GTA - Uma vida no crime escrita por Oliver Anderson, Land68


Capítulo 3
The debt


Notas iniciais do capítulo

Essa Fanfic foi inspirada na franquia GTA



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Saindo das docas reduzi um pouco a velocidade e Andre ligou para meu celular. Atendi a ligação e coloquei no viva-voz.

– Então, qual é o plano? - Disse Andre

– Vamos devagar, a polícia ainda não sabe o que aconteceu, temos a vantagem. Vou passar em casa e então te encontro no seu apartamento pra você me apresentar aos caras que você comentou que queriam me conhecer.

– Ok então, vai lá pra casa o mais rápido possível - Então ele desligou e passou a minha frente. Fui dirigindo devagar, sem pressa, aproveitando meu novo Gauntlet. Meu objetivo principal era chegar em casa e colocar uma camisa, já que a que eu estava usando está com sangue de um brutamontes, ainda tenho que tomar uma decisão sobre o que fazer com ela. Chegando perto de Chamberlain Hills decidi não chegar em casa com meu carro. Parei ele a cerca de 5 minutos de casa em um estacionamento de uma farmácia e decidi andar o resto do caminho. Saindo do carro encontrei uma figura da área, Lamar Davies, um cara levemente irritante, mas que seguia o padrão de quem morava em Chamberlain Hill. Não diria que somos amigos, mas pelo menos nunca tivemos problemas.

– Caralho mano! Que carreta, tá com dinheiro rapaz... - Disse ele

– Pelo menos eu tinha a uma hora atrás. - Respondi.

– Não esquenta otário. O mano L.D. aqui sabe como é isso. Qualquer dia desses vamo sair pra tomar umas brejas, talvez eu pague, mas é mais provável de você pagar.

– Beleza L.D. - Em uma passe de mágica ele simplesmente quer se aproximar. Seria o efeito do carro ou um leve fator de amizade da vizinhança? Provavelmente a primeira opção. Eu cresci em Chamberlain Hills com esse otário e outros. Lamar sempre ficava junto de Franklin Clinton, outro garoto da área. Os dois sempre aprontavam merdas. Na adolescência eles vendiam cigarros ilegalmente, e recentemente ouvi boatos de que estava trabalhando para um traficante. Mas em Chamberlain Hills boatos só servem pra acabar com nossas vidas.

Após uma leve caminhada até em casa, percebi que recebi umas olhadas de algumas mulheres enquanto eu andava. Fazer exercícios tem suas vantagens nessas horas. Abdômen definido, alguns músculos e algumas cicatrizes de brigas antigas da época de escola. Eu diria que estou nos padrões de beleza da sociedade. Chegando em casa eu subi as escadas até meu apartamento e abri a porta de casa a tempo de ver minha mãe conversando com dois homens bem vestidos, com paletós. Quando fechei a porta apreensivo um deles se apresentou:

– Olá jovem, Sr. Jeesan correto? Me chamo detetive Charles Amaro, e aquele é meu parceiro Nicholas Halden. - Ele esticou a mão, e apertei-a. O detetive Amaro é um pouco mais velho que minha mãe, não está em forma, seus cabelos, os poucos que sobram, estão brancos e ele tem um cavanhaque mal feito. Já o Detetive Halden, tem cerca de 30 anos, descendência latina, estava mais em forma que Amaro e tinha um físico bruto. Provavelmente deve fazer Jiu-Jitsu ou algo do tipo.

– Se importam se eu ver seus distintivos? - Perguntei

– Claro que não, aqui estão. - Eles me mostraram, eram verdadeiros. Então perguntei sobre o que se tratava a visita.

– Nada de mais, só estamos investigando umas pontas soltas sobre um assalto a banco recente. -

– Ah, o Fleeca Bank próximo a Chumash? -

– Esse mesmo. - Eles responderam

– Bem, eu estive no banco no dia em questão se é isso que vocês desejam saberem - Respondi com toda a calma do mundo, é hora de colocar minha lábia em ação.

– Sim, tomamos nota disso, vimos arquivos da sua conta na mesa do gerente. Acho relevante informar que o gerente foi brutalmente assassinado pelos assaltantes - Disse Amaro

– Ai meu Deus... Que tipo de monstros fariam isso com outro ser humano? - Respondi fazendo minha maior dramatização.

– Aparentemente ele tentou render um dos ladrões, entrou em luta corporal e foi executado com dois tiros no peito. Morte quase instantânea.

– Mas continuo me perguntando sobre o motivo de sua visita, eu nem estava lá na hora do assalto. -

– Testemunhas indicam que um homem jovem, havia entrado em contato os criminosos e que saiu do local antes que todas as outras testemunhas... - disse Halden

– E...? - Perguntei

– E vimos seus arquivos na mesa do falecido e então ligamos o ponto. Você é um suspeito da posição do homem que entrou em contato com os bandidos. - Disse Amaro

– Impossível. A essa hora do assalto eu já estava cansado do trânsito de Los Santos, tentando chegar em casa. -

– É verdade detetive, ele chegou tarde em casa. - Respondeu minha mãe

– Se ainda há dúvidas sobre meu álibi, cheque as filmagens do banco. -

– Já tentamos, ela foi apagada, o que reforça a nossa teoria de você estar no lugar. Um jovem, com uma recente perda na família, sem emprego, sem dinheiro, com dívidas, vai a um banco e então gera frustração simplesmente faz coisas erradas e em certos pontos chegar a mentir também. Me diga John... Você estava lá? - Amaro me metralhou com suas palavras, chegando a me insultar. Meu corpo fervia em raiva então levantei do sofá e disse:

– Como você ousa me desrespeitar em minha casa? Não sou obrigado a dizer mais nada! Fora daqui. Só voltem a falar comigo com um mandado de prisão. - Acompanhei-os até a porta e então quando eles estavam saindo Amaro continuou:

– Garoto, eu sei que você fez merda. É só uma questão de tempo até a gente descobrir a verdade. E quando descobrirmos, não vai ser bom pra você. -

– Amaro, deixa o garoto - Disse o detetive Halden que antes de eu jogar a porta na cara de seu parceiro piscou para mim com o olho direito.

Dentro de casa, eu estava recuperando meu fôlego e então minha mãe veio falar comigo:

– Agora não. - Eu disse, impedindo-a de falar algo. Fui ao meu quarto, peguei uma camisa branca, coloquei ela e então pus uma jaqueta preta, coloquei um óculos de sol e sai novamente. Fui andando em direção ao meu carro e percebi que um carro estava me seguindo. Um Emperor bege. Com certeza eram os detetives. Decidi enganá-los e fui até um bar. Entrando lá percebi que eles estavam lá fora, esperando eu sair. Tomei uma cerveja para ter certeza de que eles não iriam entrar, paguei a cerveja e sai pelos fundos. Corri entre os becos e pulei alguns muros pra me dar a vantagem, até que chueguei a meu carro. Aparentemente sem nenhum perseguidor. Meu próximo destino? Richard Majestic Hotel. O lar doce lar de Andre.

Chegando lá estacionei meu carro a uma quadra do hotel. Não haviam muitas vagas por perto devido ao fato de ter um estúdio de filmagens perto do prédio. Depois de colocar meu carro em um estacionamento fui andando até o apartamento. Chegando lá pensei em pedir informações para o porteiro mas provavelmente ele não iria saber responder direito. Olhei os nomes correspondentes a caixa de correi até que vi um "A. Ryan" no andar 18 apartamento 1803. Decidi tentar a sorte com esse apartamento já que a outra vez que eu estive aqui eu estava semi-inconsciente. Peguei o elevador e fui para o andar 18. Chegando lá procurei pelo apartamento e depois de olhar em duas portas diferentes eu achei. Bati 3 vezes na porta com um pouco de força e depois de um tempo de espera a porta foi aberta.

– E aê cara, entra ai. - Disse Andre

– Ok... - Eu respondi

– Se quiser colocar sua jaqueta pendurada no cabide, fica ali no corredor - Andre sugeriu, e como um ato de concordância eu tirei minha jaqueta. Segui-o até a sala e então ele me apresentou a um outro rapaz, deve ter a mesma idade que a gente, magro, alto, pele branca e cabelo curto, era loiro, não dava pra identificar se essa era a cor original do seu cabelo.

– John, esse é Jack, Jack esse é John. Acho que não preciso explicar a relação que vocês tem em comum. - Disse Andre num tom irônico. Então eu e Jack apertamos as mãos.

– Cara, você é muito maluco a ponto de correr em direção a um cara com uma carabina no meio de um assalto. - Disse Jack animado

– Bem... Eu e o gerente tinhamos um breve histórico e eu estava puto com ele... Então... Achei justo bater nele. - Respondi

– Mas então ele conseguiu tomar conta do controle e ia atirar na sua cara. - Respondeu Jack

– É ai que eu entro na história. - Ironizou Andre

– Falando nisso, temos que conversar sobre o gerente. A polícia tá fazendo uma investigação sobre a morte do gerente pois de acordo com testemunhas, "um homem teve contato direito com os assaltantes, possivelmente resultando na morte do gerente". - Informei eles

– Como você sabe disso? - Perguntou Andre

– Dois detetives, Amaro e Halden, foram a minha casa hoje antes de eu vir, e me fizeram várias perguntas. De acordo com Amaro eu sou um dos principais suspeitos. - Respondi

– E o que você fez? - Perguntou Jack

– Menti naturalmente, mantendo a calma, disse que eu não estava no local na hora do crime. Até um certo ponto em que Amaro me fez um insulto e eu me alterei, mandando os dois pra fora, dizendo que "só falaria com eles se eles tivessem um mandado de prisão para mim". - Respondi

– Que merda... E depois? Você veio direto pra cá? - Perguntou Andre um pouco nervoso.

– Eles tentaram me seguir, entrei em um bar e sai pela porta dos fundos, corri por uns becos e dispistei eles. Me certifiquei disso. - Respondi para acalmá-lo.

– Ótimo... Onde você aprendeu a fazer isso? - Perguntou Jack.

– Fui criado em Chamberlain Hills. Um garoto branco não se safa muito por lá. Tive que aprender a me virar e a lutar. - esclareci suas dúvidas.

– Ei John, vamos sair pra beber umas, que tal? - Andre propôs

– Claro, vamos. - Concordei.

Quando estávamos no elevador recebi uma ligação e atendi.

– Ei garoto, preciso dos seus serviços agora. Me encontre na Grove Street, casa N° 27. Fale pro meu garoto, o Steve que o "Albert quer falar com você". - E então ele desligou, nem tive chance de resolver.

– Merda... Vou ter que deixar a cerveja pra depois. É o Agiota. Ele tá exigindo que eu vá falar com ele agora. - Disse para eles

– Porra John... Não quer que a gente vá junto? Nós podemos dar um jeito nele. - Disse Andre

– Olha cara... Melhor não. Não sabemos do que ele é capaz, e eu não quero meter vocês na merda que eu estou. Se tudo piorar eu ligo pra você. - Respondi

– Ok cara.. - Respondeu Andre. Após nos despedirmos voltei para meu carro e antes de ligá-lo abri o porta-luvas. Lá estava minha pistola. Peguei ela e guardei-a na minha calça, para o caso de tudo dar errado.

Chegando lá, vi o "Steve" na porta da casa. Era uma casa toda acabada, e Steve não estava em seus melhores dias. Um jovem afrodescendente, com aparência raquítica, com certeza graças a drogas. Ele não seria um problema. Me aproximei dele e disse:

– "Albert quer falar comigo" -

– Entra ai otário. - Respondeu ele. Lá dentro, a iluminação era horrível, e a casa era grande. No caminho até Albert eu encontrava viciados e prostitutas caídos no chão. O ar do local cheirava a morte, doenças e sexo. Enfim na sala, Albert estava fumando um baseado e me ofereceu, recusei pois não sou um grande fã de drogas. Então ele disse:

– Já que você ainda não comentou nada de dinheiro, assumo que você vai pagar sua dívida trabalhando pra mim. - Enquanto ele me explicava o óbvio eu comecei a marcar seus capangas. Tinha um em especial que parecia não usar drogas, tinha um físico musculoso e com certeza deve ter tido treinamento militar. Então ele continuou:

– Vamos começar com algo simples. Vá em Vespucci Boulevard, procuro pelo Scar Tony. Ele me deve 5k. Colete pra mim. Se ele não pagar, dá uma surra nele e se ele estiver em casa, quebre tudo que tem lá. - Então sem concordar nem nada, sai da maldita casa e fui para Vespucci Boulevard. Preciso achar Scar Tony. Com certeza vou ter que perguntar pros bandidos locais.

Chegando em Vespucci Boulevard deixei meu carro em um estacionamento, e percebi que não como nada desde o dia anterior, e estava com muita fome. Parei em uma barraca onde um senhor de descendência latina, na faixa dos 50 anos vendia cachorro quente, pedi um cachorro quente e fiquei lá comendo. Enquanto comia perguntei:

– Senhor, conhece um homem chamado Scar Tony?

– "Yo no hablo su idioma" - Respondeu o vendedor. Pelo visto ele está intimidado, tenho que reverter a situação

– "No hay problema, puedo hablar español también. ¿Sabes dónde puedo encontrar un hombre llamado Scar, Tony?" - Respondi em Espanhol. Eu sabia que um dia meu curso de espanhol teria uma utilidade. Enquanto eu respondia eu lhe mostrei uma nota de US$50, e então ele começou:

– "Sí, Sr. Tony vive en un apartamento a dos cuadras de aquí. Apartamento azul. Eso es todo lo que sé."

– Gracias - Respondi largando o dinheiro em seu estande.

Fui andando em direção ao apartamento de Scar Tony e no caminho encontrei com Rachel:

– Ei John! - Disse ela

– Ei... Tudo bem? - Perguntei

– Tudo. O que você tá fazendo por essas áreas? - Ela perguntou

– Vim visitar um amigo... - Respondi vagamente. Simplesmente menti de modo descarado pra garota

– Ah... Tome cuidado, essa área é dos Vagos. Pelo o que eu soube eles não são tão legais como parecem. - Disse ela preocupada

– É, ouvi falar. Tome cuidado também. As ruas hoje em dia são perigosas pra todo mundo. - Respondi

– Isso é fato. Tenho que ir, marquei de ir numa cabeleireira, foi ótimo encontrar com você. Me liga qualquer hora dessas pra gente sair, que tal um cinema?

– Pode deixar. Que tal no sábado? Eu marco um horário e te ligo? - Disse eu meio ansioso

– Claro! Até mais John. Se cuida - Disse ela enquanto saia andando com pressa. Continuei seguindo até o apartamento até que eu encontrei um que batia com a descrição. Cheguei na caixa de correio e procurei o nome dele. Deduzi que como seu apelido é Tony, seu primeiro nome é Antonio. Achei dois homens que poderiam ser ele. "A. Riveira" e "A. Montana". Decidi ir no Riveira primeiro. Chegando lá, bati na porta e uma mulher com um recém nascido chorando abriu a porta.

– Posso ajudá-lo - Disse a jovem mulher.

– Procuro o Sr. Riveira.

– É senhora, e sou eu. Como posso ajudá-lo? - percebi que errei a pessoa e então fiquei com um pouco de vergonha e respondi:

– Desculpe, acho que me enganei. - Então fui seguindo para o Montana. E chegando lá ouvi o barulho de rádio alto, e senti cheiro de maconha no ar. Esse era o lugar. Bati na porta e um homem latino, na faixa dos 30 anos com uma cicatriz no nariz abriu a porta e perguntou:

– O que foi?

– Albert quer o retorno de seu dinheiro, US$5000, e eu vim coletar. - Respondi com toda a educação

– Vai se fuder moleque. - Então ele fechou a porta na minha cara. Antes dele fazer isso eu notei três caras no seu sofá. Provavelmente havia um no banheiro. Sempre há um no banheiro. Eles não pareciam estar armados. Antes dele fechar a porta, senti uma brisbrisa de dentro do apartamento, com certeza uma janela aberta. Então decidi fazer uma loucura. Fui até o térreo dos apartamentos e calculei onde seria o equivalente ao apartamento do Tony. Então me abaixei e me segurei no parapeito e fui me locomovendo aos poucos. Até encontrar uma janela aberta. Chegando na janela, tentei apoiar meus pés nela, para poder entrar de primeira. No processo meus pés escorregaram e eu quase caí. Na queda consegui me segurar na janela e então escalei até lá dentro. Eu estava na cozinha, conseguia ouvir eles gritando enquanto viam alguma coisa na TV, antes de ir até lá confrontar eles, destravei minha pistola para o pior caso possível, e coloquei ela na parte de trás da minha calça, já que eu havia deixado minha jaqueta no carro. E então entrei na sala gritando:

– Ou você paga a porra do dinheiro do Albert agora ou você vai sofrer as consequências!

– Tipo o que? - Disse Tony. Respondi derrubando sua TV de 55' no chão. Então ele e os outros 3 caras se levantaram prontos pra me dar uma surra. Eles estavam seguindo uma lógica de cada um atacar por vez. O primeiro veio com a bela tática de atacar prematuramente. Agarrei o braço dele e quebrei-o em dois pontos diferentes. No pulso e na altura do cotovelo. O segundo veio pra cima de mim mas tentou me derrubar. Acabou me jogando em uma mesa de vidro. Peguei alguns cacos de vidro e joguei na sua cara. O terceiro tentou me pegar ainda no chão. Chutei seu saco e depois sua cara. Ele caiu inconsciente. Ainda sentindo a dor da queda, me levantei rolando no momento exato pra desviar de um chute do Tony. Foi então quando mais um cara saiu do banheiro com um canivete na mão. Os dois tentaram me bater ao mesmo tempo. Tentava desviar do canivete, o que me distraiu dos socos do Tony, me fazendo levar dois na barriga. Ainda sem ar, agarrei o braço do cara do canivete e segurei sua mão pra frente, fazendo alguns cortes em Tony. Depois disso eu dei uma joelhada no cara do canivete, na altura das costelas e ele caiu instantaneamente. Joguei seu canivete longe e fui lutar com Tony. Tony era um desses ratos de academia que largou tudo e foi pro lado ignorante da vida. Estava fora de forma. Escolhi o método de desviar dos golpes dele até ele se cansar e então dava uma sequência de golpes nele. Depois de cinco socos na cara dele, peguei um vaso com uma planta que estava em uma mesa e taquei na cara dele, causando outra cicatriz, acima do olho. Enquanto ele caia eu peguei uma cadeira e taquei nele. Enquanto ele estava de joelhos eu dei mais um chute na cara dele, e puxei a pistola, apontando pea cara dele. Foi quando enfim perguntei novamente:

– Onde... Tá... A porra... Do dinheiro?

– Ok, ok, por favor, chega! Tá na caixa atrás do Rádio.

– Viu? Teria sido mais simples assim. - Respondi enquanto abria a caixa. Peguei o bolo de dinheiro que tinha lá enrolado em um elástico. Então eu me virei e disse:

– Ok, Obrigado pela compreen... AH! SEU FILHA DA PUTA! - Um dos capangas dele se levantou e enfiou o canivete em meu braço esquerdo. Dei uma coronhada nele com a pistola. Coloquei o dinheiro no bolso e sai correndo. A merda da faca ficou encravada no meu braço enquanto eu corria. Se eu tirasse ela eu ia sangrar mais do que eu já estava sangrando. Então corri duas quadras até chegar no meu carro. No meio do caminho guardei a pistola.

Chegando no carro, ainda com a faca no meu braço, liguei pra Andre e coloquei no viva-voz enquanto eu dirigia.

– Ei, escuta. Onde você e o Jack estão?

– Estamos no Vannila Unicorn. Por que?

– Vou passar ai e vou buscar vocês. Acabei de ser esfaqueado. Preciso que vocês me levem em um médico.

– Merda. Ok, vamos te esperar - Então ele desligou. E eu tentei dirigir com um braço. Chegando lá, buzinei pra eles e passei pro banco do carona. Após Andre entrar e começar a dirigir ele disse:

– Eu não sabia que uma faca podia ficar assim.

– Nem eu. Então, qual é o médico mais próximo? - Perguntei, já que a cada segundo eu sangrava mais um pouco.

– Tem o Doutor Jimenez. Ele é aposentado mas faz uns serviços por fora. Ele atende 24hrs por dia. Vamos fazer uma visita. Ele mora em Vinewood Hills.

– Merda... Do outro lado da cidade? São umas 16:00 cara. O trânsito vai tá uma merda. E eu já perdi sangue pra caramba.

– Eu vou pegar uns atalhos, relaxa. - Disse Andre. No meio do caminho eu comecei a ficar um pouco inconsciente, então eu disse:

– Jack, me dá um soco.

– Por que cara? - perguntou ele

– Pra me dar adrenalina, me manter... Cons...ciente. - Respondi

– Ok, então lá vai... - Então ele se esticou do banco de trás do carro e me deu um belo soco na cara. 10 minutos depois chegamos na casa do Dr. Jimenez, e Jack ficou no carro. Andre foi comigo e tava insistindo em me ajudar pra chegar até a porta, até que eu disse pra ele ir na frente enquanto eu seguia pequenos. O Dr. Atendeu a porta e então correu pra me ajudar. Quando entramos em sua casa ele me levou até uma sala aparentemente esterilizada, com diversos aparelhos hospitalares. O cara é profissional. Então ele perguntou:

– Então Jovem, a quanto tempo você levou essa facada?

– Cerca de uma hora atrás

– Imaginei isso. Ainda bem que você não removeu a faca. Você ia sangrar muito mais. - Então ele puxou a faca em um movimento único, o que me fez gritar um pouco e o sangue começou a jorrar de meu braço.

– Vou ter que cortar a manga da sua camisa, ela grudou no sangue seco.

– Ok - respondi

– Vou ter que esterilizar a ferida. Se prepare, lá vai. - Ele avisou momentaneamente e então eu gritei mais, tentei me contorcer, mas Andre me segurou, impedindo qualquer movimento.

– Agora vou parar o sangramento garoto. - Após ele estancar o sangramento e eu gritar mais no processo, ele então disse:

– Pra terminar, vou costurar o corte em seu braço.

Depois de finalizado o processo eu perguntei pra ele:

– Quanto estou te devendo doutor?

– Nada, o corte foi algo simples. Considere privilégio de cliente novo. Na próxima eu cobro garoto.

– Obrigado. Posso usar sua pia para lavar meu braço?

– Claro, quando você terminar, posso enfaixar seu braço se quiser. - Disse o Doutor. Após ter terminado de lavar o braço e ele estar enfaixado, deixei Jack e Andre no Richards Majestic e fui dirigindo até a casa de Albert. Chegando lá, antes de sair do carro eu contei o dinheiro de Tony e vi que ele me deu US$7300. Separei os 5K de Albert e guardei o resto no carro. Agora aquele dinheiro é meu. Entrei na casa de Albert com o dinheiro no bolso, ainda sem usar a jaqueta, ele pode ver a camisa com um pouco de sangue, a manga rasgada e meu braço enfaixado.

– Complicações moleque? - Perguntou Albert.

– Nada que eu não pudesse resolver sozinho. - Respondi

– Hahahahaha! Gostei de você garoto. Deixa eu contar o dinheiro. - Após ele contar, ele me disse que quando tiver mais um serviço pra mim ele me liga. Então voltei pro carro, coloquei minha jaqueta e passei no Drive-Thru do Burguer Shot e comprei um X-Burguer, com batatas e refrigerante pra viagem. Bebi o refrigerante no caminho pra casa e guardei o lanche pra depois. Dessa vez estacionei o carro um pouco mais perto de casa. Entrei em casa, dei boa noite pra minha mãe e me tranquei no quarto. Fui pro meu banheiro e tomei um banho. Após o banho, me enxuguei, mas não me vesti, a final. A porta do quarto estava trancada, e o que acontece aqui dentro é problema meu. Só demorei um pouco pra perceber que a cortina da janela estava aberta, e minha vizinha fofoqueira estava lá olhando. Após fechar a janela liguei meu notebook enquanto procurava uma bermuda pra vestir e entrei na minha página do LifeInvader. Quando a página carregou, haviam dois pedidos de amizade. Andre Ryan e Jack Wilker. Não fiquei surpreso. Então após aceitá-los. Vi uma mensagem da minha irmã mais velha. Por que eu nunca mencionei ela? Pelo fato de ela e meu irmão mais novo terem abandonado nossos pais pra ir morar em Liberty City com a nossa tia. Na mensagem ela dizia:

" Ei irmão, como vai você? E a mamãe? Conseguiu arrumar um emprego? Eu consegui. A Tia Molly me arrumou um trabalho no salão dela. E o Paul está indo super bem na escola. Ele mandou abraços. Beijos John. Não vejo a hora de você vir visitar a gente. "

De certo modo eu ri enquanto lia a mensagem dela. E então decidi responder assim:

"Olha querida, as coisas não vão muito bem aqui em Los Santos. Quase fui refém de um assalto a banco, mamãe pegou dinheiro com um agiota e eu não tenho como pagar. Estou fazendo uns bicos por ai pra pagar as contas. Não é nada bom, mas é o que tem pra hoje. Abraço em todo mundo. Menos no marido da tia Molly. O Jeffrey é estranho de mais."

Então depois de atualizar algumas informações no LifeInvader, eu mandei um pedido de amizade pra Rachel, que foi aceito segundos depois. Não demorou muito até ela postar uma foto dela mandando um beijo ma minha linha do tempo, com a seguinte mensagem: "Tivemos bons momentos ontem a noite. Espero que se repitam." Respondi a foto com o seguinte comentário: "Pode deixar, Você sabe que comigo todos os momentos valem a pena. Te vejo em breve". Depois disso eu sai do LifeInvader e fui ver um filme chamado God Bless America enquanto eu comia meu lanche. Após o fim do filme eu deitei na minha cama e decidi dormir um pouco


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