
– De qualquer modo, não sou policial. Só tô em busca de uma grana. - comentei
– Eu posso estar errado ao seu respeito John, mas antes preciso ter certeza. Tem uma van preta no estacionamento do aeroporto, ela contém algumas coisas que podem ser úteis pra mim. O único problema são os dois idiotas que estão guardando ela. Eles não ficam próximos a ela, mas estão prontos pra chamar reforços em qualquer situação fora do normal. Vá até lá, pegue ela, perca qualquer pessoa que esteja te seguindo e deixe ela no meu depósito. Então podemos discutir negócios.
– Ok. - Concordei sem expressar nenhuma reação. Andre decidiu ir comigo pra ter certeza de que eu iria me dar bem. No meio do caminho paramos em uma loja para comprar máscaras. Ambos escolhemos a mesma máscara preta simples. Roubamos um Dilletante e colocamos as máscaras. Ele preferiu ir dirigindo.

Chegando no aeroporto nós paramos em uma vaga e ficamos observando o local por um tempo estava tarde, o estacionamento estava vazio. Tirando três caras que estavam parados em pontos distintos.
– A informação dele não deve tá errada. Com certeza um deles é civil. Como quer avançar? - Perguntei
– Vamos tentar nocautear os três em silêncio. Sem mortes. Eu pego o da direita, você dá a volta e pega o cara do fundo, vamos usar o carro como distração. - Concordei com o que Andre disse e saí do carro. Tive de passar rápido sem ser visto. Para minha sorte sou ótimo em furtividade. Quando eu enfim cheguei perto do cara do fundo, vi Andre criando a distração. Ele desligou o motor do carro, posicionou-o perto de uma ladeira, soltou o freio de mão e empurrou o carro. Então quando ele correu para pegar o cara da direita, decidi ir no modo fácil, travei minha pistola e usei-a para bater na cabeça do homem. Depois de duas coronhadas eles estava no chão. O último cara já estava terminando de checar o Dilletante que agora estava parado pois batera contra uma pilastra. Andre estava ocupado pois havia escolhido dar um mata-leão no cara da direita. Na mesma hora corri com a pistola em mãos e me joguei contra o último cara. Quando imobilizei-o, coloquei o cano da pistola em sua boca e disse:
– Onde tá a van? - As chances de ele ser um dos guardas era grande. - Se tentar gritar estouro seus miolos. - Finalizei. Então ele me disse que estava no segundo andar do estacionamento. Nocauteei ele com uma coronhada e Andre chegou dizendo:
– Ótimo trabalho. Vamos. - Quando estávamos indo, o telefone do cara que eu acabara de nocautear tocou. No mesmo instante atendi.
– Ei, Ei Troy, Troy, como estão as coisas por aí? Já estamos chegando!
– Ei, aqui é o primo do Troy... Oliver. - Respondi tentando mudar o tom da minha voz.
– Cadê o Troy!? - Perguntou o homem
– Troy tá soltando um barro. Pediu pra eu ficar de olho por ele. - Improvisei
– Ok, avisa ele que a gente já tá chegando no aeroporto, vamos coletar a van. - Então ele desligou.
– Merda. A gente precisa correr, tão vindo coletar a van. - Então começamos a correr em direção a van.
– Se tiver que falar comigo agora, use algum codinome. Me chame de Land. Nada de nome verdadeiro! - Gritou Andre
– Me chame de... Merda, não sei. Que tal "J"? - Perguntei. Tenho de pensar em algum codinome legal.
– Ótimo. Vamos, você dirige. - Disse ele após arrebentar a janela da van. Fiz a ligação direta e pude ouvir o barulho de carros chegando, eles vieram em quantidade. Lá se foi o trabalho fácil. O rádio da Van tocava "Mother" por Danzig.
– Land, eles bloquearam a saída - Gritei, engatei a primeira e comecei a subir os andares do estacionamento
– Merda, o que você tá fazendo? - Perguntou Land
– Alguns prédios de Los Santos tem espécies de rampas no topo, se eu não me engano esse estacionamento tem uma também.
– Você não vai fazer o que tô pensando vai? - Perguntou ele preocupado
– Ou isso ou encarar os bandidos com armas automáticas. Quando chegamos no último andar, alinhei a van para o salto e me preparei. Os bandidos chegaram e fecharam meu caminho. Saíram de seus carros e apontaram as armas pra gente enquanto gritavam:
– Saiam da Van AGORA!
– É melhor você se abaixar - Disse para André. Me abaixei também, acelerei bastante e aguardei até o impacto com o carro deles. Após rebocá-los do caminho me levantei e pude ver a altura do nosso salto. Particularmente, achei que ia morrer ali.

Depois de cairmos misteriosamente bem, continuei dirigindo, usando o tempo como vantagem. Land colocou o endereço no GPS e ficou de vigia caso os bandidos nos seguissem. Quando enfim chegamos no depósito do Lester, vi que a lataria do carro havia sido bem danificada. Deixamos a van e seguimos nosso caminho. Liguei para Lester:
– Está feito.
– Ótimo, como recompensa do seu bom trabalho, depositei 3k em sua conta. - Disse Lester. Depois liguei para a Downtown Cab Co. e chamei um táxi. Quando enfim cheguei na porta de casa, eram 03:22 da madrugada, abri a porta sem fazer barulho e Pablo estava dormindo no sofá. Fui direto para meu quarto e dormi.

Na manhã seguinte acordei como se eu estivesse com ressaca. Me levantei quase caindo e vi Pablo ainda dormindo no sofá. Peguei um borrifador e espirrei um pouco de água na cara dele. Quando ele acordou assustado, eu disse:
– Bom dia filho da puta.
– Bom dia vadia - Ele Respondeu. Nós dois ficamos rindo.
– Tá a fim de tomar um café? - Perguntei enquanto abria um pouco a cortina da janela da sala e o sol queimou minha vista.
– Eu tenho aula hoje. Eu acho
– Hoje é domingo. Vamos, coloca alguma roupa e vamos tomar um café.
– Por que você não faz o café? - Perguntou ele
– Eu simplesmente não sei fazer.
– Por que você quer café?
– Que tal você parar com as perguntas? Eu só quero tomar a porra de um café! - gritei. Quando ele se arrumou, coloquei meus óculos de sol, peguei minha pistola e saímos. A cafeteria mais próxima ficava há uns 10 minutos de casa, então fomos andando. Quando chegamos lá, pedi um descafeinado e Pablo pediu algo caro e um Cookie. Ele parecia uma criança em uma loja de doces. Pra mim ele ainda parecia uma criança. Quando eu estava pagando os cafés e o Cookie, peguei US$200 e entreguei a Pablo:
– Enquanto você não arrumar um trabalho, se precisar de dinheiro, me avise. - Eu disse
– Meio difícil arrumar um emprego com 16 anos. - Ele Respondeu
– Não, não é. Você só precisa levantar sua bunda preguiçosa do sofá e procurar algo. - Saímos da cafeteria e fomos andando pra casa. No caminho Pegamos alguns atalhos, passando por alguns becos. Pablo já havia terminado o café e estava comendo o Cookie.
– Você pretende continuar indo pra escola, certo? - Perguntei
– E por que eu não iria?
– Sei lá. Só é estranho eu ter que cuidar de você.
– Alguém tem que ser o responsável. - Então nós dois rimos. Olhei para meu celular, eu havia recebido uma mensagem de um número desconhecido, mas com uma assinatura no final:
"Saia já daí J
-Det. Halden"

De início não entendi nada, então olhei pra frente a tempo de ver Pablo levando uma coronhada de um cara com uma AK-47 em mãos.
– Filho da Puta! - Gritei, na mesma hora largando meu café e sacando minha pistola. Mas foi tarde de mais, haviam se aproximado por trás de mim e me nocautearam.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "GTA - Uma vida no crime" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.