GTA - Uma vida no crime escrita por Oliver Anderson, Land68


Capítulo 5
Principles


Notas iniciais do capítulo

É recomendado que se ouçam as músicas citadas durante a Fanfic



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Aos poucos eu ia retomando consciência até que consegui ouvir um falatório

– Será que ele já era?

– Não sei. Bora finalizar o serviço - Então lembrei-me que haviam me cercado. Rapidamente olhei pro teto do carro que agora estava no chão já que o carro rolou no mínimo duas vezes. Lá eu encontrei minha pistola. Rapidamente peguei ela, Mirei no pé do motorista do caminhão e atirei, fazendo-o cair. Logo que ele acertou o chão eu atirei na sua cabeça. Errei um tiro mas o segundo foi rápido o suficiente. Agora eu ouvia diversos tiros de fuzil acertando o carro. Repeti o processo com o carona do caminhão e dessa vez não errei nenhum tiro. Comecei a sentir cheiro de gasolina e então rapidamente tentei sair do carro. O encaixe do cinto de segurança havia emperrado. Disparei contra ele e cai do banco. Me rastejei pra fora do carro e corri para o caminhão, atravessando a linha de tiro de 3 carros com diversos atiradores com armas automáticas. Após chegar no caminhão peguei cobertura e então decidi atirar neles com a minha pistola. Meu espaço de tempo para atirar era mínimo, mas foi o suficiente pra eu acertar mais 4 tiros. Até que eu tive a brilhante ideia de pegar a AK-47 do motorista do caminhão. Como eu só havia treinado com pistolas, meus tiros de fuzil foram um desastre. Somente 3 tiros acertaram em um dos atacantes. O recuo da arma fez ela subir e eu perdi controle. Já estava me recuperando para atirar mais uma vez, até que vi uma trilha de chamas indo em direção ao Blista. Na mesma hora larguei a AK e corri para longe do caminhão. 3 segundos depois senti a onda de choque e calor da explosão, mas rapidamente levantei e continuei correndo. Corri até não conseguir sentir o cheiro da fumaça. Ainda estava de madrugada, as ruas estavam vazias e logo a polícia estaria por lá. Decidi correr para um estacionamento e roubar um carro. Achei um Asea, seria aquele mesmo. Quebrei o vidro com uma coronhada da minha pistola, destranquei a porta por dentro e entrei nele. Graças a Deus o alarme não acionou. Agora era hora da parte zoada. A ligação direta, vivendo em Chamberlain Hills, você com certeza já ouviu sobre como fazer isso. Arranquei a tampa plástica debaixo do painel, encontrei os três famosos fios. Esses fios são o sistema elétrico, bateria e o arranque do carro. Eu tenho que conectar o fio do sistema elétrico a bateria e então conectar o do arranque a conexão dos dois. O que dificulta é que a cor e grossura dos fios varia entre os carros. Eu tenho que tentar na sorte. Primeiro descasquei os 3 fios. Peguei o primeiro fio e conectei com o segundo. Nada aconteceu. Conectei com o terceiro e nada novamente. Eu já conseguia ouvir as sirenes das viaturas policiais. Eles vinham em quantidade. Conectei o segundo fio com o terceiro e os faróis acenderam e o rádio ligou. Esse era o sinal verde. Peguei o primeiro e Conectei aos dois e bingo! O carro pegou. Terminei de quebrar os cacos de vidro da janela, apaguei os faróis, abaixei o volume do rádio e coloquei o meu banco pra trás, deixando as viaturas passarem. Quando haviam passado eu coloquei o banco no lugar e dirigi com os faróis apagados por um certo momento. Então fui até a casa de Andre. No meio da adrenalina, não percebi os cortes feitos em meu corpo e um no meu rosto, na altura da bochecha.

Chegando lá, eu tirei o fio do arranque dos outros e desliguei-o. Entrei no saguão do prédio e passei escondido pelo porteiro. Eu estava um pouco ferido e fedendo a gasolina. Não haveriam boas desculpas. Chegando na porta de seu apartamento eu bati freneticamente até ele abrir apontado uma pistola pra minha cara, como medida protetiva. Instintivamente eu afastei a mão e gritei:

– Calma, sou eu!

– John, que porra aconteceu? - Disse ele

– Longa história. Posso entrar pra te contar? - Respondi enquanto entrava. Lá dentro eu tirei minha camisa que estava com um pouco de sangue e fui direto para o banheiro. Joguei água em todos os cortes e peguei algumas bandagens dele pra fechar mais uma vez a ferida da facada que havia sangrado mais devido a pulsação do meu sangue. Enquanto eu enfaixava mais uma vez ele pegou uma cerveja pra ele e pra mim e disse:

– O que aconteceu?

– Fui fazer um trabalho pro Albert. Eu tinha que roubar um carro do filho de um rival dele. Deu tudo errado, e eu matei o garoto. - Andre quase cuspiu a cerveja enquanto absorvia tal informação.

– Você matou o garoto? - Concordei com a cabeça - E como você se sentiu? - perguntou ele.

– Não senti remorso. Ele e os amigos tentaram me matar.

– Mas isso não explica as feridas e o cheiro de gasolina. - Disse ele.

– Então, depois de eu fugir com o carro, o pai dele deve ter descoberto e mandou uma equipe dele fazer uma batida em mim. Um caminhão me pegou num cruzamento. O carro capotou e eu apaguei. Quando acordei eu matei uns deles. Saí do carro e matei outros, até que um idiota atirou na gasolina do carro. Eu aproveitei a chance e corri. Entrei num estacionamento e fiz ligação direta num carro, e vim até aqui. - Respondi

– Ok... Isso foi muita coisa pra um dia. O que você vai fazer agora? Espera, como você Sabe fazer ligação direta? - Perguntou ele.

– Vou falar com o Albert, ver quem mandou o ataque e bater um papo com ele. E cara... Eu moro em Chamberlain Hills. - Enquanto ele ria ele perguntou:

– Quer que eu vá com você?

– Não. Isso é meio que pessoal agora. Mas mesmo assim obrigado pela ajuda. Foi mal te acordar essa hora. E a cerveja de tarde, ainda tá de pé? - Eu disse enquanto colocava minha camisa e saia do apartamento.

– Claro - Respondeu ele.

Então fui até Albert. No processo eu busquei meu carro, não suportava andar num Sedã. Chegando lá Steve falou:

– Ei moleque, o que você quer?

– Tenho que falar com Albert.

– Agora não moleque - Então ele barrou a entrada. Respondi dando um soco no seu queixo, fazendo ele cair inconsciente por um tempo. Entrei gritando:

– Albert! Albert! Precisamos conversar! - Ele estava com duas garotas sentadas em seu colo na sala, ele estava sozinho. Com certeza interrompi seu momento.

– Trouxe o carro? - Disse ele surpreso por me ver ali. Provavelmente porque não era para Steve ter me deixado entrar. Antes de eu responder, seus outros seguranças entraram na sala querendo me segurar pelo braço, acabei desviando deles.

– Tiveram complicações. O garoto tá morto e o carro destruído.

– O que aconteceu!? - Perguntou ele num tom furioso

– O garoto tentou me matar, matei ele. No caminho pra cá o pai dele mandou um ataque em mim. Um caminhão me fez capotar e outros 3 carros me cercaram. Matei alguns, mas eles fizeram o carro explodir.

– Sem problemas, eu ia acabar com aquele carro mesmo. - Disse ele rindo. Steve entrou na sala desorientado. Pedi desculpas pelo o que fiz. Ele disse que na próxima ele vai me matar.

– Quem era o pai do garoto? E onde ele está? - Perguntei

– Isso não é do seu interesse garoto. E ele está além do seu limite.

– O filha da puta mandou uma equipe me matar e isso não é problema meu? Sem contar nos corpos que eu deixei pelo caminho? O que me diz? Eu mato esse cara e você alivia 50% da minha dívida? - Ele ficou olhando pra mim com cara de sério.

– Você quer chegar aqui e me dizer o que fazer só porque você tá putinho? Só vou lhe contar isso porque eu preciso desse cara fora da jogada o quanto antes possível. O nome dele é Ronaldo Benítez. Ele tem relação com os Vagos. Por isso a facilidade de te encontrar. Não sei a localização exata dele. Mas há um mercadinho em Chamberlain Hills, em um posto de gasolina que os homens dele passam toda manhã pra recolher o preço da proteção diária. De acordo com os meus caras esse é o último ponto deles. Depois disso eles vão direto pro chefe deles. Meus homens estão de olho nesse mercadinho.

– Mande eles se afastarem, vou montar guarda por lá. Sigo eles e mato todos. Te ligo quando eu acabar - Respondi.

– Eles passam por volta das 06:00 da manhã. - Disse Albert. Olhei no relógio do meu Ifruit. Eram 05:43 agora. Saí correndo, tinha pouco tempo.

Chegando no posto estacionei meu carro lá, abasteci e fui pagar no caixa. Lá comprei uma barra de cereal, um refrigerante e um par de luvas para direção. Fiquei dentro do carro, até umas 06:22. Entrei na loja pra poder usar seu banheiro. Joguei uma água no meu rosto. O sono estava começando a bater. Decidi mijar. Enquanto eu estava no mictório, um homem, gordo, hispânico entrou gritando no telefone:

– "Si señor. Entiendo señor. Siento la tardanza. Ya estamos recogiendo el último de hoy" - Acabei me distraindo na conversa dele e olhei pra sua cara com um leve sorriso psicopata no rosto. Fiquei em silêncio quando ele desligou o telefone. Passei por ele e fui lavar as mãos. Minhas luvas estavam no bolso da calça.

– "¿Cuál fue cabrón? No soy un payaso". - Então ele saiu do banheiro. Eles estavam com pressa. Terminei de lavar minhas mãos e corri para o carro. Eles já haviam saído. No rádio começou a tocar Speedline Miracle Masterpiece por Tunde Adebimpe. Saí cantando pneu enquanto engatava a primeira e deixava o carro desenvolver até a segunda. Eles estavam literalmente correndo. Então acelerei e segui o ritmo deles. Eu estava a 66mph e fazendo curvas bem fechadas. O trânsito estava começando a ficar denso. Eles estavam até arriscando ir na contra mão. Eles estavam com tanta pressa que nem me perceberam seguindo eles. Tive que acelerar até 78mph pra acompanhar eles. Nessa hora agradeço por meu carro ser potente. Depois de desviar de inúmeros carros eles começaram a ir em direção aos depósitos de El Burro Heights. Agora eu estava em total desvantagem. Meu carro derrapava muito fora de pistas. Tentei manter o controle enquanto seguia eles até que eles começaram a reduzir próximo a um depósito. Com certeza era lá. Passei um pouco adiante, subindo mais as ruas sem asfalto e estacionei meu carro. De dentro do carro eu tinha uma boa visão do depósito. Mas eu estava longe. Peguei meu celular e comecei a tirar fotos pra identificar o perigo. Tirei foto dos guardas armados com AKs, Escopetas e Submetralhadoras. Fui olhando todo o ambiente até que eu vi dois caminhões prontos pra serem carregados. Achei o escritório do depósito. Lá estava um homem conversando com outros dois. Tirei uma foto dele e mandei para Albert perguntando se era ele. Continuei analisando o ambiente e vi que o depósito estava com caixas cheias de munições. Aquilo daria bastante dinheiro. Depois de terminar de analisar tudo, montei uma estratégia. Eu iria me esgueirar até o segundo andar do depósito, e trancar a porta do escritório enquanto eu batia um papo com o Ronaldo. Se tudo desse errado eu pularia pela janela e viria até o carro. Como eu tenho certeza de que vai dar errado, mandei as fotos pra Andre com a seguinte mensagem:

"Reforços agora! El Burro Heights. Traga as armas pesadas". Chequei as respostas. Albert confirmou quem era e Andre disse:

"Merda John. Não fode tudo. Eu eu Jack estamos chegando". Eu não pretendia esperar eles. Coloquei minhas luvas pra não deixar nenhuma digital e então fui chegando perto do depósito.

Eu não planejava esperar por eles e então decidi agir. Havia uma cabine num canto do depósito que se fosse escalada, ajudaria a chegar na janela do escritório que por acaso estava aberta. Na hora aquilo me parecia a melhor opção. Chegando lá eu deveria agir rápido pra nenhum dos guardas me ver. Só havia um problema na execução do meu plano. Eu não era muito bom em escalar as coisas. Tentei dar um pulo direto e agarrar no teto da cabine, falhei miseravelmente. Então decidi pegar um impulso na parede ao lado. Me afastei um pouco, corri e usei a parede como impulso. Misteriosamente deu certo e eu me agarrei no topo da cabine. Rapidamente puxei meu corpo pninguém e me joguei para dentro da janela do escritório. Lá estava somente o Ronaldo, revisando alguns papéis em sua mesa. Com minha arma em punho, procedi com cautela. Ele estava com uma submetralhadora do seu lado. Se eu vacilasse por um segundo eu morria. Quando ele enfim percebeu minha presença, tentou pegar a arma

– Não faça isso e não grite. Quero conversar com você - Susurrei enquanto encostava a pistola em sua nuca. Ele desistiu de pegar a SMG. Peguei ela e joguei pela janela. Fui em direção a porta e derrubei um armário nela. Assim fazendo uma barricada na mesma.

– Sabe, eu não queria matar seu filho. Eu só queria o carro. Só faço isso pelas minhas dívidas. Mas os amigos dele tentaram me matar. Agi instintivamente. Não quis matar eles. Eu não pretendia matar ninguém. Eles foram o primeiro sangue que derramei. E não me orgulho disso. - Disse eu como se estivesse me desculpando.

– Sempre disse pra ele nunca andar armado. Eu não queria que ele tivesse envolvimento com essas coisas. Falei pra ele não andar com aqueles garotos idiotas. Mimados de Rockford Hills. Sempre levando os jovens as drogas e crime. Você sabe quantos anos meu filho tinha? - Discordei com a cabeça - 16 anos. Ele fez semana passada. Aquele carro era um presente.

– Sinto muito. Mas você sabia das consequências. Você podia ter largado essa vida. - Respondi

– Você acha que é simples assim? Garoto, depois que você entra no crime, o crime não pode sair de você. Só me diga uma coisa antes de puxar o gatilho... Meu garoto... Ele sentiu dor? - Perguntou Ronaldo enquanto chorava

– Não. Ele não sentiu nada. Foi um tiro no rosto. - Respondi

– Obrigado! Pelo menos você teve misericórdia do garoto. - Agradeceu o futuro morto

– Só mais uma coisa? Como você soube tão rápido que eu tinha roubado o carro? - Perguntei

– Simples, eu recebi uma ligação - Então puxei o gatilho, que pra minha vergonha nada fez pois minha arma havia ficado sem munição. No choque do momento Ronaldo se aproveitou e jogou minha pistola longe, e me empurrou contra a mesa que estava com uma caixa cheia de munições de 9mm. Ele arrastou minha cara na mesa e me jogou no chão. Seus homens ouviram a algazarram e estavam correndo para o escritório. Ainda no chão tentei usar a inteligência em minha vantagem. Ronaldo está enfurecido, vai acabar agindo impulsivamente. Uma prova disso foi o fato de ele ter vindo pra cima de mim enquanto eu estava no chão. Consegui chutar sua cara, fazendo-o cambalear. Rapidamente levantei e aproveitei sua tontura pra jogá-lo contra a parede. Segurei-o contra a parede e apliquei diversas joelhadas nele. Mas misteriosamente sua força retorretornou, e ele me agarrou pelo pescoço com as duas mãos, me levantando do chão. Enquanto eu me debatia no ar seus capangas tentavam entrar no escritório. Eu estava quase apagando quando lembrei de uma técnica nada legal. Enfie ambos os meus polegares em seus olhos, fazendo ele gritar de dor e seus olhos sangrarem. Eu estava ajoelhado no chão recuperando meu fôlego quando decidi agir rápido. Aproveitei seu recuo e me joguei pelo chão da sala, alcançando a minha pistola. Peguei uma das cápsulas de 9mm que estavam no chão e coloquei na câmara da pistola, a tempo de ver Ronaldo vindo pra cima de mim com um canivete. Quando ele estava prestes a desferir um golpe em mim, mirei a pistola em sua cara e disse:

– Surpresa filha da puta! - Enquanto eu atirava. Com seu corpo no chão, peguei seu canivete, que agora me pertenceria, peguei alguns cartuchos de SMG e pulei pela janela. Não iria ficar lá pra ser fuzilado. No chão encontrei a SMG. Segurei-a, como havia segurado a AK mais cedo e decidi ir pra cima dos idiotas do depósito. Dei a volta no depósito e fui pegando eles desprevenidos. Com a SMG tive mais facilidade de atirar. Talvez seria pela minha nova técnica. Eu me preparava pro recuo da arma, puxava o gatilho e contava até dois. Eu atirava aproximadamente cerca de 3 balas. O suficiente pra derrubar alguns idiotas. Depois do fiasco da pistola, decidi tentar calcular quanto tiros eu ainda teria. Eu não esperava o cartucho acabar, depois de alguns tiros e alguns inimigos mortos eu recarregava. Conforme fui andando por dentro do depósito percebi que haviam muitos deles. Mas não me importei de dar cabo de vários deles. Depois de matar uns 8, finalmente encurralei os dois últimos no escritório do falecido. Lá executei um com um tiro na garganta e o outro com 3 no peito. Depois de me certificar de que não havia mais ninguém vivo eu liguei pra Andre:

– Olha cara... Meio tarde pro reforço.

– Merda John! O que aconteceu?! - Perguntou ele.

– Matei todos.

– Mentira. - Disse ele num tom surpreso.

– Tenho uma ideia de lucro pra vocês. Eles iam transportar dois caminhões cheios de munição de diversas armas. Conhece alguém que compraria elas? Porque no momento elas estão sem dono.

– Conheço um cara. Já estamos chegando ai. - então ele desligou. Tirei uma foto do corpo para Albert e guardei meu celular. Esperei eles do lado de fora e tirei minhas luvas. Quando eles chegaram eu disse pra pegarem os caminhões e darem o fora. Andre ainda estava surpreso pelas mortes. Me despedi deles e então fui pro meu carro. Lá reparei que meu braço estava sangrando novamente. Fui a uma loja de armas e comprei mais um pouco da munição "especial" do conhecido o Andre.

– Ei, Seu instrutor já te falou do esquema que a gente tem pra conseguir licença pra armas maiores? - Disse o vendedor.

– Não. Qual é?

– Você assina um documento, e um parceiro meu resolve a licença em um dia. Ai você pode comprar escopetas, Micro SMGs e SMGs.

– Ok. Quanto custa? - Perguntei

– US$200. - Paguei e assinei. Ao sair lembrei que tinha que pegar a licença do meu Gauntlet também. Fui até as docas e peguei com o vendedor. Enfim fui até Albert. Chegando lá Steve me deixou passar sem eu dizer nada. Dentro da casa de Albert encontrei um amigo meu de infância. Pablo, mora em Vespucci Beach atualmente. Descendência latina, assim como eu, a única diferença é que sua pele era um pouco mais escura que a minha e seus cabelos eram mais castanhos, a mãe dele também veio do Brasil junto da minha. Ambos falamos portugês fluentemente. Estava tocando Mirror Mau na rádio Mirror Park no rádio de Albert.

– Pablo!? Que porra você tá fazendo aqui? - Pablo tem 16 anos, considero-o como um irmão já que o meu cresceu longe de mim.

– As coisas estão feias John. Preciso de grana. Minha mãe me expulsou de casa! - Disse ele

– Sem problemas, você pode ir pra minha. Vamos. Me espera lá fora.

– Ô otário, você que fuder com meus negócios!? Qual é a sua? Quer morrer aqui? - Gritou Albert

– Você não vai fazer negócios com esse garoto. E você não tem o direito de encostar um dedo em mim seu filha da puta! - Peguei o telefone e mostrei Ronaldo morto enquanto jogava meu Ifruit na mesa. Infelizmente Pablo viu o morto. Sem perceber, eu já estava em cima de Albert, quase me jogando em cima dele, disputando força com ele. Por um momento achei que ele ia atirar em mim. Por isso mais uma vez mandei Pablo sair. Dessa vez ele me obedeceu. Eu era como se fosse seu irmão mais velho. Ele é filho único, seu pai sumiu quando éramos crianças e sua mãe pegou vício em drogas. Quando ele saiu eu disse pra Albert:

– Nossa dívida tá quase acabando. Vamos rezar pra ela acabar antes que a gente se mate.

– Pela primeira vez concordo com você garoto. - Então sai da casa dele, puxei Pablo pelo braço e fomos até meu carro. Chegando lá apaguei a foto do meu telefone e ele perguntou:

– O que aconteceu John?

– Não vou mentir pra você cara. Minha mãe fez uma dívida com ele e estou tendo pagar enquanto trabalho pra ele. Tive que matar um cara pra ele hoje.

– Como Assim!? Você matou alguém?! - Perguntou ele em choque

– Sim. Por isso que te tirei de lá. Agora me responde uma coisa. Por que sua mãe te expulsou de casa?

– É que eu... - Ele parou de dizer no meio da frase como se estivesse com vergonha.

– Pode falar cara. Você sabe que comigo você pode contar sempre.

– É que eu assumi ser bissexual. E ela não gostou. - Respondeu Pablo

– Sem problemas. Você pode dormir lá em casa o tempo que precisar. Minha mãe e eu não nos importamos. Minha cama é bicama, sabe? Quase igual ao beliche? Bem, o conceito é o mesmo. E a escola? Ainda está acompanhando certo?

– Sim John.

– Ok então.

Chegando em casa estacionei próximo ao meu apartamento e disse pra Pablo que em hipóstese alguma ele deveria falar sobre o que aconteceu no Albert. Entrando em casa expliquei a situação dele pra minha mãe. Ela respondeu com um belo abraço caloroso. Já estava de tarde. Decidi ficar acordado até a noite. Depois do jantar fui arrumar a parte de baixo da cama para Pablo. Enquanto isso ele tomou banho no meu banheiro. Emprestei algumas roupas pra ele e após ele sair do banho eu fui pro banheiro. Desenfaixei meu braço e então Pablo perguntou o que era. Por força do hábito esqueci da porta do banheiro aberta. Eu ainda estava de cueca. Disse que foi uma facada, e tomei banho. Saindo do banho esqueci de pegar roupas limpas. Fui andando até meu armário, quando novamente percebi que eu não estava sozinho. Eu havia andado pelado pelo meu quarto, como de costume. No mesmo instante voltei pro banheiro e me enrolei numa toalha. Peguei uma cueca e vesti-a. Não enfaixei meu braço e deitei pra dormir. Antes de dormir Pablo disse uma coisa:

– "Obrigado irmão" - Então dormi com um sorriso no rosto.


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