Isso é um Yuri escrita por Leo Guedes


Capítulo 11
Capítulo 11- A Mudança


Notas iniciais do capítulo

Olá leitores...
Um ap. bancado pelos pais com 18 anos, hein? Não pode ser tão ruim, né?
Enfim, boa leitura...



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Jamile se ofereceu para ajudar Sarah a organizar as coisas e no dia seguinte as duas se encaminharam para The Lockart's House.

–Oi. –disse Jack ao ver quem tinha chegado. –Você tá mo gata, Jamile.

–Eu ainda posso quebrar sua cara, Jackson. –disse Sarah cruzando os braços.

–Relaxa, amor. Só tenho olhos pra você. –Jamile envolveu a namorada com os braços e lhe beijou o pescoço.

–Se aproveitar de saber meu ponto fraco é covardia. –Sarah sorriu e deu um selinho em Jamile.

–Me poupem da pieguice. –Jackson fez uma careta e se afastou pra dar passagem. –E entrem logo que não vou ficar segurando a porta o dia todo.

Mary havia saído para comprar algumas coisas na feira para fazer o almoço, então os três ficaram sozinhos por cerca de meia hora tirando brincadeiras e provocando um ao outro. Jackson mais atrapalhava do que ajudava, mas Sarah estava feliz por estarem tendo um bom relacionamento pela primeira vez na vida. O clima estava tão divertido que ninguém ouviu a porta sendo aberta no andar de baixo nem os passos na escada, então foram totalmente pegos de surpresa pela entrada de Mary no quarto.

–(...)de, mas não fui eu quem apanhou de uma garota.

–Aí, te subestimei e fui pego desprevenido, senão teria acabado com você.

–Haha. Sei não, Sarah, mas pra mim isso pareceu um desafio.

–Do que vocês estão falando, crianças? –todos se assustaram, mas logo retomaram a postura.

–Nada não, mãe/sogra. –disseram ao mesmo tempo.

–Hm. Okay. –a mais velha ajeitou o cabelo e tornou a falar. –Como vai, Jamile?

–An... Bem. E a senhora?

–Estou bem, na medida do possível. E você, Taylor?

–Eu estou bem também.

–Hm. Que bom, né? –o clima ficou um pouco estranho depois de alguns segundos (que mais pareceram minutos) de silêncio, então Mary achou melhor descer logo. –Bom, eu vou fazer o almoço agora, mas se precisarem de alguma coisa é só me chamar.

–Okay. –disseram em coro.

Depois que Mary saiu, Jamile se pronunciou. –Por que ela tá te chamando de Taylor?

–Ela ainda não se acostumou com Sarah e eu não vou forçar nada. Por enquanto, ela estar falando comigo já tá de ótimo tamanho.

–Mas de onde é que ela tirou esse Taylor?

Sarah e Jamile se entreolharam e tentaram mudar de assunto, mas Jack percebeu que havia algo estranho e continuou insistindo e insistindo e insistindo até que Sarah decidiu contar de uma vez.

Jackson ficou muito bravo por não ter sido informado antes, mas Sarah e Jamile o convenceram a não confrontar Mary antes de refletir sobre seus motivos ou ao menos sem esperar uma ocasião menos complicada do que aquela.

Jack quis ficar sozinho, então foi para o próprio quarto pensar um pouco sobre tudo isso e não saiu nem para o almoço. Sarah, Jamile e Mary comeram no mais absoluto silêncio e depois foram para o quarto terminar de arrumar as coisas.

–Você vai ficar com isso, Taylor? –Mary questionou enquanto Sarah fechava a enorme mala com suas roupas masculinas.

–Não. Depois de amanhã eu vou vender pra algum brechó e comprar... Algumas coisas que to olho.

–Ah. Então okay.

No dia seguinte, Mary levou Sarah com toda sua bagagem de carro até seu novo prédio, Jack ajudou a subir tudo para terceiro andar e Jamile ajudou a organizar tudo no apartamento 3F.

Jack e Mary foram embora primeiro, mas Jamile ficou a pedido de Sarah para comer uma pizza antes de ir embora. Pouco depois que a pizza chegou, começou a chover e em poucos minutos a chuva já estava muito forte para Jamile ir para casa a pé.

–Acho melhor ligar pro seu pai vir te pegar.

–É mesmo, mas meu celular descarregou. Me empresta o seu?

–Putz.

–Que foi?

–Esqueci meu celular no carro. Mas eu te empresto meu carregador.

–Obrigada. Sarah levantou e foi até a cozinha, mas no momento em que abriu a segunda gaveta do armário para pegar o carregador, houve um apagão. Por sorte, naquela mesma gaveta havia uma caixa de velas e duas de fósforos.

–E agora? –Jamile perguntou assim que Sarah voltou para a sala com duas velas acessas.

–Você não avisou seus pais que vinha me ajudar?

–Avisei.

–Então? Eles vão saber que você não sairia com uma chuva dessas.

–Você não acha que o papai viria me pegar no meio de um apagão, acha?

–Só se ele soubesse que a gente, Jamile e SARAH, somos namoradas. Ele vai ficar tranquilo se souber que você tá com uma amiguinha, relaxa.

–Okay. Então vamos terminar de comer e esperar a luz voltar.

Mas a luz estava demorando tanto a voltar que se manterem acordadas estava sendo um verdadeiro desafio, então Jamile decidiu dormir no apartamento com Sarah. Na casa de Jamile estavam dormindo separadas por questão de respeito à família da loira, mas como o ap. só tinha um sofá-cama, teriam que dormir juntas.

Jamile abraçou Sarah e se aconchegou no corpo esbelto.

–Sarah? –chamou bocejando.

–Oi.

–Quanto tempo acha que ela vai querer que você fique aqui?

–Eu não sei, mas pelo combinado, vamos nos ver ao menos duas vezes por semana, é melhor que nada.

–Você tá bem com isso?

–Ah. No fundo eu sempre desejei que ela aceitasse numa boa e pudéssemos ir ao shopping juntas como mãe e filha, mas sempre esperei que ela ficasse com raiva e nunca mais quisesse me ver por sentir vergonha de ser minha mãe ou repulsa de mim. Mas ela tá tentando me aceitar embora não concorde. Vou ser hipócrita se disser que não vou sentir falta de beijar a bochecha dela de manhã, mas pelo que poderia ter sido, eu estou muito bem.

–E se sente bem?

–É. Eu to tendo um relacionamento muito melhor com o Jack e tenho a melhor namorada do mundo pra me apoiar.

–A segunda melhor. A primeira é minha.

–Vou respeitar a sua opinião, mesmo que esteja bem errada.

Jamile riu e beijou todo o rosto de Sarah antes de conseguir achar sua boca no escuro.

Continua...


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Notas finais do capítulo

Essa ultima parte eu acho tão fofinha... s2... Bendito apagão...
Gostaram?
xoxo
Atenciosamente, Déborah Santana...



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