Pretty little liars escrita por wendy


Capítulo 36
35. Espere só para ver




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O órgão começou de novo com sua música sombria, e o irmão de Ali e os outros parentes saíram em fila da igreja. Spencer, meio tontinha depois de uns goles de uísque, notou que suas três velhas amigas haviam se levantado dos bancos que ocupavam e deu-se conta de que deveria fazer o mesmo.

Todo mundo do colégio Rosewood Day se dirigiu para os fundos da igreja, dos garotos da equipe de lacrosse aos geeks obcecados com jogos de computador a quem, com certeza, Ali deveria ter provocado no sétimo ano. O velho sr. Yew — que era encarregado pelos programas de caridade da Rosewood Day — ficou num canto conversando baixinho com o sr. Kaplan, pro-fessor de artes. Até mesmo os velhos amigos da equipe júnior de hóquei tinham vindo de suas respectivas faculdades e estavam aconchegados, chorando juntos, perto da porta. Spencer obser-vou todos aqueles rostos familiares, lembrando-se de todas as pessoas que ela um dia conhecera, mas que não reconhecia mais. E depois, ela viu um cão, um cão-guia.

Ah, meu Deus.

Spencer puxou o braço de Aria.

— Olha ali, na saída — sussurrou ela.

Aria deu uma olhada.

— Será que é...

— Jenna — sussurrou Hanna.

— E Toby — acrescentou Spencer.

Emily empalideceu.

— O que é que eles estão fazendo aqui?

Spencer estava passada demais para responder. Eles pareciam os mesmos, embora totalmente diferentes. O cabelo de Toby estava comprido, e ela estava... linda, com longos cabelos escuros e óculos de sol Gucci.

Toby, o irmão de Jenna, flagrou Spencer os encarando. Um olhar amargo, de nojo, tomou seu rosto. Spencer desviou os olhos rapidamente.

— Não posso acreditar que ele tenha vindo — sussurrou ela, baixo demais para que as outras ouvissem.

Quando as meninas chegaram à pesada porta de madeira que levava aos degraus de pedra meios soltos, Toby e Jenna já tinham ido embora. Spencer ergueu os olhos para ver o céu azul, perfeito, que brilhava à luz do sol. Era um daqueles dias do começo do outono, sem umidade, nos quais se morre de vontade de matar aula, deitar na grama e não pensar nas responsabilidades. Por que era sempre em dias como aquele que alguma coisa horrível acontecia?

Alguém tocou em seu ombro e Spencer deu um pulo. Era um policial louro e forte. Ele fez sinal para que Hanna, Aria e Emily a acompanhassem.

—Você é Spencer Hastings? — perguntou ele.

Ela concordou com a cabeça, em silêncio.

O policial juntou suas duas mãos enormes e disse:

— Sinto muito por sua perda. Você era muito amiga da senhorita DiLaurentis, não era?

— Obrigada. Sim, eu era.

— Eu preciso falar com você — o policial enfiou as mãos nos bolsos. — Este é meu cartão. Como vocês eram amigas, você deve poder nos ajudar. Tudo bem se eu precisar de você por alguns dias?

— Hum, claro — balbuciou Spencer. — Tudo que eu puder fazer.

Feito um zumbi, ela foi para junto de suas velhas amigas, que estavam todas juntas, debaixo de um chorão.

— O que ele queria? — perguntou Aria.

— Eles querem falar comigo também — informou Emily, depressa. — Não é nada de mais, né?

— Tenho certeza de que é a mesma lenga-lenga de sempre. — disse Hanna.

— Ele não pode estar imaginando que... — começou Aria. Ela olhou aflita para a porta de entrada da igreja, onde Toby, Jenna e o cão dela haviam estado.

— Não — retrucou Emily, rapidamente. — Nós não poderíamos ter problemas por causa disso, poderíamos?

Elas se entreolharam, preocupadas.

— Claro que não — respondeu Hanna, por fim.

Spencer olhou em volta, para todos que conversavam baixinho pelo gramado. Sentiu-se enjoada depois de ver Toby, e não via Jenna desde o acidente. Mas era coincidência que o po-licial tivesse falado com ela logo depois que ela os vira, certo? Mais que depressa, Spencer apanhou seus cigarros de emergência e acendeu um. Precisava de alguma coisa para ocupar suas mãos.

Eu vou contar para todo mundo A Coisa que aconteceu com Jenna.

Você é tão culpada quanto eu.

Mas ninguém me viu.

Spencer soprou a fumaça, nervosa, e depois deu uma boa olhada para a multidão.

Não havia nenhuma prova. Fim de papo. A não ser que...

— Esta foi a pior semana da minha vida — confessou Aria de repente.

— Da minha também — concordou Hanna.

— Acho que podemos olhar isso tudo pelo lado bom — disse Emily, sua voz aguda, tensa. — Não dá para ficar pior que isso.

Quando seguiam o cortejo para fora do estacionamento de cascalhos, Spencer parou. Suas velhas antigas pararam também. Spencer queria dizer algo a elas — e não era sobre Ali, A, Jenna, Toby ou a polícia. Em vez disso, mais que tudo, queria dizer que sentira falta delas todos aqueles anos.

Mas, antes que pudesse dizer alguma coisa, o telefone de Aria tocou.

— Peraí — murmurou Aria, procurando o telefone na bolsa. — Deve ser alinha mãe de novo.

Depois disso, o Sidekick de Spencer vibrou. E tocou. E apitou. Não apenas o telefone dela, mas os das amigas também. Os sons altos e repentinos pareceram mais estridentes ainda por causa do cortejo sombrio do funeral. Os outros acompanhantes olharam irritados para elas. Aria pegou seu celular para silenciá-lo; Emily lutava com seu Nokia. Spencer tirou seu telefone com violência do bolsinho de sua bolsa.

Hanna leu a tela do seu.

—Tenho uma nova mensagem.

— Eu também — sussurrou Aria.

— Aqui também — acrescentou Emily,

Spencer viu que ela também tinha uma mensagem. Todas apertaram LER. Um momento de silêncio perplexo se passou.

— Ah, meu Deus — sussurrou Aria.

— É de... — guinchou Hanna.

Aria murmurou:

—Vocês acham que ela quer dizer que...

Spencer engoliu em seco. Em duplas, as meninas leram os recados umas das outras. Todos diziam exatamente a mesma coisa:

Eu ainda estou aqui, suas vacas. E eu sei de tudo. — A


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