Isso é um Yuri escrita por Leo Guedes


Capítulo 8
Capítulo 8- Revelações


Notas iniciais do capítulo

Olá leitores...
Vamos ao esclarecimento do capítulo anterior, né?
Enfim, boa leitura...



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–Adoção? Do que está falando?

–Eu... Você não... Do que você estava falando?

–Mãe, Que Adoção?

Mary respirou profundamente e tentou controlar as lágrimas antes de começar a falar. –Há pouco mais de 16 anos, um casal de amigos meus e do seu pai pediram pra que nós cuidássemos de um bebezinho de pouco mais que um ano pra poder curtir um sábado à noite, você sabe, como casal. Nós não vimos problema, afinal o Jack era recém-nascido e daria perfeitamente para conciliar os cuidados com um e com outro. –a mulher abafou um soluço e enxugou as lágrimas com a costa da mão direita. –De madrugada, acordei com o telefone tocando e era... An... Era um policial comunicando que meus amigos tinha sofrido um acidente e... E infelizmente acabaram indo a óbito. Eles não tinham família e o bebê seria mandado pra um orfanato qualquer, mas quisemos deixar isso acontecer, então decidimos cria-lo como se fosse nosso.

–Eu... Eu era esse bebê. –era metade pergunta, metade constatação.

–Sim.

–Por que nunca me disseram nada?

–Nós estávamos esperando a hora certa, quando você pudesse entender. Mas depois você começou a sofrer bulling na escola por ser um pouco... Um pouco diferente dos outros garotos. Não quisemos te causar mais sofrimento. Então você lidou com isso de forma tão madura que consideramos de novo te contar, mas o seu pai ficou doente e...

–Já entendi. Eu amo muito você, eu amava muito o meu pai, apesar de tudo eu também amo muito o Jackson. Nada nunca mudaria isso, eu só... Eu tinha o direito de saber.

–Eu sei. Perdoe-me, por favor.

–Qual era o meu nome... An... Nessa época?

–Taylor. Seu nome era Taylor.

–Nome unissex. Devia ter mantido.

–Por quê?

–Eu não sabia da adoção, então deve ter outra razão pra eu ter dito que não sou Josh.

–Certo, an... E qual é?

–Eu não me identifico com esse nome. Nem com o gênero que ele representa.

–O que isso quer dizer?

–Eu sou transexual, me sinto uma menina, então o nome "Josh" me ofende.

–Ora, vamos, meu filho. Se você quer ser gay, tudo bem, eu já esperava, mas...

–Eu sou gay, mãe. Lésbica, mais especificamente. Amo a Jamile de verdade. E ela me aceita como sou. Eu agradeceria se a senhora também me aceitasse e começasse a me chamar pelo nome que realmente me representa: Sarah.

–Você só pode estar brincando. –Mary sorriu incrédula, aquilo não podia estar acontecendo.

–Não. Isso é muito, muito sério. Acha mesmo que eu brincaria com esse tipo de coisa?

–Você já este me irritando. Se estiver filmando isso pra colocar na internet, Josh...

–Sarah! Eu quero que me chame assim! Eu não falaria algo tão sério se não fosse a mais absoluta verdade. Inclusive... –Sarah tirou todas as camadas de camisas masculinas mostrando seu corpo esguio na regata azul-clara. –Já estou em tratamento hormonal há alguns anos.

Mary arregalou os olhos para o corpo do filho, aquilo definitivamente não podia ser real.

–Co-co-como? Quando? Por-por quê?

–Eu me sentia assim desde os sete anos, talvez menos, mas eu sabia que você e papai não entenderiam a minha condição e achariam que era uma fase. Fiz minhas pesquisas, descobri minha condição e tudo sobre ela. Então comecei a tomar hormônios aos 12 anos, inicio da puberdade, pro meu corpo já se desenvolver feminino.

–Tem ideia do quanto isso é sério? Você correu riscos muito sérios!

–Eu não tomei qualquer hormônio, sabia muito bem a procedência e as quantidades que deveria tomar! Não sou estupida, mãe!

–PARE DE SE TRATAR NO FEMININO!

–É ASSIM QUE EU ME SINTO!

–SAI DO MEU QUARTO.

–Mamãe, eu...

–Eu preciso pensar, por favor, saia.

–Nós podemos conversar amanhã?

–Eu não sei, mas agora, nesse exato momento, eu preciso que você saia.

–Sim senhora.

E Sarah saiu.

Continua...


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Notas finais do capítulo

E aê?
xoxo
Atenciosamente, Déborah Santana.



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