Marvel: Os Maiores Heróis da Terra escrita por Larenu


Capítulo 10
Mandarim


Notas iniciais do capítulo

Sobre os vilões não revelados: dois são vilões do Homem-Aranha (capítulos 4, 6 e 9) e e um é vilão dos X-Men (capítulo 1)
Obs: Pode ser um vilão ou uma vilã



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Maria Hill sentou-se ao lado da cama de hospital de Sharon Carter. A Agente 13 estava em coma desde a explosão do helicóptero. Seu corpo estava cheio de manchas pretas e queimaduras.

Desde que Nick Fury fora sequestrado pela Hidra ao tentar recrutar o Hulk, Maria Hill havia se tornado a diretora da S.H.I.E.L.D., um cargo que não se considerava digna de possuir.

Quando os agentes Romannoff e Barton (a Viúva Negra e o Gavião Arqueiro) comunicaram Hill contando sobre a explosão, a diretora da S.H.I.E.L.D. ordenara que eles tentassem resgatar Rogers e Carter dos destroços do helicóptero. Tudo que encontraram foi Sharon, desmaiada, e uma maca de hospital quebrada. Não havia sinal de Rogers nem de quem quer que estivesse lá dentro com os dois.

Agora, ao lado de Sharon, no hospital, Maria pensava sobre tudo o que vinha acontecendo nos últimos dias: a fuga do Barão Zemo; o sequestro de Nick Fury; a morte do Barão Zemo; o sequestro de Peggy Carter; a explosão do helicóptero onde estava o Capitão América; a chegada de Fury na China... Tudo isso devia estar interligado de alguma forma, mas ela não conseguia descobrir como.

Por fim desistiu, e ligou a televisão do quarto de hospital. Colocou no noticiário e parou para assistir uma notícia que chamou-lhe a atenção: o Huk estava de volta a Nova York, batalhando com... Com um outro Hulk, só que vermelho. Maria Hill observou com atenção o cenário da batalha... e quase caiu para trás.

Os Hulks estavam batalhando em frente ao hospital. Relutante, levantou-se e olhou pela janela do quarto. Lá embaixo, na entrada do hospital, o Hulk lutava contra sua cópia vermelha. De repente, as luzes se apagaram. O aparelho que mantinha Sharon viva parou de apitar. A televisão se desligou. Então, uma imagem se projetou na tela. Era um homem de cabelos pretos compridos, no escuro.

Olá, povo americano – enquanto ele falava, tudo parecia mais silencioso. – Eu sou o Mandarim, e tenho uma declaração a fazer.



Sentados no sofá da Torre Stark, Tony Stark, Thor e Pepper Potts assistiam televisão, quando a transmissão do Mandarim interrompeu a programação.

Eu sei de tudo. Sei nome de cada um de vocês. Sei sobre a queda da sua agência protetora. Sei sobre seus medos. É por isso que tenho uma proposta a fazer: vocês me entregam Tony Stark; e eu deixo vocês vivos.

Thor olhou para Tony, preocupado.

Agora vocês querem saber porque eu quero Tony Stark, não é? Digamos apenas que temos assuntos a tratar. Como prova de que sou capaz do que estou dizendo, Tony Stark vai encontrar um homem morto no heliporto de sua torre. Lembrem-se de meu nome, caros mortais. Eu sou o Mandarim.

Stark já conseguia ouvir os helicópteros da imprensa sobrevoando a Torre Stark. Levantou-se do sofá, mas Pepper puxou-o pela mão.

– Eu vou junto, Tony. Não quero que faça nenhuma besteira.

– Pepper, eu amo você por isso. Mas é exatamente por esse amor que eu vou fazer o que o Mandarim pediu.

Thor também se levantou.

– Não seja tolo, Stark. Este homem, o Mandarim... Ele é um ditador. Ele está ditando seus termos, e agora temos que ditar os nossos. Não podemos simplesmente nos curvar diante do nosso opressor.

Tony se virou para Thor.

– Eu sei que está fazendo isso por que se preocupa comigo, Thor. Eu o admiro por isso. Mas não quero que pessoas morram pois fui egocêntrico demais e ó me preocupei com a minha segurança.

Ele se livrou da mão de Pepper e abriu a porta do elevador. Segurou o botão por um minuto, falou algo para J.A.R.V.I.S. e então se voltou para Thor novamente.

– Mas isso não significa que eu não vá lutar – e sorriu.

Então, as portas do elevador se fecharam. E Thor xingou Tony, rindo.

– Filho da...




Alguns andares abaixo de Thor e Pepper, Peter Parker acordou. Tio Ben morreu, repetia em sua mente. Levantou-se de sua cama e caminhou até uma mesa.

Tio Ben morreu. Sentia-se diferente. Mais forte, talvez. Mas não era só isso. Pegou seu celular na mão, ligou-o, discou o número de sua namorada, Gwen... E desligou-o. Virou a mão sobre a mesa, soltando o celular. Ironicamente, ele parecia grudado em sua mão.

Mas o que? Sacudiu a mão, tentando largar o celular. Ele não soltava. Depois de várias tentativas, o celular finalmente caiu no chão, quebrando. Ótimo, agora preciso de um celular novo. Então se lembrou que estava na casa de Tony Stark. Talvez o senhor Stark me deixe usar seu telefone fixo, pensou.

Caminhou até a porta, e estendeu a mão para abrir a maçaneta. Imediatamente, uma coda esbranquiçada saiu de sua mão. Parecia teia de aranha. Era pegajosa. Com a outra mão, abriu a maçaneta. Arrancou a corda de sua mão e suspirou. O que exatamente aconteceu comigo?

Relutantemente, caminhou até o elevador. Apertou o botão para chamá-lo, e nada aconteceu. Devia estar em uso. Tentou puxar a mão de volta, mas o dedo grudara no botão. Bufou, irritado. Puxou com força, e conseguiu soltar, mas o botão veio junto.

Caminhou até a janela, pensando. Devo estar em um sonho. Imaginou se seu dedo conseguiria se grudar na parede externa do prédio por tempo suficiente para subir ao próximo andar. Abriu a janela, e apoiou um pé no parapeito. Com um impulso, pulou para fora do prédio. E então caiu.

Enquanto caía, lembrou-se da teia que disparara na maçaneta da porta. Desesperado, esticou o braço para cima, e uma teia saiu da palma de sua mão. Puxou com força, e foi levado até a parede da Torre. Apoiou a outra mão e os pés, e então começou a subir a parede. Peter estava rindo.

– Incrível – falou, em voz alta.

Subiu a parede até a grade do heliporto. Fez impulso com os pés e pulou a cerca. No heliporto da Torre Stark, helicópteros voavam em círculos. Eles observavam algo no centro do pátio. Quando Parker aproximou-se para ver o que era, se deixou cair no chão. Era o corpo de seu tio, Benjamin Parker.



Quando as portas do elevador voltaram a se abrir, a primeira coisa que Tony Stark viu foi Peter Parker deitado ao lado de um cadáver. Ignorou os helicópteros da imprensa sobrevoando o local e correu até o jovem.

– Peter, como você...?

– É uma longa história. Senhor Stark, você sabia sobre esse corpo?

– Descobri agora, por quê?

– Este homem é... É o meu tio. Benjamin Parker.

– Peter, eu sinto muito.

– Quem o matou, Tony? Me diga isso, por favor.

– Um terrorista. Ele se autodenomina Mandarim.

– Ele é seu amigo, Tony?

– Pelo contrário. Ele me quer morto, eu acho.

– Então me prometa uma coisa. Quando você o encontrar, Tony, prometa que você não vi hesitar em matá-lo.

Eram palavras tão fortes para saírem da boca de um adolescente que Tony se surpreendeu.

– Eu farei, Peter. Mas primeiro me ajude a eliminar estes bisbilhoteiros daqui, por favor.

Ele estava se referindo aos jornalistas nos helicópteros. Irado, Peter levantou uma mão na direção de um helicóptero e disparou algo semelhante a uma teia de aranha. Como eu não reparei nisso!, pensou Tony, aquela aranha no ombro dele estava contaminada pelo poder da joia, e deve ter picado Peter! Por isso que ele desmaiou! Peter usou a teia para jogar os helicópteros uns nos outros, até que todos já haviam caído.

O telefone de Tony começou a tocar. Ele atendeu. Era Pepper.

Tony, tem um repórter aqui.

– Redator de jornal?

Sim.

– Mande-o embora.

Tony, tem um problema. Esse jornalista... É Ben Urich.

Stark desligou o telefone e chamou Peter para dentro do elevador.




Ben Urich era redator-chefe do jornal local. Agora, sentado em um sofá na Torre Stark, Ben pensava no que ia perguntar ao Tony Stark. Primeiramente, pergunte se ele conhece o tal Mandarim, pensou.

Pepper Potts entrou na sala.

– O senhor gostaria de um café?

– Pessoalmente, prefiro chá.

Ela se retirou no exato momento em que Tony Stark entrou na sala, seguido por um jovem.

– Stark.

– Urich.

A tensão entre os dois era clara.

– Veio falar sobre a transmissão, não foi, Ben?

– Claro. É extremamente surpreendente o fato de que eu sou o único jornalista que veio aqui pessoalmente.

– Urich, eu nunca vi aquele homem antes.

– Isso não importa, Stark. Aquele homem é um terrorista. Ele quer você, vivo ou morto. O que você fez ou não, isso não importa mais.

– Para mim importa, Ben.

– Posso começar as perguntas?

– Adianta negar?

Urich sorriu.

– Você já ouviu falar no Mandarim antes?

–Nunca.

– Você sabe de alguém que poderia querer fazer mal para você?

– Anote aí, vou dar alguns nomes. Justin Hammer, Obadiah Stane, Ivan Vanko – ele olhou para Pepper –, ex-namoradas raivosas...

– Algum desses nomes tem características semelhantes às do Mandarim?

– Justin Hammer tinha cabelos tão compridos quanto, quando eu o conheci. Obadiah Stane é calvo. Acho que pode ser Ivan Vanko, talvez. Ele tem cabelos compridos e escuros.

– Certo, vamos para outra pergunta. Você se envolveu, recentemente, com alguma figura importante ou com dinheiro suficiente para financiar ações terroristas?

– Você não é um policial, Urich. Mas sim. Eu tive uma reunião com Aldrich Killian, presidente da I.M.A., recentemente.

– Ele teria algum motivo para fazer mal a você?

– Que eu saiba, não. O único problema entre nós é que ele dá encima de Pepper, às vezes.

Urich levantou-se.

– Obrigado pela atenção.

– É só isso? Nenhuma pergunta que invada minha privacidade ou algo assim?

– Sou jornalista, não repórter. Há uma diferença.

Com essas palavras, Ben Urich saiu da sala.





Khan se virou para o homem de pele escamosa que conversava com ele, no metrô de Nova York.

– Fin Fang Foom.

– Olá, mestre Mandarim. Creio que você já saiba que a última vítima já foi morta.

– Sim, Benjamin Parker.

– Já sabe quem eu devo matar em seguida?

– Sim. Mate Ben Urich.


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Notas finais do capítulo

Ben Urich vai ser a chave para unir Tony Stark a Matt Murdock, o Demolidor.



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