GTA - Uma vida no crime escrita por Oliver Anderson, Land68


Capítulo 4
Problems


Notas iniciais do capítulo

É recomendável que quando o protagonista citar alguma música no ambiente, o leitor ouça a música para fluir mais a caracterização do trecho.



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Acordei com meu despertador fazendo um barulho ensurdecedor, então abri a janela do meu quarto e joguei-o por lá. Chequei meu Ifruit e vi a notificação do aniversário de 10 anos do Jake, o filho do meu falecido melhor amigo. Jake mora ao lado de meu apartamento, com a sua vó Sandra que faz de tudo pelo garoto. Prometi a ele que iria levá-lo pra passear hoje, então decidi aproveitar a chance e chamar a Rachel pra ir conosco. Mandei uma mensagem pra Rachel da seguinte forma:

"Ei Rachel, o que acha de saírmos hoje a noite. É aniversário do meu sobrinho, prometi que ia levá-lo pra passear. Que tal o Del Perro Píer? Se você não quiser, podemos marcar pra outro dia."

Então alguns minutos depois ela respondeu:

"Claro que eu tô a fim, adoro crianças. E eu já não ia fazer nada hoje a noite mesmo. Posso passar na sua casa agora e você me leva pra conhecer ele?"

Então dei o meu endereço pra ela e fui tomar um banho. Quando eu estava me arrumando, percebi que minha mãe havia saído. Tomei uns analgésicos para dor, meu braço ainda dói um pouco por causa de ontem, peguei uma maçã, comi-a e fui dar os parabéns ao Jake. Chegando na porta da casa da Sandra, bati duas vezes na porta e rapidamente Jake veio pulando nos meus braços, então eu disse:

– Ei Jake! Parabéns garoto!

– Obrigado tio John! Aonde nós vamos mais tarde? - Perguntou o garoto animado

– Nós vamos passear no píer e depois vamos comprar seu presente ok? - Respondi com um belo sorriso na cara. Quando o pai de Jake morreu, prometi a ele em seus últimos momentos de vida, que cuidaria do garoto como se fosse meu filho. Tanto que depois de muito, o garoto pegou o costume de me chamar de tio.

– Mas quando nós formos, vamos com uma amiga do tio, ela tá vindo te conhecer - Disse ao garoto

– Ela vai me dar um presente também? - Perguntou Jake inocentemente

– Agora não... - Respondi dando uma leve risada enquanto Sandra vinha falar comigo.

– Ele tá bem animado pra mais tarde - Disse ela

– Pois é, espero que ele não se importe, chamei uma amiga pra ir junto

– Amiga...? Que isso John, pode falar, eu sei que ela é mais que amiga - Me perguntei por que senhoras mais velhas são fofoqueiras

– Não sei ao certo. Ela tá vindo pra cá, vou encontrar com ela e já volto. - Então fui andando até a esquina, onde combinei de encontrar com ela. Depois de dez minutos esperando ela chegou.

– Oi John! - Disse ela

– Oi Rach... - Fui interrompido quando ela me beijou na boca, me surpreendendo. Fomos andando até a casa da Sandra e no caminho eu decidi ser sincero com ela.

– Escuta... Tenho que te contar uma coisa...

– O que foi? - Perguntou ela

– Tem dois detetives que estão me investigando, pois acham que eu tenho algo relacionado ao assalto ao Fleeca Bank próximo a Chumash. Eu estive no banco mais cedo, e saí de lá antes do assalto. Mas um dos detetives, o Charles Amaro criou uma fixação pela ideia de que eu tava lá na hora e de que eu entrei em contato com os bandidos.

– Ah John... Não esquenta com isso. Os policiais de Los Santos são meio burros mesmo. Eles tem tendência a errar nessas coisas.

– Isso é verdade - Respondi

Chegando novamente a casa de Sandra, apresentei Rachel a ela e enfim Jake apareceu.

– Jake, essa é a Rachel, a amiga do tio. Ela vai sair com a gente hoje.

– Olá! - Disse o garoto enquanto abraçava ela

– Oi Fofura, é um prazer conhecer você e sua vó... - Disse Rachel, mas me desconcentrei da conversa, quando vi os detetives Amaro e Halden se aproximando. Pedi pra Sandra levar Jake pra dentro e fui falar com eles.

– Posso ajudá-los? - Perguntei

– Claro, estique suas mãos e não resista as algemas. John Jeesan, temos um mandado de prisão provisória e de busca e apreensão para sua residência. Você tem o direito a um advogado caso não possa pagar um e tem o direito de ficar calado á caminho do interrogatório. Tudo que for dito por você pode e será usado no tribunal. - Disse Amaro enquanto me algemava e Halden me revistava.

– Sandra, avise minha mãe por favor! - E então eles me levaram até o carro, no meio do caminho, 70% de Chamberlain Hills saiu de suas casas pra me ver sendo preso. Inclusive alguns gângsters da Forum Drive. Chegando no carro me mantive em silêncio e preparei minha tática. Sem Advogado, me fazendo de vítima e citando pontos lógicos em desespero de quem não quer ficar na prisão. Na minha casa não vão achar nada. Minha arma e dinheiro estão no meu carro que está guardado próximo a minha casa. Agora só me resta esperar e ver se minha lábia vai ser suficiente pra poder sair dessa

No caminho a delegacia eu escolhi uma abordagem sutil. Sem advogados, negando qualquer involvimento com o crime e se fazendo de vítima. Quando Amaro começar a forçar eu chamo um advogado e estou livre. Após um tempo eu estava em uma sala de interrogatório até que Halden e Amaro entraram na sala.

– Você gostaria de um café, água ou um suco de laranja Senhor... - Dizia Halden até ser interrompido

– Chega de palhaçada moleque, sabemos do seu envolvimento com o assalto. Assuma o que você fez! - Gritou Amaro enquanto eu limpava sua saliva que acabara de voar em meu rosto.

– E você diz isso baseado em quê? Já disse, eu nem estava lá na hora. Vocês estão investigando a pessoa errada. - Respondi

– Você necessitava de dinheiro rapaz, seu pai morreu deixando você individado, Sua mãe em depressão e você sem emprego. Você precisava de dinheiro. Seu empréstimo foi recusado e você topou ser cúmplice! - Retrucou Amaro

– Mais uma vez vou pedir para que não mencione tal ocorrência. Estou tentando ser civilizado - Disse eu em um tom inocente

– Vai devagar Amaro - Disse o Det. Halden

– Eu sei o que eu tô fazendo. Então se você não participou de nada, como você pagou suas contas garoto? - Disse o homem enfurecido. Eu não queria colocar o agiota na situação e nem foder as coisas pro lado da minha mãe. Então escolhi a resposta evasiva

– Vendi meu carro na Los Santos Customs próximo ao shopping. Era minha última opção. Agora estou quebrado. Não tenho dinheiro nem pra pagar um advogado.

– É MENTIRA! Você não possui carro, checamos seus registros. - Gritou mais uma vez o detetive

– Era do meu pai seu imbecil. Um Phoenix com a pintura desgastando. - Respondi

– Olhe o jeito que você trata um homem da lei rapaz - Disse Amaro

– Olhe o jeito como você trata um civil inocente. Se você estivesse me respeitando não chegaríamos a esse ponto. - Retruquei. Ele ia levantar para gritar mais uma vez, quando Halden lhe impediu colocando a mão em seu ombro e dizendo:

– John, posso te chamar assim?

– Claro - Respondi

– John, pode nos dizer aonde você foi após a nossa conversa ontem a tarde?

– Após ter me estressado com seu parceiro decidi sair para uma caminhada, então parei no primeiro bar que eu vi e tomei duas cervejas. Depois eu decidi ir a Vespucci Beach. Peguei um ônibus e passei o resto do dia lá. No caminho pra casa passei em uma lanchonete e comprei um lanche pra mim. Voltei pra casa e não sai até hoje. - Respondi mantendo contato visual com ambos os detetives, insinuando que eu estava dizendo a verdade.

– Há alguém que possa confirmar algum trecho do seu dia, algum conhecido que tenha te visto a caminho de algum desses locais? - Perguntou Halden

– Sim, minha namor.. amiga, Rachel

– Obrigado pela compreensão, iremos averiguar - Respondeu Halden

– Então posso ir embora? - Perguntei

– Sim, em breve. - Disse Halden. Eles estavam saindo da sala quando de repente Amaro volta e começa a dizer:

– Sabe garoto.. Deve ser incrível ter a sua vida. Ver pessoas ao seu redor morrer e nem ao menos admitir parcialmente a culpa por essas coisas. Primeiro, você vê o seu melhor amigo morrer na sua frente porque você não pôde, não conseguiu reagir ao assaltante e ajudar seu amigo.

– Pare. Por favor.. Pare! - Gritei desesperadamente

– Depois de um tempo, seu pai, já um senhor de idade têm que resolver seus problemas já que você estava sendo atacado por alguns bandidinhos de merda da área. E no processo ele morre por isso. Até quando você vai continuar desse jeito rapaz? Hora de assumir as responsabilidades. Ou você vai esperar até essa garota Rachel morrer na sua frente também? -Meus olhos estavam encharcados de lágrimas, o sangue pulsava pelo meu corpo e minhas mãos estavam prontas pra quebrar seu pescoço ali mesmo.

– O quê? Cutuquei a ferida cedo demais? - Disse o maldito enquanto ria na minha frente. Em meio segundo voei de minha cadeira e fui em cima do filha da puta, acertando 3 socos na sua cara, somente a tempo de seu parceiro me tirar de cima dele dizendo as seguintes palavras:

– Devagar John, era isso que ele queria, te manter mais tempo preso! - Após Halden me soltar percebi que o ferimento da facada havia voltado a sangrar. Olhei para Amaro e vi seu olho inchado e dois dentes no chão. Ele saiu da sala rindo e então pedi um advogado.

Depois de duas horas esperando na sala de interrogatório, meu advogado chegou.

– Edward Lee, você é o John certo? Vamos ver o que posso fazer por você. - Então ele começou a ler o relatório da situação e disse:

– Que merda rapaz, melhor ligar pro Saul hehe. - Edward era um homem com cerca de 40 anos, cabelos castanhos, pintados recentemente. Tinha uma barba mal feita, e usava um óculos de grau barato. Era branco e se divorciou recentemente. Percebi pela ausência de seu anel matrimonial, e o bronzeamento na área do dedo anelar.

– Sobre esse detetive estar abusando psicológicamente de você, temos uma vitória diante o juiz, tudo foi gravado pela câmera ali. Posso conseguir uma ordem de restrição de 100 metros de você. Ele cruza essa linha, é preso e perde o distintivo. O mesmo serve para seu parceiro.

– O detetive Halden é legal. Ele não tem nada a ver com isso. - Disse eu. Det. Halden não me fez nenhum mal.

– Ok, vou lembrar de não incluir ele. Agora quanto a agressão ao Detetive "pé no saco", não há muito o que evitar. Posso pedir uma fiança de US$3000 e se você tiver o dinheiro, será liberado ainda hoje.

– Ok Ed - Respondi - Se essa é a melhor opção...

Então fomos diante a um juiz em um tribunal

– Sr. Meritíssimo. Meu cliente gostaria de pedir uma ordem de restrição de 200 metros contra o Detetive Amaro. - Disse Ed.

– Protesto! - Disse a advogada da promotoria - O réu agrediu brutalmente o detetive Amaro enquanto estava em custódia. O lugar do réu é em uma prisão.

– Sr. Meritíssimo, achava que ainda estávamos no caso de abuso psicológico e excesso de força policial contra o réu. - Respondeu Edward

– Muito bem lembrado Dr. Lee. A Dra. Kane não apontou nenhuma defesa em questão do Detetive. Ordem de restrição concedida. Agora quanto ao caso de agressão policial... Quanto o réu se declara?

– o réu gostaria de se declarar culpado e pedir fiança no valor de 3 mil dólares. É óbvio que o réu estava sobre influência intimidadoramente psicológica pelo detetive Amaro - Respondeu Ed já esquematizando tudo.

– A promotoria gostaria de pedir prisão por 60 dias pelo ato de brutalidade do réu. O detetive Amaro foi brutalmente espancado pelo réu. - Disse a Dra. Kane

– É evidente que o réu estava em um estado de fraqueza psicológica na qual o detetive se aproveitou. Isso não justifica seus atos de violência. Decreto fiança de 5 mil dólares ao réu e que o detetive Amaro deverá se manter longe do réu. Caso encerrado - Então o juiz bateu seu martelo e Edward comemorou.

– É garoto, demos uma surra neles hoje. Na questão da fiança, você tem direito a uma ligação. Pense bem pra quem você vai ligar. Peça pra pessoa ir a delegacia e pedir os papéis da fiança. Após o dinheiro ser pago você deve ser solto imediatamente. Até então você ficará na cela da delegacia. Boa sorte garoto. - Após ficar um bom tempo pensando, percebi que a única pessoa que poderia me ajudar é Andre. Meu dinheiro não dá pra tudo isso. Não vou pedir a Rachel e minha mãe está enrolada. Só sobrou ele. Então liguei pra ele e disse:

– Ei cara, escuta, não tenho muito tempo. Tô ligando pra te pedir um favor.

– Claro, fala ai - Disse ele

– Tem como você vir até a delegacia e pagar minha fiança de 5k? É uma longa história e não tenho muito tempo pra falar. Eu juro que depois que eu sair daqui eu te explico tudo.

– Ok, vou ver o que posso fazer. - Então ele desligou o telefone e eu fui levado de volta a minha cela. Algumas horas depois ( eu já havia perdido noção do tempo ) Recebi uma visita da Rachel e de minha mãe. As duas vieram até a cela, mas Rachel chegou primeiro que minha mãe e me beijou na frente dela e dos outros caras na cela. Então sem graça eu disse:

– Rachel, essa é minha mãe.

– Senhora Jeesan, olá, é um prazer conhecê-la. Sou a namorada do John - Sim, ela acabou de confirmar a situação.

– Namorada? John nunca falou de você. - Disse minha mãe. Deixando a situação constrangedora

– Hahaha, acredito que ele não teve tempo. Começamos a namorar recentemente.

– Até que enfim meu filho conheceu uma bela jovem que nem você. Espero que possamos marcar para nos conhecermos melhor em outra ocasião - Respondeu minha mãe.

– Vai ser incrível. Depois que eu sair daqui vocês vão ter tempo pra cacete pra conversarem. Mas agora preciso que me escutem. Um amigo meu vai pagar a fiança. Não se preocupem. Rachel, vai pra casa e se arruma. Depois vou passar lá pra te buscar e passear com o Jake. Mãe, vai pra casa e avisa a Sandra pra ir arrumando o Jake pra gente sair e ir buscar a Rachel. Não sei que horas são, mas preciso que vocês façam isso ok? Não se preocupem comigo. - Então ambas concordaram e saíram. Um tempo depois um policial abriu a cela e disse:

– John Jeesan, pagaram sua fiança. Me siga para pegar seus pertences. - Então depois de pegar meu celular e carteira, fui para a saída da delegacia, onde encontrei Andre e vi o Detetive Amaro nos observando de longe.

– Obrigado cara. Assim que puder eu lhe pago.

– Ok - Respondeu ele. Então saímos da delegacia e ele me deu uma carona

Durante o caminho até minha casa ele perguntou:

– Então, o que aconteceu?

– O filha da puta do detetive Amaro me manipulou pra agredir ele e me manter por mais tempo preso. Mas meu advogado conseguiu fiança e uma ordem de restrição. Estou oficialmente fora do radar da polícia. - Respondi

– Isso é bom. Tenho futuros planos que se você topar, podem ser úteis pra nós dois. - Disse ele

– Pode contar comigo - Basicamente eu tinha uma dívida com Andre. Chegando em frente a minha casa, saí do carro e disse pra Andre:

– Amanhã, que tal umas cervejas? Por minha conta

– Pode ser... - Então ele foi embora. Bati na porta de Sandra e disse a ela pra ir arrumando Jake pra sairmos. Quando entrei em casa mandei uma mensagem pra Rachel ir se arrumando que em breve eu iria passar em sua casa. Ela respondeu que já estava se arrumando e então falei com minha mãe que tudo estava bem. Corri pra tomar um banho e enfaixar novamente a facada em meu braço. Após isso coloquei minhas roupas. Uma calça jeans, um par de all-stars preto e coloquei uma camisa quadriculada, na qual eu dobrei a manga até os cotovelos. Percebi que exagerei no cúmulo da moda Hipster. Coloquei meus óculos de sol, peguei minhas chaves e fui ver Jake.

– Está pronto amigão? - Perguntei

– Sim tio John! - Disse o garoto animado

– Então vamos. - Fomos andando até meu carro e quando chegamos lá, Jake foi para o banco de trás e eu peguei o dinheiro e minha pistola sem que ele visse e guardei-a em minha calça. Antes de ligar o carro eu disse pra ele colocar o cinto e então fomos buscar a Rachel. Chegando em seu apartamento ela já nos esperava. Ela entrou no carro, me beijou novamente e fomos até o píer Chegando lá a primeira coisa que Jake pediu foi pra ir na roda-gigante. Então nós três fomos. Enquanto estávamos lá Rachel perguntou:

– Então, o que aconteceu na delegacia?

– Tudo estava indo bem. Até ele começar a falar umas merdas. Eu perdi a cabeça e bati nele.

– Como você conseguiu pagar a fiança? - Ela perguntou

– Um amigo meu me fez um favor. Mas vamos mudar de assunto. Muito estresse rolou hoje. - Após sairmos da roda gigante fomos andando até algum estande pra fazer um lanche. Quando de repente um idiota pega o celular de Rachel da sua mão. Na mesma hora corri atrás dele e gritei pra ela me encontrar em frente a montanha russa. Depois de desviar de inúmeras pessoas percebi que ele estava indo pra debaixo do píer, então decidi ir pelo outro lado e pegá-lo de surpresa. Fiquei esperando ele no píer até que eu ouvi passos. Quando ele passou eu o derrubei no chão, ele já estava pronto pra sacar uma faca, mas dessa vez meus reflexos não deixaram. Puxei minha pistola e Mirei em seu rosto e disse:

– Olha, tive um dia de merda. Sabe o que me impede de puxar o gatilho? Bom senso. Agora devolve a porra do telefone. - Ele me entregou e então dei um chute na sua cara. Guardei a pistola e fui encontrar Rachel e Jake. Chegando lá Jake me perguntou quando iríamos comprar seu presente.

– Que tal agora? - Eu disse, e em resposta recebi um sorriso. No caminho até o carro recebi uma ligação. Era Albert. Atendi e disse:

– Agora não! - E desliguei

Chegando no Shopping fomos a uma loja de jogos. Jake me pediu um console de nova geração.

– Que tal dois? - Perguntei pro garoto que instantâneamente apoiou a ideia. Segurei ambas as caixas dos consoles enquanto ele escolhia 3 jogos pra cada, e então Rachel falou:

– Nossa, nunca vi uma criança tão feliz.

– Nem eu. Tento fazer de tudo por esse garoto desde que o pai dele faleceu. - Respondi

– Deve ser difícil pra você e a vó dele. - Disse ela.

– O que dificulta mais é o local onde moramos. Manter crianças longe dos problemas por lá não é nada fácil. Eu mesmo tive certas dificuldades. - Enquanto eu falava isso tive certos flashbacks do meu passado.

Depois de comprarmos os jogos de Jake, fomos deixar Rachel em casa. Após levei Jake até a casa de sua avó. Eu nem entrei em casa. Fui direto para a casa de Albert. Chegando lá ele me mandou sentar no sofá. Sentei entre dois dos guardas dele.

– Que merda foi aquela no telefone? - Gritou ele

– Eu estava ocupado - Respondi.

– Tá vendo esses dois filhas das putas do seu lado? Quase mandei eles irem na sua casa. Sabe por que não mandei? Porque eu respeito sua mãe seu merda. Na próxima eu mando eles atrás de você seu puto. Você me deve, você faz o que eu mandar na hora que eu mandar. - Na minha cabeça eu pensava em mandar ele se fuder. Mas eventualmente eu tomaria um tiro. Então perguntei o que ele queria que eu fizesse

– Pegue um carro de um rival meu e traga até aqui pra gente detonar ele. O carro vai estar com seu filho em Rockford Hills. Vai pra lá acaba com o moleque e traz o carro. - Sem dizer nada eu levantei e fui embora.

Chegando em Rockford Hills procurei pelo carro que Albert descreveu. Um Blista com pintura azul fosca. Depois de algumas horas rodando por lá achei o garoto. Ele estava com dois amigos em um beco. Decidi abordá-los com a pistola em punho. Eram 02:37 da madrugada. Ninguém iria ver nada e já que o rádio do carro estava alto tocando Say that then, ficaria mais difícil de ouvir algo.

– A chave do carro. Agora! Albert mandou um abraço pro seu pai. - Gritei para eles enquanto apontava a pistola em um deles. Quando o garoto ia jogar as chaves no chão um de seus amigos tentou me esfaquear. Meu instinto de sobrevivência puxou o gatilho da pistola e me fez disparar em seu peito fazendo ele cair na mesma hora. O outro amigo ia atirar em mim, rapidamente virei minha mão pra direita e atirei no seu pescoço fazendo ele cair com ambas as mãos na ferida. O filho do dono do carro se ajoelhou e disse:

– Não me mate, se meu pai te encontrar você tá fudido. Me deixe ir embora e digo que não vi nada - No fundo eu sabia que ele estava mentindo e com o impulso da adrenalina apontei a arma pra sua cara e disse:

– Eu não pretendia matar vocês. Mas vocês não me deram escolha. Era eu ou vocês. Acho que está bem óbvio quem ganhou. - Então disparei matando o garoto e pegando as chaves do seu carro. Aparentemente os três estavam mortos. Entrei no carro, engatei a ré e sai do beco. Passei em frente o meu carro no qual estava um pouco longe do local e dirigi loucamente antes que a polícia chegasse.

No cruzamento próximo a Deluxe Motorsport parei no sinal vermelho, já que não havia ninguém me seguindo e pensei como meu dia foi incrível. Fui preso, fiz um garoto feliz, estabeleci uma relação amorosa e matei 3 pessoas. Definitivamente não esperava isso quando acordei. O pior de tudo é que eu não senti nenhum remorso pela morte dos 3 patetas. Quando o sinal verde abriu percebi que eu estava sozinho no cruzamento. Quando eu acelerei pra sair do cruzamento um caminhão bateu na lateral direita do Blista, fazendo o carro capotar. Então eu comecei a ficar inconsciente.


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